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sexta-feira, outubro 09, 2020

Governo quer cortar supersalários para bancar o Renda Cidadã, mas não sabe se conseguirá


TRIBUNA DA INTERNET | Senado aprova fim dos supersalários, mas esqueceu de  combinar com o Supremo

Charge de Jorge Braga (Arquivo Google)

Elio Gaspari
Folha/O Globo

A boa notícia foi trazida pela repórter Geralda Doca: a ekipekonômika quer criar recursos para financiar o programa de amparo social impondo um teto salarial para os servidores públicos: R$ 39,2 mil mensais e nem um tostão acima disso. A medida resultaria numa economia de pelo menos R$ 10 bilhões anuais para a bolsa da Viúva. Se essa ideia for em frente, Jair Bolsonaro poderá custear uma parte de seu projeto Renda Cidadã.

Hoje o programa Bolsa Família protege 13,5 milhões de famílias e custa R$ 29,5 bilhões anuais.

SALÁRIOS SEM TETO – O governo é obrigado a respeitar um teto de gastos. No entanto, há um teto salarial para os servidores e ele tem mais buracos do que queijo suíço. Entre setembro de 2017 e abril deste ano 8.226 magistrados receberam pelo menos um contracheque com valor superior a R$ 100 mil. Em 565 ocasiões, 507 afortunados faturaram mais de R$ 200 mil. Há universidades onde professores sacam salários de R$ 60 mil. Dois ministros de Bolsonaro conseguiram mais de R$ 50 mil mensais.

Ninguém faz coisa ilegal. O reforço têm nomes bonitos: auxílio-moradia, tempo de serviço, ou participação num conselho. A ideia do teto salarial está há tempo no Congresso, mas não anda.

O andar de cima de Pindorama tem suas astúcias. O teto real seria ilegal, porque fere direitos adquiridos. É o jogo trapaceado. Os direitos do andar de cima são adquiridos, os do andar de baixo são flexíveis.

TRÁFICO DE ESCRAVOS – Em 1851, Joaquim Breves, dono de grande escravaria e contrabandista de negros, dizia que a repressão ao tráfico ameaçava “a vida e fortuna de numerosos cidadãos, assim como a paz e a tranquilidade do Império”. Para felicidade geral da nação, a 13 de maio de 1888 atentou-se contra a propriedade privada e aboliu-se a escravidão.

O andar de cima é esperto. Em 1831 o Brasil assinou um tratado com a Inglaterra pelo qual todos os escravizados que chegassem a Pindorama seriam negros livres. Depois do tratado entraram perto de 800 mil negros escravizados e até 1850 só 8.000 foram resgatados. Desde 1818 a lei determinava que eles prestassem serviços à Coroa por 14 anos.

ANUIDADE ESCRAVA – Em 1835 criou-se um sistema de concessão, ancestral das Parcerias Público-Privadas. O magano ia à Coroa, pedia um negro e pagava uma anuidade equivalente ao que o escravizado lhe trazia trabalhando por um mês. Enquanto a PPP durou, foi um negócio da China.

Os dois maiores políticos do Império, o marquês do Paraná e o duque de Caxias, conseguiram 21 e 22 cada um. Os dois principais jornalistas da época, Firmino Rodrigues Silva e Justiniano José da Rocha, também foram concessionários. A eles se juntaram barões, marqueses, juízes, médicos (inclusive o presidente da Academia Imperial) e parentes da governanta de d. Pedro 2º. Um desembargador ganhou 14 negros.

AFRICANOS LIVRES – Se um fazendeiro do Vale do Paraíba comprasse um escravizado trazido por contrabandistas, comprava um risco. Se um “africano livre” da turma da PPP morresse, bastava pedir outro. Assim cevou-se a elite da Corte. Nela, poucos personagens de Machado de Assis trabalham.

Serviço: Todas as informações referentes aos escravizados estão no magnífico livro “Africanos Livres”, da professora Beatriz Gallotti Mamigonian, e em sua tese de doutorado “To Be a Liberated African in Brazil” (ser um africano liberto no Brasil), que está na rede.​

O prefeito não abre concurso público na prefeitura para os comissionados e contratados permanecerem manipulados.

 Qual o verdadeiro motivo de só agora nas vésperas das eleições o prefeito resolver demitir essa funcionária?

Nas redes sociais a resposta vem de imediato: " porque vota com sua consciência, não aceita ser escrava cuja moeda de compra e venda, é um cargo publico".

É por esse motivo que  faz o prefeito temer realizar  concurso público, fugindo como o " demônio foge da cruz".

Quem irá responder a todos vocês qual o motivo do prefeito de Jeremoabo optar por excesso de contratados e comissionados não sou eu, mas o Consultor Jurídico do Tribunal de Contas da União (TCU) Cavallri quando diz

Excesso de funcionários comissionados estimula corrupção”, diz auditor do TCU" (https://blogs.correiobraziliense.com.br/)

Em Jeremoabo o prefeito achando pouco os casos de nepotismo,  inchou a  folha com   cargos que não se enquadram nas hipóteses constitucionais ao regramento do concurso público.
O pior de tudo isso é que grande parte desses contratados e comissionados, são transformados em verdadeiros e perniciosos cabos eleitorais transvertidos de funcionários públicos as custas do erário para participarem de politicagem como assistimos há poucos dias, servidores em horário de expediente participando de  manifestações .

Nota da redação deste Blog - 

Órgãos públicos não devem demitir comissionados por motivação eleitoral, recomenda MPF

"O MP Eleitoral ressalta que o artigo 73 da Lei nº 9.504/97 proíbe aos agentes públicos, servidores ou não, condutas “tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais”, entre as quais, nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou, por outros meios, dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, remover, transferir ou exonerar de ofício servidor público, no estado ou cidade das eleições, nos três meses anteriores e até a posse dos eleitos, sob pena de anulação do ato." 

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amazonas

quinta-feira, outubro 08, 2020

Eis o depoimento do repórter voluntário Davi Alves prestado na delegacia.

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 Lendo esse depoimento constante do B.O do Repórter voluntário Davi Alves, nada tenho a comentar, apenas sugerir ao Prefeito que encaminhe seu Secretário para um psiquiatra; falo isso porque segundo palavras do depoente, foi mesmo agredido sem nenhuma discussão, apenas porque pediu permissão a proprietária de uma residência com propaganda eleitoral do Candidato Deri  para falar com a mesma. 

Toda imprensa de Jeremoabo e do Brasil entendeu que o mesmo fora agredido por documentar suposto uso de material da prefeitura dinheiro do povo, para beneficiar uma eleitora do  prefeito, o que caracteriza suposta compra de votos.

Porém, nada tenho a comentar, calado estou, calado fico.


 

Fachin dá 5 dias para Geddel comprovar que não pode pagar à vista multa milionária

 

por Bruno Luiz

Fachin dá 5 dias para Geddel comprovar que não pode pagar à vista multa milionária
Ex-ministro quer parcelar multa de R$ 1,6 milhão | Foto: Reprodução / G1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, deu 5 dias para que o ex-ministro Geddel Vieira Lima comprove não ter condições de pagar integralmente a multa de R$ 1,6 milhão à qual foi condenado a desembolsar no âmbito do processo do bunker de R$ 51 milhões.

 

Geddel, que cumpre prisão domiciliar em um apartamento no bairro do Chame-Chame, em Salvador, pediu ao Supremo o parcelamento da dívida, em 20 vezes (relembre), sob justificativa de que não teria como pagar integralmente porque teve os bens bloqueados em processos aos quais responde judicialmente.

 

Tanto o STF como a Procuradoria-Geral da República (PGR) já haviam sido favoráveis ao parcelamento da multa, desde que comprovada a “impossibilidade econômica do apenado”, como aponta trecho da decisão. 

 

Na decisão, Fachin ainda ordenou a restituição de R$ 3.123,34 a Job Ribeiro Brandão, ex-assessor do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima. O valor foi pago como fiança no curso das investigações do caso, mas ele foi absolvido pelo STF das acusações, junto ao empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.

 

CASO BUNKER
Geddel foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão e 106 dias-multa pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador. Além dele, seu irmão, Lúcio Vieira Lima, também foi condenado, no mesmo processo, a 10 anos e 6 meses de reclusão e 60 dias-multa.

 

Em dezembro de 2019, Fachin autorizou a transferência de Geddel do presídio da Papuda, em Brasília, para o Complexo da Mata Escura, na capital baiana. Em julho deste ano, o ex-presidente do STF, Dias Toffoli, mandou o ex-ministro para prisão domiciliar. 

