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terça-feira, setembro 01, 2020

A inelegibilidade como efeito decorrente da condenação em Processo Administrativo Disciplinar

DIREITO ELEITORAL

POR: VIRGILIO ANTONIO RIBEIRO DE OLIVEIRA FILHO


Vereador Jairo começa a botar a boca no trombone

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Pega fogo, cabaré! - Happy Homer | Make a Meme

FORMIGA E PUXA-SACO TEM QUALQUER LUGAR.


Foto Divulgação
Por que dizemos que o puxa saco é um hipócrita? Porque ele usa de artifícios extremos para fingir ter crenças, virtudes, ideias, cidadania, civilidade, hombridade, caráter e sentimentos que a pessoa em si, sabe não possuir, no entanto, exige que os outros tenham o comportamento que ele diz ter, que se comportem dentro dos princípios que ele propaga, que trilhe com a conduta moral que esse jamais teve ou pretenda algum dia praticar, mas que aos olhos dos incautos, sua imagem figure com as qualidades da pessoa mais perfeita a existir. (José Mário Varjão Varjão)


Formiga e puxa-saco


FORMIGA E PUXA-SACO TEM QUALQUER LUGAR.

Puxa-saco é o bajulador, adulador, indivíduo de mau caráter que enaltece gregos e troianos, vagabundos de pouca, média ou grande projeção que aceitam esse tipo de admiração sabidamente interesseiro. O puxa-saco parece um cão sem dono.  Corre atrás de qualquer um que lhe dê a mínima atenção a troco de um voto ou simplesmente para tê-lo por perto para fazer número. Coisa raríssima é um puxa-saco inteligente e capaz. Normalmente esse tipo de pessoa se sujeita a essa condição subserviente, porque lhe falta amor próprio, dignidade e capacidade para estar em qualquer posição pelos próprios méritos. Estou escrevendo e vendo perfilar a cara de bobo e de boba, de cada uma dessas pessoas que nunca foram nada em lugar nenhum e agora porque tiram foto com alguma autoridade ou tem um emprego em algum orgão Publico por apadrinhamento acham que são o máximo.
Convido você, amigo ou amiga leitor (a) lembrar ou melhor, não esquecer dessas caras... Não deixe de fazer um ou uma puxa-saco saber da própria condição de insignificante chamando-o de puxa-saco.
Se não dá para exterminá-las, como se faz com as formigas daninhas, não as perca de vista enquanto elas sobem. Breve você e eu as veremos caindo. (Alexandre Luna - Colunista)

Mirangaba: Justiça proíbe prefeito de se promover com distribuição de cestas básicas


Mirangaba: Justiça proíbe prefeito de se promover com distribuição de cestas básicas
Foto: Reprodução/Cartaz Cidade
A Justiça determinou que o prefeito do Município de Mirangaba comprove a retirada de postagens em sua rede social Instagram, nas quais ele está se autopromovendo por meio da distribuição gratuita de cestas básicas custeadas pelo Poder Público. O pedido foi feito em uma ação movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na última quinta-feira (27).  

Segundo a promotora de Justiça eleitoral Rocío Garcia Matos, “são proibidas aos agentes públicos condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais, tais como fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público conforme prescrito na Lei n. 9.504/97 e na Resolução n. 23.610/2019”. 

Ela complementou que a distribuição de bens, que foi divulgada por meio de posts no Instagram do prefeito nos dias 9 e 29 de abril e 15 de maio, não poderia contar com a presença do prefeito, que se candidatará à reeleição este ano, nem ser registrada em suas redes sociais. A Justiça determinou também que o prefeito se abstenha de continuar a a se autopromover por meio da realização e divulgação da distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, sob pena de multa por cada distribuição/divulgação, que será fixada pela Justiça. A decisão foi proferida pelo juiz Marley Cunha Medeiros. 
Bahia Noticias

PSC aciona STF contra afastamento de governadores por decisão monocrática de ministros


