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sexta-feira, maio 21, 2010

STF condena deputado, mas crime já está prescrito

Agência Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje condenar o deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi (DEM-PR) por crime de responsabilidade na época em que ele administrava a capital paranaense. Taniguchi foi acusado pelo Ministério Público de ter pago um precatório com recursos de um convênio firmado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) destinado a melhorar o sistema de transportes da capital. Além de ter aplicado o dinheiro no pagamento de um precatório que não estava previsto no convênio do BID, Taniguchi não respeitou a fila de pagamento de precatórios.

O relator da ação no STF, ministro Celso de Mello, observou ainda que não existia previsão na lei orçamentária para o pagamento do precatório. Taniguchi foi condenado com base no decreto-lei 201, que trata dos crimes de responsabilidade.

De acordo com os ministros do STF, ele foi condenado a três meses de detenção por ter empregado os recursos em desacordo com os planos a que se destinavam e mais três meses por ter ordenado despesas não autorizadas por lei. No entanto, os ministros entenderam que já houve a prescrição do crime e que, por isso, o deputado não poderá ser punido.
Fonte: A Tarde

Audiência de juiz que matou motociclista acontece a portas fechadas

Sidnei Matos | A TARDE*

Três testemunhas de acusação, entre elas a esposa de Anderson, Ramile Cravo dos Santos, de 27 anos, foram ouvidas na manhã desta quinta-feira, 20, no caso da morte do empresário e motociclista, Anderson Jorge dos Santos, 31 anos, que não resistiu ao choque de sua moto com o carro do juiz, Benedito da Conceição dos Anjos. As outras duas testemunhas são motoristas que trabalhavam no mesmo prédio de Ramile, onde funciona a Ouvidoria Geral do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), próximo ao local do acidente.

A audiência acontece no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a portas fechadas, por determinação do juiz corregedor, Cláudio Daltron, que proibiu a entrada da imprensa, alegando segredo de justiça. Por esta razão, a ex-mulher da vítima não pode revelar o conteúdo dos depoimentos. Ramile sinalizou que pretende acionar o juiz, com um requerimento de indenização. Segundo ela, até hoje ele não a procurou para dar nenhum tipo de assistência.

O juiz corregedor, Cláudio Daltro, não confirmou se o juiz Benedito foi ou não ouvido, nem a identidade ou quantidade de testemunhas de defesa.

Acidente - Anderson foi atingido, em outubro de 2009, após uma manobra proibida realizada pelo juiz no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, para acessar a sede do TJ-BA. Na ocasião, o magistrado alegou que a manobra era regular, o que foi contestado pela perícia, comprovando a "roubadinha". Os peritos também constataram que Anderson estava em alta velocidade.

Após o acidente, o retorno foi fechado pela Transalvador.

*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line

quinta-feira, maio 20, 2010

Nos jornais: as dúvidas sobre o projeto ficha limpa

Os quatro principais jornais do país destacaram nas suas edições desta quinta-feira (20) as dúvidas geradas após a aprovação pelos senadores do projeto ficha limpa. Leia primeiro, o que cada um deles publicou sobre o assunto:

O Globo

Senado aprova Ficha Limpa

Sob forte pressão popular, o Senado aprovou ontem, por unanimidade dos presentes (76 senadores), o projeto Ficha Limpa, que veta a candidatura de políticos com condenação em instâncias colegiadas da Justiça. O projeto segue agora para a sanção presidencial. Mas a aprovação de uma emenda de redação, ontem, provocou polêmica e pôs em dúvida o verdadeiro alcance e a abrangência da lei. As novas dúvidas se somam à polêmica sobre a vigência ou não das novas regras para as eleições deste ano. A palavra final caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para a aprovação ocorrer uma semana após a votação na Câmara, o Senado adotou entendimento que permitiu a apreciação da proposta mesmo com a pauta trancada por medidas provisórias e as urgências dos projetos do pré-sal. O clima foi de festa e euforia no plenário.

Figurinhas carimbadas fora do alcance das novas regras

Ainda que o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal sustentem que valem para as eleições deste ano as novas regras restritivas às candidaturas de fichas sujas, a maior parte dos políticos que frequentemente são denunciados por corrupção e outras irregularidades não deverá ter problemas para conseguir o registro de suas candidaturas, em junho.

É o caso de governadores eleitos em 2006 e cassados no ano passado por abuso de poder econômico e político em suas campanhas o tucano Cassio Cunha Lima, da Paraíba; e Jackson Lago, do PDT do Maranhão. O primeiro é candidato ao Senado, e o segundo, ao governo. Seus casos são julgamentos já encerrados, e as condenações não podem ser vistas à luz da nova lei da Ficha Limpa. Não terão dificuldades para obter o registro.

Folha de S.Paulo

Senado aprova ficha limpa, mas aplicação gera dúvida

O Senado aprovou ontem por unanimidade o projeto ficha limpa, que impede a candidatura de pessoas com condenação na Justiça por um colegiado (mais de um juiz), mas uma emenda ao texto aprovado na Câmara gerou polêmica sobre a abrangência da nova lei. A proposta vai à sanção de Lula.

Uma "emenda de redação" do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) alterou os tempos verbais em cincos artigos e causou dúvidas sobre o alcance da lei para processos atuais.

A alteração fala em políticos que "forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado" em vez dos que já "tenham sido condenados". Deputados ouvidos pela Folha criticaram a mudança.

"Abre a possibilidade para que só novas condenações sejam abrangidas pelo projeto", disse o deputado Flávio Dino (PC do B-MA). "A mudança dá margem para novas interpretações", afirmou Índio da Costa (DEM-RJ), relator do ficha limpa na Câmara.

Proposta torna efetivo princípio da moralidade

A Constituição Federal estabelece, em capítulo sobre os direitos políticos, condições para que os cidadãos possam se candidatar a cargos eletivos. Algumas são limitações ao direito de se candidatar, como a vedação à disputa do presidente Lula pelo terceiro mandato. A elas chamamos de inelegibilidades. O legislador pode criar outras inelegibilidades a fim de proteger, dentre outros, "a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato". A presunção de inocência que protege o cidadão comum não é suficiente para os candidatos. Esta exigência expressa um princípio constitucional: o da moralidade eleitoral.

O projeto "ficha limpa" vem inserir mais algumas inelegibilidades no rol já estipulado pela Lei Complementar nº 64/90. Mais: amplia o tempo pelo qual as pessoas ficam inelegíveis. A primeira polêmica diz respeito à restrição que impõe a outro princípio constitucional: o sufrágio universal, pelo qual o direito de votar e ser votado deve ser o mais amplo possível.

O Estado de S.Paulo

Senado aprova projeto Ficha Limpa, mas norma pode não valer este ano

O Ficha Limpa diz que os políticos condenados por tribunais colegiados - quando a sentença é decidida por mais de um juiz - não podem se candidatar. A lei também aumenta de três para oito anos o período de "abstinência eleitoral" compulsória, isto é, o tempo que o político ficará sem poder concorrer quando for condenado pelo Judiciário.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agora 15 dias para sancionar o Ficha Limpa. Caberá à Justiça, porém, definir quando a legislação começa a valer: se nas eleições de outubro deste ano ou somente para o pleito municipal de 2012. O PSDB já protocolou uma consulta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arguindo sobre o início da vigência da nova lei.

A jurisprudência atual indica que dificilmente o Ficha Limpa entra em vigor neste ano. Há dúvidas sobre se a nova lei pode ou não ser considerada uma mudança nas regras do jogo para a disputa de outubro próximo - o que iria contra o principio da "anualidade eleitoral". Para evitar modificações feitas à última hora ou casuísticas, o artigo 16 da Constituição diz que essas mudanças "não se aplicam à eleição que ocorra até um ano da data da sua vigência".

Emenda deixou claro que veto a candidatos só vale para o futuro

Criticada por um grupo de deputados como sendo um golpe semântico com potencial de desfigurar o projeto Ficha Limpa, tornando-o uma anistia para criminosos com ambições políticas, a emenda de redação aplicada pelo Senado ao projeto da Câmara apenas sintonizou a nova lei com o Supremo Tribunal Federal.

A troca de expressão apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ontem pela manhã, deixou claro que somente quem for condenado depois da sanção da nova lei é que será impedido de se candidatar pelas novas regras de inelegibilidade. O projeto da Câmara dizia que todos que tivessem "sido condenados", antes mesmo dela entrar em vigor, estariam proibidos de se candidatar.

"Você não pode usar uma lei retroativamente para prejudicar ninguém. Ou seja: quem já foi condenado definitivamente, teve sentença transitada e julgada, não é atingido pela lei. Nenhum processo julgado pode ser revisto", explicou o relator do projeto, senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Segundo ele, a emenda aprovada ontem apenas alterou o tempo verbal de dispositivos do projeto, não havendo mudança no mérito da proposta.

Correio Braziliense

Ameaça ao Ficha Limpa

O Senado aprovou a toque de caixa ontem o projeto Ficha Limpa deixando como resultado um texto questionado por deputados. Depois de uma tramitação relâmpago pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o projeto passou pelo plenário, mas enfrentará polêmica antes de ir à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os senadores concordaram em não apresentar emendas à proposta, para evitar que o texto retornasse à Câmara dos Deputados. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), chegou a apresentar nove emendas, mas acabou convencido a retirá-las ainda na CCJ. A base aliada, inicialmente, defendeu o discurso de que o projeto, que teve a adesão de 1,6 milhão de pessoas, não era uma bandeira do governo. A pressão popular e a proximidade das eleições provocaram a mudança de atitude.

Mas o texto só passou pelo Congresso após ser profundamente alterado desde que chegou na Câmara. Depois dos deputados abrandarem, os senadores também fizeram alterações que ensejam questionamentos sobre a flexibilização da lei. Apresentada ontem ao projeto, emenda do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) para colocar todos os verbos do texto no futuro do subjuntivo abre brecha para que apenas políticos condenados depois da sanção da proposta fiquem inelegíveis.

O relator da proposta, Demóstenes Torres (DEM-GO), descartou que a emenda de Dornelles impede a retroatividade da lei. Segundo ele, outro artigo do projeto prevê que recursos jurídicos em andamento antes da vigência da lei poderão ser aditados para cancelamento da inelegibilidade. Só isso, segundo ele, bastaria para garantir que os já sentenciados não possam se candidatar.

Leia abaixo as outras matéria de cada um dos jornais:

O Globo

Lula deve sancionar aumento para aposentados, mas vetar fim do fator

O Senado impôs ontem nova derrota ao governo do presidente Lula ao aprovar a medida provisória, votada há 15 dias pelos deputados, com reajuste de 7,72% para as aposentadorias acima do salário mínimo.

Esse índice causará um rombo adicional no INSS de pelo menos R$ 1,6 bilhão em 2010, além dos R$ 6,7 bilhões que custam o reajuste original concedido pelo governo, de 6,14%, pagos desde janeiro.

Os senadores confirmaram ainda o fim, a partir de 2011, do fator previdenciário, mecanismo que serve para limitar aposentadorias precoces.

Indenização para a UNE

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, ontem, o pagamento de indenização de até R$ 30 milhões à União Nacional dos Estudantes (UNE). O pagamento seria uma reparação pelo incêndio que destruiu a sede da entidade, no Rio, em abril de 1964. A proposta, que já foi aprovada na Câmara, segue agora diretamente para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá ratificá-la.

Ao conceder a indenização, o Congresso reconhece a responsabilidade do Estado no episódio.

Apesar da aprovação, o relator do projeto, senador Marco Maciel (DEM-PE), ressaltou a necessidade de se fazer o cálculo correto do custo da obra. O texto aprovado na Câmara estima que R$ 15 milhões possam ser suficientes.

Diante dos prefeitos, promessa de abrir o cofre

Se depender dos três pré-candidatos a presidente que lideram as pesquisas de intenção de voto, os municípios serão elevados ao sétimo céu a partir de 1ode janeiro de 2011.

Sabatinados perante cerca de quatro mil prefeitos presentes à 13° Marcha em Defesa dos Municípios, realizada pela Confederação Nacional dos Municípios( CNM), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) se superaram nas promessas de melhorar repasses de verbas, aumentar o financiamento de programas sociais e regulamentar a chamada Emenda 29, que define o percentual de recursos de União, estados e municípios para a saúde.

Os três deixaram muito a desejar, diz líder

Com 4.500 prefeitos inscritos, a 13° Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios possibilitou uma avaliação, de perto, do desempenho dos três principais presidenciáveis, mas muitos já chegaram com o voto definido e sequer levaram em consideração se seus escolhidos estavam ou não respondendo de forma direta às perguntas dirigidas a eles. Os mais sinceros admitiam que a definição de seus votos está sujeita à influência de líderes políticos estaduais ou mesmo nacionais.

Numa avaliação geral, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, que não externou claramente suas preferências, achou que os pré-candidatos se saíram mal.

Os três deixaram muito a desejar e não responderam de forma objetiva aos principais quesitos. Por isso não consegui definir o meu voto afirmou o organizador da sabatina.

Humoristas tiram candidatos do sério

Num evento em que o debate foi contido, os comediantes dos programas humorísticos CQC, da TV Bandeirantes, e Pânico na TV, da Rede TV!, provocaram momentos de constrangimento e descontração entre os presidenciáveis. Marina Silva foi a que mais teve paciência com eles.

Danilo Gentile, do CQC, perguntou a Dilma Rousseff sobre o boato àquela altura ainda não confirmado de que ela teria impedido a exibição do vídeo que apresentava prefeitos com o pires na mão em Brasília. No tumulto, Dilma não respondeu.

A petista fez questão de falar com a apresentadora Sabrina Sato, do Pânico na TV, e prometeu dançar o Rebolation, ritmo do carnaval baiano, caso seja eleita.

TCU aponta falhas nos órgãos de controle aéreo

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) em órgãos do sistema aéreo constatou falhas que podem comprometer a prevenção de desastres. Desencadeada após o colapso nos aeroportos e os acidentes com aviões da Gol (2006) e da TAM (2007), a fiscalização mostrou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, exercem tarefas idênticas na coleta de informações sobre a segurança dos voos e, não raro, desenvolvem os mesmos projetos, numa espécie de competição.

Ontem, os ministros votaram acórdão para que o Ministério da Defesa defina os papéis de cada agente.

Conforme o relatório dos auditores, o bate-cabeça leva a situações insólitas: os prestadores de serviços à aviação civil decidem, segundo seus interesses, a quem reportar dados sobre acidentes, incidentes, ocorrências de solo, anormalidades e situações de perigo. Os dois órgãos se sobrepõem nas ações contra o choque de pássaros com aviões, um dos principais fatores de risco. A Anac criou processo para recolher e avaliar relatos sobre as colisões, enquanto o Cenipa já tinha o seu Programa de Controle do Perigo Aviário no Brasil.

Agências dos EUA querem fim do visto para brasileiros

O Brasil é o queridinho da vez aos olhos da indústria de turismo dos Estados Unidos. Diante do crescimento de 33,8% do número de visitantes brasileiros nos EUA no primeiro bimestre de 2010 em relação a 2009 (ao todo, foram 193 mil), num momento em que outros mercados internacionais importantes registram retração, a US Travel Association entidade que congrega as empresas ligadas à atividade turística nos EUA reforçou o movimento para que o Brasil, ao lado de Argentina e Chile, sejam incluídos no programa Visa Waiver, que dispensa a exigência de visto de entrada para turistas com passaportes emitidos em países como os da União Europeia, por exemplo.

