Baiano esta na lista de 77 jornalistas e influenciadores monitorados pelo Governo Bolsonaro
Uma empresa de comunicação contratada pelo governo federal orienta como o órgão deveria lidar com um grupo de 77 jornalistas e “outros formadores de opinião” considerados influenciadores em redes sociais. A medida a ser tomada varia: “o monitoramento preventivo das publicações da influenciadora”, o “envio de esclarecimentos para eventuais equívocos que ele publicar” ou mesmo “propor parceria para divulgar ações da Pasta”.
O acompanhamento do que é publicado sobre determinado órgão ou autoridade é, em si, uma prática corriqueira, mas o relatório revela e leva ao governo as impressões sobre esses profissionais. O levantamento intitulado “Mapa de influenciadores”, que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, foi produzido pela BR+ Comunicação.
Ela, conforme informações publicadas pelo site UOL, tem um contrato com o MCTIC (Ciência e Tecnologia) que é aproveitado pelo ME por meio de um Termo de Execução Descentralizada de junho de 2020, no valor total de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação.
Feito em arquivo Excel, o relatório separou os 77 “influenciadores” em três grupos: os “detratores” do governo Bolsonaro, do ME e/ou do ministro Paulo Guedes (não fica claro quem dos três, no entender do relatório, o profissional estaria “detratando”), os “neutros informativos” e os “favoráveis”.
Entre os supostos “detratores” estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Claudio Dantas, Luis Nassif, Márcia Denser, Rachel Sheherazade, Luís Augusto Simon, além dos professores universitários Silvio Almeida, Marco Antonio Villa, entre outros.
Na lista de “detratores”, também consta o baiano Flávio VM. Costa, editor do UOL.
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