Pelo segundo ano consecutivo, o Hospital Geral do Estado (HGE) ocupa o primeiro lugar no país em número de cirurgias de face. Em 2020, o HGE realizou 597 procedimentos, através do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial. Em todo o país, 442 unidades hospitalares públicas ofertam esse tipo de procedimento.
O HGE dispõe de uma equipe com oito cirurgiões bucomaxilo, além de residentes e internos. Segundo o coordenador do Serviço, o cirurgião Samário Maranhão, as cirurgias mais frequentes são para correção de fraturas de mandíbula. Em média, são feitas cerca de 20 cirurgias por semana, inclusive de pacientes encaminhados, via regulação, de municípios do interior do estado.
O vice-coordenador do Serviço, Ravy Carvalho, acrescenta que o atendimento ocorre durante toda a semana, 24 horas por dia, e acrescenta que os resultados satisfatórios são possíveis em função do empenho da direção do hospital, que investe na estruturação e no provimento dos recursos necessários às cirurgias.
O cirurgião Samário Maranhão explica que os pacientes que dão entrada na emergência do HGE e necessitam de cirurgia bucomaxicilofacial recebem os primeiros atendimentos e, dentro das primeiras 48 a 72 horas, são submetidos à cirurgia. Cerca de 90% dos pacientes recebem alta 48 horas após o procedimento cirúrgico e são acompanhados, em ambulatório, uma vez por semana, até a alta definitiva, que ocorre entre três e seis meses após a cirurgia.
De acordo com Samário Maranhão, a maior parte dos pacientes submetidos à cirurgia bucomaxicilofacial é de vítimas de acidentes de veículos, incluindo motocicletas, seguidas de agressão física e acidentes por arma de fogo. “No caso de acidentes com motos, são atendidos pelo menos seis casos por semana, a grande maioria vindos do interior”, revela o cirurgião, acrescentando que esses tipos de traumas, além de causar comprometimentos estéticos, podem causar também problemas de saúde, como dificuldade de respirar, mastigar, enxergar, dentre outros.
O coordenador do Serviço de Cirurgia Bucomaxicilofacial do HGE lembra que a assistência a esse tipo de trauma foi iniciada em 2008, na emergência da unidade, onde só eram feitos os primeiros procedimentos. Em seguida, os pacientes eram encaminhados para outras unidades, a fim de serem submetidos às cirurgias necessárias. A partir do ano seguinte – 2009 -, com a realização de concurso público e o preenchimento de vagas para a especialidade na rede pública estadual, o serviço foi estruturado e hoje alcança reconhecimento a nível nacional.
Bahia Notícias