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quinta-feira, janeiro 22, 2009

0 44º e 1º

O título é porque o 44º Presidente dos Estados Unidos da América do Norte é o seu 1º. Presidente negro.

Em dois momentos no PAN, eu já me manifestei sobre Barak Obama, “Coisa Impensada” e “Barak Obama”, edições de 01.11.2008 e 07.11.2008, respectivamente, voltando agora ao tema depois de sua posse, ocorrida na última terça-feira, 20.01.2009.

Impressionam a candidatura, vitória e posse de Obama pela sua formação étnica multirracial, filho de negro africano e de mãe branca, um afro-americano, num país que até décadas atrás punia com prisão e até morte, em alguns Estados, o casamento entre pessoas brancas e negras.

Barak Obama é um homem fantástico pela sua condição e história. Nas primárias do Partido Democrata competiu com nada mais nada menos com Hilary Clinton, senadora por Nova Iorque e esposa do ex-Presidente Bill Clinton que governou os Estados Unidos por 08 anos e saiu com a maior média de aprovação popular. Na campanha presidencial além do seu carisma e valores pessoais, competiu com candidato identificado com Bush, o Presidente que saiu da Presidência com o menor índice da aprovação popular dentre todos. Um achado.

Barak Obama é carismático, eloqüente e tem um discurso liberal, típico do Partido Democrata.

Condenou a manutenção da prisão de Guantanamo em Cuba e já definiu o prazo de 01 ano para sua extinção, as prisões clandestinas em diversas partes do mundo e a tortura como técnica de investigação, como no Iraque. Contrariamente a Bush que tudo justificativa no interesse da América e combate ao terrorismo, repetidamente, Obama trata dos ideários republicanos e dos fundadores da República Norte-americana. Tem como carro chefe a figura de Lincoln, responsável pela integração norte-sul nos pós Guerra da Secessão.

Obama tem a enfrentar em curtíssimo prazo a grave crise econômico-americana que atingiu o mundo inteiro e já são 11 milhões de norte-americanos desempregados, o isolacionismo do Governo Bush que declinou do dialogo para o uso da força, o conflito palestino-judeu, a Guerra do Afeganistão que será mantida e atritos com vários países, como com a Rússia, pela militarização do espaço (Guerra nas Estrelas), Síria (que apóia os radicais palestinos) e o Irã. A crise do Oriente Médio é dor de cabeça permanente. Israel há poucos dias fez uso excessivo da força e cria embaraços para a criação do Estado Palestino.

O formidável na eleição de Obama é a capacidade de renovação da sociedade norte-americana e põe em prática o slogan de ser um país de oportunidade para todos, somando ao fato de ser o país da Declaração dos Direitos.

Por outro lado, Obama, pelos seus ideários e por ser um negro na Presidência não deixará de ser um Presidente da maior potência econômica e militar que o mundo já conheceu. Terá que defender os interesses norte-americanos e jamais deixará de ser um refém do establishment. Vamos torcer para que não venha sucumbir aos falcões. Como Obama detém uma popularidade que o legitima a tomada de posições, nos aspectos econômicos e sociais deverá de grande valia para a sociedade global.

O grande desafio é debelar a crise econômica. Todas as nações estão estatizando os prejuízos com a liberação de recursos de suas reservas para salvar as empresas, como acontece em relação aos bancos e montadoras. O Presidente Lula foi muito feliz quando disse que foram os americanos os responsáveis pelo “Cassino das Bolsas”. De uma hora para outra todas as empresas entraram de cabeça e pés na especulação financeira deixando os investimentos estáveis da economia real. Deu no que deu.
Não sabemos qual será a política de Obama para a América Latina, especialmente os países do Caribe, mais aproximados. Os Estados Unidos tem visto a América Latina como seu quintal, sem maiores preocupações, sob que pese o discurso Chavista e o nacionalismo de Evo Morales. Os Estados Unidos é o maior importador de produtos brasileiros e o Brasil sempre foi um forte parceiro e ninguém pode desprezar o mercado americano. Os atritos são os incentivos agrícolas aos produtores americanos.

Voltando ao tema, não podemos deixar de expressar a admiração pela vitória de Obama e ascensão social dos negros na sociedade norte-americana. Bem que Luther King no seu discurso mais famoso disse que “eu tenho um sonho”. É uma pena que não tenha sobrevivido para saborear a sua própria construção.

NOTA. No meu último artigo embora me desculpando, deixei de nomear o nome do filho do Dep. Mário Negromonte, provável candidato a Dep. Estadual. É Júnior. UPB. Na eleição da UPB – União dos Municípios da Bahia, para manipular resultados, pretende-se o voto dos ex-prefeitos. O PT ameaça desligar todos os Municípios sob sua administração da entidade. Dois equívocos.

FRASE DA COLUNA. Rousseau (1978: 107): “Quando alguém disser dos negócios do Estado: Que me importa? – pode-se estar certo de que o Estado está perdido”.

Paulo Afonso, 23 de janeiro de 2009.

Fernando Montalvão.
Advogado.

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