Roberta Cerqueira
A insatisfação dos servidores em relação à nova gestão do Judiciário se agravou com o decreto 152/10, que determina a retirada das gratificações por eficiência dos salários mais baixos. Com isso quem recebe mais de R$ 1 mil teve as bonificações cortadas.
Judiciário Federal também em greve
Os funcionários do Poder Judiciário Federal (TRE, TRT, Justiça federal e Militar) também protestaram ontem. Eles se reuniram impondo cruzes em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Comércio. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal (SINDJUFE), o ato representa o “sepultamento” dos serviços essenciais prestados à população, tais como Justiça, saúde e educação.
Assim como os servidores do judiciário baiano, eles estão paralisados há 19 dias e manifestam, principalmente, contra um projeto (PLP 549/09), em tramitação na Câmara dos Deputados, que congela investimentos e salários no serviço público durante dez anos. Hoje, às 13 horas, eles voltam a se reunir em uma assembleia no TRE, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
O sindicato dos professores já tem outras três paralisações agendadas para os próximos meses.
Ontem, cerca de 1,5 milhão de alunos ficaram sem aula nas 1.400 instituições da rede. “Faremos uma nova manifestação no feriado de 2 de julho e vamos parar por 24 horas nos dias 27 de julho, 25 de agosto e 10 de setembro”, destacou Marilene Betros, vice-presidente da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia).
A sindicalista explicou ainda que o processo já foi julgado favorável aos docentes, mas o governo entrou com embargo. Além da URV, a categoria quer ainda o pagamento de um passivo trabalhista de 11,9%, desde 14 de junho de 1999, acrescido de 0,5% de juros ao mês e correção monetária.
Fonte: Tribuna da Bahia