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segunda-feira, agosto 23, 2010

Nos jornais: Dilma abre 17 pontos e venceria no 1º turno

Folha de S.Paulo

Dilma abre 17 pontos sobre Serra e venceria no 1º turno

Na primeira pesquisa Datafolha depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) dobrou sua vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), e seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

Segundo pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país, com 2.727 entrevistas, Dilma tem 47%, contra 30% de Serra. No levantamento anterior, feito entre os dias 9 e 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano.

A diferença de 8 pontos subiu para 17 pontos. Marina Silva (PV) oscilou negativamente um ponto e está com 9%. A margem de erro máxima do levantamento é de dois pontos percentuais.

Os outros candidatos não pontuaram. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 4% e os indecisos, 8%.

Marina vai usar imagem de Lula em propaganda

A exemplo de José Serra (PSDB), a presidenciável Marina Silva (PV) vai explorar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral na TV.

Os verdes usarão cenas de arquivo em que os dois aparecem lado a lado, no período em que a candidata ocupou o ministério do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008.
A c
ampanha também estuda levar ao ar uma comparação das biografias da senadora e do presidente, para vender a ideia de que ela teria mais semelhanças com Lula do que Dilma Rousseff (PT).

Estratégia de Serra tem "prazo de validade"

Apesar da reação de tucanos e aliados, está mantida a linha de comunicação da campanha de José Serra à Presidência, incluindo o eventual uso de imagens do presidente Lula na TV.

A estratégia tem, no entanto, prazo de validade: a Semana da Pátria.
A menos que haja grave turbulência até lá, a campanha trabalha com um prazo de até 15 dias para avaliação da eficácia do programa.

Tucano defende peça em que surge com Lula

O candidato José Serra (PSDB) reclamou ontem de uma questão formulada por jornalistas sobre seu programa na TV, que grudou sua imagem à de Lula.

O PT diz que vai processá-lo no TSE. O presidenciável disse que é a técnica do PT: "Eles transgridem e processam as vítimas. É sempre assim. Brincadeira", disse.

Serra disse ter lido o texto do programa: "Aqui diz que eu e o Lula somos dois homens que têm história. É verdade ou é mentira? É verdade. O dois são líderes experientes. É verdade ou é mentira? É verdade. Lula disputou seis eleições majoritárias. Eu já disputei oito."

Mulher de Serra passa a fazer corpo a corpo em capitais

Com perfil discreto, sem participação ativa na vida política do marido, a psicóloga Mônica Serra, 66, mudou de atitude para mergulhar na campanha de José Serra (PSDB) à Presidência.

A ofensiva começou no início do mês, quando se reuniu com mulheres tucanas em Belo Horizonte.

Ontem, ela fez caminhada em Curitiba (PR). Com agenda digna de candidato, ela visita nos próximos dias Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Ela vai conversar com populares e grupos de mulheres em busca de apoio para o candidato.

Em Curitiba, Mônica esteve ao lado de Fernanda Richa, mulher do candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa. Elas percorreram três bairros da periferia onde a prefeitura construiu casas e fez intervenções urbanas.

Em campanha, senador descola de candidato e se diz independente

Na estreia de sua propaganda eleitoral na TV, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) se declarou "independente", tirou o "H" do nome e pediu votos à reeleição, seja o eleitor "vermelho ou azul".

Um dos maiores críticos do governo Lula durante oito anos de mandato no Senado, Virgílio já havia desvinculado sua campanha da candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência.

Sem palanque na disputa ao governo, o Amazonas (1,5% do eleitorado brasileiro) é um dos Estados onde Serra tem mais dificuldades. São dois milhões de votos.

PSDB-MG reduz espaço de Serra na TV

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, perdeu espaço no programa eleitoral do candidato do partido ao governo de Minas, Antonio Anastasia. A mudança ocorreu mesmo depois de a cúpula tucana ter pedido aos aliados para que aumentassem a exposição de Serra nos programas regionais.

Na última quarta-feira, Serra não teve o nome citado ou fez apenas aparições discretas nos programas dos candidatos a governador coligados a sua candidatura.

Programa de Dilma infla dados de investimentos em habitação

A propaganda da petista Dilma Rousseff inflou números para anunciar o aumento dos investimentos em habitação no governo Lula.

"Durante o governo Lula, os investimentos em habitação no Brasil saltaram de R$ 7,9 bilhões para quase R$ 70 bilhões", diz uma repórter em programa de rádio do PT.

União usará decisão do CNJ para reaver terras no país

O Incra pedirá à Justiça de seis Estados amazônicos o cancelamento de títulos de terra que somam 3 milhões de hectares, o equivalente a dez vezes a área do DF.

Esse é o total de terras que o órgão tenta reaver por meio de 452 ações judiciais no Pará, Amapá, Amazonas, Tocantins, Acre, em Mato Grosso e em Rondônia.

A procuradora do Incra, Gilda Diniz, informou que o pedido será feito após decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de anteontem que determinou o cancelamento de 5,5 mil títulos irregulares no Pará, possivelmente frutos de grilagem de terras públicas.

Lula inaugura campus que funciona desde 2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), inauguraram ontem o campus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em Sorocaba (99 km da capital) que já funcionava desde 2008.

A obra, que consumiu R$ 17 milhões, atende hoje aproximadamente 2.000 estudantes.

Simultaneamente e acompanhado por Lula através de um telão, foi inaugurado o campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em Curitibanos, a 296 km de Florianópolis.

O campus catarinense, que custou R$ 7,4 milhões, também já estava em funcionamento -desde abril de 2009, segundo a reitoria.

Ex-governador acusa Roriz de pagar propina

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) acusou, em depoimento prestado à Procuradoria da República no Distrito Federal, o atual candidato ao governo Joaquim Roriz (PSC) de pagamento de propina a um integrante do Ministério Público estadual.

Arruda disse ter ouvido da promotora de Justiça Deborah Guerner que Roriz lhe pagou R$ 2,4 milhões, divididos em três prestações de R$ 800 mil, para que não fosse investigado por supostas irregularidades em sua gestão.

TSE confirma multa a jornal de Minas por propaganda antecipada

O TSE confirmou anteontem, por unanimidade, multa de R$ 7.000 contra o jornal "Estado de Minas" por propaganda eleitoral antecipada. A primeira decisão havia sido proferida em julho pela ministra Nancy Andrighi.

Foi a primeira e até agora única multa que o TSE aplicou a um jornal sob a alegação de promoção de um candidato à Presidência da República.
Agora, cabem apenas recursos técnicos, chamados de embargos de declaração.

ANJ negocia acordo com sites de busca

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) está negociando com sites agregadores de informação, como Google e Yahoo!, medidas que estimulem os internautas a buscar as notícias diretamente nas páginas on-line dos veículos que as produziram.

O anúncio foi feito no último dia do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, no Rio, pela presidente da entidade e diretora-superintendente do Grupo Folha, Judith Brito, em meio ao debate sobre como garantir o reconhecimento dos direitos autorais e a remuneração do conteúdo de empresas jornalísticas reproduzido por terceiros na web.

Criação de conselho de autorregulamentação tem apoio de grupos de mídia

A criação do conselho de autorregulamentação dos jornais proposta pela diretoria da ANJ (Associação Nacional de Jornais) tem apoio dos principais grupos de mídia impressa do país e é considerada um modo de evitar qualquer controle externo.

O conselho de autorregulamentação terá por base código de ética do Estatuto da ANJ, segundo o diretor-presidente do grupo de comunicação RBS, Nelson Sirotsky.

Correio Braziliense

O novo escritório do(a) presidente(a)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a trabalhar no novíssimo Palácio do Planalto na próxima quarta-feira. Depois de um ano e cinco meses de reformas, a sede do governo federal — que também abriga a Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria de Comunicação Social e o Gabinete de Segurança Institucional — está pronta. A reportagem do Correio teve acesso, ontem, ao térreo, aos três andares e ao subsolo do prédio, que Lula desfrutará pelos próximos quatro meses e o novo presidente da República trabalhará a partir de 1º de janeiro do próximo ano.

O palácio foi inaugurado em 21 de abril de 1960 e, justamente por causa do tempo de funcionamento, precisou ter as estruturas elétrica, sanitária e hidráulica trocadas. Além disso, duas garagens subterrâneas, com espaço para 500 automóveis, foram construídas na lateral esquerda do edifício. A solução deve desafogar um pouco um dos principais gargalos da Esplanada dos Ministérios: a falta de estacionamento. No lado direito, foi criada uma passagem subterrânea que liga o palácio ao anexo do Planalto. A ideia é facilitar o trânsito dos funcionários entre as duas instalações.

Fogo aberto contra Serra

Com discurso voltado para as mulheres, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu o comício de ontem em Osasco (SP), reduto petista, atacando o adversário tucano, José Serra. “O povo não é bobo. Sabe quem promete e faz e quem só promete”, disse, rouca, em referência ao ex-governador de São Paulo. A candidata também lembrou às cerca de 8 mil pessoas presentes que o DEM, partido do vice do Serra, tentou acabar com o Pro-Uni com uma ação no Supremo Tribunal Federal.

Dilma disse que Lula vai sofrer um aperto no coração quando deixar o Palácio do Planalto, mas que tem como consolá-lo elegendo uma mulher presidente da República “para dar continuidade ao seu projeto de governo”. Já quase sem voz, ela encerrou o discurso dizendo que as eleições vão fortalecer o poder da mulher.


Os novos ares de Dilma

A candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, vai se dedicar a fazer campanha em estados onde sua caravana ainda não aportou, deixando temporariamente o foco no Sudeste. A previsão é ela privilegiar Centro-Oeste e Nordeste. As visitas fora do eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais começaram ontem, por Vitória.

Dilma irá ao Mato Grosso — a previsão é a próxima semana — e ao Piauí. Nos dois estados há aliados em situação desconfortável, com tucanos no encalço. O deputado Carlos Abicalil (PT-MT), candidato ao Senado, aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de votos, atrás de Antero Paes de Barros (PSDB).

Ao lado de quem está bem

O comando da campanha do PSDB à Presidência da República definiu como prioridade para as próximas semanas garantir os votos nos estados em que há chances claras de candidatos tucanos se elegerem governadores. Assim, José Serra reforçará a agenda no Paraná, no Pará, em Goiás e em São Paulo, considerados as trincheiras mais fortes da oposição nas eleições de outubro. A ideia é tentar estancar a queda de Serra nas últimas pesquisas, amparando o presidenciável em candidaturas regionais bem avaliadas pelo eleitor.

Pela estratégia tucana, os candidatos aos governos serviriam de motor para alavancar Serra nessas regiões. “Nos locais em que existe uma rejeição maior ao presidente Lula há a chance de crescermos. O Lula foi ao Paraná, por exemplo, e o Osmar Dias (candidato do PDT ao governo paranaense) caiu 10 pontos. Ganharam Beto Richa (adversário tucano de Osmar) e o Serra”, aponta o coordenador da campanha tucana, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Brincando de casinha

A 43 dias das eleições, as Casas de Marina, comitês domiciliares lançados pela candidata à Presidência da República Marina Silva (PV), estão passando por um “apagão”. Sem material oficial de campanha, a ideia, reformulada pela cúpula do partido, está longe de atingir o objetivo de disseminar as propostas verdes. As unidades residenciais, segundo a candidata, iriam mostrar um novo jeito de fazer política, com “núcleos vivos da sociedade”. As casas, tema de um futuro programa eleitoral, compensariam as dificuldades financeiras da campanha e a falta de capilaridade do partido nos estados. Até agora, já foram registradas 701 unidades em todo o país.

“Estou doido para trabalhar. Só que não recebi nada. Entrei de corpo e alma na candidatura da Marina e desse jeito não tenho nem como divulgar as ideias”, reclama o mecânico José Jerônimo Sobrinho, filiado ao PV e dono de uma casa que a própria Marina inaugurou no início de julho em Uberlândia (MG).

Videogame baiano

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, não quer apenas seduzir os eleitores, mas também entretê-los. No site do político baiano, foram disponibilizados dois joguinhos para o internauta passar o tempo. Um é o clássico jogo da memória (foto), no qual o objetivo é encontrar duas figurinhas iguais. Nas fotos, claro, não podiam faltar imagens do presidente Lula e de sua pupila Dilma Rousseff. Também há espaço para aliados que disputam cargos no Legislativo. O outro jogo é para cativar eleitores mirins: o objetivo é clicar nas estrelinhas para mantê-las acesas.

Planalto suspende programa

O Palácio do Planalto suspendeu a veiculação do programa semanal de rádio Café com o presidente até o término do processo eleitoral. A decisão foi anunciada pela advogada da União Hélia Betero durante a sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no momento em que o ministro Joelson Dias, do TSE, iniciou o julgamento de uma representação apresentada pela coligação do presidenciável José Serra (PSDB). Os tucanos pediam a interrupção do programa e multa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em plenário, os ministros decidiram, por unanimidade, que o processo não seria julgado, por entenderem que a questão ficou “prejudicada”. O entendimento foi firmado depois que a advogada da União pediu a palavra para informar que o Café com o presidente havia sido tirado do ar no último dia 16. O programa era veiculado toda segunda-feira, em quatro horários: 6h, 7h, 8h30 e 13h.

O 11 de setembro do Judiciário

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, fez ontem uma inusitada comparação entre o atentado sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luiz Mendonça, e o ataque terrorista de 11 de setembro nos Estados Unidos. “Esse atentado corresponde, do ponto de vista simbólico para os magistrados, ao 11 de setembro para o mundo”, disse o ministro.

Na última quarta-feira, em Aracaju, o carro onde estava o desembargador Luiz Mendonça foi atacado por quatro homens encapuzados que dispararam cerca de 40 tiros. O magistrado foi atingido apenas por estilhaços e recebeu alta no mesmo dia do crime. Já o motorista do carro oficial da Justiça sergipana, um policial militar de 41 anos, foi baleado na cabeça e, até o fechamento desta edição, seu estado de saúde era grave. Nos EUA, o atentado contra as Torres Gêmeas de Nova York e o Pentágono, e a queda do Voo 93 da United Airlines deixaram 2.995 mortos em 2001.

Livres para a campanha

Com as campanhas nos estados a todo vapor e o plenário vazio, senadores lançam mão do artifício de flexibilizar o ponto dos funcionários durante a eleição para ganhar liberdade de acionar o trabalho dos servidores para assuntos eleitorais fora do Congresso. Do fim de maio até agora, aumentou em 16% o total de cargos comissionados liberados da comprovação de frequência e do horário de expediente.

Quando o ponto eletrônico foi instituído, no início do ano, 19 senadores enviaram ofício à secretaria de Recursos Humanos do Senado pedindo que 280 funcionários não fossem submetidos ao controle. Em maio, 284 servidores tinham o ponto em regime especial de frequência. Mas bastou o início da campanha para subir o número de beneficiados com a carga horária de trabalho flexível: 329 funcionários. Com a liberação de ponto, os senadores não precisam apresentar relatórios de presença e de carga horária dos funcionários.

Fonte: Congressoemfoco

Serra despenca, e o culpado é o programa de TV

Nos bastidores da campanha, críticas recaem sobre o marqueteiro Luiz González. Os que reclamam acham que o candidato tucano tem que ser mais agressivo não só contra Dilma, mas também para cima do próprio Lula

Site oficial
Serra derrapa na campanha e críticas recaem cada dia mais sobre a equipe que produz seus programas de TV

Rudolfo Lago

No início da tarde da quarta-feira (18), no teatro TUCA, em São Paulo, logo depois do final do debate UOL/Folha de São Paulo com os candidatos à Presidência, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), esquivava-se com um sorriso educado de perguntas sobre dois temas. O primeiro: por que ele, vestido com uma jaqueta de couro preta e uma camisa esportiva rosa, era o único político ali que não estava de paletó e gravata? O que tinha achado do programa eleitoral de Serra, iniciado um dia antes, com referências ao presidente Lula e o candidato chamado de “Zé”, em frente a uma favela de mentira, desenhada virtualmente?

À primeira pergunta, ele explicava que tinha ido para São Paulo participar de reuniões com a cúpula da campanha de Serra que foram se estendendo além do previsto. Resultado: não tinha mais camisas sociais limpas. Para a segunda, a esquivada era total: “Não vi o programa. Ficou ruim essa favela, é? Vamos ter que ver”.

O que Sérgio Guerra evitava dizer é que mesmo ali, recém iniciado o horário eleitoral, já começavam as primeiras avaliações que apontavam para a desconfiança de que a campanha do candidato do PSDB tinha errado feio na concepção dos programas de TV. O mau desempenho de Serra esticava as reuniões de cúpula, que mantinham Sérgio Guerra, mesmo sem roupas limpas, em São Paulo. E as críticas só cresceram nos bastidores ao longo da semana. E começaram a se explicitar, ainda que de forma tímida, depois de divulgada no sábado (21) a última rodada da pesquisa Datafolha, que mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, 17 pontos na frente. Se as eleições fossem hoje, segundo o Datafolha, Dilma detonaria Serra ainda no primeiro turno.

A favela virtual do programa parece ser o símbolo máximo do artificialismo do programa de Serra. Afinal, o que é o candidato que se apresenta? O que ele deseja? Por que se apresenta como “Zé” se a vida inteira foi Serra? Se é de oposição, por que usa parte de seu programa para mostrar pontos de contato com o presidente Lula? Por que evita tanto atacar o atual governo?

Por enquanto, a maioria dos envolvidos na campanha de Serra evita fazer explicitamente críticas ao programa de TV. Mas políticos ouvidos pelo Congresso em Foco ponderam que ele deveria ser mais agressivo. Em um momento anterior da campanha, quando Serra liderava as pesquisas, havia um contingente grande do eleitorado que ainda não conhecia Dilma e que, portanto, não a associava com o presidente que tem mais de 80% de popularidade. Naquela época, era correto Serra não polemizar com Lula: ganhava pelo desconhecimento que se tinha de Dilma, ganhava por ser um nome mais conhecido e ganhava não se desgastando com um presidente popular. Mas agora, Dilma é cada vez mais conhecida pelo eleitorado como “a mulher do Lula”. “Se o eleitor sabe que ela é a mulher do Lula, então nós temos que nos apresentar muito claramente como sendo uma candidatura que se opõe ao atual governo. Do contrário, não vamos fazer sentido na cabeça do eleitorado”, avalia um deputado do DEM.

