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quarta-feira, outubro 17, 2007

Presos policiais envolvidos com jogo do bicho

CUIABÁ - Uma quadrilha foi presa ontem, em Mato Grosso, acusada de operar o jogo do bicho no estado. Dois delegados da Polícia Civil, seis policiais _ quatro militares e dois civis _, além de empresários, foram presos por policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). Ao todo, 17 pessoas foram detidas, acusadas de corrupção e formação de quadrilha. Novas prisões serão decretadas, segundo o Ministério Público.
A quadrilha era chefiada de dentro do presídio de segurança máxima Pascoal Ramos, em Cuiabá, pelo bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, 58 anos. O bicheiro foi transferido ontem para o presídio federal de Campo Grande (MS). Os indícios de envolvimento de delegados e policiais com o crime organizado e o jogo do bicho, até então desarticulado no estado desde dezembro de 2002, são as escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e apreensão de documentos, segundo o promotor Mauro Zaque e a procuradora de Justiça, Eliane Maranhão, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Um dos presos, Giovani Zem Rodrigues, genro do bicheiro, era o braço-direito da quadrilha para atuar em cidades como Cuiabá, Várzea Grande e no norte do estado. Os contatos para manter os jogos de contravenção, propinas e subornos, ocorriam durante visitas ao presídio com as ordens de Arcanjo. Do grupo preso, dois policiais, Basílio Monteiro de Oliveira e Robson Bernardino da Silva, faziam parte do Bope. “Não podemos permitir que o Estado possa atuar de forma criminosa ao invés de combater o crime”, disse Zaque.
As ligações telefônicas confirmam o pagamento de propina feito por Arcanjo Ribeiro para não reprimir o jogo do bicho no estado. Os valores pagos a policiais e delegados seriam em média de R$1,5 mil por mês, segundo investigação do Ministério Público, para evitar prisões e liberar veículos apreendidos.
Um dos delegados presos acusados de receber propina, Richard Damasceno, disse que é vítima dos grupos que disputam o jogo do bicho no estado. A delegada Helena Heloíse Miranda evitou a imprensa. Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública informou que a prisão dos delegados e policiais é uma decisão do governo estadual para “adotar medidas firmes para que prevaleça o interesse público e o fortalecimento das instituições policiais”. Diz ainda que as polícias Civil e Militar têm “a determinação de agir com rigor contra o crime organizado fazendo prevalecer o interesse da população”.
Os advogados do bicheiro não quiseram comentar a ação do Ministério Público para combater o crime organizado no estado. Preso em Montevidéu em 11 de abril de 2003, por falsificação de documentos, Arcanjo foi deportado para o Brasil em março do ano passado. Já foi condenado a 49 anos de prisão em Mato Grosso e ainda responde a processos por crime organizado, formação de quadrilha, homicídios, lavagem de dinheiro, contrabando e evasão de divisas.
Ao todo, o bicheiro cujo patrimônio é avaliado em R$ 2,4 bilhões, responde a 18 processos na Justiça federal e 51 na Justiça estadual. Na lista de crimes consta o assassinato do jornalista Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, em 30 setembro de 2002. (AE)
Fonte: Correio da Bahia

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