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terça-feira, janeiro 10, 2023

“Impunidade é a semente de novas violações”, diz pesquisadora, sobre “crimes” na pandemia

Publicado em 10 de janeiro de 2023 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Newton Silva (Arquivo Google)

Deu no g1

Durante a posse do presidente Lula no último domingo (1º), a multidão que acompanhava a cerimônia da Praça dos Três Poderes, em Brasília, fez coro com as palavras de ordem: “Sem anistia”. Pouco antes, no seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula enfatizara que haverá apuração e punição dos delitos cometidos na gestão do governo Bolsonaro durante a pandemia.

Esta fala de Lula colocou em evidência as violações atribuídas ao ex-presidente – somente no relatório final da CPI são 9 – e também a omissão em iniciar qualquer investigação pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

DIZ A PESQUISADORA – Em conversa com Natuza Nery, a professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, Deisy Ventura, entende que é preciso responsabilizar os crimes cometidos durante o governo anterior, especialmente durante a pandemia. A pesquisadora coordenou um estudo que analisou mais de 3 mil normas relacionadas à Covid-19 baixadas pela gestão Bolsonaro.

“Não é possível que um governo democraticamente eleito dissemine uma doença grave, espalhe notícias falsas, aja contra os governadores, contra os prefeitos, contra a sociedade civil, contra as universidades e contra a ciência. É um momento importante na história do nosso país em que precisamos de fato responsabilizar quem cometeu esses crimes para que nunca mais aconteça”, afirmou.

Para Deisy Ventura, “a impunidade é a semente das novas violações”, e o Brasil não deve repetir a política de anistia que marcou o fim da ditadura militar.

PERDÕES INDEVIDOS – “É chocante observar na nossa história como se fala de perdão quando ninguém pede desculpas e quando quem perdoa não é a pessoa que sofreu a violação. Essa tradição precisa ser rompida”, avalia a professora.

“Temos um péssimo exemplo das graves violações de direitos humanos que foram cometidas durante a ditadura militar”, lembra Deisy Ventura, acrescentando:

“A partir de uma decisão muito equivocada, o Supremo Tribunal Federal acabou fazendo a interpretação da lei de anistia que engavetou a ampla maioria dos processos que precisavam ser feitos em relação a esse período”, conclui.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A prestigiada professora da USP tem toda razão. Não se pode conceder perdão quando se tratar de crimes contra a sociedade. E realmente a atual impunidade é uma chaga aberta no Brasil, único país da ONU que não prende criminosos após condenação em segunda instância, um situação vergonhosa que é preciso denunciar sempre. (C.N.)

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