Por: Espedito Lima
QUE O CONSEJE (Conselho Municipal de Jeremoabo) REALMENTE SEJA UM ÓRGAO QUE VENHA AGIR EM BENEFÍCIO DA SOCIEDADE JEREMEOABENSE E, SOBRETUDO, SEJA DURADOURO; NÃO APENAS MAIS UMA FIGURA DECORATIVA DAS QUE EXISTEM EM NOSSA TERRA – À SUA DIREÇÃO, DESEJAMOS PROFÍQUO TRABALHO
→ CISCO DIZ QUE ESTÁ COLABORANDO COM AS AUTORIDADES - A TECNOLOGIA ESTÁ SE TRANSFORMANDO EM CISCO? (rárárárárárárárárárárárárárá) OPERAÇAO PERSONA
→ A PARTIR DE HOJE (17/10/07), FOI INICIADO OFICIALMENTE O VERÃO NORDESTTINO (em Jeremoabo)
→ A CALMARIA PARECE QUE CHEGOU AOS MUNICÍPIOS QUE COMPÕE A COMARCA DE JEREMOABO, OU SEJA, O MOVIMENTO QUE ACONTECEU DURANTE E DIAS DEPOIS DOS AFASTAMENTOS DOS PREFEITOS, CESSOU COMPLETAMENTE
→ E A PONTE DA ENTRADA DA CIDADE DE JEREMOABO, QUANDO SERÁ RECONSTRUIDAE E POR QUEM? TALVEZ NO DIA QUE A ENXORRADA LEVAR OS ESCOMBROS DA DESMORONADA, ALGUÉM OU ALGUMA AUTORIDADE TOME PROVIDENCIA – AS TROVOADAS VEEM AÍ
→ QUE A PREFEITURA SOLIDÁRIA, PROGRAMA QUE DEVERÁ SER LANÇADO OFICIALMENTE NO PRÓXIMO DIA 21/10/07 NO MUNICÍPIO DE JEREMOABO (Povoado Lagoa do Inácio), SEJA UMA AÇÃO REAL NA ACEPÇÃO DA PALAVRA, E QUE OS SEUS MUNÍCIPES LUCREM, DEVERAS, COM TODOS OS SERVIÇOS PRESTADOS PELO REFERIDO PROGRAMA
FONTE: http://www.edilim.blogspot.com./
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quinta-feira, outubro 18, 2007
quarta-feira, outubro 17, 2007
Censura, ontem e hoje
por Antonio Arles
O advento da imprensa, no século XV, é considerado, por muitos historiadores, como fator dos mais relevantes para construção da modernidade. No início, a nova técnica de reprodução dos manuscritos se restringiu a obras religiosas, mas logo a nova técnica foi utilizada para reproduzir livros não-religiosos e, em tempos de Reforma Protestante, a técnica foi utilizada pelos reformistas para propagar suas idéias. Logo, a Igreja Católica reagiu às novas formas de interpretar as escrituras e, através de censura, reprimiu a livre manifestação do pensamento através da imprensa. A criação do Index (Lista dos livros proibidos) foi a ferramenta utilizada para tentar controlar a difusão de idéias no chamado "Mundo Cristão".
Podemos encontrar o recurso aos métodos de censura em vários momentos da História. Tais métodos tiveram em comum ter sido adotados, sempre, por regimes autoritários, onde o controle das "idéias" foi ferramenta fundamental para manutenção do poder.
No Brasil, os métodos de censura foram utilizados pela Ditadura Militar para calar as divergências; no século XX, a revolta das massas passa a ser o maior temor dos regimes autoritários. Controlar a imprensa se torna fator ainda mais vital para que se possa exercer, de forma "satisfatória", o controle social.
Uma análise mais detalhada do período permite verificar que alguns órgãos de imprensa, mesmo sofrendo censura por parte do Estado, não se manifestam contra esta prática e, algumas vezes, até recorrem às práticas supracitadas dentro dos próprios órgãos. Por opção política, alguns órgãos de imprensa, que ajudaram a tornar possível o Golpe de 1964, mantiveram-se fiéis aos militares e contibuíram para o fortalecimento e manutenção da Ditadura.
Nos anos 1980, as lutas travadas pelos contrários à Ditadura ganharam força. A "maquiagem" feita pelo Estado e por seus seguidores não surtia mais efeito. A Ditadura foi derrubada e começou a se tentar construir a democracia.
Antes, porém, houve tentativas de impedir o processo. Mais uma vez, alguns órgãos de imprensa tentaram impedir que o clamor das massas fosse ouvido. A campanha das "Diretas Já", que reivindicava eleições diretas para os cargos eletivos executivos, teve suas manifestações "confundidas" por estes órgãos com "comemorações pelo aniversário da Cidade de São Paulo".
Mas, enfim, o processo que levaria à democracia era irreversível. Para não perder poder, mesmo os órgãos de imprensa mais alinhados com o regime ditatorial se disseram a favor da transição para a democracia. Mas, nem tanto...
A censura continuou a ser praticada dentro dos mesmos órgãos de imprensa outrora alinhados aos ideais autoritários. Esse processo de "censura interna" vem se fortalecendo a cada dia, as opções políticas dos "mandatários" daquelas empresas de comunicação continuam a determinar o que pode e o que não pode ser notíciado. A prática de calar divergências e "perseguir" opositores do "sistema" continua da mesma forma que nos tempos da Ditadura. Só que, agora, com um elemento novo: os "mandatários" dessas empresas utilizam-se do que sempre foram contra, a supressão do direito à liberdade de expressão, para atacar os seus opositores, classificando estes como autoritários e favoráveis à prática da censura todas as vezes em que estes se colocam contra o direcionamento e as práticas ilegais cometidas por suas empresas.
Mas, nos últimos anos, uma nova "técnica" tornou possível o contraponto ao que dizem os donos do poder. A internet se tornou ferramenta importante para a difusão de idéias sem os "filtros" do passado. Milhares de pessoas se informam e entram em contato umas com as outras utilizando-se desta ferramenta. O nosso Movimento "nasceu" das formas de contato propiciadas por esta nova ferramenta de comunicação, informação e entretenimento.
No entanto, não podemos nos iludir. A internet ainda "gatinha" em nosso País. Grande parte dos que têm acesso a essa ferramenta não se informam por esse meio. Precisamos ir às ruas mostrar que existimos e clamar por uma mídia cada vez mais plural, que informe e que deixe para cada um a responsabilidade de formar sua própria opinião. Além disso, precisamos ficar atentos para qualquer tentativa dos "autoritários" de desqualificar nossas intenções e suprimir nossos direitos.
Antonio Arles, estudante de História da USP, é 1º Secretário do Movimento dos Sem-Mídia Escrito por Eduardo Guimarães
Fonte: http://edu.guim.blog.uol.com.br/
O advento da imprensa, no século XV, é considerado, por muitos historiadores, como fator dos mais relevantes para construção da modernidade. No início, a nova técnica de reprodução dos manuscritos se restringiu a obras religiosas, mas logo a nova técnica foi utilizada para reproduzir livros não-religiosos e, em tempos de Reforma Protestante, a técnica foi utilizada pelos reformistas para propagar suas idéias. Logo, a Igreja Católica reagiu às novas formas de interpretar as escrituras e, através de censura, reprimiu a livre manifestação do pensamento através da imprensa. A criação do Index (Lista dos livros proibidos) foi a ferramenta utilizada para tentar controlar a difusão de idéias no chamado "Mundo Cristão".
Podemos encontrar o recurso aos métodos de censura em vários momentos da História. Tais métodos tiveram em comum ter sido adotados, sempre, por regimes autoritários, onde o controle das "idéias" foi ferramenta fundamental para manutenção do poder.
No Brasil, os métodos de censura foram utilizados pela Ditadura Militar para calar as divergências; no século XX, a revolta das massas passa a ser o maior temor dos regimes autoritários. Controlar a imprensa se torna fator ainda mais vital para que se possa exercer, de forma "satisfatória", o controle social.
Uma análise mais detalhada do período permite verificar que alguns órgãos de imprensa, mesmo sofrendo censura por parte do Estado, não se manifestam contra esta prática e, algumas vezes, até recorrem às práticas supracitadas dentro dos próprios órgãos. Por opção política, alguns órgãos de imprensa, que ajudaram a tornar possível o Golpe de 1964, mantiveram-se fiéis aos militares e contibuíram para o fortalecimento e manutenção da Ditadura.
Nos anos 1980, as lutas travadas pelos contrários à Ditadura ganharam força. A "maquiagem" feita pelo Estado e por seus seguidores não surtia mais efeito. A Ditadura foi derrubada e começou a se tentar construir a democracia.
Antes, porém, houve tentativas de impedir o processo. Mais uma vez, alguns órgãos de imprensa tentaram impedir que o clamor das massas fosse ouvido. A campanha das "Diretas Já", que reivindicava eleições diretas para os cargos eletivos executivos, teve suas manifestações "confundidas" por estes órgãos com "comemorações pelo aniversário da Cidade de São Paulo".
Mas, enfim, o processo que levaria à democracia era irreversível. Para não perder poder, mesmo os órgãos de imprensa mais alinhados com o regime ditatorial se disseram a favor da transição para a democracia. Mas, nem tanto...
A censura continuou a ser praticada dentro dos mesmos órgãos de imprensa outrora alinhados aos ideais autoritários. Esse processo de "censura interna" vem se fortalecendo a cada dia, as opções políticas dos "mandatários" daquelas empresas de comunicação continuam a determinar o que pode e o que não pode ser notíciado. A prática de calar divergências e "perseguir" opositores do "sistema" continua da mesma forma que nos tempos da Ditadura. Só que, agora, com um elemento novo: os "mandatários" dessas empresas utilizam-se do que sempre foram contra, a supressão do direito à liberdade de expressão, para atacar os seus opositores, classificando estes como autoritários e favoráveis à prática da censura todas as vezes em que estes se colocam contra o direcionamento e as práticas ilegais cometidas por suas empresas.
Mas, nos últimos anos, uma nova "técnica" tornou possível o contraponto ao que dizem os donos do poder. A internet se tornou ferramenta importante para a difusão de idéias sem os "filtros" do passado. Milhares de pessoas se informam e entram em contato umas com as outras utilizando-se desta ferramenta. O nosso Movimento "nasceu" das formas de contato propiciadas por esta nova ferramenta de comunicação, informação e entretenimento.
No entanto, não podemos nos iludir. A internet ainda "gatinha" em nosso País. Grande parte dos que têm acesso a essa ferramenta não se informam por esse meio. Precisamos ir às ruas mostrar que existimos e clamar por uma mídia cada vez mais plural, que informe e que deixe para cada um a responsabilidade de formar sua própria opinião. Além disso, precisamos ficar atentos para qualquer tentativa dos "autoritários" de desqualificar nossas intenções e suprimir nossos direitos.
Antonio Arles, estudante de História da USP, é 1º Secretário do Movimento dos Sem-Mídia Escrito por Eduardo Guimarães
Fonte: http://edu.guim.blog.uol.com.br/
Brasil - O semi-árido: o mais chuvoso do planeta
Leonardo Boff *
Adital -
O romancista Graciliano Ramos, o pintor Di Cavalcanti e o cantor-sanfoneiro Luis Gonzaga nos acostumaram a associar o semi-árido nordestino à seca. Mas se trata de uma visão curta e parcial. Os últimos anos conheceram notável mudança de leitura. Estudos minuciosos e trabalhos consistentes suscitaram uma visão revolucionária. Fala-se menos de seca e mais de Semi-Árido com o qual se deve conviver criativamente. Nesta tarefa ganham relevância ONGs, comunidades eclesiais de base, a Articulação do Semi-Árido (ASA) que inclui 800 entidades ao redor do projeto "um milhão de cisternas" (já se construíram 200 mil) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC) de Feira de Santana-BA que atua em 50 municípios. O melhor apanhado desse processo prático-teórico nos é oferecido pelo exímio conhecedor da bacia do São Francisco, Roberto Malvezzi, com seu livro "Semi-Árido: uma visão holística" (Pensar o Brasil 2007). O eixo central é entender o Semi-Árido como bioma e a estratégia consiste na convivência não com a seca, mas com o Semi-Árido.
Tal bioma, chamado caatinga, recobre uma área de 1.037.00 km quadrados com rica biodiversidade. Na época da seca quase tudo hiberna. Mas basta chover, de setembro a março, para, em alguns dias, tudo ressuscitar com um verdor deslumbrante. Não há falta de água. Como média caem 750 mm/ano. É o Semi-Árido mais chuvoso do planeta. Mas pelo fato de o solo ser cristalino (70%), impedindo a penetração da água, acrescentando-se ainda a evaporação por insolação, perdem-se anualmente cerca de 720 bilhões de litros de água. Recoletada, seria mais que suficiente para toda a região.
A estratégia da convivência com o Semi-Árido "visa a focar a vida nas condições socioambientais da região, em seus limites e potencialidades, pressupondo novas formas de aprender e lidar com esse ambiente para alcançar e transformar todos os setores da vida". Com efeito, os vários grupos que por lá atuam, utilizam o método Paulo Freire que consiste, fundamentalmente, em criar sujeitos ativos, autônomos e inventivos. Assim aprendem a aproveitar todos os recursos que a caatinga oferece, utilizando tecnologias sociais de fácil manejo com o propósito de garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica através da agricultura familiar e de pequenas cooperativas.
Entre muitos, três projetos são notáveis: o da construção de um milhão de cisternas de bica que recolhem água da chuva dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório de 16.000 litros hermeticamente fechado. O outro é "uma terra e duas águas" (o "1+2"): visa garantir a cada família uma área de terra suficiente para viver com decência, uma cisterna para abastecimento humano e outra para a produção. Por fim, o Atlas do Nordeste, proposta da Agência Nacional de Águas para beneficiar 34 milhões de nordestinos do meio urbano, custando a metade da transposição. Esse projeto se opõe à transposição, qualificada como "a última obra da indústria da seca e a primeira do hidronegócio".
Os referidos projetos, se implementados, custarão muito menos, atenderão a mais gente e não causarão impactos ambientais. Por fim, cito duas outras iniciativas do MOC: o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), oferecendo educação contextualizada às crianças e o Baú da Leitura. São baús cheios de livros que percorrem as comunidades entretendo as pessoas com leituras, interpretações e teatralizações, fazendo o povo pensar. De fato, o ser humano não nasceu para passar fome, mas para irradiar, como diz um de nossos poetas-cantadores.
