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sexta-feira, janeiro 01, 2021

Justiça Eleitoral diz que 91 mil beneficiários de programas sociais doaram para campanhas

Publicado em 1 de janeiro de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Pater (Arquivo do Google)

Gabriela Oliva
O Globo

Um levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que indícios de irregularidades nas prestações de contas de candidatos e partidos que concorreram nas eleições municipais deste ano somam quase R$ 1 bilhão. Segundo o levantamento do Tribunal, foram identificados o total de 221.355 casos de indícios de irregularidades. Somados, os recursos financeiros chegam a R$ 954,7 milhões.

A principal ocorrência identificada pelo levantamento do TSE, que corresponde a 91.500 casos, é a de pessoas que estão inscritos em programas sociais como Bolsa Família ou Auxílio Emergencial, mas mesmo assim doaram para candidatos.

LEVANTAMENTO – O valor estimado das doações é de R$ 77,5 milhões . O relatório feito pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral foi divulgado nesta . Em seguida, aparecem no levantamento 45.780 fornecedores com sócios ou representantes e familiares que também recebem o Bolsa Família. Esse tipo de indício de irregularidade representou a maior concentração de valores identificados pela Justiça Eleitoral: R$ 612,6 milhões

Ainda segundo o documento do TSE, há 127.576 casos de doadores concentrados em uma mesma empresa e doando para um candidato específico. A soma desse tipo de irregularidade é de R$ 37, 1 milhões. A partir dessas informações, os juízes eleitorais podem determinar novas investigações e usar os dados para julgar as contas eleitorais dos candidatos.

Além disso, o órgão informou que os indícios de irregularidades foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para compartilhamento dessas informações com as promotorias estaduais para a devida apuração. Se comprovadas as suspeitas de irregularidades, caberá representação judicial.

CRUZAMENTO DE DADOS – O documento do TSE foi elaborado por meio de um cruzamento de dados com outros seis órgãos federais: a Receita Federal do Brasil (RFB), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Ministério Público Eleitoral (MPE), a Defensoria Pública Federal (DPF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Cidadania .

A informação sobre a morosidade nas investigações foi transmitida à 5ª Câmara de Coordenação e Revisão da PGR, responsável por coordenar e fiscalizar os processos relacionados a corrupção e improbidade administrativa. Integrantes do núcleo planejam fazer uma reunião com Celso Tres em janeiro para discutir a Greenfield. A Corregedoria-Geral do MPF também vai analisar o caso do procurador.

Barroso paralisa mais três processos de ficha limpa até definição do Supremo


Charge do Gilma (Arquivo do Google)

Fernanda Vivas
G1 / TV Globo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, paralisou mais três processos que pedem à Corte a liberação de registro de candidaturas para as eleições municipais de 2020 com base na decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu trecho da Lei da Ficha Limpa.

Os casos suspensos são dos candidatos: Adair Henriques da Silva, candidato a prefeito em Bom Jesus de Goiás (GO); João Donizete Cassuci, candidato a prefeito de Angélica (MS); Marcos Luidson De Araujo, Cacique Xucuru de Orarubá, candidato a prefeito de Pesqueiras (PE).

SUSPENSÃO – As decisões são de quarta-feira, dia 30. Outro caso já analisado, com determinação no mesmo sentido, é do candidato Julio Cesar Evaristo de Souza, Julio Fessô, candidato a vereador em Belo Horizonte (MG). No dia 19 de dezembro, Nunes Marques suspendeu trecho da Lei da Ficha Limpa segundo o qual a punição de oito anos de inelegibilidade para políticos condenados começa a ser contada somente depois do cumprimento da pena.

Conforme Nunes Marques, a decisão se aplica somente a candidaturas para as eleições de 2020 ainda pendentes de análise pelo TSE e pelo STF. O ministro do Supremo afirmou, posteriormente, em despacho no mesmo processo, que o presidente do TSE poderia analisar casos concretos e avaliar a necessidade de paralisá-los até decisão do plenário do STF.

A suspensão dos processos, determinada por Barroso, vale até que o plenário do Supremo julgue em definitivo ação do PDT que motivou a decisão de Nunes Marques. “A questão de fundo objeto da ADI no 6.630, a meu ver, merece ser revisitada no âmbito do Supremo Tribunal Federal. Assim, a decisão ora proferida não antecipa, de modo algum, entendimento de mérito sobre a matéria, que deverá ser detidamente examinada na instância própria”, afirmou o ministro Barroso.

