Sidnei Matos | A TARDE*
Três testemunhas de acusação, entre elas a esposa de Anderson, Ramile Cravo dos Santos, de 27 anos, foram ouvidas na manhã desta quinta-feira, 20, no caso da morte do empresário e motociclista, Anderson Jorge dos Santos, 31 anos, que não resistiu ao choque de sua moto com o carro do juiz, Benedito da Conceição dos Anjos. As outras duas testemunhas são motoristas que trabalhavam no mesmo prédio de Ramile, onde funciona a Ouvidoria Geral do Estado, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), próximo ao local do acidente.
A audiência acontece no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a portas fechadas, por determinação do juiz corregedor, Cláudio Daltron, que proibiu a entrada da imprensa, alegando segredo de justiça. Por esta razão, a ex-mulher da vítima não pode revelar o conteúdo dos depoimentos. Ramile sinalizou que pretende acionar o juiz, com um requerimento de indenização. Segundo ela, até hoje ele não a procurou para dar nenhum tipo de assistência.
O juiz corregedor, Cláudio Daltro, não confirmou se o juiz Benedito foi ou não ouvido, nem a identidade ou quantidade de testemunhas de defesa.
Acidente - Anderson foi atingido, em outubro de 2009, após uma manobra proibida realizada pelo juiz no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, para acessar a sede do TJ-BA. Na ocasião, o magistrado alegou que a manobra era regular, o que foi contestado pela perícia, comprovando a "roubadinha". Os peritos também constataram que Anderson estava em alta velocidade.
Após o acidente, o retorno foi fechado pela Transalvador.
*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line