* Teólogo e professor emérito de ética da UERJ
Fonte: Adital
Adital -
O romancista Graciliano Ramos, o pintor Di Cavalcanti e o cantor-sanfoneiro Luis Gonzaga nos acostumaram a associar o semi-árido nordestino à seca. Mas se trata de uma visão curta e parcial. Os últimos anos conheceram notável mudança de leitura. Estudos minuciosos e trabalhos consistentes suscitaram uma visão revolucionária. Fala-se menos de seca e mais de Semi-Árido com o qual se deve conviver criativamente. Nesta tarefa ganham relevância ONGs, comunidades eclesiais de base, a Articulação do Semi-Árido (ASA) que inclui 800 entidades ao redor do projeto "um milhão de cisternas" (já se construíram 200 mil) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC) de Feira de Santana-BA que atua em 50 municípios. O melhor apanhado desse processo prático-teórico nos é oferecido pelo exímio conhecedor da bacia do São Francisco, Roberto Malvezzi, com seu livro "Semi-Árido: uma visão holística" (Pensar o Brasil 2007). O eixo central é entender o Semi-Árido como bioma e a estratégia consiste na convivência não com a seca, mas com o Semi-Árido.
Tal bioma, chamado caatinga, recobre uma área de 1.037.00 km quadrados com rica biodiversidade. Na época da seca quase tudo hiberna. Mas basta chover, de setembro a março, para, em alguns dias, tudo ressuscitar com um verdor deslumbrante. Não há falta de água. Como média caem 750 mm/ano. É o Semi-Árido mais chuvoso do planeta. Mas pelo fato de o solo ser cristalino (70%), impedindo a penetração da água, acrescentando-se ainda a evaporação por insolação, perdem-se anualmente cerca de 720 bilhões de litros de água. Recoletada, seria mais que suficiente para toda a região.
A estratégia da convivência com o Semi-Árido "visa a focar a vida nas condições socioambientais da região, em seus limites e potencialidades, pressupondo novas formas de aprender e lidar com esse ambiente para alcançar e transformar todos os setores da vida". Com efeito, os vários grupos que por lá atuam, utilizam o método Paulo Freire que consiste, fundamentalmente, em criar sujeitos ativos, autônomos e inventivos. Assim aprendem a aproveitar todos os recursos que a caatinga oferece, utilizando tecnologias sociais de fácil manejo com o propósito de garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica através da agricultura familiar e de pequenas cooperativas.
Entre muitos, três projetos são notáveis: o da construção de um milhão de cisternas de bica que recolhem água da chuva dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório de 16.000 litros hermeticamente fechado. O outro é "uma terra e duas águas" (o "1+2"): visa garantir a cada família uma área de terra suficiente para viver com decência, uma cisterna para abastecimento humano e outra para a produção. Por fim, o Atlas do Nordeste, proposta da Agência Nacional de Águas para beneficiar 34 milhões de nordestinos do meio urbano, custando a metade da transposição. Esse projeto se opõe à transposição, qualificada como "a última obra da indústria da seca e a primeira do hidronegócio".
Os referidos projetos, se implementados, custarão muito menos, atenderão a mais gente e não causarão impactos ambientais. Por fim, cito duas outras iniciativas do MOC: o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), oferecendo educação contextualizada às crianças e o Baú da Leitura. São baús cheios de livros que percorrem as comunidades entretendo as pessoas com leituras, interpretações e teatralizações, fazendo o povo pensar. De fato, o ser humano não nasceu para passar fome, mas para irradiar, como diz um de nossos poetas-cantadores.
* Teólogo e professor emérito de ética da UERJ
Fonte: Adital
Me faz lembrar Diógenes Laércio
DIÓGENES
(cerca de 400- ? a.C.)
Filósofo grego, nascido em Sinope
(cerca de 400- ? a.C.)
Filósofo grego, nascido em Sinope
Dizem que Antístenes é o fundador do cinismo teórico e, Diógenes, do cinismo prático
Diariamente tenho obrigação de ler vários sites e blogs.
Hoje lendo o blog “number one”, uma indagação me chamou atenção : “ E A Câmara, Onde Fica Nisto? “
Boa indagação! Pois essa pergunta me deu luz para efetuar um pequeno dossiê dos vereadores que se dizem ”oposição”, para saber se realmente eles apresentam credenciais ilibadas paar tanto “fiscalizar e falar do atual prefeito”, coisa que na administração passada se fizeram de cegos, surdos e mudos.
Eu inicio aqui dizendo que se o Carlos Dentista errou ou praticou improbidades foi com a conivência, participação e aval de todos eles, pois dinheiro gasto com diárias, fretes de carro e combustível, daria para ir a lua e voltar, pois daqui para a lua só tem 384.400 Km.
Eu inicio aqui dizendo que se o Carlos Dentista errou ou praticou improbidades foi com a conivência, participação e aval de todos eles, pois dinheiro gasto com diárias, fretes de carro e combustível, daria para ir a lua e voltar, pois daqui para a lua só tem 384.400 Km.
Um vereador de Jeremoabo/Bahia para se deslocar a Paulo Afonso como fazem mensalmente, para ter direito a receber uma diária inteira ou completa, teria que pernoitar lá, isso nenhum deles faz, então só tem direito a meia diária, tendo por obrigação de acordo com a legislação em vigor de devolver meia diária, portanto, aí já existe uma irregularidade grave.
A segunda irregularidade: mensalmente a Câmara reembolsa mensalmente uma quantidade exorbitante com aluguel de carro para localidades que nada tem a ver com a atuação de Jeremoabo/Bahia, senão vejamos:
PAGAMENTO TRANSPORTE DE VEREADORES
DATA
PROC.
EMP.
CREDOR
NUMERO DO BENEFICIADO
DESTINO
VALOR R$
09/01/06
03
24
João Batista dos Santos
3
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
09/01/06
05
25
José Hilton G. Rodrigues
5
Feira de Santana-Ba
300,00
10/01/06
07
26
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
16/01/06
17
32
Atevaldo Lima Varjão
5
Antas-Ba
63,00
23/01/06
37
45
Edenaldo Dantas de Carvalho
4
Paulo Afonso e Antas-Ba
150,00
24/01/06
41
49
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracaju-Se
220,00
30/01/06
52
54
Antonio José Teixeira
3
Antas-Ba
63,00
Total
1.056,00
08/02/06
65
65
José Edmilson de Santana
9
Aracajú-Se
220,00
15/02/06
76
73
Jailton Lourenço A. Porciucunha
9
Salvador-Ba
400,00
15/02/06
77
74
Gildasio Teixeira Varjão
6
Antas-Ba
65,00
17/02/06
82
71
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
17/02/06
83
72
João Batista Teixeira
6
Antas-Ba
65,00
Total
970,00
06/03/06
100
83
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Povoados do interior
100,00
06/03/06
101
84
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
07/03/06
107
87
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Salvador
400,00
07/03/06
108
82
Luciano L. da Silva
1
Aracajú-Se
220,00
09/03/06
113
94
Atevaldo Lima Varjão
5
Antas-Ba
65,00
14/03/06
123
102
Antonio José Teixeira
6
Aracajú-Se
220,00
16/03/06
131
104
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
17/03/06
142
103
Gildasio Teixeira Varjão
1
Antas-Ba
65,00
30/03/06
158
123
José Rildo Nogueira da Cruz
5
Povoados da Reg. Da Cirica
200,00
30/03/06
159
124
José Edmilson de Santana
9
Salvador-Ba
400,00
Total
2.110,00
17/04/06
182
137
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Ribeira do Pombal
130,00
24/04/06
198
142
Luciano L. da Silva
1
Antas-Ba
63,15
Total
193,15
DATA
PROC.
EMP.
CREDOR
NUMERO DO BENEFICIADO
DESTINO
VALOR R$
09/01/06
03
24
João Batista dos Santos
3
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
09/01/06
05
25
José Hilton G. Rodrigues
5
Feira de Santana-Ba
300,00
10/01/06
07
26
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
16/01/06
17
32
Atevaldo Lima Varjão
5
Antas-Ba
63,00
23/01/06
37
45
Edenaldo Dantas de Carvalho
4
Paulo Afonso e Antas-Ba
150,00
24/01/06
41
49
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracaju-Se
220,00
30/01/06
52
54
Antonio José Teixeira
3
Antas-Ba
63,00
Total
1.056,00
08/02/06
65
65
José Edmilson de Santana
9
Aracajú-Se
220,00
15/02/06
76
73
Jailton Lourenço A. Porciucunha
9
Salvador-Ba
400,00
15/02/06
77
74
Gildasio Teixeira Varjão
6
Antas-Ba
65,00
17/02/06
82
71
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
17/02/06
83
72
João Batista Teixeira
6
Antas-Ba
65,00
Total
970,00
06/03/06
100
83
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Povoados do interior
100,00
06/03/06
101
84
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
07/03/06
107
87
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Salvador
400,00
07/03/06
108
82
Luciano L. da Silva
1
Aracajú-Se
220,00
09/03/06
113
94
Atevaldo Lima Varjão
5
Antas-Ba
65,00
14/03/06
123
102
Antonio José Teixeira
6
Aracajú-Se
220,00
16/03/06
131
104
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
17/03/06
142
103
Gildasio Teixeira Varjão
1
Antas-Ba
65,00
30/03/06
158
123
José Rildo Nogueira da Cruz
5
Povoados da Reg. Da Cirica
200,00
30/03/06
159
124
José Edmilson de Santana
9
Salvador-Ba
400,00
Total
2.110,00
17/04/06
182
137
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Ribeira do Pombal
130,00
24/04/06
198
142
Luciano L. da Silva
1
Antas-Ba
63,15
Total
193,15
DATA
PROC.
EMP.
CREDOR
NUMERO DO BENEFICIADO
DESTINO
VALOR R$
03/05/06
211
156
Atevaldo Lima Varjão
2
Salvador
400,00
10/05/06
221
162
Ednaldo Dantas de Carvalho
2
Paulo Afonso
120,00
12/05/06
226
164
José Edmilson de Santana
1
Salvador-Ba
400,00
22/05/06
255
168
Ednaldo Dantas de Carvalho
8
Paulo Afonso-Ba
120,00
30/05/06
265
188
Gildasio Teixeira Varjão
1
Paulo Afonso-Ba
120,00
31/05/06
271
166
Atevaldo Lima Varjão
5
Salvador-Ba
400,00
Total
1.560,00
12/06/06
285
203
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Ribeira do Pombal-Ba
140,00
13/06/06
287
210
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Paulo Afonso-Ba
120,00
14/06/06
289
207
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
220,00
19/06/06
298
215
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Aracajú-Se
220,00
20/06/06
308
217
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Salvador-Ba
400,00
26/06/06
316
222
José Edmilson de Santana
1
Aracajú-Se
250,00
28/06/06
325
232
Ednaldo Dantas de Carvalho
8
Paulo Afonso-Ba
120,00
Total
1.470,00
03/07/06
332
228
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Salvador-Ba
400,00
07/07/06
345
239
Atevaldo Lima Varjão
5
Aracajú-Se
250,00
11/07/06
353
253
Valdeneide Gama Borges
1
Aracajú-Se
250,00
14/07/06
356
257
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Aracajú-Se
250,00
17/07/06
359
259
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador-Ba
400,00
19/07/06
363
261
Atevaldo Lima Varjão
5, 1, 2
Paulo Afonso-Ba
120,00
20/07/06
368
263
Atevaldo Lima Varjão
1, 5, 2
Salvador-Ba
400,00
21/07/06
375
267
José Raimundo de Jesus
3
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
25/07/06
377
272
Atevaldo Lima Varjão
5, 2
Paulo Afonso-Ba
140,00
27/07/06
381
269
Aldeir Alves da Silva
2
Feira de Santana-Ba
300,00
27/07/06
383
266
José Edmilson de Santana
1
Salvador-Ba
400,00
27/07/06
384
274
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Aracajú-Se
250,00
28/07/06
385
256
Atevaldo Lima Varjão
5
Salvador-Ba
400,00
Total
3.690,00
DATA
PROC.
EMP.
CREDOR
NUMERO DO BENEFICIADO
DESTINO
VALOR R$
01/08/06
390
281
Aldeir Alves da Silva
2, 1, 5
Salvador-Ba
400,00
02/08/06
394
287
Varlei Fernandes dos Santos
7
Feira de Santana-Ba
320,00
03/08/06
396
288
José Rildo Nogueira da Cruz
3
Feira de Santana-Ba
320,00
10/08/06
407
293
Gildasio Teixeira Varjão
1
Aracajú-Se
250,00
14/08/06
417
300
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
250,00
17/08/06
423
304
Antonio José Teixeira
9
Cícero Dantas
100,00
21/08/06
435
305
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador-Ba
400,00
22/08/06
436
308
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Ba
250,00
22/08/06
437
309
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Aracajú-Ba
250,00
29/08/06
439
310
Rogério L. do E. Santos
Sem recibo
Paulo Afonso-Ba
120,00
Total
2.660,00
04/09/06
451
338
Varlei Fernandes dos Santos
7
Salvador-Ba
400,00
04/09/06
352
342
Varlei Fernandes dos Santos
7
Aracajú-Se
250,00
04/09/06
453
339
Gildasio Teixeira Varjão
1
Antas-Ba
70,00
06/09/06
467
352
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador-Ba
400,00
12/09/06
472
354
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Salvador-Ba
400,00
14/09/06
475
355
Luciano L. da Silva
1
Salvador-Ba
400,00
14/09/06
476
359
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú-Se
250,00
15/09/06
477
357
Edenaldo Dantas de Carvalho
6
Paulo Afonso-Ba
120,00
19/09/06
480
362
Antonio Jadson do Nascimento
7
Cícero Dantas-Ba
100,00
19/09/06
481
360
Atevaldo Lima Varjão
2
Paulo Afonso-Ba
140,00
20/09/06
493
359
Varlei Fernandes dos Santos
7
Aracajú-Se
250,00
27/09/06
500
367
José Edmilson de Santana
1
Aracajú-Se
250,00
29/09/06
504
368
Edenaldo Dantas de Carvalho
6
Ribeira do Pombal-Ba
150,00
29/09/06
505
373
Jailton Lourenço A. Porciuncula
9
Salvador-Ba
400,00
Total
3.580,00
03/10/06
511
411
Aldeir Alves da Silva
2
Feira de Santana-Ba
300,00
04/10/06
517
413
José Raimundo de Jesus
3
Ribeira do Pombal-Ba
130,00
05/10/06
518
412
Marluce A. S. Barbosa
7
Paulo Afonso-Ba
120,00
05/10/06
519
419
Rogério Lourenço do E. Santo
8
Salvador-Ba
400,00
06/10/06
522
420
Antonio José Teixeira
6
Aracajú/Se
250,00
DATA
PROC.
EMP.