Para esse político, o marketing de Serra organizou-se para uma situação de manutenção da vantagem de Serra, um quadro que era verdadeiro há cerca de quatro meses. Mas Dilma ultrapassou o candidato do PSDB numa velocidade inesperada, e vem consolidando uma vantagem grande numa rapidez que os articuladores da campanha tucana também não previam. Havia um parâmetro nos quais os tucanos e os demistas acreditavam fortemente: mesmo o próprio Lula, na disputa com Geraldo Alckmin em 2006, não conseguira ganhar no primeiro turno. Não parecia possível que ele tivesse agora uma capacidade de transferência de votos maior do que a própria votação que obtivera. E Serra, acreditavam, era um candidato mais forte que Alckmin.

O problema é que a popularidade de Lula não parou de subir. E, avaliam alguns na campanha do PSDB, não houve agilidade para se compreender que essa situação exigia uma postura mais agressiva. Serra, considera esse grupo da campanha, precisa ir para o tudo ou nada.

Franco-atirador

Como não disputa cargo nenhum, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, virou uma espécie de franco-atirador, que diz claramente o que outros pensam nos bastidores. Os comentários que tem postado em seu blog nos últimos dias têm apoio especialmente no DEM, mas também em parte do PSDB e do PPS, outros partidos da aliança de Serra. No sábado (21), após a pesquisa do Datafolha, ele comentava: “A luz vermelha pisca sem parar no núcleo de marquetagem de Serra, no entanto, o noticiário é que vai manter a mesma estratégia até a Semana da Pátria. Esse pessoal é mesmo uma pérola”.

Em seguida, Jefferson acrescentava-se: “Revive-se o drama da candidatura de Alckmin em 2006: enquanto tantos clamavam por mudanças na TV, dia após dia, no final nada veio. E, no desespero, o tucano enfim partiu para cima de Lula em um debate na TV, deixando-nos perplexos mas esperançosos. Não funcionou. O eleitor não aprovou: perdeu-se o timing”.

Evitar campanhas mais agressivas é uma característica do marqueteiro Luiz González, responsável tanto pela campanha de Alckmin em 2006 quanto da de Serra agora. Os que o criticam acham é que a sua ideia de fazer programas mais dóceis, apostando no alto astral, pode funcionar com candidatos que estão em vantagem (e, acrescentam, com candidatos que estão em vantagem qualquer coisa costuma funcionar). Se o candidato precisa, porém, reverter situações de desvantagem, ele precisa aparecer como contraponto de forma mais contundente. E é isso o que estaria faltando, avalia Jefferson e os que criticam González, nos atuais programas.

De um total de 270 pessoas que trabalham na estrutura de comunicação da campanha de Serra, nada menos que 140 estão na equipe de televisão. Sinal do valor que se dá para essa ferramenta como alavanca da campanha. A estrutura responsável pela propaganda eleitoral responde por um terço do orçamento previsto pela campanha tucana. Por isso é que, agora, quando tudo dá errado, atribui-se tanto os erros a essa mesma propaganda.

O primeiro erro apontado está em chamar Serra, que é assim conhecido desde que era presidente da UNE na década de 60, de “Zé”. A ideia era tirar de Serra sua cara de professor e aproximá-lo do povo, reforçando sua origem humilde, de filho de comerciante de frutas e legumes no mercado de São Paulo. Ocorre que ninguém chama Serra de “Zé”. Chamá-lo assim agora, criticam, é tão artificial quanto a favela que apareceu no programa. Por que uma favela de mentira? Serra não tem coragem de gravar o programa numa de verdade? Ainda que seja verdadeiro que Serra e Lula estiveram do mesmo lado em vários momentos, reforçar essa fato agora, dizem os críticos do programa, não faz sentido se Serra é o candidato da oposição. Os eleitores já sabem quem é a candidata do presidente.

As críticas ao programa começam a sair dos bastidores. No domingo, o senador Arthur Virgílio, candidato à reeleição no Amazonas, também criticou a estrutura centralizada do programa de Serra, pouco permeável a sugestões e críticas.

Por enquanto, como comentou e criticou Roberto Jefferson em seu blog, a intenção dos responsáveis é manter o mesmo tom para os programas de Serra, apesar das reclamações, até o feriado de 7 de setembro. Mas, no sábado (21) à noite, já houve um primeiro esboço de postura mais agressiva. Num apêndice, ao final do programa, algo que nem parecia fazer parte do programa de Serra, foi ao ar uma crítica mais dura a Dilma. Um locutor dizia que o Brasil perfeito que aparecia nos programas da candidata do PT não correspondia à realidade. Que aquela não era a verdadeira situação da saúde ou da educação brasileiras. E dirigia-se ao eleitor dizendo que ele sabia disso. Na campanha, os que esperam mais agressividade torcem para que seja só o começo. Mas, como comenta Jefferson, rezam para que já não seja tarde demais.

Fonte: Congressoemfoco

O Senado Federal segundo Pedro Simon

Senador gaúcho sugere mudanças radicais na estrutura administrativa do Senado para evitar novos atos secretos e funcionários superpoderosos, como o ex-diretor-geral Agaciel Maia

José Cruz/ABr
Em entrevista ao Congresso em Foco, Simon defende mudanças radicais na administração do Senado

Fábio Góis

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) é uma voz dissonante em meio aos desmandos administrativos do Senado. Foi o único parlamentar que, diante de servidores de braços cruzados em plenário, foi à tribuna para fazer críticas veementes ao plano de cargos e salários que seria avalizado, em votação simbólica, instantes após seu protesto. De um lado, o parlamentar gaúcho empunhava como arma uma espécie de libelo de repúdio; de outro, nomes como Heráclito Fortes (DEM-PI, primeiro-secretário do Senado) e Marconi Perillo (PSDB-GO, 1º vice-presidente) consentiam e reforçavam a pressão corporativa em favor do plano de carreira, encabeçada pelo Sindilegis, o sindicato dos servidores do Legislativo.

Na ocasião, Simon abdicou do “longo pronunciamento” que tinha em mãos (“prefiro conversar”) e disse que ali estava em condição especial: “O mais antigo deve ser o mais responsável”. Em seu discurso, não poupou críticas à forma pouco transparente com que foi discutido o texto aprovado por alguns senadores, em 23 de junho: o material foi levado ao plenário rápida e reservadamente – no âmbito da Mesa Diretora, que centraliza as decisões da Casa, apenas a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) se opôs às variadas versões do texto.

“Essas coisas foram feitas, e nunca ninguém participou. Nem a Mesa, senhor presidente, nem o Plenário. (...) As coisas mais estranhas que se possam imaginar foram votadas aqui sem sabermos. E muita coisa sem a Mesa saber, colhendo assinaturas depois, pois nem reunião houve! Essa é a maneira de esta Casa funcionar. Culpa nossa!”, bradou Simon, em mea culpa atentamente acompanhado por servidores graduados.

“Não dá para dizer que é culpa dos funcionários a nossa televisão ter mais funcionários do que a TV Globo, ou a nossa gráfica ter mais funcionários do que a gráfica da revista Veja. Os funcionários não têm nada a ver com isso. Nós somos os responsáveis, ainda que a maioria ou a quase totalidade pela omissão. Mas é uma omissão pecaminosa”, arrematou o congressista, um dos fundadores do PMDB e tido como “dissidente” dentro da legenda, principal partido da base governista, por suas críticas a algumas ações do governo Lula.

Com a autoridade de mais 30 anos de Casa, Simon materializou sua contrariedade em relação às ações institucionais no livro O Senado nos trilhos da história – Reforma administrativa do Senado Federal; análise crítica e propostas alternativas. Em 122 páginas, o senador gaúcho faz críticas gerais, mostra números sobre a megaestrutura da Casa, comenta as orientações de enxugamento feitas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apresenta propostas adicionais ao projeto de reestruturação.

A principal sugestão de mudança, diz Simon, é a que ele considera a mais difícil: sessões deliberativas em plenário às segundas e sextas-feiras. “Quando o Juscelino [Kubitschek, ex-presidente da República] transferiu a capital, ficou aquela história: como é que os deputados e os senadores iam viajar para Brasília? Então, a Mesa, por meio de uma resolução, passou a dar um ou duas passagens para cada parlamentar (o improviso originou a “farra das passagens”). No grito! E, a exemplo disso, o resto [das normas] foi sendo feito na base do grito. Não tem nenhuma decisão que diz que só tem votação em plenário nas terças, quartas e quintas. Mas, no grito, segunda e sexta não funciona”, relembrou o parlamentar gaúcho.

Em suma, o desafio que Simon tem pela frente são as práticas há muito arraigadas no Senado e que, como consequência, resultaram em malefícios para a própria instituição. “O Senado Federal viveu, em meados de 2009, uma das suas maiores crises. De repente, a imprensa estampou, em primeira página, que exatamente a Casa revisora das Leis se regia por atos secretos, decisões de gaveta, nomeações às escuras, favores injustificados e violações normativas de toda ordem. Descobriu-se, também, que a falta de transparência na administração do Senado era histórica”, diz Simon na apresentação do livro, impresso pela Gráfica do Senado (Secretaria Especial de Editoração e Publicações).

O Congresso em Foco quis saber um pouco mais sobre as intenções do senador gaúcho expostas na publicação – mudanças que, certamente não serão de simples implementação em uma estrutura de mais de 10 mil servidores e orçamento anual de cerca de R$ 2,7 bilhões. Em entrevista concedida em seu gabinete na última terça-feira (17), Simon disse que fatos como a existência de 167 carros à disposição de uma Casa legislativa com apenas 81 inquilinos são “piada”.

“Esse quadro que está sendo descrito no livro não aconteceu da noite pro dia. Tem coisas que a gente nem sabe onde e como acontecem”, declarou Simon, para quem há “desinteresse e irresponsabilidade” dos próprios senadores em não fazer as coisas mudarem no Senado.