Partido de Witzel pede que STF suspenda medidas vigentes
Fernanda Vivas e Márcio Falcão
G1 / TV Globo
O Partido Social Cristão (PSC) acionou o Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, dia 31, com uma ação que questiona se é constitucional que governadores sejam afastados dos cargos por decisão individual de um ministro. O PSC é o partido de Wilson Witzel, que teve de deixar temporariamente o posto por ordem do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça. O PSC pediu que afastamentos em vigor, como o de Witzel, sejam suspensos até que a Suprema Corte examine o tema.
O PSC pede que o STF defina que afastamentos de governadores só podem ser determinados pela Corte Especial do STJ – e não por uma decisão individual de um dos ministros. O partido pede, ainda, que uma decisão desse tipo tenha o aval de, no mínimo, dois terços da Corte, ou seja, 10 ministros. A legenda também argumenta que o governador do estado alvo da ação deveria ser ouvido antes da medida.
LEGITIMIDADE – “Ao assim proceder, esta Casa harmonizará a efetividade da jurisdição e a responsabilização de agentes públicos, com o tônus de segurança e legitimidade demandados por medidas capazes de atingir valores constitucionais como o voto popular, a democracia representativa, a estabilidade dos mandatos, a separação e harmonia entre poderes, e o respeito à autonomia institucional dos entes federativos, diante de medida inequivocamente intrusiva derivada de órgão do Poder Judiciário Federal”, diz o PSC.
“A sustação de mandato, no entanto, sem qualquer possibilidade de questionamento das graves razões que deve fundamentá-la, é situação de evidente desproporcionalidade e de banalização da medida, que é extrema, com comprometimento do próprio estatuto constitucional dos mandatos de Governadores”, acrescenta.
OUTRO RECURSO – Os advogados de Witzel também já tinham recorrido ao Supremo no último sábado, dia 29. No documento, a defesa também contesta a possibilidade de que a medida cautelar seja determinada individualmente por um ministro. O relator deste recurso, o presidente do STF Dias Toffoli, determinou que o STJ e a PGR apresentem manifestações em prazos sucessivos de 24 horas.
O afastamento de Witzel, por 180 dias, ocorreu a pedido da Procuradoria Geral da República, no âmbito das investigações da Operação Tris In Idem, que investiga irregularidades e desvios na Saúde. A medida cautelar teve como objetivo frear a suposta liderança dele sobre a organização criminosa que promoveu desvios de recursos da saúde no estado e também os impactos da “engenharia criminosa” nos cofres públicos do Rio de Janeiro.
ANÁLISE – A PGR chegou a pedir a prisão do governador, mas o pedido foi negado por Gonçalves, que entendeu que o afastamento é suficiente para tentar parar as ações criminosas. Witzel também foi denunciado ao STJ pelo Ministério Público – o caso do governador será analisado pela Corte Especial do tribunal na próxima quarta-feira, dia 2.
O ministro Benedito Gonçalves ainda proibiu o acesso de Witzel às dependências do governo do estado e a sua comunicação com funcionários e utilização dos serviços. Na decisão que selou o afastamento, o ministro do STJ relatou que o Ministério Público apontou a existência de uma “sofisticada organização criminosa” no governo do estado, encabeçada por Witzel, e que a atuação da organização “repete o esquema criminoso praticado pelos dois últimos ex-governadores (Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão).”
O ministro Benedito Gonçalves afirmou ainda que as provas de ilícitos ultrapassam as ações de combate ao coronavírus e começam ainda na campanha eleitoral de 2018. “Com o andamento das investigações, verificou-se, em tese, a existência de prováveis ilícitos muito mais abrangentes que aqueles referentes às ações de combate à pandemia de Covid-19, envolvendo o período que vai desde a campanha eleitoral de 2018 até a presente data, com acentuado aparelhamento do Estado — incluindo nomeações a cargos-chave, como Secretários de Estado, de pessoas de dentro do esquema e vinculadas aos (pelo menos) três grupos supostamente criminosos, a exemplo de Lucas Tristão e Edmar Santos —, bem ainda elevadas somas de dinheiro e pagamentos de verba, por meio de contratos supostamente forjados, diretamente ao Governador, numa complexa teia de relações de quiçá centenas de pessoas físicas e jurídicas.”

Ex-líder de Bolsonaro propõe alteração na lei para liberar ‘penduricalhos’ por militares


