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sexta-feira, setembro 07, 2007

Preso na Bahia um dos maiores seqüestradores do país

Bandido paulista foi capturado quando saía de uma maternidade com a mulher e o filho recém-nascido


Marcelo Brandão
Acusado de ser um dos líderes da maior quadrilha de seqüestradores do país e respondendo a 35 processos criminais, o bandido paulista Heriesverson Rogério Pins, 29 anos, foi preso quando visitava sua mulher no Hospital Sagrada Família, no bairro do Bonfim, que acabara de dar à luz. Foragido desde setembro do ano passado da Delegacia de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), em São Paulo, de onde saiu inexplicavelmente pela porta da frente, ele estava vivendo como um cidadão comum no bairro de Itapuã.
Com mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Crime da comarca de Ribeirão Preto por extorsão mediante seqüestro, Heriesverson Rogério foi capturado a partir de informações obtidas com a prisão de seu pai, José Pins, em abril deste ano, em São Paulo, no decorrer da “Operação Oeste” da Polícia Federal, junto com mais 30 acusados, entre eles dois agentes da PF. A ação visava desarticular a quadrilha de seqüestradores que atuava desde 1979 em vários estados das regiões Sul e Sudeste do país, mas que tinha sua base no oeste de São Paulo.
Policiais federais baianos estavam investigando Heriesverson Rogério há cerca de quatro meses, depois que receberam informações da superintendência da PF de São Paulo de que ele estava escondido na Bahia. Os agentes tiveram dificuldades para localizá-lo, mas o bandido acabou sendo encontrado quando saía do Hospital Sagrada Família, junto com sua mulher e o filho recém-nascido, por volta das 11h de quarta-feira.
Identidade falsa - Os agentes conduziram a mulher e o bebê à residência do casal e lá encontraram certidões de nascimento e de casamento em nome de José Rodrigues Lima, que o seqüestrador pretenderia usar para retirar uma carteira de identidade falsa no Serviço de Atendimento ao Cidadão, na cidade de Ilhéus. Heriesverson foi conduzido para a sede da PF da Bahia, em Água de Meninos, devendo ser transferido para Ribeirão Preto-SP, de onde foi expedido mandado de prisão.
Ele é acusado de agir com violência contra as pessoas seqüestradas, torturando-as para pressionar parentes e extorquir o dinheiro de resgate. Segundo a polícia, a quadrilha tem várias ramificações, sendo Heriesverson apontado como o líder de um desses grupos. O bando atraía vítimas anunciando a venda de máquinas agrícolas, caminhões e até iates com o valor abaixo do preço de mercado. Quando os interessados se encontravam com os falsos vendedores para concluir a compra, eram feitos reféns.
Empresários e fazendeiros de grande porte eram as vítimas preferidas. Apesar da quadrilha atuar desde 1979, tendo como um dos precursores José Pins, a polícia só tem provas da participação dele e do filho em 16 seqüestros. Heriesverson Rogério responde a mais 29 processos por vários crimes, inclusive extorsão, estelionato e lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, com a expansão da gangue, os bandidos chegavam a praticar dois seqüestros por semana, exigindo como resgate valores entre R$50 mil e R$250 mil, tendo faturamento estimado em R$600 mil mensais. As investigações começaram em 2005, quando a PF teria identificado um foco de corrupção dentro da própria instituição.
Fonte: Correio da Bahia

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