Clientes terão que disputar lugar e serão atendidos por ordem de chegada
SÃO PAULO - Os passageiros que compraram bilhetes regulares da BRA – empresa que parou de operar no início da semana passada – não terão prioridade de embarque nos vôos da Ocean Air. O presidente da companhia, German Efromovich, informou ontem que o acordo assinado com a BRA só garante a viagem dos clientes que adquiriram pacotes turísticos da PNX Travel, operadora da BRA, cerca de 27 mil pessoas. Segundo ele, além desses, existem mais 43 mil que adquiriram passagens em linhas regulares. “Os passageiros com bilhetes regulares não terão garantia de voar no dia ou hora que quiserem. O acordo só vale para os que têm pacotes”, disse Efromovich.
Todos esses clientes, observou o empresário, terão que disputar um lugar nas outras companhias aéreas, inclusive na Ocean Air, se quiserem voar. E serão atendidos por ordem de chegada nos aeroportos, sem nenhuma garantia de que irão embarcar. Quem ainda tiver dúvidas pode ligar para um número de telefone (11 2144-5319) criado especialmente para atender passageiros da BRA. “Não é nossa responsabilidade (atender bilhetes regulares). Recomendamos que eles (passageiros) cheguem bem cedinho ao aeroporto e entrem na fila de espera”, sugeriu Efromovich, acrescentando que a sua empresa também não se responsabiliza pelos custos de alimentação ou condução caso o passageiro não consiga embarcar. Para o próximo fim de semana prolongado (feriados da Proclamação da República e Consciência Negra), a Ocean Air pretende montar uma “operação de salvamento” semelhante à adotada no último fim de semana, quando utilizou dois Boeings 767 da BRA para atender passageiros com pacotes turísticos.
Efromovich não revelou os custos da “operação”, que transportou 6.182 passageiros, totalizando 121 trechos. Mas, sem muita segurança, disse que a conta será paga pela BRA. “Se ela não pagar, teremos que engolir esse sapo”, disse o empresário, lembrando que o atendimento emergencial dos passageiros foi para atender pedidos do ministro Nelson Jobim (Defesa) e da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). O presidente da Ocean Air negou que houvesse um acordo para a Ocean Air assumir a malha aérea internacional da BRA em troca de transportar os seus passageiros. (AG)
Fonte: Correio da Bahia
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