Iniciativa se soma a outras medidas que trazem benesses aos militares
Felipe Frazão
Estadão
Ex-líder do governo na Câmara e ainda aliado fiel do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) sugeriu uma mudança na lei para permitir que militares possam acumular dois “penduricalhos” com natureza semelhante. Pela proposta, integrantes das Forças Armadas poderiam receber ao mesmo tempo o adicional por tempo de serviço e a nova compensação por disponibilidade militar, criada no ano passado durante as discussões da reforma da Previdência dos militares.
A iniciativa do parlamentar, que ainda não foi analisada pelo governo, se soma a outras medidas que trazem benesses aos militares. Como mostrou o Estadão nessa segunda-feira, dia 31, o Ministério da Defesa teve aval da Advocacia-Geral da União (AGU) para que integrantes das Forças Armadas com cargo no governo possam acumular remunerações acima do teto do funcionalismo – R$ 39,3 mil.
RESISTÊNCIA – Os pagamentos fora do limite, no entanto, estão suspensos durante a pandemia da covid-19 e enfrentam resistência interna do Ministério da Economia. O vice-presidente, Hamilton Mourão, que é general da reserva, afirmou ser contrário por uma questão “ética e moral”.
Já no caso da sugestão de Vitor Hugo, o que está em discussão é o adicional por tempo de serviço, remuneração paga aos militares até 2001. Cada ano no serviço somava 1% a mais no salário. O governo de Fernando Henrique Cardoso extinguiu esse adicional, mas, na prática, quem já estava nas Forças Armadas continuou recebendo. Quem entrou depois nunca chegou a receber o benefício.
BASE ELEITORAL – Bolsonaro, que tem os militares como parte da sua base eleitoral, propôs a nova compensação como uma forma de repor essa perda. Ele é pago em razão da “disponibilidade permanente e da dedicação exclusiva”. O porcentual varia entre 5% e 41%, a depender da patente, subindo na escala hierárquica, o que só ocorre com a passagem do tempo. O valor é um dos penduricalhos que se soma ao salário base dos integrantes das Forças Armadas, recebidos na ativa, na reserva e por pensionistas.
O acúmulo do adicional por tempo de serviço e o de disponibilidade hoje é proibido pela lei, mas há decisões judiciais permitindo. Casos envolvendo o assunto já foram julgados em primeira instância no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Em dois deles, a Justiça Federal autorizou que militares pudessem receber os dois ao mesmo tempo – os juízes consideraram que são de naturezas distintas e que houve direito adquirido. Em outro, o magistrado vetou por entender que são “penduricalhos” semelhantes, mudando apenas a “roupagem”, e que a lei prevê de forma expressa não só a proibição no acúmulo como o pagamento apenas do adicional que for mais vantajoso ao servidor.
O impacto nas despesas com a criação do adicional de disponibilidade militar foi estimado em R$ 2,8 bilhões por ano. Esse valor, porém, considerava um abatimento das despesas com o adicional por tempo de serviço, que não poderia ser recebido ao mesmo tempo. Questionado pelo Estadão, o Ministério da Defesa não informou quanto custaria caso fosse permitido acumular os dois penduricalhos, nem respondeu a outras perguntas sobre a proposta de Vitor Hugo.
DECRETO – O governo editou um decreto na semana passada regulamentando o pagamento do adicional de disponibilidade. A norma reforça o entendimento de que “é vedada a concessão cumulativa do adicional de compensação por disponibilidade militar com o adicional de tempo de serviço”. Dois dias depois, Vitor Hugo propôs na Câmara a mudança para permissão.
O deputado diz que a indicação legislativa tem como propósito “aperfeiçoar a carreira dos militares das Forças Armadas, bem como a situação dos inativos, pensionistas e dependentes”.  Ele afirma que a indicação “traz em si anseios de milhares de militares e pensionistas que confiam em soluções viáveis para os pleitos apresentados”. A indicação para “corrigir distorções”  ainda não foi encaminhada oficialmente à Defesa.
PROTESTO – A sugestão de Vitor Hugo tem como objetivo debelar um movimento de militares de baixas patentes, reservistas e pensionistas, que prometem protestar contra o presidente em outubro, por três dias seguidos. Eles organizam uma manifestação  na Praça dos Três Poderes, ameaçam um panelaço e parar para aguardar o presidente na frente dos palácios da Alvorada (residência oficial) e do Planalto (sede da Presidência) nos dias 20, 21 e 22 de outubro. O motivo é o que eles chamam de  “desprezo” por parte de Bolsonaro, que teria privilegiado oficiais no projeto que mudou as carreiras no ano passado.
Um dos motivos de descontentamento é justamente o pagamento de penduricalhos que elevam o salário de integrantes das Forças Armadas. Os praças reclamam de aumento desigual no “adicional de habilitação”, complemento que incide sobre o soldo e sobe à medida que o militar conclui cursos e atinge patentes mais altas na carreira. Pensionistas, por sua vez, se queixam de redução nos vencimentos por causa de contribuições compulsórias que passaram a descontar as pensões que recebem.
INCENTIVO – O movimento teve o incentivo de senadores ideologicamente alinhados ao governo que consideram que o Planalto “enrolou” a classe, entre eles o vice-líder Izalci Lucas (PSDB-DF) e Major Olímpio (PSL-SP), que se diz decepcionado com Bolsonaro.
Vitor Hugo tenta aplacar os ânimos da categoria, cortejada por partidos de esquerda – deputados do PSOL encamparam bandeiras dos insatisfeitos no Congresso. Ainda como líder do governo, cargo que deixou no último dia 18 para dar lugar a Ricardo Barros (PP-PR), num gesto político de Bolsonaro para agradar ao Centrão, ele recebeu sugestões, negociou com o grupo e articulou um encontro no Planalto com o ministro Luiz Eduardo Ramos (Governo) e servidores da Economia e da Defesa.
Então líder do governo na Câmara, o deputado fez parte das tratativas para aprovação da reforma dos militares, que mudou o sistema de aposentadoria e alterou salários no ano passado. Para acelerar a aprovação, os líderes fizeram acordos com associações de classe militares que tentavam mudar com emendas a proposta do Planalto e prometeram abrir uma mesa de negociação posterior, o que só ocorreu em julho, com atraso de seis meses. Um grupo de militares insatisfeitos, notadamente praças e pensionistas, reclama de efeitos negativos da reforma.