O fato de registrar um crescimento significativo e acima da média nos últimos 30 meses reforça a posição de destaque que o Brasil vem ganhando como emissor de turistas aos EUA. Nos últimos anos, novos voos para o país têm sido inaugurados.

Delúbio é condenado a devolver salários

O Tribunal de Justiça de Goiás condenou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a devolver aos cofres públicos os R$ 164,6 mil que recebeu em salários da Secretaria estadual da Educação quando morava em São Paulo e ficou sem trabalhar, à disposição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). A condenação em segunda instância também cassou por oito anos os direitos políticos do ex-petista e determinou a perda do cargo público.

Delúbio não dá entrevistas. Seu advogado, Sebastião Leite, disse que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Mesmo sem atuar há anos no serviço público, Delúbio mantém o cargo de professor do estado.

PF confirma abertura de inquérito em SP para investigar Tuma Jr.

O diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, confirmou ontem que nos próximos dias será aberto inquérito para investigar o envolvimento do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., com o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, preso por contrabando.

A 3° Vara Federal, em São Paulo, determinou que a suspeita de crime contra a administração pública seja investigada na capital paulista. A Justiça argumentou que, apesar do domicílio do secretário ser em Brasília, todos os indícios foram levantados pela PF em São Paulo.

É um caso de normalidade, não tem prejulgamento. Vamos juntar todos os dados da apuração e, ao final, teremos uma decisão por indiciamento ou não disse Corrêa.

Em PE, seis são executados em assentamento

Seis pessoas foram mortas no assentamento Caldeirão do Periquito, em Floresta, a 439 quilômetros de Recife. Dos mortos, cinco eram da mesma família, incluindo uma mulher grávida de cinco meses e três crianças. O Incra informou que o assentamento foi implantado em 1991 e já foi alvo de disputa entre líderes do MST e da Federação de Trabalhadores de Agricultura de Pernambuco (Fetape).

O caso está sendo acompanhado pela Ouvidoria Nacional do Incra. Das vítimas, três eram filhos da agricultora Rita Maria da Silva, de 48 anos, coordenadora do assentamento. Ricardo Souza, diretor do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Floresta, disse que o assentamento estava sob coordenação da Fetape, mas que a convivência com o MST é pacífica, diferentemente do que ocorre na maior parte dos acampamentos de Pernambuco, onde as terras chegam a ser disputadas a tapa.

ONGs pedem suspensão de licença de obra na Bahia

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu ontem manifesto assinado por representantes de 94 organizações não governamentais (ONGs) contrárias à implantação do Complexo Intermodal Porto Sul. Segundo as entidades, o projeto será instalado dentro da Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada, entre Ilhéus e Itacaré, no Sul da Bahia.

As ONGs afirmam que a empresa privada Bahia Mineração (Bamin) obteve licença para explorar ferro na região e, para viabilizar o negócio, o governo do estado passou a investir no complexo que inclui terminal ferroviário, porto e aeroporto.

Folha de S.Paulo

Reajuste para aposentado passa no Congresso

O Senado aprovou ontem projeto que reajusta em 7,72% as aposentadorias e pensões da Previdência Social acima de um salário mínimo. O reajuste é retroativo ao mês de janeiro.

O resultado da votação, que foi simbólica e durou menos de cinco minutos, significou uma derrota para o governo.

Dois auxiliares diretos de Lula disseram à Folha que a disposição dele continua ser a de vetar o reajuste de 7,7% para os aposentados. De acordo com esses auxiliares, houve ontem conversas da área econômica com a articulação política sobre a votação no Senado.

Justiça cassa direitos políticos de Delúbio

O Tribunal de Justiça de Goiás condenou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a devolver R$ 164,7 mil aos cofres públicos por recebimento irregular de salários. A sentença, votada em maioria, é de 4 de maio, mas foi divulgada ontem.

Ele também teve os direitos políticos cassados por oito anos e não poderá exercer cargo público no Brasil -mas pode recorrer da decisão.

Entre 1994 e 1998 e 2001 e 2005, ele obteve uma licença remunerada da rede estadual de ensino para trabalhar no Sindicato dos Professores de GO. Em vez de atuar na entidade, mudou-se para SP.

Maluf vai ser julgado por dinheiro fora

O deputado federal Paulo Salim Maluf (PP-SP) e sua mulher, Sylvia Lutfalla Maluf, deverão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal sob a acusação de manter ilegalmente depósitos em bancos no exterior. Ainda não foi designada a data para o julgamento.

A decisão é do ministro Ricardo Lewandowski em ação penal, que tramita sob segredo de Justiça, sobre operações financeiras do ex-governador na França. Outras duas denúncias, sobre contas bancárias nos Estados Unidos, na Suíça e na Inglaterra, ainda não foram apreciadas pelo mesmo relator.

A decisão de Lewandowski tem um ônus político para Maluf, pois é divulgada no momento em que ele articula o apoio de seu partido à candidatura de José Serra (PSDB).

Questionado sobre fim do Bolsa Família, Serra se irrita com rádio estatal

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, ficou irritado e discutiu com jornalistas ontem durante a 13ª Marcha dos Municípios.

Um repórter da Rádio Nacional, emissora estatal, perguntou se o tucano acabaria com o Bolsa Família. Serra reagiu de forma ríspida.

"Por que a pergunta? Porque disseram para você que eu vou acabar? Então eu gostaria de saber a fonte. Isso é uma mentira total", afirmou.

No debate com os prefeitos, o tucano manteve o bom humor, mas mudou o tom na entrevista coletiva após o ato.

Evento com prefeitos vira palco de promessas

Em uma sabatina em que tiveram acesso com um dia de antecedência às perguntas que lhes seriam feitas, os três principais pré-candidatos à Presidência distribuíram elogios e promessas aos cerca de 4.000 prefeitos que promovem sua marcha nacional a Brasília.

José Serra (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) se comprometeram com pautas defendidas pelo movimento municipalista e, nas sabatinas individuais de cerca de uma hora cada uma, dispararam ataques entre si.

Primeiro a falar, Serra chegou com atraso de 40 minutos ao hotel que sediou o evento. Em sua fala, criticou o suposto aparelhamento da máquina pública, que estaria "leiloada entre os partidos" lulistas.

Programa nacional do DEM na TV terá discurso de Serra

O DEM deu início à ofensiva da oposição para garantir visibilidade ao pré-candidato do PSDB, José Serra, em rádio e TV. Sob a direção do jornalista Luiz Gonzalez -coordenador da campanha à Presidência-, o partido já levou ao ar inserções com imagens do tucano.

Além desses comerciais, exibidos apenas nos Estados onde o DEM não tem candidatura majoritária, Serra ocupará parte significativa do programa nacional do partido, no dia 27.

Para reverter tendência de queda nas pesquisas, DEM, PPS, PSDB e PTB deverão dedicar parte de seu programa ao discurso de Serra no lançamento de sua pré-candidatura, no dia 10 de abril, em Brasília.

Senado: Suspeita de fraude em contratação é apurada

A polícia da Casa investiga a acusação de fraude na contratação de funcionárias no gabinete de Efraim Morais (DEM). Ele nega participação na irregularidade e disse que exonerou as pessoas envolvidas no caso. As duas irmãs que afirmaram à Polícia Civil que são funcionárias fantasmas de Efraim serão ouvidas hoje. O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB), disse que só poderá abrir outra apuração se for confirmado o envolvimento do senador.

O Estado de S.Paulo

Gastos do governo federal dão o tom e dominam debate

O governo federal ficou na berlinda ontem, durante a sabatina promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com os três principais candidatos à Presidência ? o tucano José Serra, a petista Dilma Rousseff e Marina Silva, do PV.

Ao longo de mais de três horas em que os presidenciáveis responderam às perguntas da CNM, os gastos do governo dominaram os debates e todos defenderam prioridade à reforma tributária.

