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sábado, junho 12, 2021

Ministro Gueiroga se equilibra na corda bamba e Bolsonaro está doido para derrubá-lo


Charge do Clayton (O Povo/CE)

Vicente Limogi Netto

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está no dilema da peça de Oduvaldo Viana Filho e Ferreira Gullar: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Caso endosse a maluquice de Bolsonaro contra o uso da máscara pelos vacinados ou curados, está fadado a se desmoralizar e se tornar irmão siamês do ex-ministro Eduardo Pazuello, o serviçal fardado.

Como tem de discordar do atabalhoado presidente, o “tal Queiroga” cai em desgraça e deve ser o quarto da lista. Tem que se equilibrar na corda bamba, sem rede por baixo

500 MIL MORTOS – Triste cenário da quadra brasileira. Estamos à mercê de atitudes desvairadas e irresponsáveis de um chefe da nação que parece torcer para o Brasil alcançar, ainda em junho, o patamar desesperador de 500 mil mortos pela covid-19.

Enquanto isso, na CPI, o  senador Marcos Rogério (DEM-RO), além de esmerado subserviente ao governo Bolsonaro, revela outro torpe desvio de conduta — a falta de educação.

Desesperado, sem argumentos, foi grosseiro e rude com o senador e médico baiano, Otto Alencar, o integrante mais idoso da CPI da covid-19.  Mas Alencar naõ se intimidou e respondeu no tom que a estupidez do transloucado  Rogério merecia. 

MOSTRANDO SERVIÇO – Arrogante e pretensioso, sempre na ânsia de mostrar repugnantes serviços ao Palácio do Planalto,  o enfadonho e empolado senador tem  o patético  costume de desapreciar as decisões do presidente Omar Aziz, do vice-presidente Randolfe Rodrigues  e do relator Renan Calheiros.

Quando mostra-se acuado diante das sandices que defende e não tem mais argumentos, Marcos Rogério tumultua os trabalhos da comissão, com provocações, intromissões e pérfidas ironias, tentando agradar Bolsonaro. 

Outro que deu vexame na CPI foi Angelo Denicoli, militar demitido segunda-feira do cargo de diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS. Por incrível que pareça, no mesmo dia foi contratado para o gabinete da presidência da Petrobras, como gerente-executivo. 
INFORMAÇÃO FALSA – Segundo o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, o bajulador Delicoli notabilizou-se no ministéiro da Saúde por ter publicado em sua conta no Instagram uma informação falsa sobre a hidroxicloroquina, anunciando que uma organização dos EUA aprovara seu uso para tratamento de todos os casos de Covid. Publicou ainda em seu perfil críticas à OMS.
Agora , aparece nomeado para a Petrobras no mesmo dia em que foi demitido no Ministério da Saúde, numa velocidade inacreditável, foi a nomeação mais rápida da História Universal.
A Petrobras  tem Código de Ética. Será que vai examinar quem é esse novo gerente-executivo? A nomeação-relâmpago mancha a marca Petrobras que vinha se recuperando de repetidos escândalos.

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