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quinta-feira, janeiro 29, 2009

Ford perde US$ 14,6 bilhões em 2008 e deve cortar mais 1.200 empregos

da Folha Online
Atualizada às 11h05
A fabricante americana de veículos Ford Motor anunciou nesta quinta-feira que teve um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado, um aumento expressivo em relação ao de 2007, que encerrou com um prejuízo de US$ 2,72 bilhões. Trata-se do terceiro ano consecutivo de perdas.
Só no quarto trimestre, a perda foi de US$ 5,9 bilhões. Apesar disso, a empresa reiterou que ainda não precisa de ajuda do governo para fechar suas contas.
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A empresa comunicou também que pretende cortar 1.200 empregos em sua divisão Ford Motor Credit e retirar US$ 10,1 bilhões de suas linhas de financiamento, como forma de reforçar seu caixa e evitar pedir ajuda federal. Os cortes, que incluirão também demissões voluntárias, devem começar no próximo mês. O dinheiro das linhas de crédito deve entrar nos registros da Ford no próximo dia 3.
"A Ford e toda a indústria automobilística encararam um declínio extraordinário em todos os principais mercados globais no quarto trimestre e isso claramente teve impacto em nossos resultados", disse o executivo-chefe da empresa, Alan Mulally, em um comunicado. "Continuamos a adotar ações necessárias para reduzir a produção a fim de equilibrá-la com a demanda mundial menor e de reduzir custos."
A Ford é, das três grandes montadoras americanas --as outras são a General Motors (GM) e a Chrysler--, a que vinha mostrando um desempenho mais favorável, tendo aberto mão da ajuda financeira oferecida pelo governo em dezembro.
Ontem, a GM recebeu a segunda parte do empréstimo de US$ 9,4 bilhões concedido pelo governo dos Estados Unidos, segundo documento divulgado no site do departamento do Tesouro. A GM havia embolsado a primeira parte do empréstimo --US$ 4 bilhões-- no dia 31 de dezembro.
No mês passado, o governo americano anunciou uma ajuda de até US$ 17,4 bilhões para o setor automobilístico, tirados do pacote de US$ 700 bilhões aprovado em outubro e destinado inicialmente a resgatar empresas do setor bancário com problemas ligados a papéis "podres" (com alto risco de calote).
Fonte: Folha Online

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