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quarta-feira, outubro 17, 2007

Fechar o Congresso, N-Ã-O

Por: Helio Fernnades

Melhorar a representatividade, S-I-M
É impossível comparar a competência, a eficiência, a influência e como conseqüência a popularidade dos diversos Congressos em 118 anos de República. O sistema político implantado com a derrubada do Império foi bastante deficiente. E a representatividade teve falhas gritantes.A República foi uma traição ao imperador e ao povo, e portanto não podia ser o que tanto se esperava. Saldanha Marinho, uma das grandes figuras da época, durante 29 anos diretor do jornal diário "A República", ao ser preso, em 3 de novembro de 1891, deixou a frase que era um lamento: "Esta realmente não é a República dos nossos sonhos". Naquela dia 3, Deodoro fechava o Congresso, prendia centenas de pessoas, não tinha o menor compromisso com a República.Aristides Lobo, grande jornalista, ministro da Justiça e republicano desde os grandes momentos de luta, afirmou para o Jornal do Commercio (então o maior jornal brasileiro), logo no dia 16: "O povo não soube de nada, a República chegou ao Poder sem povo e sem voto".Como ditador, Deodoro só durou 20 dias. No dia 23 de novembro ainda de 1891, foi derrubado por Floriano. Este reabriu o Congresso, mas violou e violentou a Constituição. Teria que convocar eleições em 30 dias, ficou os 4 anos, i-n-c-o-n-s-t-i-t-u-c-i-o-n-a-l-m-e-n-t-e. E como Rui Barbosa anunciasse que iria pedir ao Supremo que tirasse Floriano do Poder, este mandou prendê-lo. Rui se exilou, Floriano governou com o Congresso aberto, mas foi um ditador.Consolidada a República pela intuição e clarividência de Prudente de Moraes, vieram as eleições, mas inteiramente falsificadas. Todos, com exceção do presidente da República, precisavam ser RATIFICADOS por uma comissão designada pelo Executivo. Em diversos estados existiam 2 governadores, um que ganhara a eleição, outro que fora RATIFICADO pelos que dominavam o Poder.Em 1896 aconteceu o máximo em matéria de indignidade eleitoral. Eleito senador, Rui Barbosa não foi RATIFICADO por causa da influência de J.J. Seabra e de Manuel Vitorino (vice de Prudente), que tinham medo de Rui. Este só tomou posse por causa da bravura e do espírito público do governador Luiz Viana (o pai, o pai). Este gritou que não podiam cassar o maior brasileiro vivo, acabou vencendo.O Congresso funcionou, mas não representava ninguém nem coisa alguma, desculpem o lugar-comum, era "uma colcha de retalhos". Os eleitos não tomavam posse, os que legislavam eram os RATIFICADOS e subservientes.Não quero contar a verdadeira História do Brasil (devia), e sim mostrar como o Congresso pode e deve se reabilitar. Para isso tem que ficar aberto, mas sendo verdadeiramente a representatividade popular. Para isso precisam se aproximar do povo com uma eleição autêntica que surja da vontade popular. Tem que fazer, NÃO FARÃO, a reforma política que o Brasil espera. Com alguns itens indispensáveis.1 - Voto distrital.
2 - Número menor de deputados. Somos 513 numa população de 180 milhões. No outro grande presidencialismo, nos EUA, são 425 para 280 milhões de habitantes.
3 - Mandato menor, de 2 anos, o que aproxima o eleito do eleitor.
4 - Implantado o Voto Distrital, acaba esse indecente cociente eleitoral que elege candidatos com 20 mil votos e derrota outros com 100 mil ou mais.5 - No Senado, mandatos de 6 anos, como estava na Constituição de 1946.
6 - Apenas 2 por estado, idem, idem na mesma Constituição.
7 - Fim do suplente, que só existe no Brasil. O modelo dos EUA é o que mais se aproxima de uma democarcia.8 - Introdução das convenções verdadeiras, e não reuniões tipo "convescote", nas quais se decide sem urna, sem voto, sem povo.
9 - Os Quércias, os Temer, os Jereissatis, os Azeredos e muitos outros decidem discricionariamente.10 - O que é a mesma coisa do que governar sem Congresso, que não é o que eu quero de jeito algum.PS - Quero cada vez mais eleições com mandatos cada vez menores. Quanto mais o povo votar, melhor ele votará. Só se aprende a fazer, fazendo, isso vale para a eleição.
PS 2 - Defendo o mandato de 5 anos para presidente, sem a CORRUPTA reeeleição, comprada por FHC para ele mesmo.
George Tavares
Só ontem li o livro sobre suas grandes defesas junto com Evaristinho. Memoráveis, entendimento perfeito entre eles.
Leonid Hurwicz, russo, 90 anos, ganhou o Prêmio Nobel por causa da teoria na qual desvenda as razões do mercado, e as relações entre compradores e vendedores. Nasceu em plena guerra civil que transformaria a Rússia em União Soviética. Mas o seu prêmio deveria se chamar Nobel da Ternura. A láurea, o 1 milhão e 600 milhões, não vale nada, diante do olhar de carinho e admiração da mulher.
Enquanto ele fala no microfone agradecendo o "Prêmio surpresa", a mulher olha para ele envolvendo-o em tal embevecimento e amor que supera qualquer coisa. Isso depois de 60 anos de casados.