CREDOR
NUMERO DO BENEFICIADO
DESTINO
VALOR R$
10/10/06
526
422
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador-Ba
400,00
24/10/06
545
429
Atevaldo Lima Varjão
2, 5
Paulo Afonso-Ba
140,00
24/10/06
546
428
José Edmilson de Santana
9
Salvador/Ba
400,00
24/10/06
548
425
Antonio José Teixeira
6
Aracajú/Ba
250,00
25/10/06
549
438
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador/Ba
400,00
Total
2.790,00
09/11/06
576
504
Antonio José Teixeira
6
Salvador-Ba
400,00
09/11/06
577
500
Varlei Fernandes dos Santos
7
Aracajú/Se
250,00
09/11/06
578
505
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador/Ba
400,00
10/11/06
582
519
José Edmilson de Santana
1
Salvador/Ba
400,00
14/11/06
585
520
Luciano L. da Silva
1
Ribeira do Pombal/Ba
120,00
14/11/06
586
522
Atevaldo Lima Varjão
2
Aracajú/Se
250,00
20/11/06
606
526
Atevaldo Lima Varjão
2
Paulo Afonso/Ba
120,00
21/11/06
609
523
Jailton L. A. Porciuncula
9
Aracajú/Se
250,00
21/11/06
610
530
Jailton L. A. Porciuncula
9
Salvador/Ba
400,00
21/11/06
611
524
Atevaldo Lima Varjão
2
Paulo Afonso/Ba
140,00
22/11/06
613
533
Aldeir Alves da Silva
2
Aracajú/Se
250,00
23/11/06
624
521
Antonio José Teixeira
6
Aracajú/Se
250,00
23/11/06
625
543
Atevaldo Lima Varjão
2
Antas/Ba
70,00
28/11/06
629
546
Varlei Fernandes dos Santos
7
Aracajú/Se
250,00
Total
3.550,00
04/12/06
634
602
Antonio José Teixeira
6
Salvador/Ba
400,00
05/12/06
636
616
Atevaldo Lima Varjão
2
Feira de Santana
300,00
07/12/06
638
601
Luciano L. da Silva
1
Salvador/Ba
400,00
07/12/06
639
618
Varlei Fernandes dos Santos
7
Aracajú/Se
250,00
14/12/06
646
625
Atevaldo Lima Varjão
2, 5, 1
Paulo Afonso/Ba
140,00
26/12/06
697
640
Aldeir Alves da Silva
2
Salvador/Ba
400, 00
Total
1.890,00
Total Geral
25.519,15
Números dos Vereadores correspondentes na tabela.
Nº
Nome do Vereador
Quantidade de viagens
Valor R$
1
Benedito Oliveira dos Santos
18 (*)
4.718,00
2
José Manoel de Oliveira
32 (*)
8.380,00
3
Carlos Olimpio Evangelista Gama
10 (*)
1.613,00
4 (*)
Manoel Bomfim Varjão
01 (*)
150,00
5
Antonio Chaves
13 (*)
3.018,00
6
Irene Santana da Silva Teixeira
10 (*)
2.170,00
7
Josadilson do Nascimento
8
2.190,00
8 (*)
Ariston Ferreira Lima
6 (*)
1.290,00
9
João Dantas de Jesus
13 (*)
4.270,00
(*) igual quantidade de viagens
Observação: as viagens acima correspondem ao ano de 2006. Se os vereadores não trabalham o ano todo, tem vários meses de férias, como aparece viajem durante todo o ano?
Quem está dizendo não sou eu, e sim as provas documentadas.
Portanto, melhor seria que os mesmos limpassem os dedos para depois apontar o erro de quem quer que seja, pois direito tem, quem direito anda.
O poder emana do povo
O Brasil é uma democracia representativa. Os representantes do povo são eleitos por este último para fazer as leis e cuidar dos destinos da nação. Se esses políticos são corruptos, tão corruptos são os que os colocaram lá no poder. . . Inúmeros políticos na ativa estão sendo processados em diversas estâncias da lei. O eleitor é corrupto ao vender seu voto, ao trocá-lo por camiseta, emprego, garrafa de pinga, etc. O cidadão tem uma arma poderosa que é seu título de eleitor, mas utiliza-o para dar um tiro no próprio pé. Obviamente, os políticos se valem dessa oportunidade para manter o status quo de ignorância política e continuarem assim a se valer dela. É um círculo vicioso.
Cisco Systems diz estar "cooperando com autoridades"
da BBC Brasil
A empresa americana Cisco Systems, uma das maiores da área de tecnologia do mundo, disse em nota divulgada na noite desta terça-feira em seu website que a empresa está "cooperando totalmente com as autoridades brasileiras" numa investigação sobre "um suposto esquema para a evasão de impostos".
"Como parte dessa iniciativa, as autoridades brasileiras visitaram e fecharam temporariamente os escritórios da Cisco em São Paulo e no Rio de Janeiro", disse a declaração, que confirma que "um revendedor da Cisco no Brasil" estaria entre um grupo de empresas brasileiras que teria sido alvo da operação.
A empresa afirma ter sido informada que "um pequeno número de funcionários foi detido", mas não acusado formalmente.
A Polícia Federal disse que um total de mais de 600 agentes executaram quase uma centena de mandados de busca em várias partes do país, e prenderam 40 pessoas.
Segundo correspondentes, a investigação, que dura dois anos, se concentrou em alegações de que mercadorias no valor de cerca de US$ 500 milhões foram enviado por companhias baseadas em paraísos fiscais como o Panamá, num esquema para evitar o pagamento de impostos.
Segundo a declaração, a empresa, com sede no Estado americano da Califórnia, tem entre seus princípios "respeito às leis e regulamentos de todos os países em que faz negócios" e está, no momento, se inteirando do que aconteceu no Brasil para determinar como esta investigação diz respeito à Cisco.
"A operação brasileira da Cisco é parte da região latino-americana dentro da área de mercados emergentes", afirma a declaração, que coloca as vendas na região em "aproximadamente 10% dos negócios totais da Cisco."
"A Cisco não tem uma operação de vendas diretas no Brasil", vendendo seus produtos através de parceiros, e seus negócios continuarão na região através deles, conclui a nota da Cisco Systems.
Fonte: Folha Online
A empresa americana Cisco Systems, uma das maiores da área de tecnologia do mundo, disse em nota divulgada na noite desta terça-feira em seu website que a empresa está "cooperando totalmente com as autoridades brasileiras" numa investigação sobre "um suposto esquema para a evasão de impostos".
"Como parte dessa iniciativa, as autoridades brasileiras visitaram e fecharam temporariamente os escritórios da Cisco em São Paulo e no Rio de Janeiro", disse a declaração, que confirma que "um revendedor da Cisco no Brasil" estaria entre um grupo de empresas brasileiras que teria sido alvo da operação.
A empresa afirma ter sido informada que "um pequeno número de funcionários foi detido", mas não acusado formalmente.
A Polícia Federal disse que um total de mais de 600 agentes executaram quase uma centena de mandados de busca em várias partes do país, e prenderam 40 pessoas.
Segundo correspondentes, a investigação, que dura dois anos, se concentrou em alegações de que mercadorias no valor de cerca de US$ 500 milhões foram enviado por companhias baseadas em paraísos fiscais como o Panamá, num esquema para evitar o pagamento de impostos.
Segundo a declaração, a empresa, com sede no Estado americano da Califórnia, tem entre seus princípios "respeito às leis e regulamentos de todos os países em que faz negócios" e está, no momento, se inteirando do que aconteceu no Brasil para determinar como esta investigação diz respeito à Cisco.
"A operação brasileira da Cisco é parte da região latino-americana dentro da área de mercados emergentes", afirma a declaração, que coloca as vendas na região em "aproximadamente 10% dos negócios totais da Cisco."
"A Cisco não tem uma operação de vendas diretas no Brasil", vendendo seus produtos através de parceiros, e seus negócios continuarão na região através deles, conclui a nota da Cisco Systems.
Fonte: Folha Online
Fraudes colocam 40 na cadeia
Vasconcello Quadros e Alexandra Bicca
Brasília, Rio e São Paulo. Um megaesquema de fraude na importação e distribuição de equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas de internet e telecomunicações operado por uma multinacional líder nesse segmento no mercado mundial, a Cisco System, dos Estados Unidos, foi desarticulado ontem pela Polícia Federal e Receita Federal.
Segundo estimativa dos dois órgãos, nos últimos cinco anos a Cisco e outra multinacional, a Mude, comandaram um esquema que sonegou mais de R$ 1,5 bilhão em multas e tributos de importação que deveriam ter sido recolhidos aos cofres públicos.
A Operação Persona - uma referência à máscara usada para ocultar o rosto de foliões em festas e bailes de carnaval - resultou na prisão de 40 pessoas, entre elas o presidente da multinacional, Pedro Ripper, o ex-presidente Carlos Alberto Carnevalli, os dirigentes da Mude, Moacir Álvaro Sampaio e Hélio Pedreira, seis auditores da Receita Federal, executivos e funcionários das empresas.
Entre agentes e delegados, a Polícia Federal mobilizou 650 policiais para cumprir 93 mandados de busca e apreensão nos escritórios das empresas em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Dos 44 mandados de prisão temporária, apenas quatro não foram cumpridos.
A Polícia Federal pediu também o apoio da polícia americana para localizar e prender outros cinco executivos das duas empresas, que trabalham nos Estados Unidos. Foram apreendidos nesses locais US$ 10 milhões em mercadorias nos endereços da Cisco e outros R$ 45 milhões de mercadorias junto à Mude - maior distribuidora dos produtos importados ilegalmente -, US$ 290 mil, R$ 240 mil em espécie e 18 automóveis de luxo.
Segundo organograma montado pela Polícia Federal, a Cisco e a Mude ocupavam o topo da organização, tanto no esquema de importação dos produtos nos Estados Unidos quanto na distribuição das mercadorias - basicamente hardware e software - nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Os nomes das empresas não apareciam porque trabalhavam fraudando documentos ou arregimentando laranjas em cujos nomes eram montadas as operações de empresas offshore sediadas em paraísos fiscais como Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas e Panamá.
Uma das táticas era arregimentar pessoas de baixa renda no Brasil, que apareciam como importadores, para reduzir impostos ou multas. Assim que a mercadoria chegava ao Brasil, elas mudavam de dono e, no final, os lucros voltavam para a Cisco e Mude.
Uma dessas empresas, segundo a polícia, é a Ingram Micro, cujo presidente, Carlos Negri Ferreira, também foi preso ontem.
Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. As importações que deveriam ser encaminhadas para o pólo tecnológico de Ilhéus, na Bahia, chegavam ao porto da capital baiana e eram encaminhados diretamente para os pólos de São Paulo. De acordo com a delegada federal Érica Tatiana Nogueira, responsável pelas investigações, o esquema todo envolvia mais de 30 empresas. Pelo menos 15 delas atuavam simplesmente como fachada na emissão de notas fiscais falsas ou na elaboração de pedidos de importação irregular.
As investigações que levaram executivos para a prisão iniciaram-se há cerca de dois anos e surgiram por meio de denúncia de um ex-funcionário da filial da empresa americana no Brasil. Ainda está sendo apurada a participação de outras empresas suspeitas de comprar os produtos que entravam com preços subfaturados no mercado nacional. Também correrá investigação em parceria com a polícia dos Estados Unidos para chegar até os dirigentes da multinacional naquele país.
- Já pedimos colaboração dos Estados Unidos para dar continuidade às nossas investigações - informou a delegada Érika.
Segundo o coordenador de Inteligência da Receita Federal, Gerson Schaan, o esquema consistia basicamente em operações simuladas de compra e venda para blindar as duas empresas multinacionais, cujos nomes passavam ao largo dos contro les americanos e brasileiros. Schaan explica que as empresas brasileiras faziam contato direto com a multinacional. O pedido era feito ao escritório importador da multinacional que ficava no Brasil, e empresa americana enviava as mercadorias com descontos que variavam entre 40 e 70% do valor final.
- O que impressionou foi o envolvimento de multinacional que é a beneficiária final do esquema. Ela conseguiu colocar no mercado brasileiro produtos a um preço muito inferior do que deveria ser praticado - afirmou Schaan.
O escritório importador da empresa no Brasil e as empresas compradoras agiam sabendo que tudo era fraudulento.
Fonte: JB Online
Brasília, Rio e São Paulo. Um megaesquema de fraude na importação e distribuição de equipamentos de alta tecnologia para redes corporativas de internet e telecomunicações operado por uma multinacional líder nesse segmento no mercado mundial, a Cisco System, dos Estados Unidos, foi desarticulado ontem pela Polícia Federal e Receita Federal.
Segundo estimativa dos dois órgãos, nos últimos cinco anos a Cisco e outra multinacional, a Mude, comandaram um esquema que sonegou mais de R$ 1,5 bilhão em multas e tributos de importação que deveriam ter sido recolhidos aos cofres públicos.
A Operação Persona - uma referência à máscara usada para ocultar o rosto de foliões em festas e bailes de carnaval - resultou na prisão de 40 pessoas, entre elas o presidente da multinacional, Pedro Ripper, o ex-presidente Carlos Alberto Carnevalli, os dirigentes da Mude, Moacir Álvaro Sampaio e Hélio Pedreira, seis auditores da Receita Federal, executivos e funcionários das empresas.
Entre agentes e delegados, a Polícia Federal mobilizou 650 policiais para cumprir 93 mandados de busca e apreensão nos escritórios das empresas em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Dos 44 mandados de prisão temporária, apenas quatro não foram cumpridos.
A Polícia Federal pediu também o apoio da polícia americana para localizar e prender outros cinco executivos das duas empresas, que trabalham nos Estados Unidos. Foram apreendidos nesses locais US$ 10 milhões em mercadorias nos endereços da Cisco e outros R$ 45 milhões de mercadorias junto à Mude - maior distribuidora dos produtos importados ilegalmente -, US$ 290 mil, R$ 240 mil em espécie e 18 automóveis de luxo.
Segundo organograma montado pela Polícia Federal, a Cisco e a Mude ocupavam o topo da organização, tanto no esquema de importação dos produtos nos Estados Unidos quanto na distribuição das mercadorias - basicamente hardware e software - nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Os nomes das empresas não apareciam porque trabalhavam fraudando documentos ou arregimentando laranjas em cujos nomes eram montadas as operações de empresas offshore sediadas em paraísos fiscais como Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas e Panamá.
Uma das táticas era arregimentar pessoas de baixa renda no Brasil, que apareciam como importadores, para reduzir impostos ou multas. Assim que a mercadoria chegava ao Brasil, elas mudavam de dono e, no final, os lucros voltavam para a Cisco e Mude.