Janaína Paschoal diz que Bolsonaro pode “reconhecer erro”, voltar para o PSL, mas sem fazer exigências


Janaina ignora que reconciliação exige concessão de ambas as partes
Thiago Herdy
O Globo
Quando disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seria bem recebido caso decidisse voltar ao PSL, a deputada estadual de São Paulo Janaína Paschoal (PSL) tornou-se um dos assuntos mais compartilhados nas redes sociais no fim de semana, já que há cinco meses ela pedia o impeachment do presidente.
Em entrevista ao O Globo, ela diz que não chamou o presidente de volta, mas pontuou que ele não poderia fazer exigências para o retorno. “Quer voltar? Tudo bem. É inclusive um reconhecimento de que foi um erro ter saído. O fez porque quis, ninguém o mandou embora. Mas não significa poder dizer quem entra e quem sai”, afirmou a deputada.
Embora ainda seja crítica da postura pública de Bolsonaro sobre a pandemia, ela elogia o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e as medidas econômicas adotadas pelo governo federal. Para a deputada, Bolsonaro ainda deve uma resposta sobre os R$ 89 mil depositados pelo operador Fabrício Queiroz à primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ela disse também que pretende ficar neutra nas eleições municipais, inclusive na capital paulista.
Cinco meses depois de pedir a renúncia do presidente Bolsonaro, a senhora escreveu no twitter que se ele quiser volta ao PSL, será bem-vindo. O que mudou?
Na verdade, escrevi de uma maneira que deixou dúvidas, ou fui mal interpretada. Todo mundo sabe que não tenho vida partidária, defendo candidatura avulsa para cargo eletivo. O que eu quis dizer é que não tem sentido ele fazer exigências ao partido, se tiver interesse em voltar. Algumas pessoas interpretaram que foi como se eu estivesse pedindo para ele voltar, e não é isso.
Que exigências ele estaria fazendo?
A gente começou a ler na imprensa que ele não queria só voltar, mas também colocar o Eduardo (Bolsonaro, filho dele e deputado federal) para cuidar do diretório estadual, quer expulsar pessoas do partido, como a Joice Hasselmann (PSL-SP), Junior Bozzella (PSL-SP). Quer voltar? Tudo bem. É inclusive um reconhecimento de que foi um erro ter saído. O fez porque quis, ninguém o mandou embora. Mas não significa poder dizer quem entra e quem sai.
Para a senhora também foi um erro ele ter saído?
Achei que foi um erro muito grande da parte dele. Qualquer pessoa com conhecimento mínimo de Justiça Eleitoral sabia que o Aliança não ficaria pronto no prazo que esperavam. E quando ele saiu, estraçalhou a pouca direita que havia, favorecendo PT e PSDB. Muita gente boa da direita que me procurava no gabinete, com intenção de sair candidato a prefeito, vereador, gente que já tinha se filiado ao PSL, ficou dividida sobre o que fazer. O grupo de apoio ao presidente é muito aguerrido, começou a chamar essas pessoas de traidoras. Essa situação só favoreceu partidos como PT, DEM e PSDB.
As razões da senhora ter pedido o impeachment do presidente não são mais razão de incômodo?
Eu não me conformava e ainda não me conformo com a postura dele diante da doença. Respeito o argumento dele contrário à ideia de fechar tudo, pela questão econômica. Eu respeito este debate. Estamos agora vivendo o dilema sobre o que fazer com as escolas, há argumentos para os dois lados. Minha indignação foi quando o vi dizendo que a doença não era grave, que se tratava de uma gripe simples.
Que avaliação faz do enfrentamento do governo federal, hoje, à pandemia?
Acho que ele acertou em colocar o (Eduardo) Pazuello como ministro da Saúde. Ele tem defendido o tratamento precoce e acho que este é o caminho. O Bolsonaro errou muito em sua postura pública, mas acerta nas medidas mais palpáveis.
Por exemplo?