O parlamentar, no entanto, rejeita a extinção do Senado, mesmo reconhecendo que, em um dos exemplos do desmando administrativo, o trabalho das inúmeras comissões da Casa – que geram ônus aos cofres públicos – têm funcionamento “de mentirinha”. “Eu sempre digo que não vou participar nem dessas subcomissões, das quais eu tenho evitado, e muito, participar. Na verdade, você não participa. É uma coisa que funciona de mentirinha”, fustigou o peemedebista.

Confira os principais pontos da entrevista:

Congresso em Foco - O senhor considera, sinceramente, possível fazer as mudanças propostas no livro?
Pedro Simon -
Sinceramente, não são fáceis. Esse quadro que está sendo descrito no livro não aconteceu da noite pro dia. Tem coisas que a gente nem sabe onde e como acontecem. Eu vou fechar 32 anos de Senado. Houve fatos que eu fui ver aqui, na hora em que eu entrei na comissão [especial de reforma administrativa], que eu não sabia que existiam. E, no entanto, aconteciam. Lamentavelmente, há um desinteresse dos senadores na condução dos trabalhos normais da Casa. E há uma irresponsabilidade dos senadores no que tange a se preocupar com a estabilidade e a seriedade da Casa. Há uma indiferença. Se você reparar, os senadores não participam, a Mesa é quem decide. Mas, se você for ver, a Mesa, na maioria das vezes, assina sem saber o que está assinando.

Foi o caso do plano de carreira?
Foi exatamente o caso do plano de carreira. Ninguém sabia o que estava assinando, e o plenário vota sem saber. O primeiro-secretário é uma figura toda imponente, mas na verdade o diretor-geral é quem comanda. Há uma irresponsabilidade imensa na condução do Senado, e isso foi gradativo. O senador Brossard [Paulo Brossard, ex-senador do PMDB pelo Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça no governo José Sarney], me dizendo que ia fazer um levantamento, viu como nasceu o negócio de o senador ter direito a passagem, para viajar ao seu estado. Ele disse que, lá na origem de tudo não tem lei, não tem resolução de Mesa, nem de Plenário. Não tem nada... Tem que o Juscelino [Kubitschek, ex-presidente da República] transferiu a capital para Brasília e, nessa hora, ficou aquela história: como é que os deputados e os senadores iam viajar para Brasília? Então, a Mesa, por meio de uma resolução, passou a dar um ou duas passagens para cada parlamentar. No grito! E, a exemplo disso, o resto [das normas] foi sendo feito na base do grito. Não tem nenhuma decisão que diz que só tem votação em plenário nas terças, quartas e quintas. Mas, no grito, segunda e sexta não funciona.

Seriam práticas prejudiciais à atividade legislativa...
E tudo no grito. Por exemplo, cargos: por que um senador hoje tem x cargos, três vezes mais do que quando eu cheguei aqui? Tem posição que nem se tem ideia de quando começou, nem como começou, por aprovar, ou por deixar de aprovar... Foi uma série de irresponsabilidade. Então, tem um grupo de funcionários que – esses sim – são os que mandam, fazem o que querem. Em um estudo que eles querem tem uma infinidade de coisas... a Polícia do Senado, por exemplo. É quase termos de fazer Marinha, Exército, Aeronáutica e Polícia do Senado. É um órgão à parte que é criado.

Na sua opinião, qual sugestão de mudança descrita no livro terá mais dificuldade de ser implementada?
Para mim, a mais importante. Eu defendo o seguinte: hoje [terça-feira] nós estamos no dia 17. Até o fim do mês, o plenário vota qual a pauta a ser votada em setembro. Definem-se quais projetos serão votados em setembro. Não tem mais essa história de que segunda e sexta-feira é reunião facultativa. Não. Todos os dias da semana teriam reunião plenária obrigatória. E aí tu fica e tu vota até fechar aquela pauta. Tu não ganha mais cinco passagens por mês, tu ganha uma. Se até o dia 20 do mês de votações eu votei todas as matérias, aí eu tenho dez dias para ir ao meu estado. Se eu só votei todas as matérias até o dia 25, então eu tenho três dias para ir ao estado. Se eu não votei as matérias até o dia 30, eu não vou para o estado. Termina com aquela história de matéria ficar na gaveta, de segunda e sexta-feira não ter sessão, e o Senado funciona com vida permanente. O Senado hoje funciona terça de tarde, quarta o dia inteiro, e quinta de manhã. Os caras já estão acostumados a ir embora logo.

O Senado tem um histórico de comissões especiais designadas para os mais diversos fins – algumas servem apenas para realocação de servidores e têm os propósitos desvirtuados. Com o senhor vê o excesso (ou os excessos) desse tipo de colegiado no Senado?
Por um lado, às vezes há comissões que ajudam, colaboram. Agora, o exagero não constrói nada. Uma das coisas que não aceito mais, por exemplo, é participar dessas comissões que são criadas atualmente: ‘[Comissão] Amigos da Argentina’, ‘Amigos da Índia’, ‘Amigos de Não-sei-o-quê’... Eu sempre digo que eu não vou participar, nem dessas subcomissões, das quais eu tenho evitado, e muito, participar. Na verdade, você não participa. É uma coisa que funciona de mentirinha. O presidente badala um pouquinho pra lá, badala um pouquinho pra cá... Mas, na prática, não anda e não funciona.

Observadores da cena legislativa avaliam que propostas são rapidamente aprovadas na Câmara, graças à ampla maioria governista, e emperram no Senado. O que o senhor acha da crítica?
Sinceramente, não acredito que isso esteja acontecendo. Pelo contrário, todos os projetos que vêm da Câmara são votados aqui. E os projetos que são iniciados no Senado morrem na Câmara. A Câmara não vota e devolve para o Senado, porque quer ficar de dona do projeto. Então, um projeto que é feito aqui e considerado bom, aprovado aqui, e vai para a Câmara, lá eles deixam na gaveta. Depois de algum tempo, um deputado apresenta um projeto igual que é aprovado na Câmara e enviado ao Senado. Aí, nós aprovamos no Senado e o projeto volta para a Câmara. É muito difícil a Câmara deixar que algum projeto importante tenha iniciativa no Senado ou autoria de um senador. Agora, o que acontece é outra coisa: o governo tem mais facilidade na Câmara, onde os projetos passam mais facilmente. Aqui no Senado tem mais debate, mais discussão. Mas isso acontece hoje. No ano que vem, pode acontecer o contrário, o governo ter maioria no Senado e minoria na Câmara. O normal até é que seja isso: a confusão geralmente é maior na Câmara do que no Senado; só que agora, na Câmara, o governo tem uma maioria humilde, e no Senado é mais complicado.

Muitos dizem que, enquanto houver um feudo administrativo no Senado, propostas como a de reestruturação administrativa não avançarão...
A reforma administrativa de que estamos tratando agora, eu propus ao Tasso Jereissati [PSDB-CE, relator do projeto], ao Jarbas Vasconcelos [PMDB-PE], ao Eduardo Suplicy [PT-SP] e aos outros que nós deveríamos deixar para o ano que vem. Dois terços dos senadores vão mudar no ano que vem e, com uma nova Mesa, acho que devemos, até o fim do ano [2011], fazer debates, audiências externas.

O que o senhor acha da estrutura da Polícia Legislativa? Eles têm como prerrogativa, entre outras coisas, acompanhar senadores em viagens internacionais...
Piada! Quer dizer que se eu, por exemplo, quando estiver no Rio Grande do Sul, achar que estou em perigo, peço para a Polícia do Senado cuidar de mim lá?... É um absurdo. Se eu achar que estou em perigo, vou à Polícia Federal, e peço uma coisa qualquer igual a qualquer cidadão. Agora, criar uma estrutura no Senado para isso é piada. Criar serviço de inteligência do Senado? O que é isso? Onde é que nós estamos? Pois é... Ao longo dos anos foi aumentando, aumentando, e virou um negócio desses.

O senhor acredita que a situação do Senado pode mudar com o projeto de reestruturação?
Vai mudar. As coisas foram tão mal conduzidas neste ano que, ano que vem, é natural mudar, existe condição para mudar. No relatório dele, o Tasso Jereissati concorda plenamente com as mudanças, e isso fica como uma proposta. E, em cima do relatório dele, nós vamos debater para fazer a reforma por meio de projeto.

Além do impacto financeiro de quase meio bilhão de reais, anualmente, o plano de carreira aprovado prevê gratificações que, juntas, podem mais do que dobrar salários...
Eu votei contra porque nós deveríamos primeiro fazer a reforma administrativa e, depois, fazer um plano de carreira adaptado a ela. Você já tem um plano de carreira e agora vai fazer uma reforma administrativa? É um absurdo. Agora vai ser uma coisa muito difícil, muito difícil, adaptar uma reforma administrativa e decidir o que colocar no plano de carreira. Agora, o funcionário considera o plano de carreira uma conquista. Mexer para tirar é mais complicado do que se tivesse adaptado e deixado para votar depois.

