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sexta-feira, janeiro 03, 2025

Malafaia tenta impedir que bancada evangélica seja liderada por “lulista”

Publicado em 3 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet

Malafaia

Malafaia boicota a aproximação de Lula aos evangélicos

Augusto Tenório
Metrópoles

Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia tem um favorito para liderar a bancada evangélica no Congresso a partir de 2025. O grupo está dividido e pode, pela primeira vez, rachar com a votação do deputado que presidirá a frente parlamentar. Dois nomes estão no páreo: Otoni de Paula (MDB-RJ) e Gilberto Nascimento (PSD-SP).

Otoni é visto como favorito. Ele representa a ala da bancada que, apesar de conservadora, está aberta a dialogar com Lula. Esse grupo sinalizou ao Planalto seu desejo de ser ouvido na próxima reforma ministerial e sua vontade de participar do governo.

OTONI SE VENDEU – Nesse sentido, Malafaia tem defendido Gilberto Nascimento para impedir aproximação dos evangélicos com o Planalto. “Ele tem dez mandatos de deputado federal, é um cara moderado, todo mundo conhece ele, é amigo de todo mundo, não puxa para lado nenhum. Otoni não, ele se vendeu ao governo, está uma vergonha. Até um dia desses, esculhambava com Lula e o PT, era ‘aliadíssimo’ de Bolsonaro. Agora se vendeu o governo”, disse à coluna.

Apesar da sua preferência, o pastor afirmou que não tem interferido nas campanhas. “Eleição de presidente da frente tem a ver com os deputados. Eu não liguei pra um. Desafio um deputado, eu tenho aqui o telefone de mais de 50, mostrar que eu liguei pra pedir voto para Gilberto. Eu acho Gilberto é candidato da maioria dos deputados, Otoni não, já disse para que veio”.

ORAÇÃO NO PLANALTO – A crítica de Malafaia ocorre porque Otoni de Paula orou pelo presidente Lula num ato realizado no Planalto, junto a outras lideranças evangélicas. Bolsonaristas logo reagiram, temendo uma adesão de fiéis ao PT.

A Frente Parlamentar Evangélica conta com 219 deputados e 26 senadores. Historicamente, os líderes do grupo são escolhidos de forma consensual, para evitar rachas.

A eleição acontecerá em fevereiro de 2025, após a posse dos novos presidentes da Câmara e do Senado.

CONFLITO INTERNO – Atualmente, o grupo evangélico é presidido pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM). Ele tentou antecipar para este ano a escolha do novo presidente, antecipando o fim do seu mandato.

A ideia era fazer a frente parlamentar escolher logo seu presidente para apaziguar o conflito interno, até a eleição das mesas diretoras do Legislativo.

A tentativa não deu certo, por causa da oposição de Malafaia e outros pastores.  

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Malafaia é o verdadeiro líder dos evangélicos, deixando o bispo Macedo no chinelo. E toda discussão ele ganha no grito. Já apoiou Lula, já apoiou Bolsonaro e vai apoiar qualquer outro que vencer em 2026. (C.N.).

Caro Radialista Júnior de Santinha, uma reflexão sobre o débito milionário do município com a Coelba

 

NOTA DA REDAÇÃO DESTE BLOG -Caro Radialista Júnior de Santinha, uma reflexão sobre o débito milionário do município com a Coelba

Hoje pela manhã, publiquei uma matéria abordando um tema preocupante: o débito de mais de 5 milhões de reais que o município acumula com a Coelba. Este é um exemplo clássico de como a má gestão pode gerar prejuízos imensuráveis à população.

Lamentar pelo leite derramado já é tarde demais. O bom senso indica que medidas preventivas deveriam ter sido tomadas para evitar que chegássemos a esse ponto crítico. Para isso, existem canais legais e instituições responsáveis por coibir irregularidades e prevenir danos ao erário público.

Os Tribunais de Contas e a própria Justiça têm um papel fundamental nesse processo. No entanto, se as medidas cabíveis não foram adotadas a tempo, seja por omissão ou conivência, a responsabilidade não recai apenas sobre o ex-prefeito, mas também sobre aqueles que deveriam fiscalizar e denunciar.

Não há dúvidas de que o ex-prefeito errou ao permitir que essa dívida alcançasse proporções tão alarmantes. Mas a pergunta que ecoa é: e os outros?