Dilma promete dançar o 'Rebolation' se vencer

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apareceu descontraída no encontro de ontem com prefeitos, apesar da polêmica envolvendo a exibição de um vídeo vetado por sua equipe. Abordada pelo programa Pânico, da Rede TV!, ela prometeu dançar o Rebolation, mas só depois da eleição.

"Agora, estou um pouco endurecida", justificou, provocando risos até em coordenadores de sua campanha. "Eu vou dançar o Rebolation só depois da eleição, se eu for eleita. Se eu não ganhar, vou dançar o frevo, que é mais bonito."

Dilma saiu da sabatina promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) e foi cumprimentar funcionários da copa e da rouparia do hotel onde se realizou o encontro. A petista disse que fazer campanha é "tranquilo". "Difícil, minha querida, é ficar sete anos e meio lá na Casa Civil", afirmou.

Para Serra, vice pode ser definido após convenção

Dispostos a empreender esforço máximo para conquistar o "vice ideal" Aécio Neves, os tucanos vão levar a definição da chapa presidencial do PSDB ao último minuto do segundo tempo do jogo sucessório. O candidato tucano José Serra revelou ontem que está disposto a apresentar sua candidatura na convenção nacional de 12 de junho sem um vice escolhido.

Ele não vê problema em se lançar oficialmente candidato deixando o posto de vice em aberto, para uma definição posterior. Isto dará mais tempo aos tucanos para conquistar o ex-governador mineiro e, a Aécio, o prazo legal máximo de 30 de junho para aceitar a missão.

O tucanato acredita que há espaço para convencê-lo a desistir da eleição certa para o Senado e disputar a Presidência. Na avaliação de dirigentes do partido, o fundamental, também para Aécio, é a vitória do PSDB. Argumentam que de nada valeria ao mineiro uma cadeira de senador na derrota, se ele não tem perfil de líder da oposição e só poderia chegar à presidência da Casa, como sonha, em caso de vitória.

CNI cobra de pré-candidatos redução de juros

Para crescer, o Brasil precisa mudar a estratégia de sua economia, segundo documento que será divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será entregue aos presidenciáveis. De acordo com a avaliação da entidade, a atual equação macroeconômica tem um viés que inibe o crescimento da economia, ao punir o setor privado.

Entre os principais problemas estão as altas taxas de juros e a dificuldade de acesso ao crédito. "O Brasil só conseguirá sustentar um forte crescimento se contar com o suporte de uma política industrial ativa, capaz de formar um ambiente propício à inserção competitiva das empresas na economia global, aproveitando todo o extenso potencial de crescimento da produção da indústria brasileira", sustenta o documento batizado de A Indústria e o Brasil - Uma Agenda para Crescer Mais e Melhor.

Cúpula do PT se nega a negociar presença de Lula em palanques

O crescimento da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, captado pelas mais recentes pesquisas de intenção de votos, dá munição ao comando petista para frear parte das exigências do PMDB em troca do apoio oficial à ex-ministra. No entendimento da cúpula do PT envolvida na pré-campanha há apenas duas "exigências legais" do aliado: o cargo de vice a Michel Temer e a garantia de palanque único do PMDB em Minas Gerais para o ex-ministro Hélio Costa.

A presença do presidente Lula nos palanques estaduais, tema exaustivamente debatido nos bastidores, não será colocada na mesa de negociações se depender da direção do PT. O argumento é óbvio: a candidata será Dilma e é somente a presença dela nos palanques que pode ser reivindicada pelo parceiro PMDB.

País aprendeu a ser sério, diz Lula sobre eleições

As eleições presidenciais de outubro não vão alterar o rumo do Brasil, seja quem for o vencedor. A garantia foi dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma plateia de investidores espanhóis, ontem, em Madri.

Depois de lembrar o preconceito que sofreu da classe empresarial nos anos 1980 e 1990, o presidente disse apostar na maturidade política do País. "O Brasil aprendeu a ser sério", afirmou Lula, adaptando a célebre frase atribuída ao ex-presidente da França Charles de Gaulle.

Com as declarações, Lula teve o objetivo de tranquilizar os investidores espanhóis sobre a estabilidade econômica e política do País em meio à campanha eleitoral. O cenário, lembrou o presidente, é diferente do vivido por ele mesmo nas eleições de 2002, 1998, 1994 e 1989, nas quais foi candidato pelo PT.

Começa hoje julgamento sobre guerrilha do Araguaia na Corte Interamericana

A Corte Interamericana de Direitos Humanos realiza hoje a primeira audiência do julgamento no qual o Brasil é acusado de violações de direitos humanos no episódio da guerrilha do Araguaia, na década de 70. A ação é movida por familiares de guerrilheiros, que reivindicam informações sobre a forma como eles foram mortos, a localização dos restos mortais e a punição dos agentes do Estado que cometeram violações de direitos humanos, como tortura e execução sumária.

Em dois dias de audiência serão ouvidas testemunhas dos familiares e do Estado brasileiro. No primeiro grupo aparece Laura Petit, que teve três irmãos mortos na guerrilha.

Justiça manda Delúbio devolver R$ 164 mil

Um dos pivôs do escândalo do mensalão, junto com o publicitário Marcos Valério e outros dirigentes petistas, em 2005, Delúbio também foi condenado pelo TJ a devolver R$ 164,6 mil aos cofres públicos pelos 100 dias em que recebeu salário e não trabalhou na Secretaria Estadual de Educação (SES) de Goiás, onde exercia a função de professor de matemática na rede pública.

Na época, entre os meses de setembro de 1994 e janeiro de 1998, e depois entre fevereiro de 2001 e janeiro de 2005, Delúbio Soares estava licenciado da secretaria, morava em São Paulo e ficava à disposição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego).

Perda de função. Pelo comportamento "imoral e ilegal", segundo o desembargador Félix de Souza, o ex-dirigente petista também foi condenado à perda de função pública. O advogado de Delúbio, Sebastião Ferreira Leite, disse ontem que vai recorrer das decisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Correio Braziliense

Reajuste aprovado no Senado

É uma vitória dos aposentados, mas com possível prazo de validade. Antes mesmo de o Senado confirmar o fim do fator previdenciário e referendar o aumento de 7,7% aos pensionistas que ganham mais de um salário mínimo, os parlamentares comentavam que nenhuma das propostas passaria pelo crivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas isso não impediu os senadores de impor nova derrota ao Palácio do Planalto. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou em plenário que Lula vetará a proposta que acaba com o mecanismo criado na época do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O fator limita os vencimentos do trabalhador na hora em que ele decide se aposentar e o obriga contribuir por mais alguns anos para ter como pensão o maior valor possível. Não só, a equipe econômica também recomendou ao presidente rejeitar a proposta de 7,7%. A tendência é que o governo mantenha a proposta de 6,14% que consta na medida provisória aprovada ontem. Mas os senadores, diferentemente do que foi feito na questão do fator previdenciário, jogaram o ônus do veto todo nas costas de Lula. O Senado aprovou a proposta que tinha condição política de aprovar. Agora, a decisão é do presidente em vetar o reajuste, disse Jucá.

Sem controle de ponto

O ponto eletrônico implantado no Senado no início deste ano não acabou com as fraudes envolvendo servidores fantasmas. No centro de mais um escândalo envolvendo a Casa, os registros de movimentação de servidores mostram que o senador Efraim Morais (DEM-PB) tentou transferir para a Primeira Secretaria do Senado a bacharel em direito Mônica da Conceição Bicalho, comissionada que teria confessado esquema de recebimento do salário de duas funcionárias fantasmas lotadas no gabinete do parlamentar. Ato de 29 de setembro de 2009 revela que Mônica foi transferida do gabinete de Efraim para a Primeira Secretaria, cargo da Mesa Diretora exercido pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Ontem, o senador piauiense mostrou atos de exoneração da suposta advogada e das funcionárias fantasmas as irmãs Kelly Janaína do Nascimento, 28 anos, e Kelriany Nascimento da Silva, 32 datados de terça-feira, dia em que as estudantes procuraram a 13ª DP (Sobradinho) para denunciar a fraude. Heráclito afirmou que Mônica foi nomeada para a Primeira Secretaria a pedido de Efraim, e que após constatar que a funcionária não aparecia para trabalhar mandou devolver a servidora para o local de origem. Ela foi para lá a pedido de Efraim. Ela não marcava ponto e mandaram para a origem. Instalamos uma sindicância para apurar as denúncias.