Bahia Notícias

Cerca de 40% das cidades do país gastam menos de R$ 1 em saúde por habitante por dia


por Folhapress

Cerca de 40% das cidades do país gastam menos de R$ 1 em saúde por habitante por dia
Foto: Reprodução / Agência Brasil

O Brasil gasta em serviços e ações de saúde pública, por dia, cerca de R$ 3,83 com cada brasileiro, um valor aquém do necessário, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). Considerando todos os municípios do país, 2.200 prefeituras (39,5% do total do país) gastaram, em 2019, menos de R$ 1 para cada habitante por dia.

O Conselho, junto com a ONG Contas Abertas, fez o levantamento de gastos das esferas federal, estadual e municipal no Brasil. As informações foram obtidas através do Siops (Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde) e são fruto de autodeclarações dos diferentes entes públicos.

O levantamento não busca apontar possíveis desvios do investimento mínimo legal na área, segundo o CFM -todos os entes devem destinar uma parte específica de sua receita para a saúde. O conselho diz que há, inclusive, muitos municípios que gastam mais do que o estipulado em lei.

A análise olhou para valores de 2008 (corrigidas pelo IPCA) até 2019. O primeiro ano da série observada apresenta o menor valor por pessoa/dia, R$ 3. O maior valor, R$ 3,89, ocorreu em 2014.

"Existe subfinanciamento em todas as esferas. Esse valor deveria ser muito maior para conseguir amenizar o sofrimento da população. Além disso, a gestão é fundamental para que ocorra realmente a assistência adequada", afirma Hideraldo Luis Souza Cabeça, secretário do CFM.

Um dos pontos destacados pelo CFM é o crescimento total e percentual quase constante dos gastos municipais com saúde no espaço de tempo observado. Em 2019, tais os gastos representavam cerca de 31% do total das despesas com ações e serviços de saúde. A esfera estadual ficou responsável por cerca de 26% e a federal por 42%.

O crescimento do gasto municipal, porém, não se traduz automaticamente em melhores serviços de saúde para a população, afirma Donizetti Giamberardino Filho, vice-presidente do CFM, considerando que o financiamento é só um dos pilares a se levar em consideração.

"Quando analisamos o número, é mto provável que os municípios mais pobres, caso eles não estejam integrados [a uma rede mais complexa do SUS], o custo será mais alto, mesmo que seja insuficiente", diz Giamberardino Filho.

Focando a análise nas 26 capitais dos estados, o levantamento encontrou um gasto média anual, em 2019, per capita, de R$ 490,72. A capital que mais gasta é Teresina, seguida por São Paulo. Do total, 18 capitais ficam abaixo da média nacional e 9 não chegam a gastar R$ 1 para cada habitante por dia.

Nos gastos estaduais per capita, o primeiro lugar é ocupado por Roraima, seguido por Tocantins.

Apesar de afirmar que os gastos são insuficientes, o CFM não aponta qual valor seria próximo do ideal. Observa, porém, outro parâmetro econômico para para embasar a afirmação: a fatia da participação pública nos gastos totais de saúde.

A comparação usada pelo CFM é proveniente de dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Segundo o levantamento, o setor público brasileiro (União, estados e municípios) é responsável por cerca de 42% do gasto em saúde no Brasil. Enquanto isso, países com propostas de universalidade de saúde semelhante à brasileira, como Argentina, França, Canadá, Espanha e Reino Unido, têm participação pública de gasto superior a 70%, aponta o CFM.

"Aparentemente é muito dinheiro [o que o Brasil coloca em saúde], mas, para a nossa proposta de direito à saúde, esse financiamento é insuficiente", afirma Giamberardino Filho.

O volume de verba inadequado chega nas pontas do atendimento, os médicos e a população.

Os profissionais são atingidos pela falta de estrutura e de políticas de carreira para retenção de pessoas nas unidades de atenção básica e em regiões interioranas. Segundo os representantes do CFM, isso acaba por fragilizar a "porta de entrada" do sistema de saúde, impactando o resto do sistema.

"Você sobrecarrega unidades que deveriam dar diagnósticos precoces e encaminhar para áreas de maior complexidade", diz Cabeça.

Do lado do público, a falta de acesso a serviços pode ser visto como um dos principais resultados do gasto insuficiente (sempre lembrando que os representantes também destacam a importância de como o recurso é gerido).