Uma dessas empresas, segundo a polícia, é a Ingram Micro, cujo presidente, Carlos Negri Ferreira, também foi preso ontem.
Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos simultaneamente em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. As importações que deveriam ser encaminhadas para o pólo tecnológico de Ilhéus, na Bahia, chegavam ao porto da capital baiana e eram encaminhados diretamente para os pólos de São Paulo. De acordo com a delegada federal Érica Tatiana Nogueira, responsável pelas investigações, o esquema todo envolvia mais de 30 empresas. Pelo menos 15 delas atuavam simplesmente como fachada na emissão de notas fiscais falsas ou na elaboração de pedidos de importação irregular.
As investigações que levaram executivos para a prisão iniciaram-se há cerca de dois anos e surgiram por meio de denúncia de um ex-funcionário da filial da empresa americana no Brasil. Ainda está sendo apurada a participação de outras empresas suspeitas de comprar os produtos que entravam com preços subfaturados no mercado nacional. Também correrá investigação em parceria com a polícia dos Estados Unidos para chegar até os dirigentes da multinacional naquele país.
- Já pedimos colaboração dos Estados Unidos para dar continuidade às nossas investigações - informou a delegada Érika.
Segundo o coordenador de Inteligência da Receita Federal, Gerson Schaan, o esquema consistia basicamente em operações simuladas de compra e venda para blindar as duas empresas multinacionais, cujos nomes passavam ao largo dos contro les americanos e brasileiros. Schaan explica que as empresas brasileiras faziam contato direto com a multinacional. O pedido era feito ao escritório importador da multinacional que ficava no Brasil, e empresa americana enviava as mercadorias com descontos que variavam entre 40 e 70% do valor final.
- O que impressionou foi o envolvimento de multinacional que é a beneficiária final do esquema. Ela conseguiu colocar no mercado brasileiro produtos a um preço muito inferior do que deveria ser praticado - afirmou Schaan.
O escritório importador da empresa no Brasil e as empresas compradoras agiam sabendo que tudo era fraudulento.
Fonte: JB Online
A desinterdição do Senado, afinal
Candido Mendes, professor e integrante da Academia Brasileira de Letras
As lógicas empedernidas do imobilismo político não contariam mais com a manchete do afastamento de Renan Calheiros. O alagoano manteve-se de maneira inaudita no cargo pelo exercício do sistema, suas barganhas, conveniências e, afinal, ameaças abertas. A sobrevivência se fez ao preço da desmoralização-limite do Senado. E neste torvelinho chegou ao máximo de usura de seus membros, expostos à consciência pessoal e à fidelidade partidária, frente ao interesse imediato do situacionismo. A absolvição de Renan pagou-se ao extremo da conservação da maioria do governo, fragilizado pelo ethos político diante da corrupção denunciada do regime.
Não se precisa retomar o passo a passo de como o escândalo, junto à opinião pública, prosseguiu a cada toada do desapontamento nacional frente à persistência no Senado dos usos e costumes de tolerância com o uso do poder, seus favores, benesses e silêncios, no toma-lá-dá-cá das clientelas de sempre. De anticlímax em anticlímax, deparamos as hesitações iniciais da Comissão de Ética, a transferência das decisões últimas aos plenários e a desobrigação aliviada, diante do público, pelo voto secreto.
A absolvição de Renan entremostrava também a meia dúzia de abstenções a indicar, de parte dos petistas, o limite já sentido pela liderança do governo num situacionismo a todo custo, diante da premissa da democracia profunda que hoje esteia o governo Lula. Mormente quando, nesta lealdade desconfortável, já, a Renan, abundavam os anúncios de futuros probatórios quanto a procedência das incriminações.
O presidente da Casa, de toda forma, salvou-se pela argüição da falta de evidências, pontuais, concretas, de corrupção, não obstante a convicção nascesse do princípio da razão suficiente, ou da coerência das narrativas que levaram o processo ao julgamento. O coeficiente de indecisos foi o da boa-fé que ainda sustentasse esse entendimento no julgamento inicial. Mas é o que deveria desaparecer frente à catadupa dos novos assédios prometidos pelos processos enfileirados de cassação de que escapou o alagoano no primeiro ato, mas não à permanência do cadafalso.
O status quo no Senado passou ao equilíbrio sem rede para a precaríssima convivência com o escândalo. A realpolitik tem também os seus limites diante da ronda da opinião pública. Perdeu-os, de todo, Renan quando, após a vitória de Pirro na absolvição, foi à temeridade sôfrega da forra e da ameaça no jogo de novos desafios, exaurido pela crise.
Todo o Congresso tem o seu tempo de clientelas, de tolerância, de barganhas, mas também do basta ao abuso da rinha indo ao conflito das facas, grampos e peixeiras. Não foi outro o do terrorismo implantado pelo presidente vencedor contra os seus adversários da véspera, numa violência sertaneja, eliminando da Comissão de Ética os seus inimigos peemebistas - os senadores Jarbas e Simon - para julgamento do alagoano, impertérrito na sua cadeira de João Tenório.
O mal-estar, na semana passada, no Senado, foi o desta consciência individual, impondo-se, de direito, à consciência política. O desconforto de Renan Calheiros na última reunião que presidiu já foi o da desconsideração, pelos seus pares, do homem público, à margem dos probatórios e das convicções, em bem das certezas que vão ao caráter e ao olho no olho. A licença sem volta que se lhe impôs, mais que uma última sabedoria tática, ditou-se por uma desobstrução literal - tal como se respira - a votar, discursar ou apartear na casa de Ruy Barbosa, Daniel Krieger ou Affonso Arinos.
Fonte: JB Online
As lógicas empedernidas do imobilismo político não contariam mais com a manchete do afastamento de Renan Calheiros. O alagoano manteve-se de maneira inaudita no cargo pelo exercício do sistema, suas barganhas, conveniências e, afinal, ameaças abertas. A sobrevivência se fez ao preço da desmoralização-limite do Senado. E neste torvelinho chegou ao máximo de usura de seus membros, expostos à consciência pessoal e à fidelidade partidária, frente ao interesse imediato do situacionismo. A absolvição de Renan pagou-se ao extremo da conservação da maioria do governo, fragilizado pelo ethos político diante da corrupção denunciada do regime.
Não se precisa retomar o passo a passo de como o escândalo, junto à opinião pública, prosseguiu a cada toada do desapontamento nacional frente à persistência no Senado dos usos e costumes de tolerância com o uso do poder, seus favores, benesses e silêncios, no toma-lá-dá-cá das clientelas de sempre. De anticlímax em anticlímax, deparamos as hesitações iniciais da Comissão de Ética, a transferência das decisões últimas aos plenários e a desobrigação aliviada, diante do público, pelo voto secreto.
A absolvição de Renan entremostrava também a meia dúzia de abstenções a indicar, de parte dos petistas, o limite já sentido pela liderança do governo num situacionismo a todo custo, diante da premissa da democracia profunda que hoje esteia o governo Lula. Mormente quando, nesta lealdade desconfortável, já, a Renan, abundavam os anúncios de futuros probatórios quanto a procedência das incriminações.
O presidente da Casa, de toda forma, salvou-se pela argüição da falta de evidências, pontuais, concretas, de corrupção, não obstante a convicção nascesse do princípio da razão suficiente, ou da coerência das narrativas que levaram o processo ao julgamento. O coeficiente de indecisos foi o da boa-fé que ainda sustentasse esse entendimento no julgamento inicial. Mas é o que deveria desaparecer frente à catadupa dos novos assédios prometidos pelos processos enfileirados de cassação de que escapou o alagoano no primeiro ato, mas não à permanência do cadafalso.
O status quo no Senado passou ao equilíbrio sem rede para a precaríssima convivência com o escândalo. A realpolitik tem também os seus limites diante da ronda da opinião pública. Perdeu-os, de todo, Renan quando, após a vitória de Pirro na absolvição, foi à temeridade sôfrega da forra e da ameaça no jogo de novos desafios, exaurido pela crise.
Todo o Congresso tem o seu tempo de clientelas, de tolerância, de barganhas, mas também do basta ao abuso da rinha indo ao conflito das facas, grampos e peixeiras. Não foi outro o do terrorismo implantado pelo presidente vencedor contra os seus adversários da véspera, numa violência sertaneja, eliminando da Comissão de Ética os seus inimigos peemebistas - os senadores Jarbas e Simon - para julgamento do alagoano, impertérrito na sua cadeira de João Tenório.
O mal-estar, na semana passada, no Senado, foi o desta consciência individual, impondo-se, de direito, à consciência política. O desconforto de Renan Calheiros na última reunião que presidiu já foi o da desconsideração, pelos seus pares, do homem público, à margem dos probatórios e das convicções, em bem das certezas que vão ao caráter e ao olho no olho. A licença sem volta que se lhe impôs, mais que uma última sabedoria tática, ditou-se por uma desobstrução literal - tal como se respira - a votar, discursar ou apartear na casa de Ruy Barbosa, Daniel Krieger ou Affonso Arinos.
Fonte: JB Online
Fruta verde não se colhe
Villas-Bôas Corrêa, repórter político do JB
É natural a onda de especulação depois de conhecidos os índices e suas oscilações de cada nova pesquisa sobre intenções de votos.
A última, da Sensus/CNT, embora com escassas novidades, foi supervalorizada pelo enjôo do público e da mídia com os cinco meses e quebrados da tediosa crise, com enredo de novela, da paixão do presidente-licenciado do Senado, o senador alagoano Renan Calheiros, do elenco do PMDB, aliado do governo, e a jornalista Mônica Veloso, mãe da filha de 4 anos, fruto inocente da sua ligação amorosa, e nova estrela de revistas que exploram fotos de mulheres peladas.
Sem querer bancar o censor amador, quando o ramo parece dos mais lucrativos, talvez seja conveniente moderar a fome em tempo de jejum, para não cair nos exageros da precipitação. Até porque, bem analisado os percentuais que especulam sobre as mais variadas hipóteses, por mais que se esprema a fruta verde, não chega a pingar uma gota que se possa aproveitar em refresco com generosas porções de açúcar.
De logo, com uma eleição de prefeitos e vereadores de capitais e municípios à vista para daqui a um ano, mostra mesmo a bugalhos desatentos que o quadro para a sucessão do presidente Lula não está sequer esboçado, além das obviedades mais do que sabidas.
Vamos lá. Segundo a badalada pesquisa, 10,8% dos ouvidos (2 mil dos mais de 100 milhões de eleitores) juram, socando o peito, que o candidato apoiado por Lula será o único em que votariam. Mais precavidos, 25,4% responderam na condicional que "poderiam" votar no candidato do presidente, e 32,4% botaram as barbas de molho para admitir que poderiam votar, mas só decidiriam conhecendo o candidato - o que, trocado em miúdos, não quer dizer nada. E, no outro lado da mureta, 27,3% não querem conversa e não votariam no candidato chapa- branca de jeito nenhum.
Ora, dar asas à imaginação para armar as muitas, quase infindáveis hipóteses, e gastar os neurônios para equacionar as probabilidades de cada uma é um desperdício de tempo a troco de coisa nenhuma.
A colheita das uvas verdes dos índices dos candidatos mais cotados do pomar oposicionista, a três anos das eleições presidenciais foi francamente frustrante. Apenas confere o que se sabia: os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas, são o primeiro e o terceiro de uma lista de 20 nomes, com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin em segundo. As diferenças entre os três rodopiam em torno de 12,8%, 11,6% e 9,4%. Quer dizer, empate técnico com o desconto da margem de erro. Ou seja, nada de novo ou significativo.
Mais instigante, embora coisa nenhuma além do sabido e confirmado, é a estabilidade de Lula a pairar nas nuvens, com insignificantes oscilações: 46,5% de avaliação positiva do governo que distribui 11 milhões de Bolsas Família, e do desempenho presidencial, que variou de 64%, em junho, para 61,2% este mês. Sobra muita gordura para queimar na campanha que se aproxima.
É o contraste entre a popularidade pessoal de Lula e a fragilidade da legenda petista, apesar de entupida de cargos públicos, e dos projetos de candidatos inviáveis que cutuca o giro da roda-gigante das reflexões na montagem de cenários prováveis ou possíveis.
Lula abriu um basculante para o infinito ao bater o martelo em duas afirmações: um - chuvisco no molhado - que não é e não será candidato à aventura de um terceiro mandato; outra, que sonha com um retorno triunfal, nos braços do povo, nas longínquas eleições presidenciais de 2014, daqui a sete anos.
Até lá, ainda teremos centenas, talvez milhares de pesquisas. Enquanto a fruta amadurece no pé.
Fonte: JB Online
É natural a onda de especulação depois de conhecidos os índices e suas oscilações de cada nova pesquisa sobre intenções de votos.
A última, da Sensus/CNT, embora com escassas novidades, foi supervalorizada pelo enjôo do público e da mídia com os cinco meses e quebrados da tediosa crise, com enredo de novela, da paixão do presidente-licenciado do Senado, o senador alagoano Renan Calheiros, do elenco do PMDB, aliado do governo, e a jornalista Mônica Veloso, mãe da filha de 4 anos, fruto inocente da sua ligação amorosa, e nova estrela de revistas que exploram fotos de mulheres peladas.
Sem querer bancar o censor amador, quando o ramo parece dos mais lucrativos, talvez seja conveniente moderar a fome em tempo de jejum, para não cair nos exageros da precipitação. Até porque, bem analisado os percentuais que especulam sobre as mais variadas hipóteses, por mais que se esprema a fruta verde, não chega a pingar uma gota que se possa aproveitar em refresco com generosas porções de açúcar.
De logo, com uma eleição de prefeitos e vereadores de capitais e municípios à vista para daqui a um ano, mostra mesmo a bugalhos desatentos que o quadro para a sucessão do presidente Lula não está sequer esboçado, além das obviedades mais do que sabidas.
Vamos lá. Segundo a badalada pesquisa, 10,8% dos ouvidos (2 mil dos mais de 100 milhões de eleitores) juram, socando o peito, que o candidato apoiado por Lula será o único em que votariam. Mais precavidos, 25,4% responderam na condicional que "poderiam" votar no candidato do presidente, e 32,4% botaram as barbas de molho para admitir que poderiam votar, mas só decidiriam conhecendo o candidato - o que, trocado em miúdos, não quer dizer nada. E, no outro lado da mureta, 27,3% não querem conversa e não votariam no candidato chapa- branca de jeito nenhum.
Ora, dar asas à imaginação para armar as muitas, quase infindáveis hipóteses, e gastar os neurônios para equacionar as probabilidades de cada uma é um desperdício de tempo a troco de coisa nenhuma.