  • Onde estavam os vereadores, cuja principal função é fiscalizar o Executivo?
  • Onde estavam os órgãos de controle interno e externo?
  • E a própria sociedade, que tem o direito – e o dever – de cobrar transparência e responsabilidade dos gestores públicos?

Este episódio não deve ser tratado apenas como mais um caso de má administração. Ele precisa servir de alerta para que a história não se repita. A responsabilidade pela boa gestão pública é compartilhada, e a omissão de qualquer uma das partes envolvidas é igualmente grave.

Agora, resta à atual gestão encontrar uma solução para este impasse, renegociar a dívida e garantir que os serviços essenciais não sejam comprometidos. Que este episódio seja um marco para uma nova era de responsabilidade e compromisso com o povo de Jeremoabo.

A sociedade merece respostas, e, acima de tudo, merece respeito.

A delegação de competência afasta a responsabilidade do prefeito por irregularidades na gestão dos recursos?


Wendel Piton

O TCU tem admitido afastar a responsabilidade pessoal do prefeito em função de ter havido delegação de competência à ocupante do cargo de Secretária Municipal, uma vez que tal delegação seja determinada por disposição de lei municipal e que os atos de gestão foram por esta praticados.

quarta-feira, 14 de junho de 2023


Atualizado às 07:09


No que tange ao controle externo, a responsabilidade dos administradores de recursos públicos, escorada no parágrafo único do art. 70 da Constituição, segue a regra geral da responsabilidade civil.


Com efeito, segundo a jurisprudência consolidada do TCU, no âmbito dos processos de controle externo, a responsabilidade dos gestores de recursos públicos é de natureza subjetiva e o dever de reparar prejuízo causado ao erário independe da intenção do agente que praticou o ato irregular, bastando que tenha atuado com culpa lato sensu em qualquer uma de suas modalidades.1


Ou seja, para caracterizar a responsabilidade subjetiva do agente público devem estar presentes os seguintes elementos:


a) ação (comissiva ou omissiva) e antijurídica; b) existência de dano ou infração a norma legal, regulamentar ou contratual; c) nexo de causalidade entre a ação e a ilicitude verificada; e d) dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia) do agente.


Sobre o tema, é relevante apontar interessante distinção entre responsabilidade no Controle Externo e Legislação Eleitoral. O TCU não exige a prática de conduta dolosa como requisito para a responsabilização do gestor público ou de quem tenha causado dano ao Erário. Por sua vez, a legislação eleitoral prevê expressamente a existência de dolo como requisito para a aplicação da sanção. O art. 1º, I, "g", da lei Complementar 64, com a redação que lhe foi conferida pela lei Complementar 135 (lei da Ficha Limpa)2, estabelece que:


"são inelegíveis os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição."


Sendo assim, podemos concluir que a legislação eleitoral é mais restritiva do que a responsabilização no âmbito do controle externo pelo TCU, especialmente no que concerne à definição das condutas que ensejam a aplicação de sanções.


De todo, modo, no âmbito do controle externo espera-se do gestor probo e diligente que demonstre a boa e regular aplicação dos recursos. Age com culpa o gestor que não prova a aplicação dos recursos sob sua responsabilidade, pois a não comprovação, conduz, necessariamente, a dano que deve ser ressarcido.


O dever de indenizar nasce do dano causado por culpa do agente. São irrelevantes o dolo ou a prova de que tenha obtido benefício para si ou para outrem. A presença de dolo e de eventual locupletamento são circunstâncias que, quando presentes, conferem maior gravidade ao ato ilícito.3


Dessa forma, a ausência de dolo por parte do ordenador de despesa não o exime do dever de recompor o dano a que deu causa. Ocorre que, para que ocorra a correta apuração de irregularidade na gestão dos recursos públicos, se faz necessário avaliar a existência de atos administrativo de gestão por parte do prefeito.


