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quarta-feira, outubro 17, 2007

Renan negocia posto no Senado

BRASÍLIA - Ameaçado de cassação e decidido a salvar o seu mandato, o presidente licenciado do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), já está negociando a sua cadeira com o governo, o PT e o próprio PMDB. Ele indicou para o Planalto que, a depender do desdobramento de seus quatro processos no Conselho de Ética, está disposto a renovar a licença de 45 dias, de forma a permitir que o vice, Tião Viana (PT-AC), fique no posto de presidente do Senado até o fim do ano.
Tudo para facilitar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Renan quer, em contrapartida, a bancada do PT alinhada na sua defesa. A idéia é evitar qualquer movimento que tumultue o ambiente político do Senado, para garantir condições favoráveis ao governo na negociação da CPMF.
Nesse contexto, não foi casual a frase solta que o líder do PMDB, Valdir Raupp (RO), deixou escapulir ontem diante dos presidentes e líderes de partidos aliados e de oposição. "Não há renúncia. O Renan tirou licença", disse ele aos senadores, que estranharam a colocação, já que todos estavam discutindo a agenda de votações do Senado, a convite do presidente interino.
Um dirigente do PMDB explicou que a frase de Raupp foi uma "lembrança estratégica" aos líderes governistas e de oposição, para funcionar como "um chamado" à negociação. De acordo com ele, Renan está disposto a tirar uma licença maior para contribuir com o governo e o Senado, mas descarta renunciar.
O senador alagoano não transita da licença para a renúncia por ter a certeza de que a oposição não lhe dará trégua no Conselho de Ética. "Eu conversei com Renan e vi que ele está disposto a dar a sua contribuição em duas frentes: na celeridade da apuração das denúncias e na conclusão das votações de interesse do governo, em especial a CPMF", disse Gilvan Borges (PMDB-AP). "A contrapartida é que a base esteja junto dele e o PT feche com ele. Como a oposição deu sinal de que os ataques não param, ele colabora e o governo o ajuda".
Escórcio
Acusado de espionar os senadores goianos Demóstenes Torres (DEM) e Marconi Perillo (PSDB) a mando de Renan, Francisco Escórcio se encontrou ontem, por duas vezes, com o ex-chefe. Demitido do cargo de assessor da Presidência do Senado, Escórcio esteve na residência oficial, na Península dos Ministros, para um encontro reservado com Renan.
Escórcio disse que estranhou o fato de ter sido demitido do cargo, apesar da declaração de Renan de que seria apenas afastado por um período determinado. Ele afirmou que foi agradecer ao presidente licenciado do Senado pelo tratamento recebido enquanto trabalhou na presidência da Casa.
O ex-assessor relatou que o senador "está bem, não está abatido". Sobre a denúncia de espionagem, declarou: "Essa história toda foi uma armação que fizeram contra mim e contra o Renan. Vou provar, no Conselho de Ética, o motivo que me levou a Goiânia. Ninguém me ouviu, não me perguntaram nada. E não fui bisbilhotar a vida de ninguém. Fui a Goiânia por dois motivos: uma reunião com um advogado particular e um processo de coligação política no Maranhão".
Fonte: Tribuna da Imprensa

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