O Senado tem uma estrutura orçamentária e de pessoal gigantesca. Sua proposta alteraria radicalmente essa estrutura, nas duas áreas. O senhor considera possível implementar as mudanças mesmo diante do corporativismo que caracteriza a Casa?
Por isso eu digo que não devemos ter pressa em fazer essa reforma. Nós devemos levar tempo, começar por adaptações. Não posso chegar amanhã e, diante de 13 mil funcionários, reduzir a mil. Não tem nenhuma chance de definir o que vai demitir, o que não vai demitir. Temos de fazer as adaptações naturais. Por exemplo: líder não deve ter dois gabinetes. Só por que um senador é presidente de comissão deve ter dois gabinetes? E esses gabinetes costumam ter 25 funcionários, outras salas. Se eu sou membro ou suplente da Mesa eu tenho dois gabinetes. Se eu sou senador eu tenho uma cota de passagem, mas se eu sou líder ou membro da Mesa eu tenho direito ao dobro? Se eu sou apenas senador eu tenho uma cota para publicar livros na Gráfica, mas se eu sou líder eu tenho o dobro? Então, são essas coisas que têm que começar a cortar, por etapas. Por exemplo, de segunda a sexta, deveríamos ter sessão ordinária com presença obrigatória. Isso nós podemos estabelecer logo. Seria assim: estabeleceríamos uma pauta e, em cada fim de mês, a colocaríamos para o mês seguinte e teríamos que votar aquela pauta. Não vai acontecer de ficarmos com um projeto na gaveta durante um ano, dois anos.

Alguns servidores da Casa têm muito poder. Basta lembrarmos o caso do ex-diretor-geral Agaciel Maia, apontado como um dos responsáveis pela emissão de milhares de atos secretos, em 14 anos à frente da Diretoria Geral...
No fundo, o diretor-geral é quem mandava em tudo. Então, todos queriam ser atendidos naquilo que ele quer. Então o senador líder, o senador membro da Mesa, um tal de 'eu quero conseguir uma nomeação aqui, um favor ali'. E o diretor atende a todo mundo. No momento em que ele atende a todo mundo, no resto ele faz o que quer e os senadores da Mesa não mandavam ele embora.

Agaciel, inclusive, lançou candidatura para deputado distrital...
E vai se eleger. Sinceramente, pelo que eu vejo de gente dizendo que deve isso a ele, deve aquilo a ele... Deve se eleger.

O senhor é um dos nomes históricos do PMDB e tem cerca de 30 anos de vida pública só no Senado. Como o senhor responde aos que defendem a extinção da Casa?
Não acredito que isso resolveria. Acho que a democracia está mudando e a Câmara Revisora é algo importante, e que faz bem para a Nação. Repare que o Senado é a última realidade em que o Brasil ainda é uma Federação. Se houver só a Câmara, o que pode acontecer lá? São Paulo vai ter seus 80 deputados e o Piauí vai ter seus oito deputados. Aqui no Senado, não. São Paulo tem três senadores, Piauí tem três senadores. Portanto, pode-se fazer esse equilíbrio. Não pode ser só o Senado, porque se for isso ou apenas uma câmara composta de um número igual de deputados para todos os estados, seria uma injustiça – porque, São Paulo, com 35 milhões [de habitantes], não pode ter o mesmo número de representantes que o Piauí. Em compensação, não é porque um estado é amplamente majoritário que ele vai esmagar a Federação que é representada pelo Senado. Acho que as coisas podem estar erradas, pode ter muita coisa para mudar, mas não vejo em que o Senado atrapalha. Seria muito ridículo alguém falar em extinguir o Senado quando, na verdade, o grande adversário, hoje, da democracia brasileira é a medida provisória. Não é o Senado que atrapalha, que demora, que dificulta a prática da democracia. O que dificulta é a medida provisória, pela qual o governo faz o que bem entende.

Fonte: Congressoemfoco

A luta do PT da Bahia é para eleger dois senadores

Em entrevista para o jornal Tribuna da Bahia (23/08), o candidato a deputado federal Emiliano (1331) previu que pelo atual cenário eleitoral, Dilma e Wagner ganharão no primeiro turno. E ressaltou que o PT da Bahia luta para eleição dos dois senadores, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT).

Emiliano afirmou que o apoio do ex-governador Waldir Pires à sua candidatura aumenta as chances de vitória e anima a campanha. Na Câmara Federal Emiliano pretende continuar a luta pela defesa do diploma para exercício da profissão de jornalista, pela democratização dos meios de comunicação e por uma nova Lei de Imprensa.

Está em curso uma nova hegemonia pós ACM? Perguntou o repórter. Emeliano respondeu: “Este é um projeto de consolidação de uma hegemonia que se iniciou a partir da eleição de Lula, em 2002. A trajetória de luta do PT vem desde 1989, 1994, 1998 e 2002, quando o povo brasileiro decidiu colocar a si próprio na direção do país. Desde lá, vem oferecendo um projeto novo para o Brasil, com distribuição de renda e crescimento econômico. Não é por acaso que a Dilma (Rousseff) está na dianteira das pesquisas.

No caso da Bahia, com a eleição de Wagner, em 2006, nós iniciamos o projeto de transformações que estamos realizando no plano nacional, com uma mudança profunda na vida política, onde predominaram outros valores democráticos e republicanos, num clima de respeito às adversidades e liberdade política, como também nas políticas públicas, que se voltaram, principalmente, para os mais pobres”.

LEIA NA ÍNTEGRA
# posted by Oldack Miranda/ Bahia de Fato

Fotos do dia

O ensaio da gata Luciana Silva é um dos mais acessados do site Bella da Semana A gata adora uma praia (não por acaso tem essa pele dourada). Torcida aproveita clássico para começar a festa do centenário do Corinthians
Neymar garante a vitória do Santos, com um gol e uma assistência Ronaldo assiste ao clássico em que o Timão goleou o São Paulo Jorge Henrique e Júnio César disputam a bola no clássico vencido pelo Timão

Saiba como se aposentar pelo teto em 2011

Ana Magalhães
do Agora

O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que quer se aposentar em 2011 ganhando o teto previdenciário --R$ 3.467,40, neste ano-- precisa ter 80% de suas contribuições mensais desde julho de 1994 pagas sobre o valor máximo. Ele também tem que trabalhar por um período maior do que o exigido para a aposentadoria por tempo de contribuição.

Será preciso ter um fator previdenciário maior do que 1 para receber o valor máximo pago pelo INSS. O fator foi criado em dezembro de 1999 para desestimular aposentadorias precoces. Assim, ele reduz o benefício de quem se aposenta jovem, mas aumenta o valor de quem adia o pedido.

Segundo o advogado previdenciário Daisson Portanova, do escritório Gueller e Portanova Sociedade de Advogados, quem fez 80% das maiores contribuições sobre o teto e tem o fator igual a 1 vai se aposentar com R$ 3.080. Ou seja, uma defasagem de R$ 387,40 em relação ao pagamento máximo do INSS.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora

Aposentados podem ficar sem aumento

Gisele Lobato
do Agora

Mais de 10 milhões de benefícios perderão o direito de ser questionados na Justiça caso o STF (Supremo Tribunal de Justiça) decida que acabou o prazo para entrar com ação, segundo a AGU (Advocacia-Geral da União).

Ao menos dez tipos de revisão poderiam ser pedidas por segurados que recebem benefícios desde antes de 1997.

Por exemplo, pode ficar sem o direito de aumentar o valor do pagamento quem se aposentou após 1989, mas tinha adquirido o direito de pedir o benefício antes disso. A revisão recupera as perdas geradas pela redução do teto.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora

Tire dúvidas da revisão de benefícios até 1997

Gisele Lobato
do Agora

Quem começou a receber um benefício do INSS antes de 1997 e pediu revisão no JEF (Juizado Especial Federal) pode estar com a ação suspensa. Isso porque a TNU (Turma Nacional de Uniformização) parou as ações de quem teve o benefício antes de 1997, mas foi à Justiça só dez anos após o primeiro pagamento.

Os julgamentos só voltarão quando o STF (Supremo Tribunal Federal) definir qual o prazo para pedir a revisão.

Em dezembro de 1997, uma lei estabeleceu que o limite para entrar com a ação era de dez anos, a partir do primeiro pagamento. Para quem tem o pedido negado no INSS, ele inicia na resposta do órgão.

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“Nenhuma tolerância” – mensagem que renderia votos

Carlos Chagas

Nem justifica nem explica por que os principais candidatos à presidência da República evoluem com excessiva cautela a respeito da esfrangalhada segurança pública verificada no país. Dilma fala que a educação diminuirá o número de crimes. Serra promete criar um ministério específico para enfrentar a questão mas não diz o que fazer a curto prazo para tirar os criminosos da rua. Marina dá a impressão de que, defendendo o meio ambiente, defenderá o cidadão contra a violência e a insegurança.

Falta coragem não apenas para eles, mas para os candidatos a governador, deputado e senador em todo o país. Poderia surpreender-se o primeiro a aproveitar esse mês e dias que nos separam das eleições para bater firme na questão. Nada de dizer que bandido bom é bandido morto. A pena capital parece fora de questão. Mas bandido bom tem que ser bandido preso. No caso de crimes hediondos, preso pelo resto da vida. Sem regalias nem benefícios de espécie alguma. De preferência enjaulado como animal que é. Importa reparar o passado e preservar o futuro, não dele, mas de quantos vivem do lado de fora.

Ainda no fim de semana assistiu-se a outro espetáculo de animalidade explícita num dos bairros nobres do Rio. As imagens mostram montes de bandidos atirando a esmo e invadindo um hotel com sofisticado armamento, fazendo reféns e no fim entregando-se à polícia, por falta de condições para resistir. Basta assistir os telejornais e ler o noticiário policial dos diários para se ter a noção da gravidade da questão. Mais do que saúde, educação, transportes e habitação, a segurança pública constitui o maior problema nacional.