A regra geral definida pela jurisprudência do TCU pauta-se no seguinte questionamento. Existe a prática de atos administrativo de gestão por parte do prefeito? Sim: responsabilidade pessoal do dirigente máximo, exceto quanto a aspectos técnicos específicos. Não: não responde, via de regra, exceto no caso de grave omissão no desempenho de suas atribuições de supervisão hierárquica. Sobre o tema confira:


"Agentes políticos somente podem ser responsabilizados quando praticarem atos administrativos de gestão ou, se não praticarem, quando as irregularidades tenham caráter de tal amplitude e relevância que, no mínimo, fique caracterizada grave omissão no desempenho de suas atribuições de supervisão hierárquica." Acórdão 3769/2018-Segunda Câmara | Relator: MARCOS BEMQUERER.


Ou seja, quando não estão envolvidos na execução direta do contrato ou na gestão dos recursos que financiam as atividades públicas, os agentes políticos apenas podem ser alcançados se as irregularidades tiverem tal amplitude e relevância que, no mínimo, fique caracterizada grave omissão no desempenho de suas atribuições de supervisão hierárquica.4


A distinção jurídica apontada anteriormente, diferenciando a existência ou não de atos administrativo de gestão praticado pelo prefeito, sobreleva a importância de se aferir a possibilidade de delegação de competência e a sua consequência para fins de responsabilização.


Sobre o tema, a regra geral adotada pelo TCU é que o instrumento da delegação de competência não retira a responsabilidade de quem delega5. Ou seja, mesmo em casos de execução dos recursos conduzida por auxiliares vinculados ao gabinete do chefe do executivo municipal, a condição de agente político não afasta a responsabilidade do prefeito, que pode responder por culpa in vigilando.6


No entanto, a mencionada regra comporta algumas exceções contempladas pela jurisprudência do TCU. Segundo a Corte, para que seja afastada a responsabilidade do prefeito, uma das condições necessárias é a existência de uma delegação de competência feita por meio de lei municipal que indique com precisão a autoridade competente para a prática dos atos de ordenação de despesa.7


Ressalte-se que, a comprovação de que os atos de gestão do convênio foram praticados por secretário municipal, conforme competência prevista em lei municipal, afasta a responsabilidade do prefeito pela utilização dos recursos transferidos, mesmo que, na condição de agente político, figure como signatário do ajuste.8


A ratio decidendi reside na constatação, pela Corte, que em casos tais não haveria propriamente delegação de competência, mas sim uma atribuição legislativa de competência aos secretários municipais por meio de disposição expressa por meio de lei municipal.


Portanto, o TCU tem admitido afastar a responsabilidade pessoal do prefeito em função de ter havido delegação de competência à ocupante do cargo de Secretária Municipal, uma vez que tal delegação seja determinada por disposição de lei municipal e que os atos de gestão foram por esta praticados.


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1 TCU. Acórdãos 185/2016, Rel. Vital do Rêgo, 1.427/2015, Rel. Augusto Nardes e 1.512/2015, Rel. Bruno Dantas, todos do Plenário.


2 A Lei Complementar nº 184/2021 alterou a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, para excluir da incidência de inelegibilidade responsáveis que tenham tido contas julgadas irregulares sem imputação de débito e com condenação exclusiva ao pagamento de multa.


3TCU. Acórdão 2367/2015-TCU-Plenário, Rel. Benjamin Zymler, 5297/2013-1ª Câmara, Rel. José Múcio e 1942/2012-2ª Câmara, Rel. Aroldo Cedraz.


4 TCU. Acórdão 2083/2013-Plenário | Relator: ANA ARRAES


5 TCU. Acórdão 476/2008-Plenário, Acórdão 296/2011-2ª Câmara e Acórdão 894/2009-1ª Câmara.


6 TCU. Acórdão 10679/2021 - Primeira Câmara (Tomada de Contas Especial, Relator Ministro Benjamin Zymler.


7 TCU. Acórdão 10397/2021 - Segunda Câmara. Tomada de Contas Especial, Relator Ministro Substituto Marcos Bemquerer Costa.


8 TCU. Acórdão 8674/2021-Segunda Câmara, Redator: RAIMUNDO CARREIRO.



Wendel Piton

Advogado e Procurador do Estado. Professor e Coordenador do Curso Themas. Coautor de obras jurídicas.

 https://www.migalhas.com.br/depeso/388091/a-delegacao-de-competencia

Modéstia à Parte: A Transparência como Pilar Contra o Desgoverno em Jeremoabo


A situação calamitosa da administração municipal em Jeremoabo é, sem dúvidas, motivo de preocupação para todos os cidadãos que almejam um futuro melhor para nossa cidade. Entretanto, é preciso reconhecer que, apesar do caos instalado, as ações da ONG Transparência Jeremoabo, em parceria com o BlogDede Montalvão, têm sido fundamentais para evitar que o cenário seja ainda pior.