Ele acertou ao fazer com que a equipe econômica se movimentasse rapidamente para dar este auxílio, mesmo tendo casos de gente que recebeu e não merecia. Foi uma mobilização sem precedentes, um negócio muito legal. E esta linha do Ministério da Saúde me agrada muito, de falar que tem que tratar no início da doença. Não estou falando de cloroquina. Mas sou testemunha de que se você não se medica no início, os sintomas se agravam rapidamente. Ao colocar essas pessoas no comando do combate à doença, o presidente tem sido positivo. Mas a manutenção da sua postura rebelde, dessa irreverência, essa coisa meio infantil, não concordo.
A senhora acena ao presidente no momento em que ele vive o melhor momento de sua popularidade. Estes fatos estão relacionados?
Eu não me ligo nessas coisas. O caso do Flávio (Bolsonaro, acusado de promover um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio) tem que seguir apurando. Não me pauto muito por pesquisa, eleição, inclusive alguns fizeram leitura de que minha fala sobre o PSL tinha a ver com o fato de estarmos perto da eleição. Não serei candidata e, a princípio, vou ficar neutra nas eleições. Esse timing da popularidade dele, para mim, não quer dizer nada.
A senhora diz que o caso das “rachadinhas” deve ser apurado, mas outro dia o presidente disse ter vontade de agredir um repórter que fez uma pergunta sobre o caso.
Esse tipo de comportamento me incomoda. O rapaz perguntou porque tem que ser perguntado. Não foi uma acusação, uma agressão, mas algo que precisa ser perguntado. Esse tipo de postura me incomoda demais no presidente. Outra coisa que me intriga muito é entender porque as pessoas mais próximas dele atacam tanto quem é da direita?
Este movimento se intensifica?
Parece que esses seguidores do presidente têm predileção em atacar pessoas da direita. Pessoas que muito possivelmente, eu inclusive, votaram nele. Acho isso muito estranho.
O presidente saiu do PSL, partido da senhora, no momento em que a legenda era acusada de operar desvios no fundo partidário. A senhora não se sente constrangida por continuar integrante do partido?
Me fale para onde vou, aponte um partido que seja bom. Eu não tenho o que fazer. A lei brasileira me obriga a ficar atrelada a um partido e, por esta característica, é ditatorial. Tem nenhum que preste. Por mim, acabava com tudo isso, inclusive fundo partidário.
O Brasil tem sido muito criticado internacionalmente por sua posição na pandemia. Como Bolsonaro mantém a popularidade em alta em um momento como este?
Ele tem linguagem próxima do povo, as pessoas também estavam cansadas do isolamento. Quando você bate demais, o povo se solidariza. É um pouco da psicologia da nossa população. Não acho que seja sinal para 2022. Mas precisamos construir alternativas. Não vejo candidatos aí que possam representar nosso voto.
Alguém em vista?
(Sérgio) Moro poderia ser este nome, mas precisa parar de se vitimizar e se mostrar como alguém com mais conteúdo para outros temas, como saúde e educação. Se conseguir se mostrar satisfatoriamente, ele é meu candidato.
Por que parou de falar no impeachment de Bolsonaro?
Quando fiz aquele discurso (a favor do impeachment, em março deste ano), várias pessoas me convidaram para tirar o presidente. Havia muita gente oportunista no meio. Não era uma coisa para o bem do país, havia um movimento conduzido pelas mesmas pessoas que no passado me chamaram de golpista. Eu não vou me juntar a este pessoal que é contra tudo o que eu defendi, que defendeu Lula, Dilma. Porém, tenho consciência de que precisamos encontrar alternativa para 2022. Não dá para pensar que está tudo bem.
Vai apoiar Joice Hasselman, a candidata à prefeitura de São Paulo de seu partido?
Não defini meu voto ainda. Nasci em São Paulo, quero o melhor para essa cidade, mas quero ouvir as propostas, vou analisar tudo como uma eleitora que se importa com detalhes. Hoje, se você me perguntar, quem você vai apoiar? Vou ficar neutra.

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