Pedro do Coutto
Na edição da Folha desta quarta-feira, o jornal publica reportagem de Guiherme Botacini, destacando a parceria celebrada com a empresa Google para preservar 2 milhões e 500 mil fotografias que se tornaram testemunhas do tempo. O acordo não se esgota no passado, mas inclui o presente e o futuro que se incorporam à história universal.
A invenção da fotografia ocorreu em 1826 e o cinema que veio depois dela projetou-se nas telas em 1895, tendo como pioneiros dois franceses, os irmãos Lumière. No início do século XX o cinema americano surgiu.
As fotos e os filmes, assim, representam uma participação democrática e cultural, numa perspectiva aberta a partir daí para os bilhões de seres humanos de todos os tempos, inclusive a partir do dia de ontem com a cerimônia de posse do presidente Joe Biden, cujas as imagens vão ficar para sempre.
PASSADO E FUTURO – Muito importante esse museu fotográfico que inclui tanto o presente como o passado dos fatos. E não se pode esquecer o efeito futuro do banco de imagens que acaba de ser criado.
Antes da fotografia, as memórias visuais do tempo nos foram legadas pela pintura. Portanto, reside aí mais um exemplo concreto entre o relato e a imagem a partir do presente.
E eis aí uma diferença entre o relato e o registro, colocação feita pelo filósofo canadense Marshall McLuhan, que revolucionou o mundo com suas teses sobre o meio e mensagem.
MOURÃO E PAZUELLO – Matéria de André de Souza, O Globo, revela que o vice-presidente Hamilton Mourão fez uma defesa meia bomba da atuação de Eduardo Pazuello no ministério da Saúde. Mourão disse que a atuação do general da Logística possui pontos a favor e outros contra. “Qualquer militar – frisou – sempre é visto como representante do Exército, Marinha ou Aeronáutica”.
Para o vice-presidente tal fato representa a ligação do militar com sua origem. Na minha opinião, porém, o comentário de Mourão reclamando das “pressões enfraqueceu” ainda mais a posição do ministro da Saúde.
FRETE DE AVIÕES – No meio da Pandemia surgem sempre aumento de preços. Foi o que ocorreu agora com o fretamento de aviões para transportar atingidos pela Covid-19 do Amazonas e do Pará para São Paulo. O presidente da Umimed Manaus, Sérgio Ferreira Filho, informou que o preço elevou-se de 120 mil para 180 mil reais.
Esse aumento de preço recai em cima dos planos de saúde que são responsáveis pelos casos de internação. Assim é a vida, oferta e procura estão sempre presentes nos fatos do dia a dia. A matéria é de Bruna Narcizo, na Folha.
FILA NO INSS – Mais uma prova do desastre administrativo que envolve INSS e sufoca aqueles que aguardam um despacho da Previdência Social. As repórteres Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, Estadão de ontem, revelaram que o tempo médio para analisar a concessão de aposentadorias e pensões está demorando apenas 66 dias.
Mas o fato é que ao longo dos últimos dezessete meses os pedidos de aposentadoria e pensão atingiram o acumulado de 1 milhão e 700 mil processos. Quer dizer: que a fila cada vez torna-se maior, criando problemas graves para os segurados e também para as empresas que os empregam.