Defesa de prefeitos corruptos

Os prefeitos montaram uma estrutura gigantesca para ouvir as propostas de três presidenciáveis. Mas o que marcou o encontro ontem foi o que deixou de ser mostrado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A pedido da coordenação de campanha de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, foi vetada a apresentação de um filme de três minutos. Temiam-se as críticas à falta de ação do governo para ajudar nas finanças municipais. Mas o que espanta no vídeo é a defesa sem pudores de prefeitos envolvidos em desvios de recursos públicos e ataques à Polícia Federal.

A produção, que ganhou os holofotes no penúltimo dia do encontro que reuniu 4 mil pessoas, aponta a burocracia do governo federal como razão para prefeitos cometerem crimes como desvio de recursos de obras públicas, fraudes em licitações e liberações irregulares de verba, que levaram administradores para a cadeia nos últimos anos. Trinta e três operações, entre elas Sanguessugas, Pasárgada, Navalha, Vidas Secas, são citadas no vídeo feito pela CNM. O diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, que viu rapidamente as cenas, reagiu de pronto: As dificuldades não autorizam extrapolar os limites da lei, rebateu. Se fosse assim, todo cidadão teria isso como regra, rebateu.

Briga de gestões entre candidatos

Os três principais pré-candidatos à Presidência disputaram o voto de quatro mil mandatários municipais, durante a Marcha dos Prefeitos. José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT) fugiram de temas polêmicos como a questão dos royalties e a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que estabelece um patamar mínimo de repasses da União e dos estados para que os municípios invistam em Saúde. Tensos, Dilma e Serra trocaram acusações de destrato aos prefeitos. Já Marina preferiu questionar a disputa de currículos entre o tucano e a petista. Cada presidenciável teve uma hora para apresentar propostas e responder a nove perguntas formuladas pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), organizadora do evento.

A arma secreta da campanha de Marina

Em busca de um melhor desempenho com o eleitorado, a presidenciável Marina Silva (PV-AC) tem recebido o apoio do ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo de Tarso Cunha Santos. A atuação discreta do profissional se deve ao fato de o partido ainda estar em negociações com sua empresa de comunicação para liderar a equipe de comunicação da senadora do Acre. É provável que, de fato, fechemos com ele, reconhece um dos coordenadores da campanha, João Paulo Capobianco.

Ele afirma que a escolha do publicitário teve como referência a larga experiência em campanhas políticas, sua identificação com o projeto da pré-candidata e a possibilidade de custos compatíveis com a estrutura do partido. Capobianco, entretanto, afirmou que ainda não há uma estimativa das despesas com a área de comunicação.

Manifestação é o aperitivo para a greve

Com fogos de artifício e fazendo muito barulho em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de 300 servidores do Poder Judiciário da União fizeram ontem mais um ato de manifestação para pressionar a aprovação do projeto que reajusta o salário da categoria em 56%. Cinco sindicalistas foram recebidos no intervalo da sessão plenária pelo vice-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que dizem estar empenhados pela negociação, apesar de não admitirem greve.

A categoria mantém indicativo de paralisação desde o começo do mês e ameaça cruzar os braços por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira caso as negociações não avancem. Os servidores querem que o reajuste seja aprovado ainda neste semestre, pois avaliam que, depois disso, o Congresso estará paralisado por conta das eleições.

Fonte: Congressoemfoco

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Vacinação contra vírus da gripe suína vai acabar amanhã

Fernanda Barbosa e Folha de S.Paulo
do Agora

Termina amanhã a campanha de vacinação contra a infecção pelo vírus A (H1N1), da gripe suína, em todo o Brasil. Nesta última fase, o foco é a imunização de adultos com idades entre 30 e 39 anos, mas também podem tomar a dose gestantes e idosos com doenças crônicas (que deverão apresentar atestado médico).

Na capital, há 434 unidades básicas de saúde que podem aplicar a vacina, com atendimento entre as 8h e as 17h. O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde afirmaram ontem que não há planos de prorrogar a campanha e que a intenção é atingir a meta de vacinação --imunizar 80% do público dos grupos de risco.

Até anteontem, a três dias do fim da campanha, entretanto, essa meta ainda não havia sido atingida para três dos grupos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, haviam sido vacinadas 75% das pessoas de 20 a 29 anos, 66% das grávidas e 27% dos adultos entre 30 e 39 anos.

Ao todo, contando também idosos, pacientes com doenças crônicas e crianças de seis meses a um ano e 11 meses, haviam sido aplicados 57 milhões de doses. A meta nacional é chegar a 70 milhões de pessoas vacinadas até o fim da campanha.

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TJ define lista tríplice e envia para Wagner

Lílian Machado

Os advogados Nilson Soares Castelo Branco, Custódio Lacerda Brito e Antônio César Pereira Joau e Silva integram a lista tríplice de onde sairá o novo desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia. Os nomes dos três advogados serão encaminhados hoje ao governador Jaques Wagner (PT), que decidirá qual deles ocupará uma cadeira no TJ. A nomeação deve ser decretada até amanhã. Trinta e dois desembargadores compõem atualmente o TJ-BA.

A eleição realizada pelo Pleno, em sessão secreta no Tribunal, mais uma vez foi bastante debatida pelos juízes, já que a maioria contesta o método de indicação do quinto constitucional – determinado pelo artigo 94 da Constituição Federal. Em primeiro lugar ficou Castelo Branco (53 anos) com 23 votos. Em segundo, com 20 votos, ficou Custódio Lacerda (58). Ocupou a terceira colocação o advogado César Joau e Silva (46) com 12 votos. Um dos três será agraciado com a indicação do governador.

Vale lembrar que o processo de seleção ocorrido na OAB e no TJ tem sido contestado ao longo dos anos pelos magistrados. “O recrutamento dos advogados não é democrático, porque submetido ao desejo de grupo, passando por restrito número de membros dos tribunais, onde o conhecimento pessoal e a amizade prevalecem, porque não se tem critérios para a escolha deste ou daquele, como ocorre na promoção dos juízes, quando se exige produtividade, presteza, frequência e aproveitamento em cursos, etc. O coroamento de interferências indevidas na magistratura acontece com a prevalência da vontade pessoal e política do Chefe do Executivo que nomeia”, disse, em artigo, o desembargador Antonio Pessoa Cardoso.
Fonte: Tribuna da Bahia

A Vox Populi e o Senado

TASSO FRANCO

A pesquisa Vox Populi recentemente divulgada pela Band Bahia traz à luz do debate político, ainda que este instituto não tenha avaliado uma quantitativa para o Senado, alguns contornos do que poderá acontecer com a campanha à senatoria. O senador César Borges (PR), até recentemente o único candidato no cenário e preferido segundo dados em pesquisas internas, do PR e do PT, agora tem na disputa, já lançados os nomes de José Ronaldo de Carvalho, ex-prefeito de Feira de Santana, na coligação DEM/PSDB; e a deputada Lídice da Mata, ex-prefeita de Salvador, na coligação PT/PSB/PCdoB/PDT/PP.