Mesmo sem qualquer ajuda financeira de órgãos públicos ou privados, essas entidades têm se empenhado em trazer à tona as irregularidades da atual gestão. Centenas de Notícias do Fato foram enviadas tanto ao Ministério Público Federal quanto ao Ministério Público Estadual, expondo uma administração marcada por atos de improbidade e descaso com o povo.

Com a consciência tranquila, reafirmamos nosso compromisso como cidadãos de bem, cumprindo nosso dever de lutar por justiça e transparência. A retransmissão de denúncias enviadas por leitores deste blog é feita com todo o sigilo necessário, garantindo a confiança daqueles que, muitas vezes, não têm voz. É justamente por isso que nos tornamos referência para a população mais carente e humilde – os menos iguais, que frequentemente são esquecidos.

Aproveitamos para reconhecer e aplaudir a determinação, responsabilidade e coragem do presidente da ONG Transparência Jeremoabo, nosso companheiro Beto (Caminho da Roça). Sua liderança tem sido um exemplo de dedicação à causa pública, inspirando a todos nós a continuar na luta por uma Jeremoabo mais justa e igualitária.

Este é um chamado para que mais cidadãos se juntem a essa causa, denunciando irregularidades e cobrando a responsabilidade dos gestores públicos. Apenas com união, coragem e vigilância constante poderemos mudar o curso da história de nossa cidade e garantir um futuro melhor para todos.

A luta continua, e juntos, somos mais fortes.

O Débito de R$ 5.649.160,08: Herança de Deri do Paloma para Tista de Deda

 

O Débito de R$ 5.649.160,08: Herança de Deri do Paloma para Tista de Deda

O ex-prefeito de Jeremoabo, Deri do Paloma, deixou um débito de R$ 5.649.160,08 com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), referente ao fornecimento de energia elétrica durante sua gestão. Essa dívida representa um dos maiores desafios que o atual prefeito, Tista de Deda, enfrentará ao assumir um município devastado pela corrupção, incompetência, improbidade, impunidade, omissão e prevaricação.

Um Rombo Anunciado

A dívida acumulada com a COELBA, que inclui valores principais, multas, juros e correções monetárias, é resultado de uma gestão marcada pela irresponsabilidade fiscal e administrativa. Esse montante, que deveria ter sido denunciado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e objeto de ação judicial por crime de responsabilidade, é um reflexo de anos de desmandos e má gestão.

O atual prefeito, Tista de Deda, além de herdar a responsabilidade de quitar o débito principal, precisará buscar meios para reconstruir uma cidade em ruínas, enquanto tenta equilibrar as contas públicas. Contudo, a parcela referente a multas, juros e correção monetária deve ser cobrada diretamente do ex-prefeito Deri do Paloma, uma vez que tais encargos decorrem de sua negligência e gestão temerária.

O Papel da COELBA e a Legalidade das Ações

Outro ponto que merece destaque é a conduta da COELBA. A interrupção do fornecimento de energia em órgãos essenciais por falta de pagamento é, no mínimo, questionável. Essa prática, além de ser uma afronta à população, pode ser considerada ilegal, já que a empresa não possui o poder de comprometer serviços públicos essenciais, como saúde, segurança e educação, que dependem de energia elétrica para funcionar.

A postura da COELBA deveria ser de buscar meios legais para a cobrança, sem prejudicar diretamente a população que já sofre com os efeitos de uma gestão irresponsável.

O Desafio da Reconstrução

Tista de Deda terá pela frente o árduo trabalho de reconstruir Jeremoabo, que foi devastada por anos de má administração. Para isso, será necessário:

  1. Transparência na gestão pública: Implementar uma administração técnica e eficiente, priorizando a transparência e o uso responsável dos recursos.
  2. Responsabilização dos culpados: Acionar juridicamente o ex-prefeito Deri do Paloma para que ele arque com os encargos decorrentes de sua má gestão.
  3. Renegociação de dívidas: Buscar junto à COELBA alternativas para quitar o débito sem comprometer os serviços essenciais.
  4. Investimento em infraestrutura e serviços básicos: Reestruturar áreas como saúde, educação e segurança, que foram negligenciadas nos últimos anos.