"Em levantamento recente que fizemos, chegamos a encontrar uma pessoa no Ceará que estava há dez anos esperando para fazer uma cirurgia. É um absurdo", diz Cabeça. "Uma senhora que tem câncer detectado não pode ficar seis meses esperando para tratar", diz Giamberardino Filho.

Os representantes dizem que veem a necessidade de aumentar os recursos direcionados à saúde, além de melhorar a gestão dos mesmos. Defendem também avaliar a manutenção dos leitos que foram criados por causa da pandemia, o que poderia ajudar no atendimento da população.

Bahia Notícias

Plenário e autoridades do judiciário homenageiam ministro Celso de Mello

 Quinta, 08 de Outubro de 2020 - 10:40


Plenário e autoridades do judiciário homenageiam ministro Celso de Mello
Foto: STF

O ministro Celso de Mello foi novamente homenageado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dessa vez, por todos os membros que compõe o Plenário da Corte. O ministro se aposentará na próxima terça-feira (13). Além de ministros, autoridades de órgãos de representação judicial exaltaram o legado que Celso de Mello deixa para o STF e para sociedade brasileira. 

 

O presidente do STF, ministro Luiz Fux, classificou o homenageado como um “um homem à frente de seu tempo”, além de sua postura serena e o perfil conciliador, que o transformaram em um “decano singular desta Corte: ponto de equilíbrio nos momentos de instabilidade e farol nas situações de escuridão”. Fux lembrou que, ao longo desses 31 anos no Supremo, o decano se comprometeu com a busca da justiça, sobretudo para os grupos menos afortunados e historicamente marginalizados. 

Fux ainda destacou que Celso de Mello é uma inspiração pessoal e referência profissional para todos os que ocupam uma cadeira no STF, por ser um líder natural. “É ele quem nos socorre nas questões sensíveis, com lições sábias e conselhos acolhedores. É ele quem toma a frente para preservar e defender o tribunal nos momentos delicados, com discrição e autocontenção, mas coragem heroica”, afirmou.  

 

A ministra Cármen Lúcia, em nome dos demais ministros, destacou que a força da presença moral e intelectual do ministro Celso de Mello sempre será presente. “Seu exemplo vital, sua ética pessoal e profissional a nos conduzir e a nos comprometer com tudo quanto por ele feito em sua trajetória modelar de ser humano, de cidadão e de juiz”. Segundo a ministra, Celso de Mello alia “a firmeza de decisões com a lhaneza de trato, a seriedade da conduta com leveza do convívio, a profundidade do saber com a diversidade dos saberes”. 

A diversidade dos saberes foi exemplificada com a música e as artes. A ministra lembrou que o decano conhece compositores dos clássicos aos sertanejos, de óperas à música popular brasileira, discute datas e tendências musicais, “em aprimorado conhecimento de pouca suspeita pelos que apenas entreveem sua permanente entrega ao Direito”. “De repente, ensina matéria que não é de Direito. É muito para lá do Direito, proseia sobre a vida”, disse. “Também conta fatos e atos da história do Brasil e do mundo, detalha datas e personagens, ri de passagens hilárias e choca-se com degradações desumanas. É um sábio”. 

 

Para a ministra, Celso de Mello, “homem bom e de bem”, é essencial ao Brasil, “onde a maldade tantas vezes tem tido assento privilegiado em detrimento do cidadão e da República”. Ela destacou sua intransigência com a desonestidade, a corrupção, a promiscuidade e as práticas antirrepublicanas e antidemocráticas. “É um brasileiro empenhado em um viver republicano, crente em que é esta a forma de governo legítima em prestígio à igualdade cívica, à liberdade igual a todos assegurada e à responsabilidade por todos a ser assumida na experiência do viver em comum”, ressaltou. 

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que a atuação do homenageado na Corte foi essencial para a estabilidade dos princípios constitucionais, para a defesa de direitos e liberdades e para as garantias processuais e fundamentais. “O MP presta homenagem pela contribuição inestimável ao direito pátrio”, afirmou. “Pela fidalguia para com todos, pelo fortalecimento da democracia e dos princípios e valores da Constituição, o ministro ocupa um lugar de honra na história da Justiça”, ressaltou, lembrando a passagem de Celso de Mello pelo Ministério Público paulista antes de ocupar uma cadeira no Supremo. 