HISTÓRICO –  O presidente do TSE já tinha tomado decisão semelhante no último sábado (26), no caso envolvendo o candidato Sebastião Zanardi (PSC), que foi eleito para a prefeitura de Pinhalzinho (SP) com 55,86% dos votos válidos. Zanardi teve registro indeferido por ainda se encontrar dentro do prazo de inelegibilidade previsto na lei. Com isso, Zanardi não pôde ser diplomado.

Ao TSE, os advogados argumentaram que o candidato cumpre os requisitos para ser beneficiado pela decisão de Nunes Marques, uma vez que foi condenado em agosto de 2012 — portanto, já se teriam passado oito anos da pena de inelegibilidade. Mas Barroso manteve a candidatura barrada. O presidente do TSE disse que a decisão individual de Nunes Marques não gera uma liberação automática de candidaturas e cada caso tem de ser analisado individualmente.

PRUDÊNCIA – Segundo o presidente do TSE, a decisão no tipo de ação analisada por Marques não produz efeitos imediatos e automáticos em outros processos judiciais. Barroso afirmou que, “diante disso, afigura-se como medida de prudência aguardar nova manifestação do Supremo Tribunal Federal antes de se examinar o presente pedido de tutela cautelar”.

O presidente do TSE afirmou que os argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República em recurso contra a decisão de Nunes Marques são consistentes e mostra relevantes dificuldades para a manutenção da medida.

REVISÃO –  No Supremo, há expectativa de que Nunes Marques possa rever a decisão que tomou antes mesmo do fim do recesso, em 31 de janeiro. O ministro pediu que o PDT, autor da ação, se manifeste sobre o recurso da Procuradoria-Geral da República.

O recurso, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, apresenta cinco “obstáculos jurídicos” contrários à medida que reduz o tempo de inelegibilidade de políticos condenados.

Entre esses obstáculos, a PGR destaca que Nunes Marques não poderia ter suspendido o trecho porque mudanças em regras eleitorais só podem valer se forem estabelecidas ao menos um ano antes do pleito, de acordo com a regra constitucional da anualidade eleitoral.

Bolsonaro diz que Brasil pode comprar vacina da Moderna contra Covid


Bolsonaro voltou a criticar Doria pelas medidas de isolamento

Wesley Oliveira
Correio Braziliense

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante live nesta quinta-feira, dia 31, que o Governo Federal poderá comprar a vacina contra a covid-19 produzida pela farmacêutica Moderna. Nesta semana, um estudo publicado no New England Journal of Medicine afirmou que o imunizante tem eficácia de 94,1% contra a doença.

“Além da (vacina da) Pfizer, temos uma outra agora da Moderna, que poderá ser adquirida para o Brasil. O que falta? Falta decidir quem vai tomar e quem não vai tomar a vacina”, disse o presidente durante a transmissão.

DEFINIÇÃO – Segundo o presidente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde vão definir se pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus e produziram anticorpos vão ou não receber o imunizante contra a covid-19. A vacina começou a ser aplicada nesta semana na população dos Estados Unidos.

“Em parte, já estão definidos os grupos. Tem que acertar com a Anvisa e o Ministério da Saúde quem já foi infectado ou não, para ver se pode tomar ou não porque produziu anticorpo. No meu caso particular, como já fui infectado, já tenho anticorpos, eu não vou tomar a vacina”, disse o presidente.

Na mesma transmissão, Bolsonaro culpou a alta no preço das vacinas pela demora do Ministério da Saúde na compra de agulhas e seringas. Um pregão da pasta garantiu menos de 3% do necessário para o plano de imunização em todo o país. “Sabe para quanto foi o preço da seringa? Sabe quanto está a produção disso? Como o mercado reagiu? Quando a procura é enorme e a produção não é grande..”, justificou.

GOVERNO DORIA –  Durante a live, Bolsonaro voltou a criticar o governador João Doria (PSDB) pelas medidas de isolamento adotadas no estado de São Paulo. Na última semana, o presidente afirmou, sem provas, que a vacina CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, estava com a eficácia “lá embaixo”.

“Tem que estar no meio do povo. Tu não sabe o que é povo. Não sabe o que é sentir o cheiro do povo, nunca entrou na casa de um pobre. Sempre fiz isso minha vida toda”, afirmou Bolsonaro, em recado a Doria.