A colheita das uvas verdes dos índices dos candidatos mais cotados do pomar oposicionista, a três anos das eleições presidenciais foi francamente frustrante. Apenas confere o que se sabia: os governadores José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas, são o primeiro e o terceiro de uma lista de 20 nomes, com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin em segundo. As diferenças entre os três rodopiam em torno de 12,8%, 11,6% e 9,4%. Quer dizer, empate técnico com o desconto da margem de erro. Ou seja, nada de novo ou significativo.
Mais instigante, embora coisa nenhuma além do sabido e confirmado, é a estabilidade de Lula a pairar nas nuvens, com insignificantes oscilações: 46,5% de avaliação positiva do governo que distribui 11 milhões de Bolsas Família, e do desempenho presidencial, que variou de 64%, em junho, para 61,2% este mês. Sobra muita gordura para queimar na campanha que se aproxima.
É o contraste entre a popularidade pessoal de Lula e a fragilidade da legenda petista, apesar de entupida de cargos públicos, e dos projetos de candidatos inviáveis que cutuca o giro da roda-gigante das reflexões na montagem de cenários prováveis ou possíveis.
Lula abriu um basculante para o infinito ao bater o martelo em duas afirmações: um - chuvisco no molhado - que não é e não será candidato à aventura de um terceiro mandato; outra, que sonha com um retorno triunfal, nos braços do povo, nas longínquas eleições presidenciais de 2014, daqui a sete anos.
Até lá, ainda teremos centenas, talvez milhares de pesquisas. Enquanto a fruta amadurece no pé.
Fonte: JB Online
Presos policiais envolvidos com jogo do bicho
CUIABÁ - Uma quadrilha foi presa ontem, em Mato Grosso, acusada de operar o jogo do bicho no estado. Dois delegados da Polícia Civil, seis policiais _ quatro militares e dois civis _, além de empresários, foram presos por policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). Ao todo, 17 pessoas foram detidas, acusadas de corrupção e formação de quadrilha. Novas prisões serão decretadas, segundo o Ministério Público.
A quadrilha era chefiada de dentro do presídio de segurança máxima Pascoal Ramos, em Cuiabá, pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, 58 anos. O bicheiro foi transferido ontem para o presídio federal de Campo Grande (MS). Os indícios de envolvimento de delegados e policiais com o crime organizado e o jogo do bicho, até então desarticulado no estado desde dezembro de 2002, são as escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e apreensão de documentos, segundo o promotor Mauro Zaque e a procuradora de Justiça, Eliane Maranhão, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Um dos presos, Giovani Zem Rodrigues, genro do bicheiro, era o braço-direito da quadrilha para atuar em cidades como Cuiabá, Várzea Grande e no norte do estado. Os contatos para manter os jogos de contravenção, propinas e subornos, ocorriam durante visitas ao presídio com as ordens de Arcanjo. Do grupo preso, dois policiais, Basílio Monteiro de Oliveira e Robson Bernardino da Silva, faziam parte do Bope. “Não podemos permitir que o Estado possa atuar de forma criminosa ao invés de combater o crime”, disse Zaque.
As ligações telefônicas confirmam o pagamento de propina feito por Arcanjo Ribeiro para não reprimir o jogo do bicho no estado. Os valores pagos a policiais e delegados seriam em média de R$1,5 mil por mês, segundo investigação do Ministério Público, para evitar prisões e liberar veículos apreendidos.
Um dos delegados presos acusados de receber propina, Richard Damasceno, disse que é vítima dos grupos que disputam o jogo do bicho no estado. A delegada Helena Heloíse Miranda evitou a imprensa. Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informou que a prisão dos delegados e policiais é uma decisão do governo estadual para “adotar medidas firmes para que prevaleça o interesse público e o fortalecimento das instituições policiais”. Diz ainda que as polícias Civil e Militar têm “a determinação de agir com rigor contra o crime organizado fazendo prevalecer o interesse da população”.
Os advogados do bicheiro não quiseram comentar a ação do Ministério Público para combater o crime organizado no estado. Preso em Montevidéu em 11 de abril de 2003, por falsificação de documentos, Arcanjo foi deportado para o Brasil em março do ano passado. Já foi condenado a 49 anos de prisão em Mato Grosso e ainda responde a processos por crime organizado, formação de quadrilha, homicídios, lavagem de dinheiro, contrabando e evasão de divisas.
Ao todo, o bicheiro cujo patrimônio é avaliado em R$ 2,4 bilhões, responde a 18 processos na Justiça federal e 51 na Justiça estadual. Na lista de crimes consta o assassinato do jornalista Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 30 setembro de 2002. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
A quadrilha era chefiada de dentro do presídio de segurança máxima Pascoal Ramos, em Cuiabá, pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, 58 anos. O bicheiro foi transferido ontem para o presídio federal de Campo Grande (MS). Os indícios de envolvimento de delegados e policiais com o crime organizado e o jogo do bicho, até então desarticulado no estado desde dezembro de 2002, são as escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e apreensão de documentos, segundo o promotor Mauro Zaque e a procuradora de Justiça, Eliane Maranhão, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Um dos presos, Giovani Zem Rodrigues, genro do bicheiro, era o braço-direito da quadrilha para atuar em cidades como Cuiabá, Várzea Grande e no norte do estado. Os contatos para manter os jogos de contravenção, propinas e subornos, ocorriam durante visitas ao presídio com as ordens de Arcanjo. Do grupo preso, dois policiais, Basílio Monteiro de Oliveira e Robson Bernardino da Silva, faziam parte do Bope. “Não podemos permitir que o Estado possa atuar de forma criminosa ao invés de combater o crime”, disse Zaque.
As ligações telefônicas confirmam o pagamento de propina feito por Arcanjo Ribeiro para não reprimir o jogo do bicho no estado. Os valores pagos a policiais e delegados seriam em média de R$1,5 mil por mês, segundo investigação do Ministério Público, para evitar prisões e liberar veículos apreendidos.
Um dos delegados presos acusados de receber propina, Richard Damasceno, disse que é vítima dos grupos que disputam o jogo do bicho no estado. A delegada Helena Heloíse Miranda evitou a imprensa. Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informou que a prisão dos delegados e policiais é uma decisão do governo estadual para “adotar medidas firmes para que prevaleça o interesse público e o fortalecimento das instituições policiais”. Diz ainda que as polícias Civil e Militar têm “a determinação de agir com rigor contra o crime organizado fazendo prevalecer o interesse da população”.
Os advogados do bicheiro não quiseram comentar a ação do Ministério Público para combater o crime organizado no estado. Preso em Montevidéu em 11 de abril de 2003, por falsificação de documentos, Arcanjo foi deportado para o Brasil em março do ano passado. Já foi condenado a 49 anos de prisão em Mato Grosso e ainda responde a processos por crime organizado, formação de quadrilha, homicídios, lavagem de dinheiro, contrabando e evasão de divisas.
Ao todo, o bicheiro cujo patrimônio é avaliado em R$ 2,4 bilhões, responde a 18 processos na Justiça federal e 51 na Justiça estadual. Na lista de crimes consta o assassinato do jornalista Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 30 setembro de 2002. (AE)
Fonte: Correio da Bahia
PM reforça segurança em áreas nobres e turísticas
Comunidades carentes ficam de fora da Operação Impacto, lançada ontem no Farol da Barra
Alan Rodrigues
Ocomando de operações da Polícia Militar deixou claro ontem a diferença que existe entre o tratamento dado pelas forças de segurança do estado aos bairros nobres e àqueles onde se encontra a maioria desassistida da população. Uma megaoperação foi lançada para inibir a presença de bandidos nos locais mais freqüentados por turistas e famílias abastadas. Em contrapartida, o responsável pelo núcleo de operações da PM, coronel Josué Brandão, admite que para lidar com as camadas mais pobres, onde, não por acaso, se concentra a criminalidade, a atitude dos policiais é bem mais agressiva.
Cães, cavalos, motos, pick-ups, soldados camuflados e até helicópteros fizeram parte do lançamento da Operação Impacto da Polícia Militar, ontem pela manhã, no Farol da Barra. A operação prevê policiamento ostensivo, concentrado em determinadas regiões da cidade, uma a cada semana. Segundo a própria coordenação de operações da PM, o “impacto” da operação deve ser muito mais visual do que efetivo.
O objetivo principal é inibir a ação de bandidos e oferecer tranqüilidade a quem circula pelos pontos alcançados pela operação, notadamente áreas nobres e turísticas da cidade. Depois da Barra, a operação deve passar pelo Comércio, Pituba e Itapuã.Os 25 homens que integram a Operação Impacto contam com apoio de dez motocicletas, três cães adestrados, nove cavalos, além de uma viatura da Polícia de Choque e uma pick-up. Policiais da Rondesp e Rotamo também prestarão assistência nas ações, que compreendem basicamente, além da presença ostensiva nas ruas, abordagens em portas de bancos e a motoqueiros considerados “suspeitos”. O coordenador de operações da PM, coronel Josué Brandão, reconhece que a Barra não tem um índice de ocorrências que justifique uma presença policial tão intensa. “O único problema aqui são os menores que cometem pequenos furtos”, avalia.
Abordagens - Sobre os bairros onde se concentram os maiores registros de violência, o coronel faz uma diferenciação da abordagem. Nessas localidades, como Tancredo Neves, Beiru, Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina, só para citar os exemplos do próprio coronel, existe a Operação Presença. Brandão explica a diferença de concepção: “A PM trabalha de acordo com o público de cada região. Nesses bairros, tem que chegar abordando, retendo, conduzindo”.
Em meio ao “espetáculo” montado para o lançamento da Operação Impacto, freqüentadores da Barra e turistas tentavam entender o que acontecia. O técnico de segurança do trabalho Djalma Argolo, 57, teve o carro assaltado na garagem de casa em Stella Maris. Ele questiona o reforço policial por regiões e de forma itinerante. “É igual a blitz de ônibus, quando os bandidos percebem que estão reforçando num determinado local, eles partem para outro”. Para ele, é preciso reforçar a presença da polícia em toda a cidade. “Colocar polícia só na Barra é privilegiar apenas uma parte da cidade, tem que reforçar é nas comunidades carentes”, protesta um morador da Barra que prefere não se identificar.
Fonte: Correio da Bahia
Alan Rodrigues
Ocomando de operações da Polícia Militar deixou claro ontem a diferença que existe entre o tratamento dado pelas forças de segurança do estado aos bairros nobres e àqueles onde se encontra a maioria desassistida da população. Uma megaoperação foi lançada para inibir a presença de bandidos nos locais mais freqüentados por turistas e famílias abastadas. Em contrapartida, o responsável pelo núcleo de operações da PM, coronel Josué Brandão, admite que para lidar com as camadas mais pobres, onde, não por acaso, se concentra a criminalidade, a atitude dos policiais é bem mais agressiva.
Cães, cavalos, motos, pick-ups, soldados camuflados e até helicópteros fizeram parte do lançamento da Operação Impacto da Polícia Militar, ontem pela manhã, no Farol da Barra. A operação prevê policiamento ostensivo, concentrado em determinadas regiões da cidade, uma a cada semana. Segundo a própria coordenação de operações da PM, o “impacto” da operação deve ser muito mais visual do que efetivo.
O objetivo principal é inibir a ação de bandidos e oferecer tranqüilidade a quem circula pelos pontos alcançados pela operação, notadamente áreas nobres e turísticas da cidade. Depois da Barra, a operação deve passar pelo Comércio, Pituba e Itapuã.Os 25 homens que integram a Operação Impacto contam com apoio de dez motocicletas, três cães adestrados, nove cavalos, além de uma viatura da Polícia de Choque e uma pick-up. Policiais da Rondesp e Rotamo também prestarão assistência nas ações, que compreendem basicamente, além da presença ostensiva nas ruas, abordagens em portas de bancos e a motoqueiros considerados “suspeitos”. O coordenador de operações da PM, coronel Josué Brandão, reconhece que a Barra não tem um índice de ocorrências que justifique uma presença policial tão intensa. “O único problema aqui são os menores que cometem pequenos furtos”, avalia.
Abordagens - Sobre os bairros onde se concentram os maiores registros de violência, o coronel faz uma diferenciação da abordagem. Nessas localidades, como Tancredo Neves, Beiru, Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina, só para citar os exemplos do próprio coronel, existe a Operação Presença. Brandão explica a diferença de concepção: “A PM trabalha de acordo com o público de cada região. Nesses bairros, tem que chegar abordando, retendo, conduzindo”.
Em meio ao “espetáculo” montado para o lançamento da Operação Impacto, freqüentadores da Barra e turistas tentavam entender o que acontecia. O técnico de segurança do trabalho Djalma Argolo, 57, teve o carro assaltado na garagem de casa em Stella Maris. Ele questiona o reforço policial por regiões e de forma itinerante. “É igual a blitz de ônibus, quando os bandidos percebem que estão reforçando num determinado local, eles partem para outro”. Para ele, é preciso reforçar a presença da polícia em toda a cidade. “Colocar polícia só na Barra é privilegiar apenas uma parte da cidade, tem que reforçar é nas comunidades carentes”, protesta um morador da Barra que prefere não se identificar.
Fonte: Correio da Bahia
A democracia no cadafalso
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Se faltava uma evidência de que o terceiro mandato segue seu curso, apesar dos desmentidos, basta atentar para a relação dos presidenciáveis divulgada na pesquisa CNT-Sensus desta semana. José Serra, com 12,8%, Geraldo Alckmin, com 11,6%, e Aécio Neves, com 9,8%, somam 34,2%. São todos tucanos.
Nem é preciso computar FHC, com 4,7%, para se ter a evidência de que, do jeito que as coisas vão, o PSDB volta ao Planalto. E ainda surge Heloísa Helena, do Psol, também da oposição, com 6,1%. Dos governistas, só Ciro Gomes, com 9,4%, mas com a dificuldade de não ser aceito pelo PT. Quanto aos companheiros, o máximo onde chegam é 2,2%, com Marta Suplicy.
Aos formuladores da consulta faltou coragem para incluir o nome de Lula. Porque, isoladamente, em outra pergunta, o terceiro mandato conquistou 57,4%... Bastaria reunir as duas colunas para se ter o resultado da volta por cima, coisa que algum instituto acabará fazendo, mesmo sob risco de contrariar a estratégia do governo, que é continuar negando a candidatura Lula para não assustar os setores democráticos.
Para os detentores do poder, é cedo para botar a procissão na rua. Hoje, equivaleria a um golpe de estado, mesmo promovida por reforma constitucional. Amanhã, a operação surgirá como "necessidade nacional para a preservação do crescimento econômico, dos programas sociais, da melhor administração verificada desde Deodoro da Fonseca e para evitar o retrocesso e o caos". Pretextos não faltarão, a frio ou no bojo de uma crise forjada na hora certa.