Crescerá o candidato a deputado ou senador que defender prisão perpétua, isolamento permanente, trabalhos forçados, presídios no meio da mata ou em ilhas isoladas para quantos assassinos, estupradores, seqüestradores, contrabandistas, narcotraficantes e sucedâneos tiverem sido capturados. Assim como se torna imprescindível o combate implacável aos que ainda se encontram soltos. “Nenhuma tolerância” - poderia significar um bom slogan de campanha.

O verdadeiro perfil

Só por milagre, e dos grandes, Dilma Rousseff deixará de ser eleita. A pergunta que se faz é se na presidência da República manterá o perfil de mãezona sorridente e bem produzida, revelado nos palanques, ou retomará as características de áspera e intransigente administradora, mantidas há anos?

Em termos políticos, como se comportará? Abrindo espaços para os partidos que a apóiam, do PT ao PMDB, ou fechando as portas às reivindicações, tanto as justas e necessárias quanto as malandras e pouco éticas? Na maioria dos casos torna-se difícil separá-las.

Seu relacionamento com a oposição configura outra incógnita: irá tratá-la a pão e água, quem sabe nem isso, ou tentará cooptar seus contingentes dispostos a colaborar para objetivos comuns?

Enquadrará o ministério, exigindo subserviência de cada ministro, ou terá neles uma instância de consulta permanente, em vez de obediência irrestrita?

E sobre a equipe a compor, passará o apagador no quadro-negro (ou branco?) do atual governo ou conservará peças que o presidente Lula poliu ao longo de oito anos?

Manterá a postura complacente do antecessor frente às elites empresariais e especulativas ou tentará corrigir excessos por elas praticados? Com relação às massas, preservará o assistencialismo ou admitirá reformas sociais como direito legítimo delas, não como dádivas do trono?

Muitas e maiores são as dúvidas a respeito do futuro governo, abrindo-se apenas uma certeza: para melhor ou para pior, engana-se quem supuser um videotape do governo atual.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Reencenando peças de horror

Carlos Chagas

Decidiu o Tribunal de Contas da União, esta semana, rever as indenizações mensais pagas mensalmente pelo governo federal aos perseguidos pela ditadura militar. Ou a seus parentes, caso tenham sido mortos ou desaparecidos. São mais de 7 mil indenizações já concedidas, capazes de ser reduzidas ou canceladas pelo TCU, por representação do Ministério Público.

A decisão poderá atingir os torturados, os prejudicados em suas carreiras profissionais ou em suas vidas particulares, bem como as famílias dos que morreram quando sob a guarda ou em enfrentamento com o poder público. Alega-se que tem gente recebendo quantias muito superiores às aposentadorias e pensões destinadas ao cidadão comum.

Protestou a Comissão de Anistia, responsável por essas concessões, funcionando no ministério da Justiça desde 1989. O problema é faltar-lhe contextura legal.

Fica difícil perscrutar as razões de o estado brasileiro estar regateando, através do TCU. Choques elétricos passam a valer menos do que suas vítimas vinham recebendo de indenização? Estupros, torturas variadas, a perda de entes queridos, a destruição de mentes e de carreiras profissionais perdem valor, como ações na bolsa? Abusos aconteceram em certos processos de indenização. Foram beneficiados malandros que não levantaram um dedo contra o regime de exceção, ou pessoas que nem idade tinham para enfrentar o arbítrio. Mas, guardadas as proporções, penalizar a grande maioria que fez e continua fazendo jus às reparações pecuniárias, inclusive sob ameaça de cancelamento, assemelha-se a outro tipo de tortura.

São dessas anomalias que só fazem envergonhar os tempos em que vivemos. Por ironia, uma situação muito parecida com aquela levantada meses atrás pelos radicais do outro lado, pretendendo implodir a anistia e levar à barra dos tribunais personagens implicados na prática de excessos, até os mais inomináveis.

Em nome da volta à democracia, foram beneficiados pela lei do esquecimento, assim como aqueles que pegaram em armas contra o regime, muitos culpados por iguais atos de violência. Pode doer, até hoje, verificar que bandidos de lá e de cá viram-se excluídos de punições, mas, não fosse assim, ainda estaríamos envolvidos em episódios de vendeta. Ou coisa pior. Mesmo sem perdoar, de parte a parte, foi melhor assim.

Pois não é que agora, através do Tribunal de Contas da União, permite-se reabrir velhas feridas, no caso, penalizando aqueles que o próprio poder público indenizou como vítimas? Convenhamos, o pano já caiu sobre essa peça de horror, os atores sumiram do palco e essa reapresentação só dá tristeza. É preciso fechar o teatro.

O mesmo figurino

Dilma, Serra e Marina vestem o mesmo figurino. Tanto faz se acusam ou defendem o governo Lula e o governo Fernando Henrique através de críticas periféricas, mas, na realidade, concordam em gênero, número e grau com o modelo econômico vigente. São neoliberais, filhos do mercado e cultores da livre concorrência entre quantidades distintas. Uma promete criar mais 14 milhões de empregos sem lembrar quantos a foram perdidos nos últimos sete anos e sete meses. Outro quer mais 400 quilômetros de metrô nas principais capitais. Sem falar naquela que pretende governar com o melhor de todos os contrários, de Cristo ao Capeta.

Com todo o respeito, nenhum dos três candidatos apresentou até agora qualquer proposta de mudança efetiva na economia, nas instituições ou no plano social. Querem continuar, mesmo aprimorando, a estratégia adotada desde antes dos tempos do sociólogo, pois inaugurada por Fernando Collor, que agora a reivindica, ou até antes dele. Um modelo para privilegiar os privilegiados e massacrar os massacrados.

Qualquer dos três capaz de ser eleito mudará muito pouco o cenário que a propaganda pinta de ideal, apesar de responsável pela sempre maior concentração de renda nas mãos de uns poucos. Como a Plínio de Arruda Sampaio cabe apenas a denúncia, sem chances de vitória, resta concluir que nada vai mudar, nos próximos quatro anos.

Ganha de qualquer maneira

Vale insistir no tema: o PMDB é mesmo um partido de gênios. Importa menos se gênios do mal ou do bem, mas a verdade é que o partido que não perde há anos continuará vencedor com as eleições de outubro. Ganhando Dilma, com Michel Temer de vice, e mesmo tendo feito maioria no Congresso, o PMDB oferecerá ao PT a presidência da Câmara. Poderia ocupar o cargo, como certamente ocupará no Senado, mas num gesto de benevolência e boa vontade, favorecerá os companheiros e aliados. O resultado será o controle do Legislativo, através do então vice-presidente da República, é claro que em troca de muitos ministérios e penduricalhos.

Mas ganhando Serra, eis a evidência da genialidade, o PMDB simplesmente oferecerá a mesma presidência da Câmara ao PSDB. Estarão abertas portas que os tucanos jamais ousarão fechar. Por certo que também em troca de ministérios.

A vantagem de aderir

A propósito, vai uma historinha a mais de Tancredo Neves. Logo depois de tomar posse no governo de Minas, seu secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto, entrou preocupado no gabinete do chefe, informando da uma verdadeira conspiração na bancada mineira, com apoio até de muitos deputados do PMDB. Iam apresentar no Congresso projeto criando o Estado do Triângulo, separando da matriz aquela sucursal tão rica e promissora. Daquela vez seria para valer, apesar de tentativas anteriores malogradas.

Tancredo não se perturbou e o respeitado assessor exasperou-se, indagando se ele não estava percebendo o perigo que seria a separação, tanto em termos administrativos quanto políticos. Recomendando calma, o governador afirmou já estar preparado para aquele golpe, dispondo de solução tão eficaz quanto imediata.

“Qual?”

“Ora, assim que o Congresso aprovar a criação do novo estado, vamos aderir a ele, pedindo que o Triângulo aceite a incorporação…”

Coincidência ou não, a proposta foi abandonada e Minas continua uma e indivisível, até hoje.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Confira o percurso de Mendonça no dia do atentado

Simulação mostra percurso do desembargador cerca de dois minutos após sair de seu apto.
Fredson Navarro e Flávio Antunes, de Aracaju

Na manhã desta segunda-feira, 23, a equipe do Emsergipe.com fez o percurso realizado pelo desembargador Luiz Mendonça, no dia em que ele sofreu o atentado, quando se dirigia ao Tribunal de Justiça de Sergipe, com o motorista, Jailton Pereira Batista, para realizar suas atividades rotineiras.

Flávio Antunes / SN1

Com a simulação feita em vídeo, o repórter Flávio Antunes, partiu da frente do prédio, onde reside o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, localizado na avenida Oviedo Teixeira, no bairro Jardins em Aracaju, com direção a avenida Beira Mar, local onde a tentativa de homicídio foi realizada. O percurso que foi feito exatamente no horário em que Luiz Mendonça saiu de sua casa na última quarta-feira, 18, às 8h45, foi realizado em cerca de dois minutos.

SERGIPANOS COMENTAM ATENTADO

Trafegando pelo local do atentado, os aracajuanos garantem que o sentimento de revolta e insegurança estão presentes.

Flávio Antunes / SN1

“Nunca pensei que um atentado como esse do Desembargador Luiz Mendonça aconteceria em nossa capital, mas hoje tudo é possível. Por mais que Aracaju seja uma cidade segura é sempre bom ficar ligado, principalmente neste cruzamento, pois pessoas inocentes podem ser vitimadas”, comenta Neiton Vagner, engenheiro civil que utiliza a via diariamente.