O presidente deu as declarações ao comentar o decreto do governador paulista que colocou o estado na fase vermelha, a mais restritiva, após o Natal e a partir de 0h do dia 1, até 3 de janeiro.

Plataformas ignoraram 66% dos alertas de postagens enganosas nas eleições


Charge do Brum (Arquivo do Google)

Alessandra Monnerat
Estadão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) denunciou ao Twitter, Facebook, Instagram, YouTube e TikTok 173 postagens que avaliou como enganosas até o dia 5 de dezembro deste ano. Dessas, 21% receberam algum tipo de sinalização de que são desinformativas e 13% estão fora do ar. Mas a maioria dos posts (66%) não recebeu sanção das plataformas de redes sociais – apenas no caso do TikTok, todos os três vídeos considerados enganosos foram removidos. As empresas firmaram uma parceria com o tribunal de combate a fake news.

Em setembro, as empresas assinaram um memorando de entendimento com a Corte Eleitoral em que se comprometiam a tomar ações educativas no âmbito do programa de enfrentamento à desinformação nas eleições 2020, mas os termos do acordo diferiam em cada caso. Por exemplo, o Twitter concordou em “atuar diligentemente na análise de denúncias feitas pelo TSE por possíveis violação das regras da plataforma”, enquanto o TikTok disse que criaria um “canal institucional de contato direto”.

ANÁLISE – As denúncias de conteúdo enganoso enviadas pelo TSE às empresas de redes sociais são extrajudiciais; o tribunal informou que “não pediu remoção do conteúdo, apenas análise de cada plataforma”. As companhias de tecnologia, por sua vez, indicam que apenas deletam conteúdos em caso de violação de suas regras de uso, mas os detalhes sobre o processo de decisão não são claros.

Os conteúdos enviados pelo TSE às plataformas incluem postagens dos deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Filipe Barros (PSL-PR), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ). Também são listados candidatos derrotados nas eleições 2020, como Alan Lopes (tentou cargo de vereador no Rio pelo PSD) e Gustavo Gayer (concorreu a prefeito de Goiânia pelo DC). Citados no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) também tiveram postagens consideradas enganosas: os blogueiros Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos e o ex-deputado Roberto Jefferson.

Dentre as plataformas parceiras do TSE, o YouTube foi a que menos removeu os conteúdos considerados desinformativos – 76% dos 46 vídeos denunciados pelo TSE continuavam no ar, sem aviso sobre fake news. Facebook e Instagram, pertencentes à mesma empresa, mantiveram no ar 65% das 80 postagens encaminhadas. Já o Twitter não aplicou sanções a 61% dos 44 tuítes identificados pelo tribunal.

CHECAGEM – O Twitter sinalizou 13 das publicações enviadas pelo TSE como “contestadas”. No Facebook e no Instagram, 19 tinham aviso de “informação falsa” e cinco de “sem contexto”. Nesse caso, são as agências de checagem parceiras da empresa, como o Estadão Verifica, responsáveis pela marcação. O Facebook é a única entre as plataformas citadas que tem um programa estruturado em que fact-checkers podem marcar diretamente conteúdo falso na rede social.

O Estadão identificou que ao menos 90 dos conteúdos listados pelo TSE continham alegações desmentidas por checadores como o Estadão Verifica, Agência Lupa, Aos Fatos e AFP Checamos, mas 63% dessas postagens não tinham sido sinalizadas pelas plataformas. O YouTube não marcou nenhum dos vídeos com alegações checadas por verificadores.

A lista de postagens encaminhadas pelo TSE e os termos de acordos com as plataformas foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela agência de dados Fiquem Sabendo. De acordo com o TSE, a listagem inclui conteúdo que desinforma sobre o processo eleitoral, o funcionamento da urna eletrônica, a segurança sanitária da votação e os integrantes da Justiça Eleitoral. Agências de checagem parceiras da Corte – incluindo o Estadão Verifica –, funcionários dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e outros cidadãos podem sinalizar publicações enganosas. O tribunal analisa as denúncias e encaminha às empresas de redes sociais.

POSTAGENS DERRUBADAS – A Corte afirmou que, até 15 de dezembro, foram registrados cinco casos de postagens derrubadas (YouTube e TikTok), 36 sinalizadas (Facebook e Twitter) e três contas suspensas (Twitter). O TSE acrescentou que o WhatsApp, outra plataforma parceira, baniu 1.042 contas por suspeita de disparo em massa.