 

O advogado-geral da União (AGU), José Levi do Amaral, recordou que o ministro Celso de Mello também atuou na AGU. “Já sentimos saudades dos indeléveis ensinamentos”, afirmou, ao fazer referência, em especial, ao aprendizado sobre direitos fundamentais, democracia, Constituição Federal, Estado de Direito, constitucionalismo e pluralismo. 

 

O defensor público-geral da União, Gabriel Faria Oliveira, registrou que a trajetória do decano foi marcada pela defesa intransigente das liberdades públicas e civis e dos direitos fundamentais e pela preocupação com a concretização dos direitos elementares dos excluídos. Segundo Oliveira, o decano do STF ensinou que a valorização institucional é o caminho para o processo civilizatório e para o fortalecimento democrático. Lembrou, ainda, que, também em relação à população carente, a missão do ministro Celso de Mello “está plenamente cumprida”. 

 

Segundo o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o exemplo do ministro Celso reforça a fé na vida e nas instituições democráticas. Para o advogado, o decano é essencial para a construção de uma “corajosa cultura jurídica que não recua diante dos arbítrios do poder”. Santa Cruz exaltou o seu exemplo de dedicação profissional e respeito aos valores republicanos, sua demonstração de singular capacidade para unir o conhecimento técnico, a sensibilidade humana e a vocação democrática e ressaltou a imortalidade do delegado do ministro para a memória jurídica nacional. 

Bahia Notícias

É real a sensação de que algo se perdeu nos EUA e Brasil, as maiores democracias das Américas

 

TRIBUNA DA INTERNET | Maior erro de Bolsonaro foi desprezar o exemplo de  Trump, que mantém os três filhos sob controle

Charge do Aroeira (Arquivo Google)

João Gabriel de Lima
Estadão

Em setembro de 2015 Fernando convidou Fernando para ir à ópera. Um Fernando, o Haddad, era prefeito de São Paulo, e gostava de trocar ideias com outro Fernando, o Henrique Cardoso, que havia sido presidente da República. Os dois tinham algo em comum além do nome. Eram intelectuais formados na esquerda movendo-se na selva da política. Em uma das conversas entre ambos, Haddad lembrou que Cardoso gostava de ópera, e o convidou para assistir à Manon Lescaut, de Puccini, no Teatro Municipal.

Ruth e Antonin também gostavam de ir juntos à ópera, no Metropolitan de Nova York. Ruth era Ruth Bader Ginsburg, juíza liberal nomeada por Bill Clinton. Ela defendia a igualdade de gêneros brandindo argumentos da Constituição americana. Antonin era Antonin Scalia, remanescente do conservadorismo com base intelectual dos tempos de Ronald Reagan.

GOSTO PELA ÓPERA – Amicíssimos para além das divergências, a liberal e o conservador se igualavam no brilho jurídico, na ironia – e no gosto pela ópera. O escritor Paulo Nogueira, colaborador do Estadão, lembrou-me que o compositor Derrick Wang homenageou em música a verve e a inteligência dos dois juízes da Suprema Corte americana. A ópera Scalia/Ginsburg estreou em 2015, o mesmo ano em que um Fernando convidou o outro para ir ao Municipal.

Cinco anos se passaram. Em 29 de setembro de 2020, terça-feira passada, o mundo assistiu ao debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump e Joe Biden. O republicano interrompia o democrata a todo momento para provocá-lo. Irritado, Biden chamou Trump de “mentiroso”, “palhaço” e “cachorrinho de Putin”. Foi uma briga de rua em live streaming.

O FENÔMENO BOLSONARO– Cinco anos se passaram. Em 2015, o Brasil ainda não vivera seu segundo impeachment. PT e PSDB frequentemente baixavam o nível do debate, mas, diante do que vemos hoje, o termo “polarização” soa exagerado para as rusgas entre os dois partidos forjados na USP.

Em 2015 ninguém levava a sério a candidatura de Jair Bolsonaro – este sim um político polarizador – à Presidência da República. Nos Estados Unidos, em 2015, o termo “fake news” começava a entrar na moda – e Donald Trump igualmente não era levado a sério como postulante à Casa Branca.

Cinco anos se passaram. Recentemente, a deputada conservadora Janaína Paschoal e o parlamentar progressista Marcelo Freixo debateram no YouTube. Ambos foram criticados nas redes sociais, apenas por conversar de forma amigável com quem pensa de maneira diferente.