É bom que se preparem quantos julgam o terceiro mandato uma violência. O ovo da serpente está sendo chocado. Destruí-lo não é fácil, ainda que possível. O diabo é que tanto a popularidade indiscutível de Lula quanto as alternativas de oposição conduzem ao cadafalso da democracia.
Consolida-se entre os companheiros o raciocínio de que sem o terceiro mandato o sonho de 30 anos no controle da nação não passará de oito anos. De Marta Suplicy a Dilma Rousseff, Jacques Wagner, ninguém tem chance. Para continuarem, tem que ser com Lula. E a ele não cabe outro papel senão o da negativa, enquanto o tempo corre.
Esbulho humilhante
Todo ano é o mesmo estrilo que não conseguimos conter. Começou o execrável horário de verão, de uns tempos para cá deixando de fora os estados do Norte e do Nordeste, que pelo jeito integram de forma diferente a combalida federação brasileira. Porque esses estados simplesmente se negaram a aceitar a determinação de adiantar os relógios uma hora. E ao governo faltaram forças para enquadrá-los, quer dizer, uns são mais federativos do que outros. Além da situação que seria cômica se não fosse trágica, de contestação do poder central, podem ser imaginadas cenas inusitadas.
Nas fronteiras de Goiás com Tocantins, de Mato Grosso com Amazonas e Pará, de Minas com a Bahia, entre outros estados, o que fará um habitante que mora num dos estados com horário de verão, mas trabalha do outro lado da ponte ou da rua, no estado sem relógios adiantados? Sairá de casa às sete horas, mas, dois minutos depois, chegará às seis horas no trabalho.
Ficará fazendo o quê? Na hora de voltar, pior. Deixará o trabalho às seis horas, fará o caminho de volta nos mesmos dois minutos, mas chegará em casa às sete. No mínimo, enfrentará a reprimenda da mulher a respeito do que estava fazendo na rua durante uma hora, senão bebendo cachaça.
O horário de verão faz com que trabalhadores acordem quando ainda está escuro. Fora o perigo de se deslocarem para as fábricas e escritórios sob o risco de enfrentarem assaltantes, mais do que já enfrentam, há o relógio biológico, impossível de ser adiantado. Sonolentos, perderão em produtividade até se acostumarem. E essa confusão se faz a pretexto de economia de energia. Como se de madrugada não precisassem acender a luz...
Até Lula...
Quando o ministro Mantega surpreendeu o Congresso, ameaçando com aumento de impostos na hipótese de não ser prorrogada a CPMF, muita gente supôs que fosse levar um pito de Lula. Como a reprimenda não veio, buscou-se uma explicação, agora chegada da África, onde se encontra o chefe do governo. A ameaça é do próprio Lula, para quem, sem a CPMF, haverá redução nos investimentos do PAC. Obras de infra-estrutura e ações sociais serão limitadas pela falta de recursos, recaindo a responsabilidade no Senado, se os senadores negarem a prorrogação.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Se faltava uma evidência de que o terceiro mandato segue seu curso, apesar dos desmentidos, basta atentar para a relação dos presidenciáveis divulgada na pesquisa CNT-Sensus desta semana. José Serra, com 12,8%, Geraldo Alckmin, com 11,6%, e Aécio Neves, com 9,8%, somam 34,2%. São todos tucanos.
Nem é preciso computar FHC, com 4,7%, para se ter a evidência de que, do jeito que as coisas vão, o PSDB volta ao Planalto. E ainda surge Heloísa Helena, do Psol, também da oposição, com 6,1%. Dos governistas, só Ciro Gomes, com 9,4%, mas com a dificuldade de não ser aceito pelo PT. Quanto aos companheiros, o máximo onde chegam é 2,2%, com Marta Suplicy.
Aos formuladores da consulta faltou coragem para incluir o nome de Lula. Porque, isoladamente, em outra pergunta, o terceiro mandato conquistou 57,4%... Bastaria reunir as duas colunas para se ter o resultado da volta por cima, coisa que algum instituto acabará fazendo, mesmo sob risco de contrariar a estratégia do governo, que é continuar negando a candidatura Lula para não assustar os setores democráticos.
Para os detentores do poder, é cedo para botar a procissão na rua. Hoje, equivaleria a um golpe de estado, mesmo promovida por reforma constitucional. Amanhã, a operação surgirá como "necessidade nacional para a preservação do crescimento econômico, dos programas sociais, da melhor administração verificada desde Deodoro da Fonseca e para evitar o retrocesso e o caos". Pretextos não faltarão, a frio ou no bojo de uma crise forjada na hora certa.
É bom que se preparem quantos julgam o terceiro mandato uma violência. O ovo da serpente está sendo chocado. Destruí-lo não é fácil, ainda que possível. O diabo é que tanto a popularidade indiscutível de Lula quanto as alternativas de oposição conduzem ao cadafalso da democracia.
Consolida-se entre os companheiros o raciocínio de que sem o terceiro mandato o sonho de 30 anos no controle da nação não passará de oito anos. De Marta Suplicy a Dilma Rousseff, Jacques Wagner, ninguém tem chance. Para continuarem, tem que ser com Lula. E a ele não cabe outro papel senão o da negativa, enquanto o tempo corre.
Esbulho humilhante
Todo ano é o mesmo estrilo que não conseguimos conter. Começou o execrável horário de verão, de uns tempos para cá deixando de fora os estados do Norte e do Nordeste, que pelo jeito integram de forma diferente a combalida federação brasileira. Porque esses estados simplesmente se negaram a aceitar a determinação de adiantar os relógios uma hora. E ao governo faltaram forças para enquadrá-los, quer dizer, uns são mais federativos do que outros. Além da situação que seria cômica se não fosse trágica, de contestação do poder central, podem ser imaginadas cenas inusitadas.
Nas fronteiras de Goiás com Tocantins, de Mato Grosso com Amazonas e Pará, de Minas com a Bahia, entre outros estados, o que fará um habitante que mora num dos estados com horário de verão, mas trabalha do outro lado da ponte ou da rua, no estado sem relógios adiantados? Sairá de casa às sete horas, mas, dois minutos depois, chegará às seis horas no trabalho.
Ficará fazendo o quê? Na hora de voltar, pior. Deixará o trabalho às seis horas, fará o caminho de volta nos mesmos dois minutos, mas chegará em casa às sete. No mínimo, enfrentará a reprimenda da mulher a respeito do que estava fazendo na rua durante uma hora, senão bebendo cachaça.
O horário de verão faz com que trabalhadores acordem quando ainda está escuro. Fora o perigo de se deslocarem para as fábricas e escritórios sob o risco de enfrentarem assaltantes, mais do que já enfrentam, há o relógio biológico, impossível de ser adiantado. Sonolentos, perderão em produtividade até se acostumarem. E essa confusão se faz a pretexto de economia de energia. Como se de madrugada não precisassem acender a luz...
Até Lula...
Quando o ministro Mantega surpreendeu o Congresso, ameaçando com aumento de impostos na hipótese de não ser prorrogada a CPMF, muita gente supôs que fosse levar um pito de Lula. Como a reprimenda não veio, buscou-se uma explicação, agora chegada da África, onde se encontra o chefe do governo. A ameaça é do próprio Lula, para quem, sem a CPMF, haverá redução nos investimentos do PAC. Obras de infra-estrutura e ações sociais serão limitadas pela falta de recursos, recaindo a responsabilidade no Senado, se os senadores negarem a prorrogação.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Fechar o Congresso, N-Ã-O
Por: Helio Fernnades
Melhorar a representatividade, S-I-M
É impossível comparar a competência, a eficiência, a influência e como conseqüência a popularidade dos diversos Congressos em 118 anos de República. O sistema político implantado com a derrubada do Império foi bastante deficiente. E a representatividade teve falhas gritantes.A República foi uma traição ao imperador e ao povo, e portanto não podia ser o que tanto se esperava. Saldanha Marinho, uma das grandes figuras da época, durante 29 anos diretor do jornal diário "A República", ao ser preso, em 3 de novembro de 1891, deixou a frase que era um lamento: "Esta realmente não é a República dos nossos sonhos". Naquela dia 3, Deodoro fechava o Congresso, prendia centenas de pessoas, não tinha o menor compromisso com a República.Aristides Lobo, grande jornalista, ministro da Justiça e republicano desde os grandes momentos de luta, afirmou para o Jornal do Commercio (então o maior jornal brasileiro), logo no dia 16: "O povo não soube de nada, a República chegou ao Poder sem povo e sem voto".Como ditador, Deodoro só durou 20 dias. No dia 23 de novembro ainda de 1891, foi derrubado por Floriano. Este reabriu o Congresso, mas violou e violentou a Constituição. Teria que convocar eleições em 30 dias, ficou os 4 anos, i-n-c-o-n-s-t-i-t-u-c-i-o-n-a-l-m-e-n-t-e. E como Rui Barbosa anunciasse que iria pedir ao Supremo que tirasse Floriano do Poder, este mandou prendê-lo. Rui se exilou, Floriano governou com o Congresso aberto, mas foi um ditador.Consolidada a República pela intuição e clarividência de Prudente de Moraes, vieram as eleições, mas inteiramente falsificadas. Todos, com exceção do presidente da República, precisavam ser RATIFICADOS por uma comissão designada pelo Executivo. Em diversos estados existiam 2 governadores, um que ganhara a eleição, outro que fora RATIFICADO pelos que dominavam o Poder.Em 1896 aconteceu o máximo em matéria de indignidade eleitoral. Eleito senador, Rui Barbosa não foi RATIFICADO por causa da influência de J.J. Seabra e de Manuel Vitorino (vice de Prudente), que tinham medo de Rui. Este só tomou posse por causa da bravura e do espírito público do governador Luiz Viana (o pai, o pai). Este gritou que não podiam cassar o maior brasileiro vivo, acabou vencendo.O Congresso funcionou, mas não representava ninguém nem coisa alguma, desculpem o lugar-comum, era "uma colcha de retalhos". Os eleitos não tomavam posse, os que legislavam eram os RATIFICADOS e subservientes.Não quero contar a verdadeira História do Brasil (devia), e sim mostrar como o Congresso pode e deve se reabilitar. Para isso tem que ficar aberto, mas sendo verdadeiramente a representatividade popular. Para isso precisam se aproximar do povo com uma eleição autêntica que surja da vontade popular. Tem que fazer, NÃO FARÃO, a reforma política que o Brasil espera. Com alguns itens indispensáveis.1 - Voto distrital.
2 - Número menor de deputados. Somos 513 numa população de 180 milhões. No outro grande presidencialismo, nos EUA, são 425 para 280 milhões de habitantes.
3 - Mandato menor, de 2 anos, o que aproxima o eleito do eleitor.
4 - Implantado o Voto Distrital, acaba esse indecente cociente eleitoral que elege candidatos com 20 mil votos e derrota outros com 100 mil ou mais.5 - No Senado, mandatos de 6 anos, como estava na Constituição de 1946.
6 - Apenas 2 por estado, idem, idem na mesma Constituição.
7 - Fim do suplente, que só existe no Brasil. O modelo dos EUA é o que mais se aproxima de uma democarcia.8 - Introdução das convenções verdadeiras, e não reuniões tipo "convescote", nas quais se decide sem urna, sem voto, sem povo.
9 - Os Quércias, os Temer, os Jereissatis, os Azeredos e muitos outros decidem discricionariamente.10 - O que é a mesma coisa do que governar sem Congresso, que não é o que eu quero de jeito algum.PS - Quero cada vez mais eleições com mandatos cada vez menores. Quanto mais o povo votar, melhor ele votará. Só se aprende a fazer, fazendo, isso vale para a eleição.
PS 2 - Defendo o mandato de 5 anos para presidente, sem a CORRUPTA reeeleição, comprada por FHC para ele mesmo.
George Tavares
Só ontem li o livro sobre suas grandes defesas junto com Evaristinho. Memoráveis, entendimento perfeito entre eles.
Leonid Hurwicz, russo, 90 anos, ganhou o Prêmio Nobel por causa da teoria na qual desvenda as razões do mercado, e as relações entre compradores e vendedores. Nasceu em plena guerra civil que transformaria a Rússia em União Soviética. Mas o seu prêmio deveria se chamar Nobel da Ternura. A láurea, o 1 milhão e 600 milhões, não vale nada, diante do olhar de carinho e admiração da mulher.
Enquanto ele fala no microfone agradecendo o "Prêmio surpresa", a mulher olha para ele envolvendo-o em tal embevecimento e amor que supera qualquer coisa. Isso depois de 60 anos de casados.
As pesquisas no Brasil devem estar com algum "furo", que produz falta de credibilidade. Constatar que 38 por cento dos brasileiros não gostam de futebol, só se a pesquisa foi feita pelo Dunga.
E dizer ou propagar que em mais de 9 meses sem fazer coisa alguma, apenas viajando, Lula continua com a mesma popularidade de antes ou do que sempre, absurdo. Renan devia usar esses pesquisadores.
O alcaide-factóide-debilóide criticou as medidas provisórias do presidente Lula, dizendo que elas "não são nem urgentes nem relevantes". Eu poderia dizer isso, pois sempre fui contra as MPs.
Onde estava Cesar Maia, quando FHC dizia: "Sem as medidas provisórias não há governabilidade". Eu combatia o presidente que dizia isso, o alcaide apoiava, entusiasmado, o que ele fazia.
FHC não gostou do fato da governadora Ieda Crusius ter ido ao Senado apoiar a luta a favor da CPMF. Ela não gostou do presidente Lula não ter telefonado agradecido. Pelo menos, cavalheirismo.
Dona Ideli Salvatti está sendo combatida em Brasília e em Santa Catarina. Terá duração bastante curta no Senado. Até 2010.
Itamar Franco, senador em 1974 pelo MDB e o único a se reeleger sem trocar de partido, pode ser chamado desde já novamente de senador. Haja o que houver, uma vaga em 2010 é dele.
E Fernando Pimentel é quase invencível candidato à sucessão de Aécio Neves. E com apoio do próprio e de Itamar Franco.
Tião Viana, assumindo a presidência do Senado, entrando satisfeito no possante carro que irá servi-lo, é a expressão exata de um sistema eleitoral em decadência. A representatividade não vale nada, os representantes não representam.
Duas versões, de órgãos jornalísticos (?) ontem.
1 - Sarney declara que não é candidato a presidente do Senado, nem aceita o cargo.
2 - O mesmo Sarney que fez essa afirmação garante desassombradamente: "Só aceitarei indicado pela unanimidade". Juntando as duas afirmações e interpretando: é c-a-n-d-i-d-a-t-í-s-s-i-m-o.
