Victor Fuzeira
Metrópoles
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que parlamentares que tenham incentivado os atos terroristas do último dia 8 sejam punidos, mas saiu em defesa de três deputados eleitos que apoiaram as invasões. Além disso, ele evitou falar sobre uma possível responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): ‘Meu CPF é um, o CPF dele é outro”, argumentou.
Lira se reuniu, nesta segunda-feira (16/1), com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para entregar uma notícia-crime com informações sobre os atos de depredação registrados no Congresso Nacional, em 8 de janeiro.
SEM EVIDÊNCIAS – O chefe da Câmara disse que conversou com Nikolas Ferreira (PL-MG), Clarissa Tércio (PP-PE) e André Fernandes (PL-CE) e que não viu evidências até o momento contra os três parlamentares.
“Não vi nenhum ato que corroborasse com o inquérito. Inclusive, ao que está posto, tem postagem de 6 meses anteriores ao fato. Se tiverem responsabilidade, todos vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentido dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara sofreu no seu prédio”, afirmou.
Lira também foi questionado sobre o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na incitação aos atos antidemocráticos, promovidos por apoiadores do ex-mandatário. “Cada um responde pelo o que faz. O meu CPF é um, o CPF de Bolsonaro é outro. Temos que ter calma neste momento, investigar todos os aspectos. E nossa fala não muda. Todos que praticaram e contribuíram com esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, disse.
“CUMPRA SEU PAPEL” – A notícia-crime entregue por Lira ao procurador Augusto Aras diz respeito aos prejuízos registrados na Câmara dos Deputados e no Senado Federal durante a invasão dos terroristas em manifestação antidemocrática. Na ocasião, os invasores depredaram obras de arte e peças históricas que estavam no Parlamento.
Aras disse a Lira que o Ministério Público Federal (MPF) irá tomar “todas as medidas cabíveis junto às autoridades judiciais para apurar e punir os responsáveis pelos atos e, sobretudo, para impedir que fatos como os registrados no dia 8 de janeiro jamais voltem a ocorrer no país”.
“Até a próxima sexta-feira, faremos o mesmo em relação ao material entregue pela Câmara dos Deputados”, prosseguiu o PGR. Segundo Aras, caso não seja possível apresentar uma denúncia de imediato, haverá abertura e instauração de inquéritos para apurar a responsabilidade dos suspeitos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Aras sabe prestar serviços no mau sentido, porque é um servil. Agora, tornou-se ex-bolsonarista e fará tudo o que puder para agradar os petistas. E vida que segue, diria nosso amigo João Saldanha. (C.N.)