SEM CONSTRANGIMENTO – Quando me contou sobre sua noite na ópera com Haddad, Fernando Henrique disse que tentou se manter discreto no camarote, para evitar problemas para o então prefeito. Não foi possível. Os jornais farejaram a foto histórica. Fernando Henrique e Fernando Haddad – personagem do minipodcast da semana – posaram sorridentes, sem constrangimento.

Quando o juiz Scalia morreu, em 2016, a juíza Ginsburg fez seu elogio fúnebre. Lembrou uma tirada irônica de Scalia sobre a amizade dos dois: “Eu combato ideias, não pessoas. Ótimas pessoas podem ter péssimas ideias”. Ruth Bader Ginsburg morreu neste ano, recebendo merecidíssimas homenagens – mas também alguns impropérios de trumpistas nas redes sociais.

Cinco anos se passaram entre as duas noites na ópera e a briga de rua em live streaming. É inevitável a sensação de que, em apenas cinco anos, algo se perdeu nas duas maiores democracias das Américas.

Parlamentares bolsonaristas se empenham para emplacar os nomes de familiares nas eleições municipais

 

Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)

Fernanda Alves e Rayanderson Guerra
O Globo

Eleitos na onda bolsonarista de 2018 com apoio do presidente, parlamentares tentam agora formar seus próprios clãs nas eleições municipais deste ano. É o caso dos deputados federais Otoni de Paula (PSC-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP) que fazem campanha aberta pelos pais, irmãos e até cunhada.

Otoni, que não conseguiu se lançar candidato a prefeito do Rio,  está empenhado em eleger o pai. Ele tem usado seus perfis em redes sociais, que somam mais de 1 milhão de seguidores, para pedir apoio ao pai, que se apresenta aos internautas como”Otoni de Paula Pai”. Ele é candidato a vereador pelo Solidariedade, partido que está na coligação do atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos).

“LIÇÃO” – Em um vídeo compartilhado por Otoni Pai, ele aparece ao lado do filho em meio a imagens do presidente Jair Bolsonaro após a campanha presidencial de 2018. Enquanto as fotos são exibidas, o locutor do vídeo diz que a população já aprendeu a lição ao votar em candidatos “traíras” e “mentirosos”. “Já aprendemos a lição votando em traíras e mentirosos. Bolsonaro sozinho não vai conseguir mudar as leis. Vote no legítimo representante da direita no Rio de Janeiro”.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que tem feito campanha em suas redes sociais para o irmão Bruno Zambelli, candidato a vereador em São Paulo, tem também outros dois membros da família na disputa. A cunhada, mulher de Bruno Zambelli (PRTB), Tatiane Flores Zambelli (PTB),  também concorre ao cargo de vereadora  em Mairiporã, cidade do interior de São Paulo. A deputada divulgou um vídeo de apoio à candidatura de Tatiana em seu Instagram.

NA FAMÍLIA – “Ela está na família há mais de 18 anos, já é uma irmã pra mim. Tati é conservadora, é uma pessoa maravilhosa, sempre me apoiou muito na política. (…) Família que é conservadora trabalha junto”, fala a deputada federal.

Tatiana Flores, que não expõe em suas redes o casamento com o também candidato a vereador Bruno Zambelli, conta no vídeo que a cunhada foi sua grande inspiração para decidir entrar na política. “Tu foi a pessoa que mais influenciou. Estivemos juntas, acompanhei o seu trabalho desde sempre e acho que isso acabou me influenciando de uma maneira muito positiva”, relata a candidata.

Também em  Mairiporã,  cidade de aproximadamente 100 mil habitantes onde Carla Zambelli morou durante a infância, o pai da deputada, João Hélio (Patriota), será candidato a vice-prefeito. Para fazer valer sua influencia política na disputa, Carla Zambelli tem participado de eventos na cidade e chegou a gravar um vídeo ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em apoio ao pai.

CAPITAL POLÍTICO –  O deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) também usa a popularidade que ganhou nesses dois anos e meio como integrante da base do presidente  na Câmara para apoiar a candidatura do irmão, Renan Leal (Podemos). Ele disputa uma vaga como vereador no município de Niterói, Região Metropolitana do Rio, posto que já foi ocupado pelo irmão, eleito em 2016, mas que deixou o cargo após vencer a eleição para deputado federal, em 2018.

‘Visando preencher o vazio político deixado pelo seu irmão Carlos Jordy, (Renan Leal) aceitou a missão dada por suas lideranças políticas, colocando-se a disposição da população niteroiense para dar continuidade ao seu trabalho na Câmara Municipal de Niterói’, diz o texto em apoio a sua candidatura, publicado no perfil do Instagram de Carlos Jordy.