Ainda faltam sacramentar os nomes do deputado Walter Pinheiro (PT), praticamente certo, para compor a chapa Wagner/Otto; e do vice-prefeito, Edvaldo Brito, na chapa Geddel, do PMDB e coligados. E aí é que entra a Vox, que deu uma animação interior enorme ao senador ACM Jr. (DEM), para que concorra à reeleição. Concluída essa fase, o que deverá acontecer até as convenções partidárias (entre 10 e 30 de junho próximo) ou mesmo antes, valeria uma aferição de pesquisas dos institutos.

O PV mantém a queda-de-braço para lançar candidato único ao Senado, o deputado Édson Duarte, e não quer abrir espaços para João Jorge e/ou Bete Wagner. Decisão que, se for monocrática, tira o sabor democrático deste partido com anunciada visita da candidata a presidente a Salvador, Marina Silva.

De toda forma, de acordo com os números apresentados pelo Vox (Wagner 41; Souto 32; Geddel 9; Bassuma 1) se depreende que os nomes dos candidatos ao Senado alinhados com Wagner, no primeiro plano, e os da chapa de Souto, em segundo lugar, passariam a ter mais chances de vitórias, uma vez que, pela prática e lógica histórica considerando-se 1986 para cá, o governador eleito puxa os nomes ao Senado. Em sendo assim, observando-se essa perspectiva, o senador César Borges, até então o favorito, passa a ter sérias dificuldades para sua reeleição.

Isso poderá complicar ainda mais a vida de Borges, caso o senador ACM Jr., com “recall” familiar de ACM, participe do processo eleitoral como candidato à reeleição. Haveria, assim, uma tendência do voto casado Zé Ronaldo/ACM Jr. puxado pela coligação Souto/Serra. Wagner/Dilma faria a sua parte com Pinheiro/Lídice; e Geddel, de sua vez, com César/Edvaldo. Há, portanto, uma diferença substancial nesse enredo porque a dupla César/Edvaldo não encarna o espírito interiorano do “carlismo”, o qual, muitos já sepultaram, mas ainda existe.

Veja que, nos bastidores, ACM Neto teria trabalhado, é o que se comenta, para que César participasse da chapa de Geddel e não da de Wagner. Em sendo assim como foi, Neto sempre se posicionou contra a candidatura do pai (ACM Jr.) entendendo que, em caso de uma derrota, pudesse atrapalhar seu futuro político.

Mas, a política é muito dinâmica, uma nuvem que se mexe em diferentes velocidades. E, agora, está mexendo com a sensibilidade do senador ACM Jr. para que tope a parada porque existem sinais de vitória. Se elas virão são outros quinhentos. Mas esses sinais estão no ar.

Wagner disse no Congresso do PT que fará os dois senadores. E que também vencerá no 1º ou 2º turno. Souto está animado e comendo pelas beiradas. Seu comercial da interiorização da violência na TV é poderoso. Geddel garante que cresce na campanha. Os candidatos ao Senado, pois, estão dentro dessas nuvens. Ainda sem raios e trovões. Mas bastante carregadas de energia e sem favoritos.

Fonte: Tribuna da Bahia

Fichas ocultas

Dora Kramer


O palavrório não paga pedágio. Daí que com todo mérito que merece o Congresso, essa súbita transição da apatia à euforia no caso do Ficha Limpa só se configurará uma trajetória em direção ao avanço quando os partidos e os políticos se dispuserem a mu


O líder do governo Romero Jucá não apareceu na sessão de ontem da Co­­­missão de Consti­­­tuição e Justiça do Senado que aprovou por unanimidade o projeto Ficha Limpa em caráter de urgência e no início da noite no plenário.

Pois antes da hora do jantar Jucá já tinha sido atropelado pela sociedade que levou até seus pares governistas a transitar do mais absoluto desdém à mais inflamada das paixões pelo projeto que veta candidaturas de gente com contas abertas na Justiça.

O que já ocorrera na Câmara, aconteceu de novo na sessão de ontem pela manhã na CCJ e com uma rapidez inédita no plenário do Senado. Ineditismo que chega mesmo a ser inusitado.

Muito se falou sobre essa causa que parecia perdida e ganhou a batalha de virada.

Nem a contraofensiva preparada pela liderança governista no Senado resistiu a 15 minutos e teve de abrir alas ao pedido de passagem da pressão popular em ano eleitoral.

Faltou, porém, examinar um outro aspecto da cena: o cotejo entre o entusiasmo retórico dos parlamentares, a animação cidadã do eleitorado e o comportamento de todos esses atores face à realidade cotidiana.

O deputado Chico Alencar le­­vantou a lebre. No último dia de votação do Ficha Limpa na Câmara, enquanto observava os colegas que tanto gostam de proteger quebras de decoros, defender práticas questionáveis e distorções assemelhadas, eufóricos em seus discursos em defesa da “das fichas limpas”, escreveu uma mensagem.

“Estou preocupado com os excessos de autoelogios derivados do raro momento de encontro do Parlamento com a demanda popular. Não podemos vender ilusões e dizer que começou a acabar a corrupção e que agora o Brasil só terá eleições limpas, candidaturas cândidas. Menos!”

O deputado pede atenção para o controle dos partidos na formação da lista de candidatos, o cuidado do eleitor com a escolha do voto e zelo com o seguinte: o fato de alguém não ter processo não lhe garante a lisura de conduta.

“Muitos fichas-escondidas, sujíssimas, seguirão sendo candidatos, pois a grande maioria dos inescrupulosos atraídos pela vida pública jamais sofreu qualquer condenação judicial. Contra esses, o único remédio é o voto consciente.”

Dá mais trabalho, não dá para transferir a responsabilidade aos partidos, mas é um caminho mais seguro, civilizado, politizado e educativo.

Chico Alencar não desqualifica o valor da pressão popular. Ao contrário. Só alerta que não é coisa que se faça como um episódio para depois sair de cena.

Pelo seguinte, na transmutação do Congresso nesse caso do projeto Ficha Limpa muita gente boa e bem intencionada, que em geral é deixada de lado, pôde retomar o espaço perdido.

Mas uma quantidade enorme de oportunistas pegou carona nessa história, esperando que não dê tempo de a regra valer para a eleição de 2010.

Em geral são os que fazem os discursos mais exorbitantes. O palavrório não paga pedágio. Daí que com todo mérito que merece o Congresso, essa súbita transição da apatia à euforia no caso do Ficha Limpa só se configurará uma trajetória em direção ao avanço quando os partidos e os políticos se dispuserem a mudar os comportamentos de fato.

Farão isso por geração espontânea, por obra e graça do Espírito Santo, ou sempre que houver uma eleição?

Em nenhuma dessas situações. Só há um jeito: é a estreita, permanente e contundente, vigilante, insistente e, sobretudo, saudavelmente cética, cobrança social.

Talião

A área jurídica do PSDB aconselha o partido a seguir a Lei Eleitoral no programa do dia 17 de junho, mas admite que não tem como assegurar aos políticos que, se mantiverem a compostura, serão recompensados pelo rigor da Justiça em relação ao adversário.

De onde prevalece, segundo o deputado Jutahy Júnior, o seguinte entendimento no partido: “Apre­­­sen­­­­tar o candidato (José Serra), fazer de fato um programa com efeitos eleitorais. Se o tribunal permite ao PT reincidir, usando duas vezes o programa partidário como ho­­­rário eleitoral, nós vamos fazer o quê? Nem o eleitor compreenderia se agíssemos de maneira diferente.”

Fonte: Gazeta do Povo

Sobe a temperatura

Carlos Chagas

Resta saber quais as sanções que nas próximas horas os Estados Unidos proporão contra o Irã, no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Pelo jeito serão econômicas e militares, na medida de uma suposta iniciativa contra o Banco Central do país dos aiatolás, mais restrições a exportações e importações, incluindo também o assalto e a fiscalização forçada de navios de qualquer bandeira com destino aos portos iranianos. O motivo será saber se transportam material capaz de servir a atividades nucleares, confiscando-os.