Conclusão

A dívida de R$ 5.649.160,08 é mais do que um número; é o símbolo do descaso com o qual Jeremoabo foi tratada nos últimos anos. No entanto, com uma gestão responsável e comprometida, Tista de Deda pode transformar essa crise em uma oportunidade para resgatar a dignidade e o progresso do município. A cobrança de responsabilidades ao ex-prefeito Deri do Paloma será um passo crucial nesse processo, garantindo que os erros do passado não sejam esquecidos nem repetidos.

A Calamidade da Saúde em Jeremoabo: Culpa Compartilhada e Omissão Generalizada


A Calamidade da Saúde em Jeremoabo: Culpa Compartilhada e Omissão Generalizada

Por diversas vezes, denunciei neste espaço que a situação de Jeremoabo estava na UTI. Infelizmente, o que era uma metáfora para descrever o estado geral do município tornou-se uma descrição literal da saúde pública local. O hospital, que deveria ser um porto seguro para aqueles que buscam atendimento médico, tornou-se um local de perigo iminente, colocando em risco a vida de pacientes.

Não há como ignorar a responsabilidade direta do ex-prefeito Deri do Paloma e de sua Secretária de Saúde. A gestão deles falhou em garantir o mínimo necessário para um serviço de saúde digno e seguro. No entanto, mais culpados do que eles são os vereadores do município, que, apesar de sua obrigação de fiscalizar e agir, limitaram-se a discursos vazios e ações inócuas.

A Omissão da Câmara de Vereadores

Os vereadores de Jeremoabo tiveram inúmeras oportunidades de intervir e corrigir os rumos da saúde pública, mas optaram pela inércia. Nunca provocaram o Ministério Público, não ingressaram com ações judiciais e sequer registraram boletins de ocorrência para formalizar denúncias sobre as condições do hospital. É inadmissível que, diante de uma crise tão grave, tenham se limitado a palavras sem efeito prático.

A saúde de Jeremoabo era – e continua sendo – um caso de polícia. Era dever dos vereadores agir em defesa da população, requerendo, por exemplo, a interdição do hospital por meio da Justiça. A omissão não é apenas uma falha moral, mas uma traição ao mandato que receberam para representar e proteger os interesses dos cidadãos.

A Conivência da Vigilância Sanitária

Outro órgão que merece duras críticas é a Vigilância Sanitária, que falhou em seu papel fundamental de fiscalização. Sua omissão é um exemplo claro de prevaricação. A Vigilância tinha a obrigação de inspecionar, relatar irregularidades e tomar medidas para garantir a segurança sanitária do hospital. Em vez disso, manteve-se inerte, permitindo que a calamidade se aprofundasse.

Atirar Pedra em Cachorro Morto é Fácil

Agora que a gestão de Deri do Paloma é página virada, muitos se apressam a criticar e apontar erros. No entanto, a indignação tardia não compensa a omissão passada. Se as críticas são válidas, as ações que deveriam ter sido tomadas anteriormente também eram indispensáveis.

A saúde pública de Jeremoabo não chegou a este ponto da noite para o dia. Foi um processo de deterioração, alimentado pela negligência de gestores, pela omissão de vereadores e pela conivência de órgãos fiscalizadores.

Uma Reflexão Necessária

É fácil criticar quando o "cachorro já está morto", mas a verdadeira responsabilidade exige ação no momento certo. A população de Jeremoabo merece mais do que discursos inflamados e promessas vazias. Merece representantes que não apenas falem, mas ajam em defesa do interesse público.