Quem também tenta eleger o irmão é o deputado estadual Filippe Poubel (PSL -RJ), que tem pedido votos para Glauber Poubel (PSD), candidato a vereador em São Gonçalo “Você que simpatiza com o meu trabalho fiscalizando, eu preciso ter esses braços nas câmaras municipais, principalmente aqui em São Gonçalo”, explica, ao endossar a candidatura do irmão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaristas ou não, boa parte da classe política quer se perpetuar no poder, e nessa entra pai, mãe, filhos e netos. Para quem acha que a época das capitanias hereditárias acabou, se engana. Se remover a maquiagem é possível ver que ainda hoje, ainda é muito mais do mesmo. Podem mudar os figurantes, mas a maioria dos protagonistas ainda carrega as mesmas origens. (Marcelo Copelli)

Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo, diz Bolsonaro

Posted on 

Bolsonaro usa mentira contra jornalista para fazer ofensa sexual | HuffPost Brasil

Bolsonaro pensa (?) que conseguiu acabar com a Lava Jato

Ricardo Della Coletta, Daniel Carvalho e Gustavo Uribe
Folha

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7) que a Lava Jato acabou “porque não tem mais corrupção no governo”. “Eu desconheço lobby para criar dificuldade e vender facilidade, não existe. É um orgulho, uma satisfação que eu tenho dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, declarou o presidente, durante cerimônia de lançamento de medidas de desburocratização do setor aéreo.

“Essa imprensa que é muito importante para todos nós e que nós queremos a sua liberdade. Me acusam muitas vezes de ser autoritário, eu nunca propus o controle social da mídia, eu nunca propus projeto para combater fake news, se bem que eu sou quem mais sofre o que mais sofre com fake news”, acrescentou.

GARANTISMO – Bolsonaro tem sido criticado, inclusive por ex-aliados, por tomar decisões que contrariam os defensores do conjunto de operações e investigações da Lava Jato, iniciadas em 2014. Entre elas, a nomeação de Kassio Nunes para o STF (Supremo Tribunal Federal), um juiz tido como garantista, poque o núcleo garantista no Supremo costuma impor derrotas à Lava Jato.

Além do mais, Bolsonaro adotou nos últimos meses um tom mais pragmático e tem priorizado uma boa relação tanto com o Judiciário quanto com o Congresso Nacional, em contraposição ao discurso crítico da chamada velha política que marcou sua campanha eleitoral.

Em seu discurso nesta quarta, Bolsonaro se referiu novamente às críticas que têm recebido por suas indicações, sem fazer referência direta à escolha do novo ministro do STF.

DISSE BOLSONARO – “Nós fazemos um governo de peito aberto. E quando indico qualquer pessoa para qualquer local eu sei que é uma pessoa boa tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia”, concluiu.

Nesta quarta-feira (7), Bolsonaro também confirmou que escolheu o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para assumir uma vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).

“Encaminhei mensagem para o Senado Federal indicando o Maj R/1 PMDF, atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, para exercer o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União”, anunciou o presidente em uma rede social.

UM PM NO TRIBUNAL – Segundo o próprio presidente do TCU relatou a pessoas próximas no final de semana, Bolsonaro afirmou a ele que havia optado por Oliveira para a vaga no tribunal.

Formado em direito e policial militar aposentado, Oliveira é amigo de Bolsonaro e de seus filhos. O pai do ministro, o capitão do Exército Jorge Francisco, morto em abril de 2018, trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro por mais de 20 anos quando ele ocupou uma das cadeiras da Câmara.

Antes de Oliveira, o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário, era o mais cotado para o cargo. Como mostrou a Folha no mês passado, porém, o nome dele enfrenta resistência no tribunal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Em tradução simultânea, Bolsonaro só conhece elementos de terceira categoria. O Brasil tem muita gente qualificada, mas o presidente só lida com o chamado baixo clero. É desanimador. 
Quanto a dizer “eu acabei com a Lava Jato”, é isso que ele pensa que aconteceu. Em breve perceberá que a Lava Jato é muito mais forte do que um “presidente” desclassificado como ele, que ficou rico fazendo rachadinhas e ensinou a família a proceder assim criminosamente, sem a menor necessidade.  (C.N.)

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