As pesquisas no Brasil devem estar com algum "furo", que produz falta de credibilidade. Constatar que 38 por cento dos brasileiros não gostam de futebol, só se a pesquisa foi feita pelo Dunga.
E dizer ou propagar que em mais de 9 meses sem fazer coisa alguma, apenas viajando, Lula continua com a mesma popularidade de antes ou do que sempre, absurdo. Renan devia usar esses pesquisadores.
O alcaide-factóide-debilóide criticou as medidas provisórias do presidente Lula, dizendo que elas "não são nem urgentes nem relevantes". Eu poderia dizer isso, pois sempre fui contra as MPs.
Onde estava Cesar Maia, quando FHC dizia: "Sem as medidas provisórias não há governabilidade". Eu combatia o presidente que dizia isso, o alcaide apoiava, entusiasmado, o que ele fazia.
FHC não gostou do fato da governadora Ieda Crusius ter ido ao Senado apoiar a luta a favor da CPMF. Ela não gostou do presidente Lula não ter telefonado agradecido. Pelo menos, cavalheirismo.
Dona Ideli Salvatti está sendo combatida em Brasília e em Santa Catarina. Terá duração bastante curta no Senado. Até 2010.
Itamar Franco, senador em 1974 pelo MDB e o único a se reeleger sem trocar de partido, pode ser chamado desde já novamente de senador. Haja o que houver, uma vaga em 2010 é dele.
E Fernando Pimentel é quase invencível candidato à sucessão de Aécio Neves. E com apoio do próprio e de Itamar Franco.
Tião Viana, assumindo a presidência do Senado, entrando satisfeito no possante carro que irá servi-lo, é a expressão exata de um sistema eleitoral em decadência. A representatividade não vale nada, os representantes não representam.
Duas versões, de órgãos jornalísticos (?) ontem.
1 - Sarney declara que não é candidato a presidente do Senado, nem aceita o cargo.
2 - O mesmo Sarney que fez essa afirmação garante desassombradamente: "Só aceitarei indicado pela unanimidade". Juntando as duas afirmações e interpretando: é c-a-n-d-i-d-a-t-í-s-s-i-m-o.
Fazer pesquisa eleitoral para a sucessão de 2010 3 anos antes tem tudo a ver com adivinhação. E tentar chegar a algum resultado apresentando nomes como Tarso Genro, Sérgio Cabral, Marta Suplicy e outros dessa "seleção do Dunga", bestial, pá.
Não quero tratar dessa sucessão com 3 anos de antecedência. Mas não fujo de uma gargalhada (gráfica) quando falam numa chapa Serra-Aécio. Ha! Ha! Ha!
Estou preparando outra reportagem, ouvindo os "prefeitáveis". Marcelo Itagiba me disse: "Helio, como o Sérgio Cabral colocou uma cunha no PMDB, vou à convenção colocar o meu nome, e com chances de ser escolhido".
Sérgio Cabral e José Dirceu se encontraram no Palácio Guanabara para conversar política, ou melhor, a sucessão presidencial. Dirceu já teve cacife alto, perdeu. Cabral nunca teve, portanto não vai perder.
Num filme de Jules Dassin, "Aquele que deve morrer", interessante diálogo. Um maometano diz a um católico: "As duas religiões prevêem destinos diferentes, para pessoas com o mesmo comportamento".
O católico responde: "Acho que nós dois estamos sendo enganados".
Na semana passada, o BC divulgou: "O dólar não virá a menos de 1,80". Não veio mesmo, nos últimos 5 dias. O BC continuou comprando. E todo o movimento de ontem se baseou na decisão de hoje. (Do Copom).
Diretores, produtores, atores, são os mais surpreendidos com o sucesso do filme "Tropa de elite". Duas conclusões sobre o filme.
1 - Deve a repercussão, sem dúvida alguma, à venda fantástica dos DVDs a 10 reais pelos "camelódromos ilegais", uma das irresponsabilidades que o filme tenta combater.
2 - Por causa dessa venda extraordinária, o filme que é total sucesso de crítica não foi sucesso de bilheteria. Como quase "todo mundo" já vira "Tropa de elite", faltou público para assisti-lo no cinema.
Fui ver duas vezes. (Queria escrever sobre o filme, e a narrativa não estava muito boa). Voltei ao cinema, puro esclarecimento.
Na primeira vez eram 15 espectadores comigo. Na segunda, apenas 6.
Agora aumentou a discussão sobre o conteúdo do filme. Ele defende a tortura, ou apenas mostra o que existe, para combater?
Já disse antes de qualquer outro repórter que a tortura marca o filme. José Padilha diz que não, acredito nele.
XXX
Agnaldo Timóteo fez 71 anos, cumprimentadíssimo de todas as partes do Brasil. Foi deputado pelo Estado do Rio com 600 mil votos, é vereador por SP, não precisou fazer campanha. XXX É o mesmo cantor de voz poderosa, que os anos não diminuem de intensidade. Em 1974, na Copa do Mundo da Alemanha, Timóteo parava tudo quando começava a cantar. As noites eram marcadas pela presença ou ausência dele.
XXX
O artigo do jornalista Reinaldo Azevedo, além de preciosidades da palavra escrita, tem uma frase, longa, mas que deveria ser lida, divulgada e meditada. "Na democracia, o direito à divergência não alcança as regras do jogo. Um democrata, em nome dos seus princípios, não deve conceder a seus inimigos licença, que estes, em nome dos deles, a ele não concederiam se chegassem ao Poder".
É para colocar num quadro. Sem moldura, só o texto.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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