Apesar de a Secretária de Estado, Hillary Clinton, haver anunciado o apoio da China e da Rússia, junto com França e Inglaterra, para as sanções, o governo de Pequim ressalvou que não concordará com iniciativas capazes de prejudicar o povo iraniano. A declaração presta-se a variadas interpretações, restando aguardar a reunião do Conselho de Segurança.

De qualquer forma, ficou claro que as potências nucleares deram de ombros para o acordo firmado entre os presidentes do Brasil e do Irã, mais o primeiro-ministro da Turquia. Foi como se eles não se tivessem encontrado, uma demonstração a mais de que o mundo continua dividido entre os que agem e os que conversam. E agem e conversam por irônica singularidade: porque uns possuem bombas atômicas e outros estão proibidos de possuir…

Caindo na real

Durou pouco a euforia do chanceler Celso Amorim diante do acordo de Teerã. Mais uma vez o planeta não se curvou diante do Brasil. Sequer valeu a informação do ministro de que os chanceleres da Rússia e da China haviam elogiado os entendimentos com o presidente Ahmadinejah. Primeiro, porque não foram eles que se dirigiram ao colega brasileiro, mas este quem tomou a iniciativa telefônica de procurá-los. Depois, porque, mesmo com ressalvas, aqueles dois países apóiam as sanções contra o Irã. Ainda não foi dessa vez que o espírito do Barão do Rio Branco baixou no ministério das Relações Exteriores.

Acresce que não terá o menor valor a carta que Amorim pretende mandar aos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigindo que interrompam suas reuniões em Nova York, por conta do acordo com o Irã.

Quanto ao “ministro do B”, Marco Aurélio Garcia, continuou em seus devaneios, imaginando nosso ingresso no grupo G-5 + 1. Assim como em certos clubes fechados, nesse grupo não se pede para entrar: é preciso ser convidado.

Nessa novela de sucessivos capítulos, só o presidente Lula parece manter o bom-senso. Chamado a se pronunciar sobre a iminência de o Conselho de Segurança anunciar sanções contra o Irã, pediu tempo para maturar as notícias, primeiro.

Rescaldos perigosos

Estando o Irã na ordem do dia, vale contar por enquanto a metade de uma historinha que, felizmente, não se transformou em episódio explosivo. Meses atrás, quando o presidente Ahmadinejah estava para chegar ao Brasil, um general da ativa exasperou-se e começou a consultar juristas. Obteve de um deles, ministro de um tribunal superior, a opinião de que o visitante poderia ser preso assim que pisasse o território nacional. Conforme o direito internacional, ele seria réu confesso de crime contra a Humanidade, ao anunciar a disposição de varrer Israel do mapa. Bastaria encontrar um juiz que lavrasse a sentença.

O referido general chegou a estabelecer contacto com o responsável por uma unidade militar, capaz de executar a missão ainda no aeroporto de Brasília. O coronel parece que saltou de banda e comunicou a estranha sondagem a seus superiores. Coincidência ou não, foi para o espaço a singular operação…

Reincidência calculada

Pela terceira vez o Tribunal Superior Eleitoral multou o presidente Lula, por fazer campanha eleitoral antecipada. E nem entrou em pauta, ainda, a representação do PSDB contra o recente programa de propaganda partidária gratuita, onde ficou explícita a postura presidencial favorável à candidatura Dilma Rousseff.

Pelo jeito, as transgressões e as multas se sucederão como as ondas que batem na praia. É perigosa a impressão que o presidente Lula pode estar dando, de reincidir na prática ilegal. Melhor pagar a multa e continuar fazendo campanha? Até porque, quem paga é o PT?

Nos juízos singulares e nos tribunais superiores as sentenças são acrescidas quando se trata de reincidência. No caso de crime eleitoral, a justiça se limitaria a aumentar o valor da multa? Ou poderia aplicar outras penalidades?

Fonte: Tribuna da Imprensa

Delegada é agredida com coronhadas no bairro de Amaralina

Redação CORREIO

A delegada Eleneci Souza Nascimento, plantonista da 6ª Delegacia (Brotas), ficou ferida na cabeça ao ser agredida com coronhadas na tarde desta quarta-feira (19). Ela foi abordada na Rua Visconde de Itaboraí, no bairro de Amaralina, quando saia da casa de parentes e aguardava um táxi.

Segundo informações da delegada Fernanda Porfírio, titular da 6ª CP, a plantonista foi agredida com uma coronhada de revólver por um homem, acompanhado de três adolescentes, que fugia após roubar a bolsa de uma mulher.

Um jovem de 14 anos, acusado de participar da ação, já foi identificado e encontra-se neste momento na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAÍ). A delegada foi encaminhada ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi medicada e receberá alta ainda nesta tarde, segundo informações do posto policial do hospital.

Fonte: Correio da Bahia

OAB pede rápida sanção do projeto Ficha Limpa

Agência Estado

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a rápida sanção do projeto de lei "Ficha Limpa", aprovado hoje pelo Senado. Segundo nota divulgada pela assessoria da OAB, a sanção imediata da matéria irá permitir que "ela possa vigorar nas eleições de outubro próximo, evitando que a ética seja atropelada por candidatos inescrupulosos".

Cavalcante sustenta que o "Ficha Limpa" valerá ainda para as eleições deste ano desde que entre em vigor até o dia 10 de junho. Ele destaca, na nota, que "uma vez cumprida a missão na Câmara e Senado, agora as atenções se voltam para a sanção presidencial ao projeto de iniciativa popular, fruto de intensa mobilização da sociedade e da coleta de quase 2 milhões de assinaturas de eleitores".

"A OAB, entidade cuja trajetória de 80 anos está intimamente ligada aos ideais republicanos e de democracia em nosso País, respeitosamente o convida a acrescentar o seu nome a esta página histórica, posicionando-se favoravelmente ao projeto", diz o presidente da OAB ao pedir a rápida sanção presidencial da matéria.

Para o presidente da OAB, o projeto "Ficha Limpa" "não resulta do capricho de algumas entidades organizadas da sociedade civil, mas reflete o anseio de toda a população".
Fonte: A Tarde

Bancada da oposição reage ao armamento da Guarda Municipal

Thais Rocha


Margarida Neide/Agência A TARDE
Sindicato dos servidores afirma que os guardas devem ser ouvidos  sobre o assunto

A bancada de oposição da Câmara Municipal de Salvador reagiu, na quarta-feira, 19, às declarações do prefeito João Henrique Carneiro (PMDB) a favor do armamento da Guarda Municipal de Salvador. “Para fazer isso, o prefeito teria de alterar a lei que criou a Guarda Municipal”, declarou a vereadora Vânia Galvão.

De acordo com ela, não há nenhum projeto neste sentido na Câmara Municipal, e anunciar o armamento da Guarda agora é “chutar posicionamentos para chamar a atenção”. “Sem a aprovação na Câmara Municipal, não há nada que o Executivo possa fazer neste sentido”.

As críticas do prefeito também repercutiram entre o Ministério Público do Estado. A promotora de justiça Rita Tourinho comentou ontem a recomendação encaminhada à prefeitura sobre a atuação da Guarda Municipal. Salientou que, no documento, não há especificações sobre o uso ou não de armas, mas sobre as áreas de atuação da Guarda Municipal.

Sobre o uso de armas, Rita Tourinho disse que comentou com o procurador-geral do município, Pedro Guerra, sobre o cuidado com treinamento destes agentes. “Esta é, inclusive, uma questão de responsabilidade, já que a responsabilidade é do município se acontecer algum acidente”, disse.

A promotora esclareceu que a recomendação à prefeitura foi motivada porque guardas municipais passaram a exercer funções que não estão definidas constitucionalmente a estes agentes, como o de atuação junto aos agentes de trânsito e à de policiamento ostensivo. “Sobre este assunto, tivemos uma reunião com o chefe de gabinete da prefeitura (João Cavalcante), que assegurou que o município iria cumprir com as limitações previstas para esta guarda”, disse.