O Facebook informou que removeu os conteúdos que violavam as regras da plataforma, assim como as postagens que foram alvo de ordem judicial. Outras postagens, ainda que não violassem as políticas internas, receberam a marcação de conteúdo falso após verificação de parceiros independentes de checagem de fatos, afirmou um porta-voz da empresa. Expressão individual, opiniões e debates, no entanto, não são passíveis de verificação, afirmou.

As regras de uso do Facebook não preveem a remoção de posts com desinformação, e sim de publicações que possam interferir no processo eleitoral – como informar o número errado de um candidato. A plataforma disse ter removido no período das eleições 140 mil conteúdos que violavam essa política.

VIOLAÇÃO – De forma semelhante, o Twitter disse que colocou avisos ou removeu publicações que violavam suas políticas de integridade cívica, “com informações falsas ou enganosas que tenham como intuito prejudicar a confiança do público em uma eleição ou outro processo cívico”. Os tuítes marcados têm visibilidade reduzida, segundo a política da plataforma.

O YouTube também afirma que só remove conteúdo que viola suas Políticas de Comunidade – isso inclui vídeos que contenham discurso de ódio ou que incitem pessoas a tomar atitudes perigosas. “É importante destacar que, quando não há violação às diretrizes de uso do YouTube, a decisão final sobre a necessidade de remoção do conteúdo cabe ao Poder Judiciário, de acordo com o que estabelece o Marco Civil da Internet”, diz a empresa em nota.

A plataforma diz adotar outras ações contra desinformação, como o “destaque a fontes confiáveis de notícias e informações nos resultados de busca e em nossa página inicial” e a “redução da recomendação de conteúdo que pode desinformar”. O YouTube disse que a campanha “Fato ou Boato”, do TSE, teve 400 milhões de impressões.

FUTURO – A jornalista Cristina Tardáguila, diretora adjunta da International Fact-Checking Network (IFCN), associação da qual o Estadão Verifica faz parte, cobra mais transparência das plataformas em relação ao processo de moderação de conteúdo. “Precisa ficar claro por que algumas postagens foram removidas e outras não”, opina.  

Pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Caio Machado disse ver uma melhora em relação à atuação das redes sociais contra a desinformação – apesar de também cobrar mais transparência. Ele indica que, no futuro, mais que deletar conteúdos desinformativos específicos, as plataformas devem inibir comportamentos em rede. “Nesse sentido, as plataformas teriam uma atuação importante ao encontrar e proibir certos tipos de comportamento”, afirmou.

O QUÊ FISCALIZAR?

 


Nota da redação deste Blog - " Basicamente as funções e atribuições dos Vereadores estão expressas na Constituição Federal (arts. 29, 29/A e 46), na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara Municipal.

No dia da posse, eles juram cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e a Lei Orgânica Municipal (a Lei maior do Município), observar as leis, desempenhar o mandato e trabalhar pelo progresso do Município e o bem estar de seu povo." (https://www.camaraformiga.mg.gov.br/funcao-do-vereador/)

Portanto , o que o eleitor  exige do vereador tanto da situação quanto da oposição, é que cumpram o seu juramento fiscalizando.

Saúde reconhece fracasso e fala em “novos certames” e pregões para comprar seringas e agulhas

 

Charge do Duke (domtotal.com)

Adriana Mendes e Eduardo Bresciani
O Globo

O Ministério da Saúde admitiu fracasso no primeiro pregão eletrônico realizado para a compra de seringas e agulhas para a vacinação contra a Covid-19 e fala na realização de novos certames e pregões para tentar adquirir o material necessário.

A manifestação foi feita em nota e resposta ao O Globo, enquanto nas redes sociais a pasta diz ser “fake news” a informação de que conseguiu garantir apenas 2,4% dos itens desejados no pregão eletrônico realizado nesta segunda-feira. Em resposta enviada ao O Globo, a pasta fala em “novos certames” para buscar os materiais, afirmando que o pregão no qual não conseguiu realizar a compra seria apenas a “primeira parte” da negociação.

JUSTIFICATIVA – “O resultado não é final e sim da primeira parte, por isso terão novos certames, outros pregões, como previsto em Lei”, diz a resposta. Foi encaminhada também uma nota na qual a pasta explica pela primeira vez de forma oficial o motivo de não ter conseguido realizar a compra das 331,2 milhões de unidades desejadas, e admite o fracasso em três dos quatro itens do edital.

