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quarta-feira, junho 09, 2021

Se realmente tivesse apoio irrestrito do Exército, Bolsonaro já teria dado um golpe militar


(Rio de Janeiro - RJ, 07/06/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro durante revista às tropas.Foto: Marcos Corrêa/PR

Bolsonaro têm dúvidas sobre o alcance do apoio militar

Carlos Newton

Não há dúvidas sobre os propósitos de Jair Bolsonaro, que se elegeu com um discurso de defesa da moralidade e combate à corrupção. Mas logo ficou comprovado que o intuito era fake, porque toda a família Bolsonaro trafega à margem da lei, envolvida com rachadinhas, milícias e estranhos negócios imobiliários, em que até as ex-mulheres do presidente compram imóveis em dinheiro vivo, num universo de prevaricação, lavagem de dinheiro, fraude e enriquecimento ilícito.

Não é compreensível que as Forças Armadas apoiem a famiglia que está no poder, porque essa linhagem decididamente não representa o estamento militar brasileiro. A meu ver, este é um dogma absoluto, ponto fundamental da realidade política e que pode ser apresentado como certo e indiscutível.

HÁ CONTROVÉRSIAS – É claro que existem militares extremistas, que até defendem crimes contra a Humanidade, como o próprio Bolsonaro e seu vice Hamilton Mourão. Ambos se orgulham se serem admiradores do coronel Brilhante Ustra, responsável direto pela aplicação de tortura e pelo trucidamento de presos políticos, como se a Convenção de Genebra não tivesse o menor significado.

Já na condição de vice-presidente, em 2019 o general Mourão deu entrevista à agência DW, exibida pela televisão alemã, e disse considerar o coronel Ustra um “herói”. Realmente, militares extremistas como Mourão apoiariam qualquer ameaça à democracia intentada por Bolsonaro ou outro político de igual pensamento.

Mas é claro que esses radicais são minoria nas Forças Armadas, não existe consenso a favor de tornar Bolsonaro onipotente, a grande maioria dos militares têm espelho em casa e precisariam dar explicações às famílias e aos amigos.

PREMISSAS VERDADEIRAS – Raciocinando a partir dessas premissas, que são verdadeiras e incontestáveis, pode-se concluir que deve ser praticamente eliminada a possibilidade de um golpe militar com Bolsonaro à frente.

Se realmente contasse com irrestrito apoio militar, Bolsonaro já teria dado um golpe para se perpetuar no poder, igual ao haitiano Papa Doc, e depois colocaria um filho para substituí-lo, tipo Baby Doc, pois não lhes faltam milicianos, no estilo Tonton Macute.

Essas são as circunstâncias políticas de agora, diria o pensador Ortega y Gasset. E podem ser mantidas, a não ser que Lula da Silva vença a eleição e volte ao poder, pois os militares sabem que se trata de um político sem caráter, que comandou o maior esquema de corrupção do mundo e nomeou a amante como assessora direta, realmente não merece voltar à Presidência.

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P.S. 1 
– Não podemos esquecer que esse quadro nebuloso é culpa do Supremo, que de repente resolveu desfazer as condenações de Lula, embora qualquer operador de Direito saiba que ”incompetência territorial” jamais anula decisões judiciais, exceto em caso de processos imobiliários ou que envolvam esse tipo de discussão. Ou seja, o Supremo está podre.

P.S.2 – O assunto é importante, instigante e inquietante. Vamos voltar a ele, com outro enfoque. (C.N.)

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