Publicado em 2 de agosto de 2022 por Tribuna da Internet
Eduardo Barretto e Guilherme Amado
Metropoles
A campanha de Jair Bolsonaro tem planejado papéis bem diferentes para o presidente e seu vice, o general Walter Braga Netto. Em um cenário ideal para a campanha, Bolsonaro se movimentaria para acenar a mulheres e jovens, grupos onde é mais rejeitado.
Também no melhor dos mundos para o comitê, o presidente pararia de incitar a franja bolsonarista radical com declarações de teor golpista.
Nesse caso, o responsável por se engajar com a bolha bolsonarista seria Braga Netto, buscando destacar sua carreira militar e seu posicionamento conservador. Assim, a militância continuaria inflamada e Bolsonaro avançaria em novas fatias do eleitorado.
NA MIRA DO TSE – Atuais e ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm analisado reservadamente uma série de atitudes e decisões de Jair Bolsonaro que violam a Lei Eleitoral.
Entre essas iniciativas em análise, estariam a criação de um novo benefício para caminhoneiros, o pagamento de valores maiores do Auxílio Brasil e do Vale-Gás e a empreitada contra o sistema eleitoral.
Segundo um ex-ministro, caso as medidas fossem tomadas, por exemplo, por um prefeito, o MP Eleitoral e o TSE já teriam sido implacáveis. Mas a inação, admite esse mesmo ex-ministro, tem uma razão política. O TSE sabe que uma cassação do registro de candidatura de Bolsonaro, ao menos nesse estágio do processo eleitoral, daria a ele munição para atacar ainda mais a Justiça Eleitoral.