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segunda-feira, agosto 23, 2010

Nos jornais: Dilma abre 17 pontos e venceria no 1º turno

Folha de S.Paulo

Dilma abre 17 pontos sobre Serra e venceria no 1º turno

Na primeira pesquisa Datafolha depois do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) dobrou sua vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), e seria eleita no primeiro turno se a eleição fosse hoje.

Segundo pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país, com 2.727 entrevistas, Dilma tem 47%, contra 30% de Serra. No levantamento anterior, feito entre os dias 9 e 12, a petista estava com 41% contra 33% do tucano.

A diferença de 8 pontos subiu para 17 pontos. Marina Silva (PV) oscilou negativamente um ponto e está com 9%. A margem de erro máxima do levantamento é de dois pontos percentuais.

Os outros candidatos não pontuaram. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 4% e os indecisos, 8%.

Marina vai usar imagem de Lula em propaganda

A exemplo de José Serra (PSDB), a presidenciável Marina Silva (PV) vai explorar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na propaganda eleitoral na TV.

Os verdes usarão cenas de arquivo em que os dois aparecem lado a lado, no período em que a candidata ocupou o ministério do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008.
A c
ampanha também estuda levar ao ar uma comparação das biografias da senadora e do presidente, para vender a ideia de que ela teria mais semelhanças com Lula do que Dilma Rousseff (PT).

Estratégia de Serra tem "prazo de validade"

Apesar da reação de tucanos e aliados, está mantida a linha de comunicação da campanha de José Serra à Presidência, incluindo o eventual uso de imagens do presidente Lula na TV.

A estratégia tem, no entanto, prazo de validade: a Semana da Pátria.
A menos que haja grave turbulência até lá, a campanha trabalha com um prazo de até 15 dias para avaliação da eficácia do programa.

Tucano defende peça em que surge com Lula

O candidato José Serra (PSDB) reclamou ontem de uma questão formulada por jornalistas sobre seu programa na TV, que grudou sua imagem à de Lula.

O PT diz que vai processá-lo no TSE. O presidenciável disse que é a técnica do PT: "Eles transgridem e processam as vítimas. É sempre assim. Brincadeira", disse.

Serra disse ter lido o texto do programa: "Aqui diz que eu e o Lula somos dois homens que têm história. É verdade ou é mentira? É verdade. O dois são líderes experientes. É verdade ou é mentira? É verdade. Lula disputou seis eleições majoritárias. Eu já disputei oito."

Mulher de Serra passa a fazer corpo a corpo em capitais

Com perfil discreto, sem participação ativa na vida política do marido, a psicóloga Mônica Serra, 66, mudou de atitude para mergulhar na campanha de José Serra (PSDB) à Presidência.

A ofensiva começou no início do mês, quando se reuniu com mulheres tucanas em Belo Horizonte.

Ontem, ela fez caminhada em Curitiba (PR). Com agenda digna de candidato, ela visita nos próximos dias Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Ela vai conversar com populares e grupos de mulheres em busca de apoio para o candidato.

Em Curitiba, Mônica esteve ao lado de Fernanda Richa, mulher do candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa. Elas percorreram três bairros da periferia onde a prefeitura construiu casas e fez intervenções urbanas.

Em campanha, senador descola de candidato e se diz independente

Na estreia de sua propaganda eleitoral na TV, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) se declarou "independente", tirou o "H" do nome e pediu votos à reeleição, seja o eleitor "vermelho ou azul".

Um dos maiores críticos do governo Lula durante oito anos de mandato no Senado, Virgílio já havia desvinculado sua campanha da candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência.

Sem palanque na disputa ao governo, o Amazonas (1,5% do eleitorado brasileiro) é um dos Estados onde Serra tem mais dificuldades. São dois milhões de votos.

PSDB-MG reduz espaço de Serra na TV

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, perdeu espaço no programa eleitoral do candidato do partido ao governo de Minas, Antonio Anastasia. A mudança ocorreu mesmo depois de a cúpula tucana ter pedido aos aliados para que aumentassem a exposição de Serra nos programas regionais.

Na última quarta-feira, Serra não teve o nome citado ou fez apenas aparições discretas nos programas dos candidatos a governador coligados a sua candidatura.

Programa de Dilma infla dados de investimentos em habitação

A propaganda da petista Dilma Rousseff inflou números para anunciar o aumento dos investimentos em habitação no governo Lula.

"Durante o governo Lula, os investimentos em habitação no Brasil saltaram de R$ 7,9 bilhões para quase R$ 70 bilhões", diz uma repórter em programa de rádio do PT.

União usará decisão do CNJ para reaver terras no país

O Incra pedirá à Justiça de seis Estados amazônicos o cancelamento de títulos de terra que somam 3 milhões de hectares, o equivalente a dez vezes a área do DF.

Esse é o total de terras que o órgão tenta reaver por meio de 452 ações judiciais no Pará, Amapá, Amazonas, Tocantins, Acre, em Mato Grosso e em Rondônia.

A procuradora do Incra, Gilda Diniz, informou que o pedido será feito após decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de anteontem que determinou o cancelamento de 5,5 mil títulos irregulares no Pará, possivelmente frutos de grilagem de terras públicas.

Lula inaugura campus que funciona desde 2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), inauguraram ontem o campus da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em Sorocaba (99 km da capital) que já funcionava desde 2008.

A obra, que consumiu R$ 17 milhões, atende hoje aproximadamente 2.000 estudantes.

Simultaneamente e acompanhado por Lula através de um telão, foi inaugurado o campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em Curitibanos, a 296 km de Florianópolis.

O campus catarinense, que custou R$ 7,4 milhões, também já estava em funcionamento -desde abril de 2009, segundo a reitoria.

Ex-governador acusa Roriz de pagar propina

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (ex-DEM) acusou, em depoimento prestado à Procuradoria da República no Distrito Federal, o atual candidato ao governo Joaquim Roriz (PSC) de pagamento de propina a um integrante do Ministério Público estadual.

Arruda disse ter ouvido da promotora de Justiça Deborah Guerner que Roriz lhe pagou R$ 2,4 milhões, divididos em três prestações de R$ 800 mil, para que não fosse investigado por supostas irregularidades em sua gestão.

TSE confirma multa a jornal de Minas por propaganda antecipada

O TSE confirmou anteontem, por unanimidade, multa de R$ 7.000 contra o jornal "Estado de Minas" por propaganda eleitoral antecipada. A primeira decisão havia sido proferida em julho pela ministra Nancy Andrighi.

Foi a primeira e até agora única multa que o TSE aplicou a um jornal sob a alegação de promoção de um candidato à Presidência da República.
Agora, cabem apenas recursos técnicos, chamados de embargos de declaração.

ANJ negocia acordo com sites de busca

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) está negociando com sites agregadores de informação, como Google e Yahoo!, medidas que estimulem os internautas a buscar as notícias diretamente nas páginas on-line dos veículos que as produziram.

O anúncio foi feito no último dia do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, no Rio, pela presidente da entidade e diretora-superintendente do Grupo Folha, Judith Brito, em meio ao debate sobre como garantir o reconhecimento dos direitos autorais e a remuneração do conteúdo de empresas jornalísticas reproduzido por terceiros na web.

Criação de conselho de autorregulamentação tem apoio de grupos de mídia

A criação do conselho de autorregulamentação dos jornais proposta pela diretoria da ANJ (Associação Nacional de Jornais) tem apoio dos principais grupos de mídia impressa do país e é considerada um modo de evitar qualquer controle externo.

O conselho de autorregulamentação terá por base código de ética do Estatuto da ANJ, segundo o diretor-presidente do grupo de comunicação RBS, Nelson Sirotsky.

