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quinta-feira, novembro 01, 2007

Para Fiesp, falta de gás é uma crise anunciada

SÃO PAULO - A falta do gás natural no mercado, com o acionamento das usinas térmicas, era esperada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), pois o volume que a Petrobras possui para distribuir é inferior à demanda, afirmou o diretor da área de energia da entidade, Luiz Gonzaga Bertelli. "A Petrobras esperava ampliar o seu contrato com a Bolívia, o que não ocorreu, e a produção local de gás natural ainda é insuficiente' diz Bertelli.
A seu ver, o pólo industrial de São Paulo é o mais prejudicado na falta do gás natural, pois 51% do gás da Bolívia vem para cá. Se a Petrobras não fornecer gás para as térmicas em breve voltaremos a ter apagões pelo País".
Segundo Bertelli, o Rio de Janeiro tem hoje 1 milhão de veículos movidos a gás, o que agrava ainda mais o problema. "Lembro que foi feita campanha para o uso do gás natural veicular (GNV), e isto sempre nos preocupou, porque as informações que tínhamos era de que o volume de gás que o País recebe e o reforço local eram insuficientes para um atendimento completo do mercado".
Corte
A Secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Dilma Pena, afirmou que o corte de gás natural promovido pela Petrobras para o atendimento da demanda das térmicas ainda não afetou o Estado. "Mantivemos conversa telefônica com a diretora de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, e nos foi informado que ainda não foi necessário realizar o corte no Estado de São Paulo", contou a secretária, que participou de evento promovido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib) sobre a Nona Rodada Licitações.
Segundo Dilma, foi revelada na conversa com a diretora da Petrobras que a estatal necessita de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia de gás natural para abastecer as termelétricas que integram o termo de compromisso assinado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Desse volume, a Petrobras já possui 800 mil m¦/dia assegurados que não afetam o mercado de São Paulo. De fato, a situação é estressante, mas está sendo gerenciada para que os efeitos sejam minimizados", afirmou.
Potencial do corte paulista é de 400 mil m3/dia
O potencial de corte no Estado de São Paulo é de 400 mil metros cúbicos por dia, o que pode ocorrer a qualquer momento. Ela também contou que foi manifestado, no contato telefônico, o impacto negativo do corte de gás para o Estado de São Paulo. A secretária lembrou que muitas indústrias, como a de cerâmica, foram induzidas a adotar o gás como combustível, por ter um custo mais baixo e ser uma opção ambientalmente mais correta.
"Por conta disso, a diretora Maria das Graças nos garantiu que qualquer corte no fornecimento do Estado será avisado com antecedência pela Petrobras", afirmou. A secretária revelou também a Comgás já vinha negociando com os seus clientes um plano de gestão de demanda e oferta, que permitiria dar suporte a um corte no suprimento de gás da ordem de 600 mil m¦/dia.
Contingência
Pena disse que o plano de contingência no Estado está sendo negociado pela distribuidora e pela CSPE, que regula o serviço de gás canalizado em São Paulo. "Uma questão jurídica complexa é quem arcará com os custos oriundos do corte de gás", apontou Dilma. Na avaliação da secretária, a normalização do abastecimento dependerá do ciclo hidrológico, ou seja, das chuvas que cairão nos próximos meses.
"É importante lembrar que a matriz elétrica brasileira é predominantemente hidrelétrica e estamos começando agora o período de chuvas. Por isso, é importante que se tenha cuidado nas ações que serão tomadas para não prejudicar os consumidores", alertou. Fato negativo dessa toda situação, na visão de Pena, é a perspectiva de uma guerra de liminares para garantir o abastecimento de gás, medida adotada pelo governo estadual do Rio de Janeiro para manter o suprimento para a CEG e CEG-Rio.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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