Flávio Antunes / SN1

O motoboy, Márcio Santos, tem andado bastante preocupado depois do atentado ao desembargador, segundo ele, que passa de moto pela avenida uma média de 20 vezes durante o dia, agora se sente muito mais desprotegido. “Depois do atentado tenho andado com mais cautela. Sei que não tenho motivos para sofrer um atentado, mas posso muito bem ser atingido por uma bala perdida, ainda por cima estou muito mais exposto que um motorista dentro do seu carro”, comenta.

Flávio Antunes / SN1

Quem utiliza o cruzamento para comércio, começou a sentir os efeitos do atentado, é o caso dos irmãos jornaleiros Maurício e Henrique Santiago. “Primeiramente agradecemos a Deus por no dia do atentado ao desembargador estarmos vendendo os jornais em outro ponto da cidade, o que não é comum, pois na grande maioria vendemos nossos jornais lá. Já com relação às vendas estamos desanimados, pois antes do atentado nossa média de vendas era de 100 a 250 jornais por dia, hoje não passamos de 50”, desabafa Maurício.

O ATENTADO
Por volta das 9h da última quarta-feira, 18,o carro do Tribunal de Justiça de Sergipe, que estava sendo usado por Luiz Mendonça, 61 anos, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, foi metralhado quando trafegava na avenida Beira Mar, no cruzamento da ponte do bairro Coroa do Meio, na capital sergipana.

Com os disparos, o motorista do desembargador Luiz Mendonça, Cabo Jailton Pereira Batista, recebeu alguns tiros e foi levado para o Hospital de Urgência de Sergipe, onde permanece entubado, na Ala Vermelha. O presidente do TRE foi atingido com um tiro no ombro e foi levado para um hospital particular de Aracaju.

Quatro homens chegaram perto do veículo com placa do Judiciário PJ 07, onde estavam as vítimas (Fiat Línea, de cor preta) em um Honda City, de cor prata, e realizaram cerca de 30 disparos entre tiros de pistolas e espingarda calibre 12. Em seguida, abandonaram e tocaram fogo no carro, próximo ao bairro jardins. Um outro veículo que estava ao lado do carro do desembargador também foi atingido por um tiro, mas o condutor saiu ileso. Apenas ficou o susto.

Luiz Mendonça foi secretário de Estado da Segurança Pública de Sergipe por duas vezes até 2005, quando foi exonerado. Ele é presidente do TRE-SE desde janeiro deste ano e foi promotor de Justiça do Estado. Luiz Mendonça é sergipano, natural de Itabaiana.

FLORO CALHEIROS É CITADO COMO SUSPEITO

Após o atentado, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, disse aos jornalistas em Brasília, que o atentado contra o presidente do TRE/SE, Luiz Mendonça, tem chance remotíssima de ter vinculação eleitoral, e disse que a polícia já trabalha com a hipótese de um principal suspeito.

Fredson Navarro / SN1

O nome apontado por Déda é Floro Calheiros. Pela descrição do governador, o suspeito atuava no norte de Sergipe na década de 90, com agiotagem e envolvimento em crimes políticos. Ele é acusado de roubar urnas de eleições municipais e de ter liderado ou ordenado alguns crimes na região.

Fredson_Navarro/emsergipe.com

Floro Calheiros foi preso quando o atual presidente do TRE-SE era secretário de segurança. Calheiros fugiu e foi recapturado, mas tornou a escapar da prisão. Ele está foragido há dois anos e há a informação, segundo o governador, de que ele teria ameaçado o desembargador Mendonça.

LUIZ MENDONÇA NARRA COMO TUDO OCORREU

Em entrevista coletiva concedida à imprensa, no Palácio da Justiça de Sergipe, o desembargador Luiz Mendonça revelou detalhes sobre a tentativa de homicídio. Luiz Mendonça começou narrando como tudo começou. "Estava indo cumprir minhas tarefas habituais no Tribunal de Justiça de Sergipe e TRE. Após terminar uma ligação, percebi um disparo me assustei com estilhaços de vidro vindo em minha direção. Então me abaixei no piso e ao olhar Jailton, percebi que ele estava desacordado. Levantei a cabeça levemente para poder visualizar o ocorrido e observei os suspeitos se aproximando do carro, eu peguei a submetralhadora do motorista e efetuei disparo para cima, que ao perceberem se afastaram e saíram em fuga", recorda.

Flávio Antunes / SN1

O desembargador descarta a possibilidade de Floro Calheiros estar envolvido no atentado. “Eu não posso atribuir o atentado a Floro Calheiros por não ter qualquer indício que leve a esta conclusão. Eu não tenho desafeto algum, eu cumpro apenas o meu dever, pois Sergipe todo me conhece. Venho do Ministério Público e tive uma doação dos crimes de maior repercussão, fatos que me orgulham. Quando você presta um juramento para assumir a honrosa função de promotor de justiça e tem por princípio o combate à criminalidade bem como as mazelas que atinjam a sociedade, sabe que essa função tem seus riscos", garante.

SEGURANÇA PÚBLICA

O secretário de Estado da Segurança Pública do Estado, João Eloy, determinou fechamento imediato das barreiras do Estado e revelou que acredita que a emboscada foi preparada para vitimar o desembargador Luiz Mendonça e, ainda garante que a polícia sergipana está empenhada para realizar as investigações, que serão coordenadas pelo delegado Cristiano Barreto, e prender os envolvidos.

De acordo com o secretário João Eloy de Menezes, todo o efetivo da polícia sergipana está na busca pelos envolvidos, “Logo após o ocorrido determinei o fechamento das fronteiras do Estado e a mobilização das unidades especializadas das polícias Civil e Militar, inclusive da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol). As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope), Cristiano Barreto. Temos também o apoio da Polícia Federal de Sergipe e alertamos as polícias de estados vizinhos como Bahia, Alagoas e Pernambuco. Todas as possibilidades estão sendo investigadas, solucionar este caso é prioridade neste momento”, afirmou.

CARRO BLINDADO

O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) aprovou a compra de um carro blindado para ser usado pelo presidente do órgão, Luiz Antônio Mendonça, vítima de um atentado na última quarta-feira. O carro em que ele estava foi alvejado por mais de 30 tiros. O motorista do desembargador, o policial Jaílton Batista Pereira, foi baleado na cabeça e está internado em estado grave.

A compra do veículo foi aprovada na sessão do TRE desta quinta-feira (19). O atentado contra Mendonça ocorreu em uma das principais avenidas de Aracaju. O desembargador estava em um carro do Tribunal de Justiça. Apesar da resistência de Mendonça, as cúpulas das polícias Civil e Militar do estado já haviam decidido reforçar o aparato de segurança do magistrado. “Não podemos revelar muitos detalhes, por uma questão de segurança. Mas o novo esquema contará com itinerários diferentes e escolta permanente e vai se estender também a familiares do desembargador, além de outros magistrados da Justiça sergipana”, disse o delegado Júlio Flávio, responsável pela segurança do Tribunal de Justiça do Estado.

A Policia Civil já analisa também imagens de camêras de segurança de condomínios próximos da avenida onde ocorreu o atentado e do local onde foi encontrado o carro usado pelos atiradores.Policiais que tabalham nas investigações avaliam que houve "amadorismo" por parte dos atiradores, considerando a quantidade de munição gasta no atentado e as partes do veículo do desembargador atingidas pelos disparos.

Segundo o delegado Thiago Leandro Barbosa, responsável pelo inquérito do caso, cinco linhas de investigação estão sendo consideradas. O delegado afirmou que uma equipe de policiais está em Alagoas desde o dia do atentado para rastrear a origem do Honda Civic usado pelos atiradores. O carro foi encontrado queimado em Aracaju logo após o atentado.

SAMU CHEGA AO LOCAL APÓS 17 MIN
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou informações com relação ao horário de chegada da equipe do Samu Aracaju ao local do atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), desembargador Luiz Mendonça ."A equipe do Samu recebeu a solicitação de atendimento às 9h03 e chegou ao local do atentado às 9h20. Entre o recebimento da ligação na Base de Regulação localizada no bairro Siqueira Campos e a chegada do Samu ao local, a viatura levou 17 minutos", informa a coordenadora da Rede de Urgência e Emergência da SMS, Waneska Souza, que tomou conhecimento do retorno da ambulância às 9h22.

Waneska Souza explica que, ao chegar ao semáforo que dá acesso à ponte do Shopping Riomar, a equipe do Samu foi informada por policiais que as vítimas já haviam sido encaminhadas para hospitais da cidade. "Temos ainda de levar em consideração que uma viatura desse porte em via pública deve desenvolver uma velocidade máxima de 80km/h para garantir a segurança dos socorristas, evitar outros acidentes e efetivar o próprio atendimento de resgate", afirma Waneska Souza.

MOTORISTA PERMANECE EM COMA

De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital de Urgência de Sergipe, o paciente Jailton Batista Pereira, vítima de atentado ocorrido na última quarta-feira, 18, contra desembargador Luiz Mendonça, permanece internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele está sedado, respirando com ajuda de aparelhos e mantendo pressão arterial com medicamentos.

O paciente chegou a apresentar pico febril durante a noite. Jailton está sendo monitorado por uma equipe interdisciplinar e avaliado diariamente por profissionais das mais diversas especialidades médicas.

Fonte: Emsergipe

DISPUTA É PELO SENADO


Na Bahia salvo grave acidente de percurso a eleição para Governador se definirá ainda em 1º turno, com base nos números que estão sendo divulgados pelos institutos de opinião que dão larga margem de vantagem a Jaques Wagner e nunca inferiores a 40% das intenções de votos, ressaltando-se que o maior índice de rejeição é reservado ao ex-governador Paulo Souto.

Ninguém é peru para morrer de véspera e a partir do princípio o melhor é ter cautela até o dia 03 de outubro quando o eleitor elegerá os seus representantes. Tratando-se de Bahia e sua história recente, aparentemente não haverá surpresas pelo embate que vem sendo travado entre o novo e o velho. Jaques Wagner que disputa a reeleição representa a Bahia moderna que cresce, gera emprego e renda, em contraponto com a Bahia do velho carlismo, da letargia e da política do bastão.

Somente um revés extraordinário impedirá a eleição de Jaques Wagner até por certo démodé que se apresenta o DEM tendente a diminuir de tamanho em todos os Estados da Federação. As perspectivas do DEM são altamente negativas e a sua tendência futura ao diminuir de tamanho será de se fundir com outra agremiação, possivelmente um PSDB ou com várias outras siglas.

Já na luta pelas duas vagas ao Senado da República desponta como candidato mais forte César Borges, do velho carlismo e que foi cortejado por Jaques Wagner na fase da pré-campanha, o que talvez lhe tenha dado mais força, disputando a 2ª posição Walter Pinheiro e Lídice da Mata e mais distantes José Ronaldo e José Carlos Aleluia.

O desempenho eleitoral do Governador Jaques poderá alavancar as candidaturas Pinheiro e Lídice, repetindo o que acontecera quando Waldir Pires foi eleito Governador e puxou votos para Rui Bacelar e Juthay Magalhães. O que se que se estranha é que aparentemente haja um embate não muito aberto entre as candidaturas de Pinheiro e Lídice e não são poucas as reclamações do pessoal de apoio de Lídice que reclama contra a campanha unilateral em favor de Pinheiro.

A engenheira política tentada por Jaques Wagner na construção de sua reeleição quando guinou Cesar Borges como estrela de primeira grandeza, talvez resulte em erro estratégico, embora no plano nacional o PR não tenha como se contrapor as administrações petistas de Lula e de Dilma que se anuncia.

Quando Wagner construiu sua reeleição o que ele pensou foi de desarticular qualquer capacidade de reação do carlismo capitaneado por Paulo Souto, atraindo, inicialmente, Cesar Borges que não vingou e Oto Alencar, este, embora político de pijama (já que era Conselheiro do TCM-BA) ainda carrega uma liderança junto a prefeitos e ex-prefeitos carlistas o que o levou a sair candidato a vice-governador.

Na busca do apoio de César Borges na chapa para o Senado Wagner alijou de plano a possibilidade de uma possível indicação de Waldir Pires, um homem verdadeiramente republicano e um esteio moral da política baiana, e abriu frestas políticas nas candidaturas de Walter Pinheiro e Lídice da Mata, como não fosse possível a eleição de dois candidatos progressistas.

Tenho para mim que caberá a Jaques Wagner tentar remendar os males causados em sua engenharia política e concentrar forças nas candidaturas de Lídice e Pinheiro. São amplas as possibilidades de eleição de Lídice e Pinheiro sem possibilidade de comprometimento da candidatura a Governador que a cada dia recebe mais adesões de políticos e lideranças vinculadas a Paulo Souto e Gedel Vieira Lima.

Na eleição para o senado a minha preferência é por Lídice da Mata e levo comigo Pinheiro como contrapeso para não ter de depositar meu voto a quem compôs as forças carlistas.

SENSIBILIDADE. Espera-se sensibilidade dos candidatos locais no uso de carros volantes de propaganda. Ouvir discurso sem conteúdo já é um saco e acima dos decibéis permitidos é uma afronta a todos.

DISCURSOS. Confesso que não ouvi até agora discurso de qualquer candidato sobre modelo de desenvolvimento ou propostas concretas para o Município e região.

LICITAÇÕES. O que quase nenhum cidadão sabe é que ele pode participar de todas as fases do procedimento licitatório para contratação de empresas de prestação de serviços ou execução de obras e questionar possíveis ilegalidades do ato convocatório ou de todo processo.

DATAFOLHA SUCUMBIU: Até agora não adiantaram as tentativas de manipulação de números e os editoriais preconceituosos da grande imprensa em relação às administrações de Lula. Na última pesquisa datafolha Dilma abriu 17% sobre Serra.

"Uma nova idéia surge da comparação de duas coisas que se não haviam comparado."Helvêtius.

Paulo Afonso, 22 de agosto de 2010.

Fernando Montalvão.

Advogado.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Presidente do TRE/SE fala sobre atentado

Luiz Mendonça concedeu entrevista à TV Sergipe onde relata atentado
Denise Gomes, do SN1, com informações da TV Sergipe

Horas depois de sofrer uma tentativa de assassinato na manhã desta quarta-feira, 18, na capital sergipana, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, Luiz Mendonça, concedeu entrevista à TV Sergipe ainda no hospital onde se recupera do susto, bem como dos ferimentos superficiais causados pelos estilhaços de balas, que foram disparadas contra o veículo em que estava.

Com os disparos, o motorista do desembargador Luiz Mendonça, cabo Jailton Pereira Batista, ficou ferido gravemente e foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Sergipe, onde foi submetido a uma cirurgia com mais de seis horas de duração e permanece em observação, pois seu estado de saúde é considerado grave. Segundo o boletim médico divulgado às 20h desta quarta, ele está em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.

Dois veículos que também estavam próximos ao do desembargador também foram atingidos. A ação foi rápida e os bandidos fugiram em um Honda City, de cor prata, que horas mais tarde foi encontrado pela polícia totalmente queimado, nas proximidades de um shopping da capital, no Bairro Jardins.

Entrevista

O desembargador relatou os momentos de tensão e medo vivenciados num cruzamento da Avenida Beira Mar, na Zona Sul de Aracaju, quando seu carro foi alvo da ação de quatro homens que dispararam mais de 30 tiros, dentre os quais de pistola ponto 40 e escopetas calibre 12.

“Estou tranquilo e confio plenamente no trabalho da polícia do meu estado, bem como na Polícia Federal para a elucidação do caso. Não acredito em hipótese alguma que esse atentado tenha relação com crime eleitoral, pois o processo eleitoral de Sergipe é muito tranquilo, e estarei presidindo as eleições em outubro. Não irei reforçar minha segurança, continuarei com esta minha calma. Todo meu trabalho realizado e o que ainda farei no futuro serão sempre com profunda determinação, porque quando você age contra o crime está defendendo o mais fraco e a sociedade. Esse é meu dever e irei cumprir até a morte”, revelou o desembargador.

Veja a íntegra da entrevista concedida à TV Sergipe:


Fonte: Emsergipe

Por que Emiliano (1331) escolheu o slogan “O Federal do PT”?

Emiliano é candidato a deputado federal pelo PT da Bahia. Seu slogan de campanha é “Emiliano 1331 O Federal do PT”. Emiliano acredita no Partido dos Trabalhadores. Entretanto, não se trata apenas de uma questão de fé. O Ibope pesquisou a preferência partidária dos eleitores. É uma realidade totalmente contrária ao cenário antijornalístico, bem mentiroso e vergonhosamente ideologizado, desenhado pela revista Veja (lembrem-se da capa com o “monstro vermelho”). O Ibope descobriu que 47% dos eleitores escolhem seus candidatos baseados em preferências partidárias. E destes 47% o PT aparece com 26% das preferências, bem distante dos demais partidos: PSDB com 6%; PMDB, com 6% e PV com 2%. O DEM, PSB e PDT chegaram a 1%. Outros 19 partidos registrados no TSE ficaram abaixo de 1%.

A pesquisa do Ibope é muito reveladora. O PT é o partido político de maior aceitação por parte do eleitorado. E 62% dos eleitores que revelam preferência partidária estão na faixa dos 16 a 29 anos – a juventude, portanto. Não há inflação de partidos políticos como a imprensa gosta de repetir. O país tem apenas três ou quadro partidos de expressão nacional. É claro que esse resultado reflete o sucesso dos dois governos Lula, o que não desqualifica o cenário, já que partido político é feito para ganhar o poder e depois governar.

A sanha antipetista manifestada pelo Partido da Imprensa Golpista (PIG) tem suas razões. O “fator PT” pode decidir uma eleição. Afinal, 500 mil filiados participaram da última eleição direta que compôs a direção partidária do PT, em todos os níveis. E os minguados 6% de preferência partidária do PSDB explicam porque Serra não deu a menor bola para a democracia interna na escolha da chapa presidencial. Não existe militância e a preferência partidária pelo PSDB é baixíssima. Maurício Dias, editor da coluna Rosa dos Ventos, da revista Carta Capital (18 de agosto) analisa bem a questão da preferência partidária do brasileiro.

Aliás, a capa da revista Carta Capital homenageia a economista Maria da Conceição Tavares: “80 anos de inteligência”. A reportagem é belíssima. O sociólogo mineiro Juarez Guimarães lhe faz uma pergunta: porque a senhora entrou no PT? Ela respondeu: “Para continuar a luta política pelos meus sonhos de um Brasil novo”. A entrevista da carta Capital é imperdível.

Emiliano é como Maria da Conceição Tavares. Acredita que o PT fortalece a luta por um Brasil novo, uma Bahia nova.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

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