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quarta-feira, março 08, 2023

Número de demissões no Brasil supera o total de admissões no mercado de trabalho


Charge do Duke (dukechargista.com.br

Pedro do Coutto

Na edição de segunda-feira do Estado de S. Paulo, Luiz Guilherme Gerbelli publicou reportagem revelando que, em 2022, 6,2 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desligaram-se de seus empregos através de programas de demissão voluntária. A demissão voluntária é uma figura que no fundo nada tem de voluntária. 

Empresas, sobretudo estatais, a exemplo de Petrobras e Eletrobras, recorrem a esse sistema buscando reduzir o que consideram um passivo trabalhista, mas que no fundo visa em muitos casos facilitar a privatização de subsidiárias, diminuindo os seus custos operacionais. Luis Guilherme Gerbelli, com base no Caged e numa análise da LCA Consultoria, revela que 6,8 milhões de pessoas representaram um terço das demissões em todo o país no ano passado. Portanto, verifica-se que o número dos que perderam postos de trabalho foi de cerca de 20 milhões de homens e mulheres.

CONFRONTO – A matéria serve de exemplo como base de análise do panorama geral do emprego no Brasil, sinalizando logicamente que o problema das admissões e das demissões precisa ser analisado na base de um confronto de números. Isso porque divulgar apenas a retomada de postos de trabalho não é suficiente para que se avalie ampla e concretamente a situação da força de trabalho no país.

Como na vida tudo é relativo, a percepção verdadeira do movimento de emprego também se inclui nessa lógica elementar. É preciso comparar as partes porque os números finais vão explicar com nitidez o que na verdade ocorre não só no setor fundamental do trabalho humano, mas em todas as atividades e questões econômicas.

DÍVIDAS –  O ministro Fernando Haddad anunciou um programa no qual serão aplicados R$ 50 bilhões para reduzir as dívidas de 37 milhões de pessoas que se encontram inadimplentes no sistema financeiro. A reportagem, O Globo de ontem, é de Elaine Oliveira e Manuel Ventura. Haddad acentua que os credores, principalmente os cartões de crédito, deverão ingressar no programa aceitando uma redução substancial nos juros cobrados.

O limite das dívidas que poderão ser diminuídas por esse programa é de R$ 5 mil. É a única forma que o governo reconheceu tacitamente que o grave problema possa ser resolvido ou atenuado substancialmente, sobretudo no setor de crédito em que os juros anuais atravessam a estratosfera ao se fixarem em até 401% ao ano, reflexo da situação social brasileira e consequência principalmente do desemprego ser alto, a informalidade também no mercado de trabalho e os salários perderem para a inflação real do país.

O ponto sensível encontra-se nesta questão fundamental e também na propaganda cada vez maior dos próprios bancos oferecendo acesso fácil aos cartões de crédito. Os cartões de crédito são importantes, sem dúvida. Mas também trazem consigo uma forte dose de ilusão, já que ninguém pode pagar na realidade de forma constante os juros cobrados sobre os atrasos de pagamentos mensais.

CASO JUSCELINO –  A reportagem é de Jeniffer Gularte, Sérgio Rôxo e Guilherme Caetano desta terça-feira, destacando a solução final ou ainda parcial adotada pelo presidente Lula da Silva em relação à permanência do ministro Juscelino Filho no Ministério das Comunicações. Mostrou a fragilidade do governo no esforço para assegurar maioria parlamentar no Congresso ao lado do fisiologismo da União Brasil em conjunto com outras legendas.

Afinal, surgem duas coisas. Primeiro, o não conhecimento do próprio ministro sobre o campo das comunicações no país e no mundo. Segundo, o temor do governo de perder a maioria parlamentar ou reduzir o seu bloco na Câmara e no Senado, daí porque alimenta pressões políticas descabidas. O ministro ultrapassou limites. Tanto que devolveu diárias recebidas por recente viagem a São Paulo.

AGRADECIMENTO COM EMOÇÃO –  O editor deste site, Carlos Newton, informou sobre o meu aniversário de nº 89. Muitos leitores me cumprimentaram e desejo agradecer até com emoção essas lembranças. O jornalista sente-se recompensado pelo seu trabalho, na opinião e nas palavras dos leitores e leitoras.

Agradeço muito e seguirei em frente sempre na mesma linha, esperando também a convergência dos que lêem e acompanham esse site de grande importância para o pensamento sobre os fatos que ocorrem no Brasil. Assinalo também a força da verdade e sua influência no comportamento humano. A força da verdade é o melhor instrumento de combate à desinformação. Muito obrigado a todas as manifestações.

Pedro do Coutto

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