“Os itens 1, 2, e 3 restaram fracassados porque os lances ofertados pelos licitantes ficaram superiores ao preço estimado pelo Ministério da Saúde e mesmo com tentativas de negociação não foi possível chegar ao valor estabelecido, bem como alguns licitantes não apresentaram os documentos de qualificação técnica exigidos no item 8 do Termo de Referência do certame e consequentemente tiveram suas propostas canceladas”, diz a nota.

Quanto ao item 4, a empresa vencedora apresentou proposta para fornecer apenas 7,9 milhões de unidades, enquanto neste ponto o desejo da pasta era de adquirir 31,2 milhões. Neste caso a compra ainda não está garantida porque a pasta ainda analisa a habilitação técnica da empresa e a validade da proposta. “Esclarecemos que o item 4 ainda carece de avaliação da documentação de habilitação técnica, bem como validação da proposta pela área demandante desta Pasta”, afirma a nota.

COMPRA EM JANEIRO –  O Ministério destaca ainda que haverá fase recursal no pregão e que “acredita” ser possível efetivar a compra do material desejado em janeiro. O tom da resposta oficial é diferente do usado nas redes sociais da pasta. Mensagem divulgada na noite dessa terça-feira trata como “fake” a informação publicada na imprensa sobre a licitação dizendo apenas que o pregão está em andamento e que “a previsão do governo federal é assinar os contratos ainda em janeiro”. A pasta diz ainda nas redes que “O Brasil está preparado para o início da vacinação contra a Covid-19”.

O resultado frustrante do leilão acendeu o alerta dos secretários estaduais de saúde. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Eduardo Lula, manifestou preocupação com o tema: “Corremos o risco real de termos vacina e não termos agulhas e seringas suficientes. O Ministério tem de urgentemente reunir a indústria nacional para saber como proceder. Sob pena de medidas drásticas serem tomadas, como, por exemplo a requisição administrativa ou a proibição de exportação dos estoques no Brasil “, disse  Lula.

AQUISIÇÕES PARALELAS – Diante das dificuldades para uma compra unificada pelo governo federal, representantes de alguns estados estão fazendo aquisições paralelas. Em São Paulo, o governo adquiriu 71 milhões de seringas e agulhas, tendo feito 27 pregões. No Rio, a secretaria estadual informou o recebimento de 8 milhões de unidades nesta semana e um segundo lote com a mesma quantidade será entregue em janeiro.

O governo da Bahia adquiriu 19,8 milhões de seringas e agulhas e afirma ter ainda mais 6 milhões de unidades em estoque. O Ceará tem 2 milhões armazenadas, outras 6 milhões compradas com previsão de entrega na primeira semana de janeiro e planeja adquirir ao todo 17 milhões de unidades.

O Distrito Federal iniciou o processo de compra de 4,8 milhões de unidades e afirma ter 2 milhões em estoque. Alguns estados, porém, aguardam que o governo federal faça o fornecimento, visto que isso está previsto no plano nacional de imunização.

Após obter decisão judicial, Padre Aguinaldo é diplomado prefeito de Firmino Alves


Após obter decisão judicial, Padre Aguinaldo é diplomado prefeito de Firmino Alves
Foto: Reprodução / Bahia na Política

O desembargador Ávio Mozar, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), concedeu liminar para aceitar o registro de candidatura de Padre Aguinaldo (PDT), mais votado nas eleições deste ano para prefeito de Firmino Alves, no sul da Bahia. Com a decisão, o pedetista, que estava impedido judicialmente de assumir o mandato, foi diplomado nesta quinta-feira (31) como eleito e pode ser empossado no cargo nesta sexta (1º).

 

Apesar de ter sido o mais votado pela população de Firmino Alves - teve 2.092 votos (50,01%) - Aguinaldo estava impossibilitado de se tornar prefeito porque não teve o registro como candidato deferido pela Justiça Eleitoral. Ex-prefeito, ele foi barrado de concorrer porque teve as contas de 2011 e 2012, no mandato anterior, rejeitadas pela Câmara Municipal de Vereadores. 

 

O desembargador acatou argumento da defesa de Aguinaldo de que o candidato obteve na Justiça decisão que anula os efeitos dos decretos da Casa Legislativa que rejeitaram as contas do ex-gestor. Com isso, suspende-se a inelegibilidade dele. 