Fazer pesquisa eleitoral para a sucessão de 2010 3 anos antes tem tudo a ver com adivinhação. E tentar chegar a algum resultado apresentando nomes como Tarso Genro, Sérgio Cabral, Marta Suplicy e outros dessa "seleção do Dunga", bestial, pá.
Não quero tratar dessa sucessão com 3 anos de antecedência. Mas não fujo de uma gargalhada (gráfica) quando falam numa chapa Serra-Aécio. Ha! Ha! Ha!
Estou preparando outra reportagem, ouvindo os "prefeitáveis". Marcelo Itagiba me disse: "Helio, como o Sérgio Cabral colocou uma cunha no PMDB, vou à convenção colocar o meu nome, e com chances de ser escolhido".
Sérgio Cabral e José Dirceu se encontraram no Palácio Guanabara para conversar política, ou melhor, a sucessão presidencial. Dirceu já teve cacife alto, perdeu. Cabral nunca teve, portanto não vai perder.
Num filme de Jules Dassin, "Aquele que deve morrer", interessante diálogo. Um maometano diz a um católico: "As duas religiões prevêem destinos diferentes, para pessoas com o mesmo comportamento".
O católico responde: "Acho que nós dois estamos sendo enganados".
Na semana passada, o BC divulgou: "O dólar não virá a menos de 1,80". Não veio mesmo, nos últimos 5 dias. O BC continuou comprando. E todo o movimento de ontem se baseou na decisão de hoje. (Do Copom).
Diretores, produtores, atores, são os mais surpreendidos com o sucesso do filme "Tropa de elite". Duas conclusões sobre o filme.
1 - Deve a repercussão, sem dúvida alguma, à venda fantástica dos DVDs a 10 reais pelos "camelódromos ilegais", uma das irresponsabilidades que o filme tenta combater.
2 - Por causa dessa venda extraordinária, o filme que é total sucesso de crítica não foi sucesso de bilheteria. Como quase "todo mundo" já vira "Tropa de elite", faltou público para assisti-lo no cinema.
Fui ver duas vezes. (Queria escrever sobre o filme, e a narrativa não estava muito boa). Voltei ao cinema, puro esclarecimento.
Na primeira vez eram 15 espectadores comigo. Na segunda, apenas 6.
Agora aumentou a discussão sobre o conteúdo do filme. Ele defende a tortura, ou apenas mostra o que existe, para combater?
Já disse antes de qualquer outro repórter que a tortura marca o filme. José Padilha diz que não, acredito nele.
XXX
Agnaldo Timóteo fez 71 anos, cumprimentadíssimo de todas as partes do Brasil. Foi deputado pelo Estado do Rio com 600 mil votos, é vereador por SP, não precisou fazer campanha. XXX É o mesmo cantor de voz poderosa, que os anos não diminuem de intensidade. Em 1974, na Copa do Mundo da Alemanha, Timóteo parava tudo quando começava a cantar. As noites eram marcadas pela presença ou ausência dele.
XXX
O artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, além de preciosidades da palavra escrita, tem uma frase, longa, mas que deveria ser lida, divulgada e meditada. "Na democracia, o direito à divergência não alcança as regras do jogo. Um democrata, em nome dos seus princípios, não deve conceder a seus inimigos licença, que estes, em nome dos deles, a ele não concederiam se chegassem ao Poder".
É para colocar num quadro. Sem moldura, só o texto.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Melhorar a representatividade, S-I-M
É impossível comparar a competência, a eficiência, a influência e como conseqüência a popularidade dos diversos Congressos em 118 anos de República. O sistema político implantado com a derrubada do Império foi bastante deficiente. E a representatividade teve falhas gritantes.A República foi uma traição ao imperador e ao povo, e portanto não podia ser o que tanto se esperava. Saldanha Marinho, uma das grandes figuras da época, durante 29 anos diretor do jornal diário "A República", ao ser preso, em 3 de novembro de 1891, deixou a frase que era um lamento: "Esta realmente não é a República dos nossos sonhos". Naquela dia 3, Deodoro fechava o Congresso, prendia centenas de pessoas, não tinha o menor compromisso com a República.Aristides Lobo, grande jornalista, ministro da Justiça e republicano desde os grandes momentos de luta, afirmou para o Jornal do Commercio (então o maior jornal brasileiro), logo no dia 16: "O povo não soube de nada, a República chegou ao Poder sem povo e sem voto".Como ditador, Deodoro só durou 20 dias. No dia 23 de novembro ainda de 1891, foi derrubado por Floriano. Este reabriu o Congresso, mas violou e violentou a Constituição. Teria que convocar eleições em 30 dias, ficou os 4 anos, i-n-c-o-n-s-t-i-t-u-c-i-o-n-a-l-m-e-n-t-e. E como Rui Barbosa anunciasse que iria pedir ao Supremo que tirasse Floriano do Poder, este mandou prendê-lo. Rui se exilou, Floriano governou com o Congresso aberto, mas foi um ditador.Consolidada a República pela intuição e clarividência de Prudente de Moraes, vieram as eleições, mas inteiramente falsificadas. Todos, com exceção do presidente da República, precisavam ser RATIFICADOS por uma comissão designada pelo Executivo. Em diversos estados existiam 2 governadores, um que ganhara a eleição, outro que fora RATIFICADO pelos que dominavam o Poder.Em 1896 aconteceu o máximo em matéria de indignidade eleitoral. Eleito senador, Rui Barbosa não foi RATIFICADO por causa da influência de J.J. Seabra e de Manuel Vitorino (vice de Prudente), que tinham medo de Rui. Este só tomou posse por causa da bravura e do espírito público do governador Luiz Viana (o pai, o pai). Este gritou que não podiam cassar o maior brasileiro vivo, acabou vencendo.O Congresso funcionou, mas não representava ninguém nem coisa alguma, desculpem o lugar-comum, era "uma colcha de retalhos". Os eleitos não tomavam posse, os que legislavam eram os RATIFICADOS e subservientes.Não quero contar a verdadeira História do Brasil (devia), e sim mostrar como o Congresso pode e deve se reabilitar. Para isso tem que ficar aberto, mas sendo verdadeiramente a representatividade popular. Para isso precisam se aproximar do povo com uma eleição autêntica que surja da vontade popular. Tem que fazer, NÃO FARÃO, a reforma política que o Brasil espera. Com alguns itens indispensáveis.1 - Voto distrital.
2 - Número menor de deputados. Somos 513 numa população de 180 milhões. No outro grande presidencialismo, nos EUA, são 425 para 280 milhões de habitantes.
3 - Mandato menor, de 2 anos, o que aproxima o eleito do eleitor.
4 - Implantado o Voto Distrital, acaba esse indecente cociente eleitoral que elege candidatos com 20 mil votos e derrota outros com 100 mil ou mais.5 - No Senado, mandatos de 6 anos, como estava na Constituição de 1946.
6 - Apenas 2 por estado, idem, idem na mesma Constituição.
7 - Fim do suplente, que só existe no Brasil. O modelo dos EUA é o que mais se aproxima de uma democarcia.8 - Introdução das convenções verdadeiras, e não reuniões tipo "convescote", nas quais se decide sem urna, sem voto, sem povo.
9 - Os Quércias, os Temer, os Jereissatis, os Azeredos e muitos outros decidem discricionariamente.10 - O que é a mesma coisa do que governar sem Congresso, que não é o que eu quero de jeito algum.PS - Quero cada vez mais eleições com mandatos cada vez menores. Quanto mais o povo votar, melhor ele votará. Só se aprende a fazer, fazendo, isso vale para a eleição.
PS 2 - Defendo o mandato de 5 anos para presidente, sem a CORRUPTA reeeleição, comprada por FHC para ele mesmo.
George Tavares
Só ontem li o livro sobre suas grandes defesas junto com Evaristinho. Memoráveis, entendimento perfeito entre eles.
Leonid Hurwicz, russo, 90 anos, ganhou o Prêmio Nobel por causa da teoria na qual desvenda as razões do mercado, e as relações entre compradores e vendedores. Nasceu em plena guerra civil que transformaria a Rússia em União Soviética. Mas o seu prêmio deveria se chamar Nobel da Ternura. A láurea, o 1 milhão e 600 milhões, não vale nada, diante do olhar de carinho e admiração da mulher.
Enquanto ele fala no microfone agradecendo o "Prêmio surpresa", a mulher olha para ele envolvendo-o em tal embevecimento e amor que supera qualquer coisa. Isso depois de 60 anos de casados.
As pesquisas no Brasil devem estar com algum "furo", que produz falta de credibilidade. Constatar que 38 por cento dos brasileiros não gostam de futebol, só se a pesquisa foi feita pelo Dunga.
E dizer ou propagar que em mais de 9 meses sem fazer coisa alguma, apenas viajando, Lula continua com a mesma popularidade de antes ou do que sempre, absurdo. Renan devia usar esses pesquisadores.
O alcaide-factóide-debilóide criticou as medidas provisórias do presidente Lula, dizendo que elas "não são nem urgentes nem relevantes". Eu poderia dizer isso, pois sempre fui contra as MPs.
Onde estava Cesar Maia, quando FHC dizia: "Sem as medidas provisórias não há governabilidade". Eu combatia o presidente que dizia isso, o alcaide apoiava, entusiasmado, o que ele fazia.
FHC não gostou do fato da governadora Ieda Crusius ter ido ao Senado apoiar a luta a favor da CPMF. Ela não gostou do presidente Lula não ter telefonado agradecido. Pelo menos, cavalheirismo.
Dona Ideli Salvatti está sendo combatida em Brasília e em Santa Catarina. Terá duração bastante curta no Senado. Até 2010.
Itamar Franco, senador em 1974 pelo MDB e o único a se reeleger sem trocar de partido, pode ser chamado desde já novamente de senador. Haja o que houver, uma vaga em 2010 é dele.
E Fernando Pimentel é quase invencível candidato à sucessão de Aécio Neves. E com apoio do próprio e de Itamar Franco.
Tião Viana, assumindo a presidência do Senado, entrando satisfeito no possante carro que irá servi-lo, é a expressão exata de um sistema eleitoral em decadência. A representatividade não vale nada, os representantes não representam.
Duas versões, de órgãos jornalísticos (?) ontem.
1 - Sarney declara que não é candidato a presidente do Senado, nem aceita o cargo.
2 - O mesmo Sarney que fez essa afirmação garante desassombradamente: "Só aceitarei indicado pela unanimidade". Juntando as duas afirmações e interpretando: é c-a-n-d-i-d-a-t-í-s-s-i-m-o.
Fazer pesquisa eleitoral para a sucessão de 2010 3 anos antes tem tudo a ver com adivinhação. E tentar chegar a algum resultado apresentando nomes como Tarso Genro, Sérgio Cabral, Marta Suplicy e outros dessa "seleção do Dunga", bestial, pá.
Não quero tratar dessa sucessão com 3 anos de antecedência. Mas não fujo de uma gargalhada (gráfica) quando falam numa chapa Serra-Aécio. Ha! Ha! Ha!
Estou preparando outra reportagem, ouvindo os "prefeitáveis". Marcelo Itagiba me disse: "Helio, como o Sérgio Cabral colocou uma cunha no PMDB, vou à convenção colocar o meu nome, e com chances de ser escolhido".
Sérgio Cabral e José Dirceu se encontraram no Palácio Guanabara para conversar política, ou melhor, a sucessão presidencial. Dirceu já teve cacife alto, perdeu. Cabral nunca teve, portanto não vai perder.
Num filme de Jules Dassin, "Aquele que deve morrer", interessante diálogo. Um maometano diz a um católico: "As duas religiões prevêem destinos diferentes, para pessoas com o mesmo comportamento".
O católico responde: "Acho que nós dois estamos sendo enganados".
Na semana passada, o BC divulgou: "O dólar não virá a menos de 1,80". Não veio mesmo, nos últimos 5 dias. O BC continuou comprando. E todo o movimento de ontem se baseou na decisão de hoje. (Do Copom).
Diretores, produtores, atores, são os mais surpreendidos com o sucesso do filme "Tropa de elite". Duas conclusões sobre o filme.
1 - Deve a repercussão, sem dúvida alguma, à venda fantástica dos DVDs a 10 reais pelos "camelódromos ilegais", uma das irresponsabilidades que o filme tenta combater.
2 - Por causa dessa venda extraordinária, o filme que é total sucesso de crítica não foi sucesso de bilheteria. Como quase "todo mundo" já vira "Tropa de elite", faltou público para assisti-lo no cinema.
Fui ver duas vezes. (Queria escrever sobre o filme, e a narrativa não estava muito boa). Voltei ao cinema, puro esclarecimento.
Na primeira vez eram 15 espectadores comigo. Na segunda, apenas 6.
Agora aumentou a discussão sobre o conteúdo do filme. Ele defende a tortura, ou apenas mostra o que existe, para combater?
Já disse antes de qualquer outro repórter que a tortura marca o filme. José Padilha diz que não, acredito nele.
XXX
Agnaldo Timóteo fez 71 anos, cumprimentadíssimo de todas as partes do Brasil. Foi deputado pelo Estado do Rio com 600 mil votos, é vereador por SP, não precisou fazer campanha. XXX É o mesmo cantor de voz poderosa, que os anos não diminuem de intensidade. Em 1974, na Copa do Mundo da Alemanha, Timóteo parava tudo quando começava a cantar. As noites eram marcadas pela presença ou ausência dele.
XXX
O artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, além de preciosidades da palavra escrita, tem uma frase, longa, mas que deveria ser lida, divulgada e meditada. "Na democracia, o direito à divergência não alcança as regras do jogo. Um democrata, em nome dos seus princípios, não deve conceder a seus inimigos licença, que estes, em nome dos deles, a ele não concederiam se chegassem ao Poder".
É para colocar num quadro. Sem moldura, só o texto.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Oposição não lançará candidato
BRASÍLIA - A oposição não lançará candidato à sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Embora tenham planejado entrar na briga para tomar do governo o comando do Congresso, apoiando um peemedebista independente como os senadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), tucanos e democratas desistiram do confronto.
"Não queremos disputar nem conflagrar neste momento. Até daria para disputar, mas não com o Senado na UTI como está", resumiu ontem o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). "Entrar na disputa não é assunto prioritário nem das nossas cogitações imediatas. Se tiver que haver eleição, está na hora da Casa se reencontrar em um grande entendimento em torno de um nome que inspire credibilidade ao Senado", disse o líder do DEM, senador Agripino Maia (RN).
Ambos reconhecem que é do PMDB a primazia na indicação do candidato, mas impõem condições para evitar contestação. "Não aceitaremos pau mandado, nem um nome que rebaixe o Senado. Queremos um presidente altivo, que represente a Casa", insiste Virgílio, ao destacar que os peemedebistas terão de escolher um perfil que os ajude a "reerguer" o Senado.