Que este episódio sirva de lição para os novos gestores e representantes eleitos: a omissão é tão grave quanto a má gestão. O futuro de Jeremoabo depende de um compromisso genuíno com a transparência, a fiscalização e a ação concreta em prol do bem-estar da população. 

quinta-feira, janeiro 02, 2025

Elmar e Ricardo Maia estão entre os deputados que mais enviaram emendas pix para prefeituras de parentes; veja lista

 Foto: Reprodução

os deputados federais Ricardo Maia (MDB) e Elmar Nascimento (União Brasil)02 de janeiro de 2025 | 17:46

Elmar e Ricardo Maia estão entre os deputados que mais enviaram emendas pix para prefeituras de parentes; veja lista

exclusivas

Os deputados federais Ricardo Maia (MDB) e Elmar Nascimento (União Brasil) estão entre os parlamentares que mais destinaram emendas pix para prefeituras de parentes em 2024. O levantamento é do site Metrópoles, com base no portal Siga Brasil, considerando as cidades que receberam ao menos R$ 2 milhões através dessa modalidade de transferência especial.

Emendas pix são as transferências que ocorrem de maneira direta da União aos estados e municípios, sem que haja a necessidade de formalizar um convênio prévio, apresentar projetos ou ainda um aval técnico do governo federal.

De acordo com o levantamento do Metrópoles, Ricardo Maia destinou R$ 11,7 milhões para a Prefeitura de Tucano, governada pelo seu filho, Ricardo Maia Filho (MDB). Essa foi a quinta maior transferência.

Já Elmar Nascimento fez o sétimo maior repasse de 2024 e enviou R$ 10 milhões ao caixa de Campo Formoso, município gerido pelo seu irmão, Elmo Nascimento (União Brasil).

O parlamentar que fez o maior volume de transferência de emendas pix foi Adail Filho (Republicanos-AM), com R$ 18,4 milhões para cidade de Coari, que tem como prefeito o seu primo Keitton Pinheiro.

Em segundo lugar, ficou Andreia Siqueira (MDB-PA), que enviou R$ 16,7 milhões para a prefeitura de Tucuruí, no Pará, governada pelo seu marido, Alexandre Siqueira. E para fechar o pódio, o deputado Daniel Barbosa (PP-AL) destinou R$ 13 milhões para a prefeitura do pai, Luciano Barbosa, em Arapiraca, em Alagoas.

Lista dos 10 maiores envios de Emendas Pix para cidades governadas por parentes:

1.Adail Filho
• Cidade: Coari (AM)
• Prefeito: Keitton Pinheiro
• Relação: Primo → Primo
• Valor: R$ 18.434.456

2. Andreia Siqueira
• Cidade: Tucuruí (PA)
• Prefeito: Alexandre Siqueira
• Relação: Esposa → Esposo
• Valor: R$ 16.771.585

3. Daniel Barbosa
• Cidade: Arapiraca (AL)
• Prefeito: Luciano Barbosa
• Relação: Filho → Pai
• Valor: R$ 13.000.000

4. Meire Serafim
• Cidade: Sena Madureira (AC)
• Prefeito: Mazinho Serafim
• Relação: Esposa → Esposo
• Valor: R$ 12.185.792

5. Ricardo Maia
• Cidade: Tucano (BA)
• Prefeito: Ricardo Maia
• Relação: Pai → Filho
• Valor: R$ 11.728.311

6. Domingos Neto
• Cidade: Tauá (CE)
• Prefeito: Patricia Aguiar
• Relação: Filho → Mãe
• Valor: R$ 10.085.792

7. Elmar Nascimento
• Cidade: Campo Formoso (BA)
• Prefeito: Elmo Nascimento
• Relação: Irmão → Irmão
• Valor: R$ 10.000.000

8. Daniela do Waguinho
• Cidade: Belford Roxo (RJ)
• Prefeito: Waguinho
• Relação: Esposa → Esposo
• Valor: R$ 10.000.000

9. Thiago de Joaldo
• Cidade: Itabaianinha (SE)
• Prefeito: Danilo de Joaldo
• Relação: Irmão → Irmão
• Valor: R$ 9.485.000

10. Amanda Gentil
• Cidade: Caxias (MA)
• Prefeito: Fabio Gentil
• Relação: Filha → Pai
• Valor: R$ 8.185.790

Política Livre

Lewandowski marca conversas com Motta e Alcolumbre para discutir PEC da Segurança

 Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados/Arquivo

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski02 de janeiro de 2025 | 18:00

Lewandowski marca conversas com Motta e Alcolumbre para discutir PEC da Segurança

brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, marcou conversas com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para fevereiro, logo após a eleição que vai renovar as presidências da Câmara e do Senado. O objetivo de Lewandowski é tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, que tem enfrentado resistência de governadores.

