Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, julho 08, 2022

Em meio à tensão entre PT e PSB, ato no Rio tem vaias e aplausos a Molon e Ceciliano

Publicado em 7 de julho de 2022 por Tribuna da Internet

Em meio a tensão entre PT e PSB, ato pró-Lula no Rio tem vaias e aplausos a Molon e Ceciliano

No Rio, Lula foi saudado por políticos e artistas que o apoiam

Bernardo Mello e Jan Niklas
O Globo

No ápice da crise na aliança entre PT e PSB no Rio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um ato no Centro do Rio nesta quinta-feira que deixou explícita essa divisão: os dois pré-candidatos ao Senado da aliança, o deputado federal Alessandro Molon (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), ouviram vaias e aplausos enquanto discursaram.

O impasse se dá porque o PT não abre mão de indicar o nome ao Senado na chapa que terá o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) como candidato a governador. Molon, por sua vez, insiste na própria candidatura. A situação ganhou novos contornos nesta semana, após Freixo cobrar a desistência do correligionário em nome do cumprimento de um “acordo” e Molon retrucar dizendo que não há possibilidade de abdicar da disputa.

VAIAS E APLAUSOS – Ao ser anunciado, Molon dividiu a militância presente, que reagiu com vaias entre apoiadores de Ceciliano e gritos de apoio e aplausos entre os simpatizantes do pessebista. Ele discursou ao lado do vice-presidente do PSB no Rio, Carlos Minc.

Após falar da importância de eleger Lula e da unidade da esquerda para as eleições, Molon tratou da candidatura ao Senado no Rio. Com críticas ao senador Romário, ele disse que o estado não pode continuar mal representado.

— Precisamos enfrentar e derrotar Cláudio Castro sem conciliação e sem ambiguidades. E precisamos tirar do Senado um senador que nada fez pelo Rio de Janeiro. Quando era jogador de futebol, jogava parado mas fazia gol. Agora, jogar parado no Senado é ser omisso e preguiçoso. O Rio não merece continuar mal representando por Romário — disse Molon.

PETISTAS PROVOCAM – Enquanto o deputado discursava, a militância petista cantava “Molon, eu não me engano, para Senador é Ceciliano”.

— Vamos à vitória na luta pelo Senado. Nós temos apoios de quatro partidos (PSB, PSOL, Rede e Cidadania) e vamos vencer essas eleições — prosseguiu Molon.

Em seguida, Ceciliano foi anunciado ao som de um jingle de campanha com o verso “Já está fechado, é Lula lá André aqui de novo”. Aplaudido pela militância petista, foi vaiado por apoiadores de Molon. Sem mencionar o concorrente, Ceciliano chamou de “covardes” aqueles que deixaram o PT em momentos difíceis. Molon saiu do PT em 2015, em meio às investigações contra integrantes do partido, Lula incluído, na Operação Lava-Jato.

TIPO LINDBERGH – “Quero ser um senador como foi Lindbergh, que não tirou o pé da bola dividida e estava lá em defesa da presidente Dilma Rousseff. Eu nunca saí do Partido dos Trabalhadores, mas os covardes saíram Muitos covardes abandonaram o partido no momento mais difícil”, assinalou Ceciliano.

A disputa é um dos principais imbróglios entre os partidos nas costuras políticas nacionais. O PT e Freixo afirmam que houve um acordo prévio em que Molon deveria retirar sua candidatura, caso o candidato ao governo conseguisse se mostrar competitivo e conseguisse apoio de vários partidos. M

olon, por outro lado, afirma que não ocorreu um “acordo”, mas “conversas iniciais”. Ele garante que não irá retirar a candidatura.

MOLON É PRETERIDO – Preterido até aqui em agendas de Lula neste giro do petista pelo Rio, Molon não subiu ao palco no encontro do petista com representantes do samba e do carnaval, na quarta-feira.

Além disso foi recebido somente por Alckmin para conversas políticas, enquanto Ceciliano e Freixo estiveram em praticamente todas agendas de Lula. O pré-candidato do PSB ao Senado, contudo, reuniu artistas e lideranças de partidos como PSOL e Rede que endossam seu nome contra o de Ceciliano.

Segundo fontes do PT, a palavra final de Lula sobre seu palanque no Rio depende ainda de suas conversas com o prefeito Eduardo Paes (PSD).

Em destaque

PSB quer apoiar Lula disputando a reeleição com Alckmin de vice

Publicado em 15 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Siqueira diz que Alckmin deve ser mantido na chap...

Mais visitadas