Correio Braziliense

O novo escritório do(a) presidente(a)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a trabalhar no novíssimo Palácio do Planalto na próxima quarta-feira. Depois de um ano e cinco meses de reformas, a sede do governo federal — que também abriga a Casa Civil, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria de Comunicação Social e o Gabinete de Segurança Institucional — está pronta. A reportagem do Correio teve acesso, ontem, ao térreo, aos três andares e ao subsolo do prédio, que Lula desfrutará pelos próximos quatro meses e o novo presidente da República trabalhará a partir de 1º de janeiro do próximo ano.

O palácio foi inaugurado em 21 de abril de 1960 e, justamente por causa do tempo de funcionamento, precisou ter as estruturas elétrica, sanitária e hidráulica trocadas. Além disso, duas garagens subterrâneas, com espaço para 500 automóveis, foram construídas na lateral esquerda do edifício. A solução deve desafogar um pouco um dos principais gargalos da Esplanada dos Ministérios: a falta de estacionamento. No lado direito, foi criada uma passagem subterrânea que liga o palácio ao anexo do Planalto. A ideia é facilitar o trânsito dos funcionários entre as duas instalações.

Fogo aberto contra Serra

Com discurso voltado para as mulheres, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, abriu o comício de ontem em Osasco (SP), reduto petista, atacando o adversário tucano, José Serra. “O povo não é bobo. Sabe quem promete e faz e quem só promete”, disse, rouca, em referência ao ex-governador de São Paulo. A candidata também lembrou às cerca de 8 mil pessoas presentes que o DEM, partido do vice do Serra, tentou acabar com o Pro-Uni com uma ação no Supremo Tribunal Federal.

Dilma disse que Lula vai sofrer um aperto no coração quando deixar o Palácio do Planalto, mas que tem como consolá-lo elegendo uma mulher presidente da República “para dar continuidade ao seu projeto de governo”. Já quase sem voz, ela encerrou o discurso dizendo que as eleições vão fortalecer o poder da mulher.


Os novos ares de Dilma

A candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, vai se dedicar a fazer campanha em estados onde sua caravana ainda não aportou, deixando temporariamente o foco no Sudeste. A previsão é ela privilegiar Centro-Oeste e Nordeste. As visitas fora do eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais começaram ontem, por Vitória.

Dilma irá ao Mato Grosso — a previsão é a próxima semana — e ao Piauí. Nos dois estados há aliados em situação desconfortável, com tucanos no encalço. O deputado Carlos Abicalil (PT-MT), candidato ao Senado, aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de votos, atrás de Antero Paes de Barros (PSDB).

Ao lado de quem está bem

O comando da campanha do PSDB à Presidência da República definiu como prioridade para as próximas semanas garantir os votos nos estados em que há chances claras de candidatos tucanos se elegerem governadores. Assim, José Serra reforçará a agenda no Paraná, no Pará, em Goiás e em São Paulo, considerados as trincheiras mais fortes da oposição nas eleições de outubro. A ideia é tentar estancar a queda de Serra nas últimas pesquisas, amparando o presidenciável em candidaturas regionais bem avaliadas pelo eleitor.

Pela estratégia tucana, os candidatos aos governos serviriam de motor para alavancar Serra nessas regiões. “Nos locais em que existe uma rejeição maior ao presidente Lula há a chance de crescermos. O Lula foi ao Paraná, por exemplo, e o Osmar Dias (candidato do PDT ao governo paranaense) caiu 10 pontos. Ganharam Beto Richa (adversário tucano de Osmar) e o Serra”, aponta o coordenador da campanha tucana, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Brincando de casinha

A 43 dias das eleições, as Casas de Marina, comitês domiciliares lançados pela candidata à Presidência da República Marina Silva (PV), estão passando por um “apagão”. Sem material oficial de campanha, a ideia, reformulada pela cúpula do partido, está longe de atingir o objetivo de disseminar as propostas verdes. As unidades residenciais, segundo a candidata, iriam mostrar um novo jeito de fazer política, com “núcleos vivos da sociedade”. As casas, tema de um futuro programa eleitoral, compensariam as dificuldades financeiras da campanha e a falta de capilaridade do partido nos estados. Até agora, já foram registradas 701 unidades em todo o país.