Donos de ampla rede de apoio, tanto Motta quanto Alcolumbre já são considerados virtualmente eleitos para comandar as Casas do Congresso e podem ajudar na tramitação da PEC, quando a proposta for enviada ao Legislativo.

O impasse ocorre porque, com a PEC, o governo quer ampliar, por exemplo, as atribuições da Polícia Federal para combater o crime organizado, o que desagrada a alguns Estados.

A divergência ganhou novo capítulo, nos últimos dias, com a publicação do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que limita o uso da força policial em todo o País.

Lewandowski rechaça mudanças no texto, apesar das críticas de governadores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e pretende antecipar a regulamentação das medidas para este mês.

Em sintonia com o ministro, o Consórcio Nordeste – que reúne os governadores dos nove Estados da região – divulgou nota, no último dia 29, defendendo o decreto, sob o argumento de que a medida “reafirma a centralidade do equilíbrio e do bom senso no exercício da atividade policial” e não retira a autonomia dos gestores.

Além dessas propostas, Lewandowski tem se debruçado sobre projetos como a política de migração e refúgio e sobre o plano “Pena Justa”, recém-homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Apresentado em novembro no G-20 Social, no Rio, o programa trata de um conjunto de ações para enfrentar violações de direitos humanos no sistema prisional brasileiro. É uma das prioridades da pasta e, de acordo com o ministro da Justiça, vai tirar o sistema prisional do “estado de inconstitucionalidade”.

Roseann Kennedy/Iander Porcella/Vera Rosa/Estadão

Nunes é peça-chave para Tarcísio e obstáculo para Lula em 2026

Publicado em 2 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet

Se Tarcísio disputar a Presidência, será eleito, diz Nunes

Tarcísio e Nunes estão cada vez mais entrosados

Pedro Venceslau
CNN

Depois de manter a estrutura e os principais nomes do primeiro escalão da prefeitura herdados por Bruno Covas (PSDB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tomou posse em seu segundo mandato nesta quarta-feira (1º) com um secretariado com marca própria, horizonte político ampliado e lugar de fala no debate nacional.

Reeleito com o apoio incondicional de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Nunes entra nessa nova fase como uma peça-chave no projeto político do governador paulista, seja ele qual for.

A MESMA COALIZÃO – Se disputar a reeleição, como tem dito ser seu plano, Tarcísio deve contar com Nunes para articular na disputa estadual a mesma ampla coalizão partidária que garantiu sua reeleição na capital.

O prefeito já deu reiteradas demonstrações de que a parceria é sólida, prioritária e veio para ficar. Além de colaborar na construção de uma “frente ampla”, Nunes sinalizou disposição de retribuir o apoio de Tarcísio e ser um cabo eleitoral engajado na capital.

Aliados de Tarcísio na Assembleia Legislativa avaliaram positivamente, por exemplo, a decisão de Nunes de convidar ex-prefeitos de cidades paulistas para cargos no primeiro escalão.

OUTRA HIPÓTESE – Caso o cenário político nacional empurre o governador para uma disputa presidencial (que ele a princípio gostaria de evitar), o prefeito Ricardo Nunes também pode cumprir um papel importante.

Nesse caso, o prefeito representaria um obstáculo em um eventual plano de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de colocar o MDB como parceiro preferencial em uma eventual coligação, inclusive com a prerrogativa de indicar o candidato a vice.

Uma ala do partido presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP) está alinhada com Lula e ocupa cargos na Esplanada dos Ministérios.

GANHOU FORÇA – Ainda é cedo para saber o quanto Nunes estará disposto a atuar na vida partidária, mas o fato é que com o mandato renovado ele ganhou força e ampliou seu lugar de fala na sigla, o que altera a correlação de forças.

Dito isso, Nunes montou agora uma gestão com seu perfil depois de manter no primeiro mandato a estrutura herdada por Covas, de quem foi vice.

Os nomes anunciados até agora indicam um primeiro escalão com perfil técnico. O emedebista conseguiu contemplar os partidos aliados sem desfigurar a administração ou ceder a pressões bolsonaristas para a formação de um governo com viés ideológico.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Tarcísio de Freitas está semeando, na certeza de que terá boa colheita. O tempo joga a seu favor. (C.N.)

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