O PSDB aproveita a oportunidade para cobrar um "gesto" de Renan e, mais uma vez, pede que ele renuncie de vez ao cargo de presidente. Maia explica que a estratégia da oposição é deixar este assunto fora da pauta neste momento. O líder do DEM alerta, no entanto, para a inconveniência de se vetar alternativas do PMDB na sucessão, como o fez Arthur Virgílio quando anunciou o veto público à eventual candidatura de José Sarney (PMDB-AP).
"Se começarmos a vetar, damos uma ingênua contribuição para unir a base aliada. Ainda que tivéssemos a intenção de disputar, não poderíamos vetar ninguém", critica Maia. Diferentemente do tucano, o líder do DEM não veta nem descarta quem quer que seja.
Nem mesmo a hipótese de o vice-presidente petista Tião Viana (AC) assumir de vez a cadeira do titular. "Não descarto ninguém, desde que seja pelo entendimento, o que passa pelo PMDB", afirma o líder. Na mesma linha, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), diz que não faz objeção nenhuma a Tião Viana na presidência. "Ele é um bom presidente a esta altura", conforma-se.
O tucano diz que o cenário do petista ser escalado para cumprir o restante do mandato de Renan, que só termina em fevereiro de 2009, não preocupa o PSDB por uma simples razão: ele está convicto de que o PMDB vai se encarregar de tirá-lo de lá.
Fonte: Tribuna da Imprensa
"Não queremos disputar nem conflagrar neste momento. Até daria para disputar, mas não com o Senado na UTI como está", resumiu ontem o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). "Entrar na disputa não é assunto prioritário nem das nossas cogitações imediatas. Se tiver que haver eleição, está na hora da Casa se reencontrar em um grande entendimento em torno de um nome que inspire credibilidade ao Senado", disse o líder do DEM, senador Agripino Maia (RN).
Ambos reconhecem que é do PMDB a primazia na indicação do candidato, mas impõem condições para evitar contestação. "Não aceitaremos pau mandado, nem um nome que rebaixe o Senado. Queremos um presidente altivo, que represente a Casa", insiste Virgílio, ao destacar que os peemedebistas terão de escolher um perfil que os ajude a "reerguer" o Senado.
O PSDB aproveita a oportunidade para cobrar um "gesto" de Renan e, mais uma vez, pede que ele renuncie de vez ao cargo de presidente. Maia explica que a estratégia da oposição é deixar este assunto fora da pauta neste momento. O líder do DEM alerta, no entanto, para a inconveniência de se vetar alternativas do PMDB na sucessão, como o fez Arthur Virgílio quando anunciou o veto público à eventual candidatura de José Sarney (PMDB-AP).
"Se começarmos a vetar, damos uma ingênua contribuição para unir a base aliada. Ainda que tivéssemos a intenção de disputar, não poderíamos vetar ninguém", critica Maia. Diferentemente do tucano, o líder do DEM não veta nem descarta quem quer que seja.
Nem mesmo a hipótese de o vice-presidente petista Tião Viana (AC) assumir de vez a cadeira do titular. "Não descarto ninguém, desde que seja pelo entendimento, o que passa pelo PMDB", afirma o líder. Na mesma linha, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), diz que não faz objeção nenhuma a Tião Viana na presidência. "Ele é um bom presidente a esta altura", conforma-se.
O tucano diz que o cenário do petista ser escalado para cumprir o restante do mandato de Renan, que só termina em fevereiro de 2009, não preocupa o PSDB por uma simples razão: ele está convicto de que o PMDB vai se encarregar de tirá-lo de lá.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Usineiro não pretende ser acareado com senador
BRASÍLIA - Principal testemunha no processo no Conselho de Ética que acusa o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de usar "laranjas" na compra de empresas de comunicação, o usineiro e ex-deputado João Lyra disse não pretende ser acareado com o senador alagoano. João Lyra seria sócio de Renan nas empresas. O usineiro, no entanto, se prontificou a colaborar com as investigações, desde que não tenha de comparecer ao Conselho de Ética.
Na conversa que tiveram ontem com o relator desta representação, Jefferson Péres (PDT-AM), os advogados de Lyra, Fábio Ferrário e Arnaldo Cansanção, alegam que, por problemas de saúde e da idade avançada, falta a Lyra condições física e emocional para se expor num depoimento ao colegiado.
"Ele teme ser vítima de interrogações agressivas", avaliou Péres. A posição de Lyra inviabiliza a acareação com Renan que seria proposta pelo relator. Péres pediu ao usineiro que se manifeste por escrito e que, se for o caso, apresente documentos que ainda não foram entregues ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP).
Outra alternativa em exame é a do relator se deslocar até Alagoas, acompanhado por membros do Conselho, para ouvi-lo. Renan Calheiros foi notificado segunda-feira sobre esta representação. Ele tem até segunda-feira para se defender, pessoalmente ou por escrito, o que é mais provável.
Ontem, Jefferson Péres convidou para depor no Conselho o primo de Renan, Tito Uchoa, apontado como principal "laranja" do esquema, e o empresário Nazário Pimentel, que teria vendido um jornal diário e uma emissora de rádio aos sócios Renan e João Lyra.
Péres lembrou que Tito Uchoa chegou a dizer pela imprensa que comparecerá ao Senado. Pesa contra ele o fato de não dispor de recursos para arcar com a aquisição. Na ocasião da compra - segundo a revista "Veja" - ele dava expediente na Delegacia Regional do Trabalho, com um salário de R$1.390,00.
Outro procedimento do relator foi a de pedir à Junta Comercial de Alagoas os registros das empresas de comunicação. Em um dos documentos entregues por Lyra a Tuma, aparece uma alteração contratual em que o filho de Renan, José Renan Calheiros Filho passa a figurar como sócio de uma das emissoras. Outra iniciativa é a de examinar no próprio Senado o nome dos proprietários dessas empresas.
Representação
O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), deve convidar hoje o senador Renato Casagrande (PSB-ES) para relatar a quinta representação contra Renan. Nesta, o senador é acusado de ter patrocinado a ida do ex-assessor da presidência Francisco Escórcio a Goiás para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB), ambos do estado e membros do colegiado.
Já na Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu que seja anexada à representação em curso contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), cópia da reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", publicada domingo, sobre irregularidades na destinação e execução de emendas parlamentares de Olavo para Murici (AL) durante as administrações Remi Calheiros e Renan Filho.
A denúncia trata da suposta intermediação de Renan na Receita Federal e no INSS para reduzir multas impostas à Schincariol, após a empresa ter pago R$ 27 milhões pela fábrica de refrigerante pertencente a Olavo, que estava em situação deficitária.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Na conversa que tiveram ontem com o relator desta representação, Jefferson Péres (PDT-AM), os advogados de Lyra, Fábio Ferrário e Arnaldo Cansanção, alegam que, por problemas de saúde e da idade avançada, falta a Lyra condições física e emocional para se expor num depoimento ao colegiado.
"Ele teme ser vítima de interrogações agressivas", avaliou Péres. A posição de Lyra inviabiliza a acareação com Renan que seria proposta pelo relator. Péres pediu ao usineiro que se manifeste por escrito e que, se for o caso, apresente documentos que ainda não foram entregues ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP).
Outra alternativa em exame é a do relator se deslocar até Alagoas, acompanhado por membros do Conselho, para ouvi-lo. Renan Calheiros foi notificado segunda-feira sobre esta representação. Ele tem até segunda-feira para se defender, pessoalmente ou por escrito, o que é mais provável.
Ontem, Jefferson Péres convidou para depor no Conselho o primo de Renan, Tito Uchoa, apontado como principal "laranja" do esquema, e o empresário Nazário Pimentel, que teria vendido um jornal diário e uma emissora de rádio aos sócios Renan e João Lyra.
Péres lembrou que Tito Uchoa chegou a dizer pela imprensa que comparecerá ao Senado. Pesa contra ele o fato de não dispor de recursos para arcar com a aquisição. Na ocasião da compra - segundo a revista "Veja" - ele dava expediente na Delegacia Regional do Trabalho, com um salário de R$1.390,00.
Outro procedimento do relator foi a de pedir à Junta Comercial de Alagoas os registros das empresas de comunicação. Em um dos documentos entregues por Lyra a Tuma, aparece uma alteração contratual em que o filho de Renan, José Renan Calheiros Filho passa a figurar como sócio de uma das emissoras. Outra iniciativa é a de examinar no próprio Senado o nome dos proprietários dessas empresas.
Representação
O presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), deve convidar hoje o senador Renato Casagrande (PSB-ES) para relatar a quinta representação contra Renan. Nesta, o senador é acusado de ter patrocinado a ida do ex-assessor da presidência Francisco Escórcio a Goiás para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB), ambos do estado e membros do colegiado.
Já na Câmara, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu que seja anexada à representação em curso contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), cópia da reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", publicada domingo, sobre irregularidades na destinação e execução de emendas parlamentares de Olavo para Murici (AL) durante as administrações Remi Calheiros e Renan Filho.
A denúncia trata da suposta intermediação de Renan na Receita Federal e no INSS para reduzir multas impostas à Schincariol, após a empresa ter pago R$ 27 milhões pela fábrica de refrigerante pertencente a Olavo, que estava em situação deficitária.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Renan negocia posto no Senado
BRASÍLIA - Ameaçado de cassação e decidido a salvar o seu mandato, o presidente licenciado do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), já está negociando a sua cadeira com o governo, o PT e o próprio PMDB. Ele indicou para o Planalto que, a depender do desdobramento de seus quatro processos no Conselho de Ética, está disposto a renovar a licença de 45 dias, de forma a permitir que o vice, Tião Viana (PT-AC), fique no posto de presidente do Senado até o fim do ano.
Tudo para facilitar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Renan quer, em contrapartida, a bancada do PT alinhada na sua defesa. A idéia é evitar qualquer movimento que tumultue o ambiente político do Senado, para garantir condições favoráveis ao governo na negociação da CPMF.
Nesse contexto, não foi casual a frase solta que o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), deixou escapulir ontem diante dos presidentes e líderes de partidos aliados e de oposição. "Não há renúncia. O Renan tirou licença", disse ele aos senadores, que estranharam a colocação, já que todos estavam discutindo a agenda de votações do Senado, a convite do presidente interino.
Um dirigente do PMDB explicou que a frase de Raupp foi uma "lembrança estratégica" aos líderes governistas e de oposição, para funcionar como "um chamado" à negociação. De acordo com ele, Renan está disposto a tirar uma licença maior para contribuir com o governo e o Senado, mas descarta renunciar.
O senador alagoano não transita da licença para a renúncia por ter a certeza de que a oposição não lhe dará trégua no Conselho de Ética. "Eu conversei com Renan e vi que ele está disposto a dar a sua contribuição em duas frentes: na celeridade da apuração das denúncias e na conclusão das votações de interesse do governo, em especial a CPMF", disse Gilvan Borges (PMDB-AP). "A contrapartida é que a base esteja junto dele e o PT feche com ele. Como a oposição deu sinal de que os ataques não param, ele colabora e o governo o ajuda".
Escórcio
Acusado de espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB) a mando de Renan, Francisco Escórcio se encontrou ontem, por duas vezes, com o ex-chefe. Demitido do cargo de assessor da Presidência do Senado, Escórcio esteve na residência oficial, na Península dos Ministros, para um encontro reservado com Renan.
Escórcio disse que estranhou o fato de ter sido demitido do cargo, apesar da declaração de Renan de que seria apenas afastado por um período determinado. Ele afirmou que foi agradecer ao presidente licenciado do Senado pelo tratamento recebido enquanto trabalhou na presidência da Casa.
O ex-assessor relatou que o senador "está bem, não está abatido". Sobre a denúncia de espionagem, declarou: "Essa história toda foi uma armação que fizeram contra mim e contra o Renan. Vou provar, no Conselho de Ética, o motivo que me levou a Goiânia. Ninguém me ouviu, não me perguntaram nada. E não fui bisbilhotar a vida de ninguém. Fui a Goiânia por dois motivos: uma reunião com um advogado particular e um processo de coligação política no Maranhão".
Fonte: Tribuna da Imprensa
Tudo para facilitar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Renan quer, em contrapartida, a bancada do PT alinhada na sua defesa. A idéia é evitar qualquer movimento que tumultue o ambiente político do Senado, para garantir condições favoráveis ao governo na negociação da CPMF.
Nesse contexto, não foi casual a frase solta que o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), deixou escapulir ontem diante dos presidentes e líderes de partidos aliados e de oposição. "Não há renúncia. O Renan tirou licença", disse ele aos senadores, que estranharam a colocação, já que todos estavam discutindo a agenda de votações do Senado, a convite do presidente interino.
Um dirigente do PMDB explicou que a frase de Raupp foi uma "lembrança estratégica" aos líderes governistas e de oposição, para funcionar como "um chamado" à negociação. De acordo com ele, Renan está disposto a tirar uma licença maior para contribuir com o governo e o Senado, mas descarta renunciar.
O senador alagoano não transita da licença para a renúncia por ter a certeza de que a oposição não lhe dará trégua no Conselho de Ética. "Eu conversei com Renan e vi que ele está disposto a dar a sua contribuição em duas frentes: na celeridade da apuração das denúncias e na conclusão das votações de interesse do governo, em especial a CPMF", disse Gilvan Borges (PMDB-AP). "A contrapartida é que a base esteja junto dele e o PT feche com ele. Como a oposição deu sinal de que os ataques não param, ele colabora e o governo o ajuda".
Escórcio
Acusado de espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB) a mando de Renan, Francisco Escórcio se encontrou ontem, por duas vezes, com o ex-chefe. Demitido do cargo de assessor da Presidência do Senado, Escórcio esteve na residência oficial, na Península dos Ministros, para um encontro reservado com Renan.
Escórcio disse que estranhou o fato de ter sido demitido do cargo, apesar da declaração de Renan de que seria apenas afastado por um período determinado. Ele afirmou que foi agradecer ao presidente licenciado do Senado pelo tratamento recebido enquanto trabalhou na presidência da Casa.
O ex-assessor relatou que o senador "está bem, não está abatido". Sobre a denúncia de espionagem, declarou: "Essa história toda foi uma armação que fizeram contra mim e contra o Renan. Vou provar, no Conselho de Ética, o motivo que me levou a Goiânia. Ninguém me ouviu, não me perguntaram nada. E não fui bisbilhotar a vida de ninguém. Fui a Goiânia por dois motivos: uma reunião com um advogado particular e um processo de coligação política no Maranhão".
Fonte: Tribuna da Imprensa
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