 

“À vista de tais posicionamentos, pode-se concluir, ao menos sumariamente, que a decisão que suspendeu os efeitos dos decretos legislativos que rejeitaram as contas de gestão do requerente, por ter sido proferida no dia 14/12/2020 – portanto, antes da data final da diplomação dos eleitos – pode ser conhecida nos autos do processo de registro de candidatura. Ao revés, a decisão posterior, que anulou aquela acima referida, por ter sido proferida no dia 15/12/2020 – após a data das eleições – não tem o condão de atrair novamente a causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, g, da LC nº 64/90, devendo, pois, ser arguida em sede de recurso contra a expedição de diploma”, diz trecho da decisão. 

Bahia Notícias

Marco Aurélio Mello cobra Fux sobre ausência de demissão de médico em clipping do STF


Marco Aurélio Mello cobra Fux sobre ausência de demissão de médico em clipping do STF
Foto: Nelson Jr. / SCO/ STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, enviou um ofício ao presidente da Corte, Luiz Fux, questionando a ausência de duas reportagens sobre a demissão de um médico no clipping diário do STF. O clipping é a seleção das principais manchetes do dia.

 

As notícias faltantes falam sobre a demissão do médico Marco Polo Dias Freitas, secretário de Serviços Integrados de Saúde da Corte, responsável por pedir a laboratórios brasileiros que reservassem 7 mil doses de vacinas contra Covid-19 para servidores do Supremo. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele disse que seus superiores sabiam que a solicitação seria feita. 

 

No ofício, também encaminhado aos demais ministros do Supremo, Marco Aurélio diz: "O clipping geral de hoje, do Supremo, trouxe duas folhas de rosto, a saber: do jornal Folha de S. Paulo/Nacional e d’O Estado de São Paulo. A primeira, com a chamada: 'Médico do STF contesta versão de Fux sobre vacinas'. A Segunda, revelando matéria com o título: 'Demissão de médico gera atritos para Fux no STF'. Ocorre que o conteúdo do clipping não se fez com a reprodução do que publicado. Ante os ares democráticos vivenciados, somente cabe atribuir a omissão a falha ao reproduzir-se o teor das notícias. Sim, o clipping veio sem o que publicado. Considerando o quadro, requeiro a vossa excelência seja esclarecido."

 

Em resposta ao ministro, o secretário de Comunicação do Supremo Tribunal Federal, Delorgel Valdir Kaiser, enviou na tarde desta quinta (31), ao ministro Marco Aurélio Mello, um ofício no qual aponta ‘falha da montagem’ do clipping que circulou no tribunal. "Cumprimentando cordialmente vossa excelência, e considerando a falha na montagem do clipping diário do STF, encaminhamos em anexo o volume completo das matérias relativas ao dia 30/12/2020", diz o documento, segundo o site Conjur. 

Bahia Notícias

Paes edita 74 decretos no Rio de Janeio e abre investigação sobre gestão Crivella


Paes edita 74 decretos no Rio de Janeio e abre investigação sobre gestão Crivella
Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Empossado pouco antes das 13h, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, editou 74 decretos e abriu duas frentes de investigação sobre a administração do antecessor, Marcelo Crivella, que está em prisão domiciliar desde o dia 24 de dezembro, sob suspeita de comandar um esquema de cobrança de propinas na prefeitura carioca. Paes determinou a criação de Comissões de Investigação Preliminar para apurar denúncias contra a gestão do ex-prefeito, que envolvem ainda o uso de servidores públicos para constranger o trabalho da imprensa.

 

Crivella é acusado de comandar um esquema batizado como “QG da Propina” e chegou a ser preso no último dia 22, antes da Justiça determinar a progressão de regime para domiciliar. A outra comissão instalada por Paes é referente aos “Guardiões do Crivella”, grupo de servidores públicos comissionados que ficavam na porta de hospitais para atrapalhar a apuração jornalística de denúncias na área de saúde.

 

São 44 decretos relacionados à Secretaria da Fazenda. Entre as medidas está a determinação para que todos os contratos da gestão anterior só sejam executados após a finalização de um processo de sindicância. A nova administração ainda suspendeu a realização de concursos públicos e analisa a possibilidade de uma reforma tributária e um pedido de recuperação fiscal. Paes retornou ao comando da prefeitura do Rio de Janeiro após vencer Crivella no segundo turno das eleições 2020.

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