A Constituição Federal atribui como funções da Guarda Municipal a de proteção a “bens, serviços e instalações conforme dispuser a lei”. Na lei de criação do serviço em Salvador, as atribuições dos agentes é de “atuar como for ça complementar dos órgãos e entidades da administração pública municipal em instalações internas, equipamentos urbanos, monumentos, vias públicas, parques, jardins, praças, praias e áreas de proteção ambiental”. O texto não fala, porém, em policiamento ostensivo.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde desta quinta-feira,

Senado aprova reajuste de 7,72% a aposentadorias

Agência Estado

Em menos de cinco minutos, o Senado aprovou na noite de quarta-feira, 19, a Medida Provisória (MP) que reajusta as aposentadorias acima de um salário mínimo. Em votação simbólica, fruto de acordo entre as lideranças do governo e da oposição, os senadores mantiveram o texto como veio da Câmara. A MP segue agora para sanção presidencial e caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva eventual veto. Dos 81 senadores, 78 estavam presentes no momento da votação.

Ao apresentar seu relatório, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), sinalizou que o presidente Lula deverá sancionar o reajuste de 7,72% e vetar apenas o fim do fator previdenciário. "Acabar com o fator previdenciário e não criar nada em contrapartida é uma irresponsabilidade", discursou.

Em nome do governo, Jucá avisou que a votação no Senado respeitaria a da Câmara para não atrapalhar a tramitação da MP. Se a Casa tivesse feito hoje qualquer alteração no texto, a matéria teria de voltar para a Câmara e, assim, correria risco de caducar, já que o prazo final para a sanção termina no dia 1º de junho.

A votação da MP que reajusta as aposentadorias foi acompanhada por uma centena de aposentados, que lotou as galerias do Senado. Segundo técnicos do Congresso, o reajuste e o fim do fator previdenciário podem provocar despesa adicional de R$ 5,6 bilhões a partir de 2011. Somente neste ano, o rombo deve ser de R$ 1,8 bilhão.

Após a votação, Jucá disse que o veto de Lula em relação ao fim do fator previdenciário "já estava garantido". O mecanismo do fator previdenciário foi aprovado no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para desestimular aposentadorias precoces e beneficiar trabalhadores que se mantivessem no mercado de trabalho.
Fonte: A Tarde

Lei Ficha Limpa é inconstitucional

Por Eurico Batista

O Projeto de Lei Ficha Limpa, que chegou ao Congresso Nacional com mais de dois milhões de assinaturas e foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal com a quase totalidade dos votos dos parlamentares, já nasceu com um vício de inconstitucionalidade. Juristas ouvidos pela Consultor Jurídico entendem que o projeto é inconstitucional por contrariar o princípio da presunção da inocência, entendimento já conhecido em decisões do Supremo Tribunal Federal.

O advogado Saul Tourinho Leal disse que “mesmo tendo sido fruto de um valoroso esforço popular daqueles que buscam uma vida pública mais limpa, creio que a proposta é inconstitucional”. Ele lembra que o Supremo Tribunal Federal, quando apreciou a ADPF 144, definiu que o Congresso Nacional pode, por meio de lei complementar, estabelecer outros casos de inelegibilidade além dos constantes nos parágrafos 4º a 8º do artigo 14 da Constituição Federal, desde que não viole a presunção constitucional da não-culpabilidade. “Não seria possível privar o cidadão do exercício da capacidade eleitoral passiva, isto é ser votado, sem que, contra ele, haja condenação irrecorrível”, explicou Tourinho Leal.

Ele comparou com o texto aprovado no Congresso Nacional, que prevê que não podem se candidatar políticos que tenham condenação em segunda instância ou tribunal superior, ou processo transitado em julgado, em que não cabe mais recurso. “Ao privar o cidadão da possibilidade de ser votado caso tenha contra si condenação em segunda instância ou tribunal superior, o Projeto incide no vício apontado pelo STF, qual seja, violação à presunção constitucional da não-culpabilidade”, concluiu.

O advogado Erick Pereira entende que “todo político tem de ter obrigatoriamente a ficha limpa, mas não se podem ultrapassar os limites do ordenamento jurídico para atender a um clamor público”. Para ele, o projeto foi aprovado pelo interesse dos parlamentares em atender à vontade popular do momento. Mas, a nova lei vai submeter um político a ficar quatro ou oito anos impedido de se candidatar, para depois se verificar que o mesmo era inocente das acusações que lhe eram imputadas em processo judicial. “Isso é irrecuperável”, ressaltou o advogado.

Erick Pereira entende que a lei vai permanecer com “essa pecha de inconstitucional”, mas dificilmente será questionada no Supremo Tribunal Federal. “A Constituição elenca os legitimados para mover Ação Direta de Inconstitucionalidade e não vejo nesse rol nenhum possível interessado em questionar a lei, sobretudo pelo apelo popular em torno desse projeto”, disse. De acordo com o artigo 103 da CF (EC 45/2004), os entes que podem mover ADC são: Presidente da República, as mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou de Assembléia Legislativa (inclusive do DF), Governador de Estado (ou do DF), Procurador-Geral da República, Conselho Federal da OAB, partido político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Erick Pereira considera que o único provável interessado, por ser fiscal da lei, é o Ministério Público, mas “isso é pouco provável”.

O procurador geral da República, Roberto Gurgel, já adiantou que não vai questionar a constitucionalidade do projeto ficha limpa. Ele participou do Congresso Brasileiro sobre Direito Eleitoral, em Brasília (6/5) quando se aventou a possibilidade de que o Congresso Nacional aprovaria o projeto acreditando que o Supremo Tribunal Federal decidiria pela sua inconstitucionalidade. No encontro, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Fernando Neves, disse o Projeto de Lei Ficha Limpa será questionado e que o Supremo vai analisar a matéria “observando aspectos diferentes daqueles considerados na ADPF 144”. Favorável ao projeto, o advogado indagou se o PGR apresentaria Ação Direta de Inconstitucionalidade. “Certamente não, respondeu Roberto Gurgel, justificando que o Ministério público “não se conforma com a amplitude que o Supremo dá ao princípio da presunção de inocência”.

Clamor popular
O Senado aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (19) o projeto Ficha Limpa, que impede o registro de candidaturas de políticos com condenação em segundo grau por oito anos.

O texto aprovado pela Câmara dos Deputados foi mantido e segue agora para sanção do presidente Lula. Depois do carimbo presidencial, o Tribunal Superior Eleitoral deve decidir se as regras valerão ou não para as Eleições de 2010.

Antes do resultado final, o presidente da República em exercício, José Alencar, defendeu a aprovação do projeto. “Tenho pedido para que votem [o Ficha Limpa], o Brasil precisa disso. Aliás, a impunidade não pode continuar no país, é preciso que haja rigor em todas as investigações e também no cumprimento da lei”, disse Alencar.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, cobrou a rápida sanção da matéria, "para que ela possa vigorar nas eleições de outubro próximo, evitando que a ética seja atropelada por candidatos inescrupulosos". "O Ficha Limpa não resulta do capricho de algumas entidades organizadas da sociedade civil, mas reflete o anseio de toda a população, contribuindo para fortalecer o Legislativo e introduzindo de forma indelével um pressuposto necessário, vital mesmo, para a democracia: a ética na política", destacou o presidente nacional da OAB.

Em entrevista ao Globo Online, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) admitiu que a aprovação do projeto no Senado a toque de caixa foi resultado do clamor das ruas: "Houve uma pressão popular, uma pressão da imprensa, acho que mesmo aqueles que eram contra o projeto entenderam que não dava para se interpor diante da vontade da sociedade".

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Eurico Batista é correspondente da Consultor Jurídico em Brasília.

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