Hélio Rocha
No final do encontro, os expositores apresentaram um estudo realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Decomtec): “Corrupção: custos econômicos e propostas de combate”, que revelou dados alarmantes, além de sugerir uma agenda anticorrupção para o Brasil. Segundo estatísticas de 2008, o custo médio anual da corrupção representa entre 1,38 % e 2,3 % de todo o PIB nacional, verbas estratosféricas que oscilam entre R$ 41,5 bilhões e R$ 69,1 bilhões.
“Em clima pré-eleitoral, é fundamental para a casa da indústria fomentar e discutir o combate à malversação do dinheiro público, à corrupção, e promover o resgate dos valores éticos, morais e sociais”, afirmou Eliana Belfort, diretora do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Fiesp e uma das organizadoras do evento.
OAB e mpe atentos às denúncias
De acordo com Nei Viana Costa Pinto, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA), a entidade está atenta para as denúncias de corrupção em todos os poderes constituídos. Viana informa que a OAB vem cobrando providências do Ministério Público, ouvidorias e corregedorias no sentido de acompanhar as investigações sobre indícios de desvio de verbas públicas.
“A corrupção é uma ofensa à dignidade dos cidadãos que pagam seus impostos com sacrifício, mas sofrem com a falta de serviços públicos básicos que deveriam ser ofertados pelo poder público. A postura da OAB é combater ferrenhamente esse tipo de crime para garantir o direito das pessoas”, afirmou Viana.
O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público (CNPG) lançou uma campanha nacional para coibir o desvio de verbas públicas: “O que é que você tem a ver com a corrupção?”. O projeto envolve os ministérios públicos de todos os estados no sentido de acabar com práticas corruptas arraigadas na sociedade brasileira.
Fonte: Tribuna da Bahia