“Estou doido para trabalhar. Só que não recebi nada. Entrei de corpo e alma na candidatura da Marina e desse jeito não tenho nem como divulgar as ideias”, reclama o mecânico José Jerônimo Sobrinho, filiado ao PV e dono de uma casa que a própria Marina inaugurou no início de julho em Uberlândia (MG).

Videogame baiano

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, não quer apenas seduzir os eleitores, mas também entretê-los. No site do político baiano, foram disponibilizados dois joguinhos para o internauta passar o tempo. Um é o clássico jogo da memória (foto), no qual o objetivo é encontrar duas figurinhas iguais. Nas fotos, claro, não podiam faltar imagens do presidente Lula e de sua pupila Dilma Rousseff. Também há espaço para aliados que disputam cargos no Legislativo. O outro jogo é para cativar eleitores mirins: o objetivo é clicar nas estrelinhas para mantê-las acesas.

Planalto suspende programa

O Palácio do Planalto suspendeu a veiculação do programa semanal de rádio Café com o presidente até o término do processo eleitoral. A decisão foi anunciada pela advogada da União Hélia Betero durante a sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no momento em que o ministro Joelson Dias, do TSE, iniciou o julgamento de uma representação apresentada pela coligação do presidenciável José Serra (PSDB). Os tucanos pediam a interrupção do programa e multa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em plenário, os ministros decidiram, por unanimidade, que o processo não seria julgado, por entenderem que a questão ficou “prejudicada”. O entendimento foi firmado depois que a advogada da União pediu a palavra para informar que o Café com o presidente havia sido tirado do ar no último dia 16. O programa era veiculado toda segunda-feira, em quatro horários: 6h, 7h, 8h30 e 13h.

O 11 de setembro do Judiciário

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, fez ontem uma inusitada comparação entre o atentado sofrido pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), Luiz Mendonça, e o ataque terrorista de 11 de setembro nos Estados Unidos. “Esse atentado corresponde, do ponto de vista simbólico para os magistrados, ao 11 de setembro para o mundo”, disse o ministro.

Na última quarta-feira, em Aracaju, o carro onde estava o desembargador Luiz Mendonça foi atacado por quatro homens encapuzados que dispararam cerca de 40 tiros. O magistrado foi atingido apenas por estilhaços e recebeu alta no mesmo dia do crime. Já o motorista do carro oficial da Justiça sergipana, um policial militar de 41 anos, foi baleado na cabeça e, até o fechamento desta edição, seu estado de saúde era grave. Nos EUA, o atentado contra as Torres Gêmeas de Nova York e o Pentágono, e a queda do Voo 93 da United Airlines deixaram 2.995 mortos em 2001.

Livres para a campanha

Com as campanhas nos estados a todo vapor e o plenário vazio, senadores lançam mão do artifício de flexibilizar o ponto dos funcionários durante a eleição para ganhar liberdade de acionar o trabalho dos servidores para assuntos eleitorais fora do Congresso. Do fim de maio até agora, aumentou em 16% o total de cargos comissionados liberados da comprovação de frequência e do horário de expediente.

Quando o ponto eletrônico foi instituído, no início do ano, 19 senadores enviaram ofício à secretaria de Recursos Humanos do Senado pedindo que 280 funcionários não fossem submetidos ao controle. Em maio, 284 servidores tinham o ponto em regime especial de frequência. Mas bastou o início da campanha para subir o número de beneficiados com a carga horária de trabalho flexível: 329 funcionários. Com a liberação de ponto, os senadores não precisam apresentar relatórios de presença e de carga horária dos funcionários.

Fonte: Congressoemfoco

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