Publicado em 3 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet
Felipe Frazão
Estadão
No primeiro dia do governo Luiz Inácio Lula da Silva, 1.204 servidores que desempenhavam funções de confiança na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro foram exonerados. A informação foi confirmada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O petista disse ainda que há mais exonerações a serem publicadas nos próximos dias.
A equipe do ministro nega, no entanto, que a máquina pública será paralisada. Segundo secretários da Casa Civil envolvidos na organização da estrutura ministerial, as exonerações foram concentradas nos cargos mais altos dos ministérios e da Presidência, todos comissionados.
DAS 5 OU 6 – “São cargos mais altos, comissionados, sejam servidores concursados ou não. Todos ocupavam direção e assessoramento (DAS) 5 ou 6. Isso não paralisa nenhuma área, tudo continua trabalhando normalmente”, disse Marcus Cavalcanti, que organizou a reestruturação dos cargos no governo, e assumiu a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Ao longo da transição, Rui Costa rejeitou a ideia de que promoveria uma “desbolsonarização” do governo, com ampla demissão de funcionários, com recorte ideológico.
Quando assumiu em 2019, a equipe ministerial do ex-presidente Jair Bolsonaro, representada por Onyx Lorenzoni, então ministro da Casa Civil, prometia “despetizar” a máquina federal. Algumas demissões de centenas de funcionários, porém, provocaram problemas e chegaram até a ser revertidas por alguns dias.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em países subdesenvolvidos como o Brasil, esta prática é usual. Em nações mais desenvolvidas, a máquina estatal é profissionalizada e não existe esse festival de nomeações e demissões. Devido a essa profissionalização, a Bélgica recentemente ficou sem governante por 650 dias, o país não parou, tudo continuou na completa normalidade. Mas o Brasil funciona ao contrário e aqui tudo é motivo para crises. (C.N.)