Segunda-Feira, 23/01/2023 - 17h25
Por Redação
Na audiência de custódia, no dia 14 de janeiro, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que "jamais questionou o resultado das eleições" e que não faz parte da "guerra ideológica" instalada no Brasil.
"O Ministério de Justiça e Segurança Pública foi o primeiro ministério a entregar os relatórios da transição. Eu jamais questionei resultado de eleição, não tem uma manifestação minha nesse sentido, eu fui o primeiro ministro a entregar os relatórios", afirmou.
A prisão de Torres foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e se deu em razão dos atos praticados por bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Apesar de ser Secretário de Segurança Pública do DF, o ex-ministro estava em viagem aos EUA quando os atentados ocorreram.
Na casa de Torres, a PF encontrou uma minuta com teor golpista, que visava instaurar estado de defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda na audiência de custódia, o ex-secretário de Segurança Pública do DF disse que recebeu a notícia de que seria preso como "um tiro de canhão no peito" e afirmou não ter relação com as depredações.
"Isso foi um tiro de canhão no meu peito, no segundo dia de férias, acontece esse crime horrendo em Brasília e esse atentado contra o país e eu fui responsabilizado por isso. Eu jamais daria condições de isso ocorrer, eu sou profissional, sou técnico e jamais faria isso."
O ministro Alexandre de Moraes remarcou para o dia 2 de fevereiro, às 10h30, o depoimento do ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Na última quarta-feira (18), ele se manteve em silêncio em seu primeiro depoimento à PF. Anderson está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF.