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domingo, março 31, 2024

Jorge Kajuru revela detalhe íntimo sobre órgão de Silvio Santos: "Maior que todo mundo"

Sábado, 30/03/2024 - 21h00

Por Redação

Jorge Kajuru
Foto: YouTube/ SBT

O senador Jorge Kajuru (PSB) revelou alguns segredos íntimos do apresentador Silvio Santos durante a passagem pelo podcast Ielcast.

 

Segundo Kajuru, o dono do SBT era garanhão nos tempos áureos e tem um pênis grande, motivo de ter conquistado diversas mulheres. “O Silvio nunca ficava com uma mulher dois dias. Ele pegou muita gente. Aquilo que mulher gosta de documento, o Silvio tem maior que todo mundo”, contou.

 

Ainda de acordo com o senador, Hebe Camargo foi uma das mulheres de Silvio Santos. Kajuru, contou que ela teria dito para Adriane Galisteu sobre o órgão avantajado do apresentador.

 

“A Hebe falou para Galisteu: ‘Você gosta disso. O Silvio tem isso aqui desse tamanho. Ou você acha que eu não dei para Silvio quando eu era nova?’. Se eu tiver mentido, quero que Deus tire meu único olho e me torne cego.”

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Vicente Limongi Netto

Tradição católica ensina e recomenda que não se deve comer carne na sexta-feira da Paixão. A bela e marcante data não faz restrições ao consumo de imensos e caros ovos de Páscoa, aos saborosos e variados pratos de bacalhau, peixes, camarões e lagostas.

Com direito a espumantes, vinhos, uísque e cervejas. Ao redor de amigos e famílias felizes. Com intermináveis selfes coloridas, beijos e abraços. Contentamento sem hora para acabar.  Afinal, ninguém é de ferro.

BRASIL REAL – Nessa linha, no Brasil real, dividido e vergonhoso, para perto de 8 milhões de brasileiros estão desempregados, cheios de dívidas, a mesa na sexta-feira da paixão permanece a mesma. 

Degradação completa. Pedaços de pão, legumes e frutas recolhidos nas latas de lixo. Crianças maltrapilhas. Frio e desencanto. Pais agoniados. Vida despedaçadas. Água e café ralo.

Ovo de Páscoa é piada infame. Agride, insulta e humilha. A miséria e a fome são implacáveis e permanentes.

SÓCRATES – A pergunta exigindo resposta: porque “Rua Doutor Sócrates”, na Vila Olímpica de Paris, homenageando o Brasil, nas olimpíadas? Sócrates nunca ganhou nada pela seleção brasileira. Ficou famoso jogando no Corinthians.

Nunca jogou na França, ao contrário do irmão dele, Rai, assim como Paulo Cesar Caju. Ambos jantaram com o presidente Emanuel Macron, na recente visita do francês ao Brasil. Estranha, imerecida, sem graça e injustificável homenagem a Sócrates. Francamente. É o fim da picada.


Mancada do PSOL acaba de enterrar a candidatura de Boulos, afirma Nikolas Ferreira

Publicado em 30 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Partido de Boulos resolveu fazer piada com coisa séria

Deu no Poder360

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que a pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a Prefeitura de São Paulo foi “enterrada”. Ele deu a declaração depois que o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) publicou na sexta-feira (29) uma montagem em que Jesus Cristo aparece crucificado com a frase “bandido bom é bandido morto”.

“Obrigado, MTST. Acabaram de enterrar a candidatura de Boulos”, disse Nikolas em seu perfil no X.

MUITAS CRÍTICAS – Boulos é filiado ao movimento e já foi um dos líderes do MTST. O post foi criticado por políticos e influenciadores mais alinhados à direita.

Para alguns da esquerda, a postagem foi vista como uma crítica social que lembra ações policiais recentes e frases frequentemente ditas por nomes de ideologia oposta.

O último levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado em 19 de março, mostrou que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), venceria Boulos no 2º turno das eleições municipais na capital. Num cenário de disputa direta entre os 2 políticos, Nunes levaria o pleito com 46%. Boulos teria 39,1%.

ENTENDA O CASO – O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) publicou uma imagem em seu perfil no X (ex-Twitter) na sexta-feira (29) em que Jesus Cristo aparece sendo crucificado com a frase “bandido bom é bandido morto”.

A publicação recebeu repúdio por parte de políticos e influenciadores alinhados à direita. Por alguns da esquerda, foi vista como uma crítica social que lembra ações policiais recentes e frases frequentemente ditas por nomes de ideologia oposta.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Enviada por José Guilherme Schossland, a reportagem lembrar o mestre Ataulfo Alves, que diria: “A burrice desta gente é uma arte”. Guilherme Boulos está totalmente identificado com o MTST, o movimento que ele se empenhou em fortalecer, através da invasão de imóveis, que antes era um feudo político explorado pelo PcdoB quase com exclusividade. O jovem Nikolas Ferreira acertou em cheio. Essa bobagem derruba qualquer candidatura. Foi o que aconteceu com o brigadeiro Eduardo Gomes. Falou na campanha sobre os marmiteiros, sua frase foi alterada e manipulada, ele não soube reagir, perdeu muitos votos e largou a política. (C.N.)


60 anos de 64! No início, os militares prendiam, depois se acostumaram a matar…

Publicado em 31 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Foto de Vladimir Herzog morto – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vladimir Herzog foi suicidado na cela pelos militares

Bernardo Mello Franco
O Globo

A um mês de subir a rampa do Planalto, Ernesto Geisel recebeu seu futuro ministro do Exército, Dale Coutinho, para uma conversa no Rio. Os dois generais começaram tratando de amenidades. Depois chegaram ao que interessava: a repressão à esquerda armada, que havia chegado ao ápice no governo Emílio Médici.

— O negócio melhorou muito. Agora, melhorou, aqui entre nós, foi quando nós começamos a matar. Começamos a matar — sublinhou Coutinho.

— Porque antigamente você prendia o sujeito e ia lá para fora — emendou Geisel. — Ô Coutinho, esse troço de matar é uma barbaridade, mas acho que tem que ser — prosseguiu.

REGIME MATADOR – O diálogo, gravado em 16 de fevereiro de 1974, mostra como a ditadura militar transformou o extermínio de presos políticos em política de Estado. A conversa foi revelada pelo jornalista Elio Gaspari no livro “A ditadura derrotada”, de 2003. Vinte e um anos depois, o público poderá ouvi-la pela primeira vez em “A ditadura recontada: As vozes do golpe”, série original do Globoplay produzida pela CBN.

O podcast é baseado nos cinco volumes em que Gaspari narra a ascensão e o ocaso do regime dos generais. Para que a história pudesse ser contada em áudio, o colunista do Globo abriu seu valioso acervo, com mais de 300 horas de gravações inéditas.

Nas fitas, Geisel revela segredos da caserna, admite a tortura nos porões e fala sem reservas sobre os outros presidentes da ditadura. Castello Branco, seu aliado, é descrito como “corcunda”, “metido a literato” e “aluno mediano”. Costa e Silva, seu desafeto, desponta como “preguiçoso” e “doente”.

MÉDICI, O PREFERIDO – O general Médici, que chefiou o período mais brutal da repressão, é quem aparece melhor na fita. — Ele foi o único sujeito capaz de levar a revolução para o povo — elogia Geisel.

Referia-se à popularidade do antecessor, que estimulou o ufanismo, colheu os louros do “milagre brasileiro” e se beneficiou da censura à imprensa.

O primeiro capítulo da série estreou nesta quinta-feira nas principais plataformas de áudio. Trata da conspiração que culminou no golpe de 1964 e inaugurou um longo período de 21 anos de ditadura. A história é narrada nas vozes dos vencedores, como o governador Carlos Lacerda, e dos vencidos, como o presidente deposto João Goulart.

GOLPE DE ARAQUE – O episódio mostra que os militares se uniram para derrubar o governo, mas não combinaram sequer a data em que dariam o golpe. A ação foi precipitada pelo general Olympio Mourão Filho, que comandava uma guarnição modesta em Juiz de Fora. Ele deu as ordens pelo telefone, vestiu um roupão de seda vermelho e se recolheu para tirar uma sesta.

— Creio ter sido o único homem do mundo que desencadeou uma revolução de pijama — gabou-se, tempos depois.

A quartelada deu as primeiras pistas de que os generais não estavam tão organizados quanto gostariam de parecer.

— Eles participaram da deposição do Jango em nome do combate à esquerda e da disciplina militar. No dia da queda do Jango, essa disciplina começou a ser violentada — constata Gaspari, numa de suas participações no podcast.

O GRANDE IRMÃO – O jornalista também analisa a participação dos EUA no complô. Áudios liberados pela Casa Branca mostram que a hipótese de apoiar um golpe no Brasil já era cogitada desde julho de 1962. O presidente John Kennedy, que seria assassinado no ano seguinte, discutiu o tema duas vezes com o embaixador Lincoln Gordon.

— A participação dos americanos no golpe está envolvida numa névoa. Uma coisa é certa: o golpe prevaleceu sem a participação de um único militar americano. Agora, os americanos tinham interesse no golpe? Sem a menor dúvida — diz Gaspari, que classifica o 31 de março como um “acontecimento brasileiro”.

— O Lincoln Gordon é um dos personagens mais trágicos desses dias. Ele carregou pela vida toda a marca da participação no golpe. Morreu em 2009, aos 96 anos. E, no memorial fúnebre, a filha criticou sua participação no golpe no Brasil — acrescenta.

DITADURA FEROZ – Instalados no governo, os militares rasgaram a promessa de devolver o poder aos civis.

Cassaram mandatos, extinguiram os partidos políticos e sufocaram as liberdades civis com a edição do AI-5, que fechou o Congresso e impôs a censura prévia. Sem eleições diretas, os presidentes passaram a ser escolhidos em reuniões fechadas nos quartéis.

— Não existe um único documento que mostre de onde saiu a maioria para eleger o Médici. Ou seja: o povo não sabe votar, mas os generais também não — ironiza Gaspari.

ABERTURA LENTA – Empossado dez anos depois do golpe, Geisel deu a partida no lento processo de abertura, que só terminaria com a eleição indireta de Tancredo Neves, em 1985.

Em “A ditadura recontada”, Gaspari resume sua visão do que teria levado um dos arquitetos da ditadura a iniciar seu desmonte:

— O que o Geisel queria era acabar com a bagunça. Ele não cansava de repetir que não foi movido por vocação democrática. Era contra eleição direta para presidente e achava que o Congresso não deveria se meter no Orçamento. Agora, bagunça no quartel, de jeito nenhum.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É isso que vai ficar na História, graças ao colossal trabalho de Elio Gaspari, não a versão disparatada que os clubes militares divulgaram essa semana, dando os militares golpistas de 64 como heróis. Um dia, os militares entenderão que a democracia é o único caminho. Mas isso ainda vai demorar muito. Basta ver os exemplos da Nicarágua, Cuba, Venezuela, China, Coreia do Norte e Rússia, sem falar em Afeganistão, Myanmar, Guiné Equatorial, Arábia Saudita e outros 36 países. Com todo respeito ao canídeo, melhor amigo do homem, ainda vivemos num mundo cão. (C.N.)


Advogado de Daniel Silveira pede prisão de Moraes por desprezar as leis em vigor

Publicado em 31 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Tribuna da Internet | Novas inconstitucionalidades baixadas por Moraes  causam protestos da OAB

Charge reproduzida do site Cariri é isso

Weslley Galzo
Portal Terra

A defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue e, posteriormente, encaminhe pedido de prisão imediata do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pelo suposto crime de tortura.

Na denúncia encaminhada ao gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet, nesta sexta-feira, 29, o advogado Paulo Faria acusa o magistrado de abuso de poder, prevaricação e tortura ao manter Silveira preso em regime fechado “200 dias além do prazo legal para progressão de regime”.

INICIATIVA – Paulo Faria disse que o ex-deputado não solicitou a ação contra Moraes e que a iniciativa partiu dele. O ministro foi procurado por meio da assessoria de comunicação do STF, mas não retornou até a publicação desta reportagem.

“Há, sem dúvida, conduta assídua e dolosa desse relator para impedir, ilegalmente, a progressão de regime a que (o réu) tem direito, inclusive com malabarismos e subterfúgios reprováveis e ilegais utilizados nas decisões, em claros constrangimentos ilegais que cerceiam o direito à liberdade”, diz o documento apresentado à PGR.

 “Ressalte-se que a tortura não é apenas física, mas principalmente, psicológica, impondo consequências nefastas à vítima”, disse o advogado na representação.

OUTRA IRREGULARIDADE – Faria alega que o atestado de pena a cumprir – documento que indica por quanto tempo o condenado seguirá preso – só foi anexado por Moraes ao processo no dia 19 de fevereiro, portanto, mais de um ano depois da condenação de Silveira. “Trata-se de um documento essencial para a defesa requerer todos os direitos legalmente previstos de quem cumpre pena”, afirmou.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que o documento deve ser expedido pelo juiz relator do caso no prazo de 60 dias a partir do início da execução da pena. Faria alega que a demora para Silveira obter o atestado é a prova de que há “perseguição”.

O advogado diz ter apresentado 22 pedidos de progressão de pena desde novembro de 2023 e sete habeas corpus entre os dias 21 de fevereiro e 30 de março deste ano.

PRAZER PESSOAL – “Tudo foi completamente ignorado pelo noticiado (Alexandre de Moraes), absolutamente tudo, e sem qualquer explicação lógica, senão por mero prazer em perseguir um desafeto pessoal”, disse Faria.

A Procuradoria não tem competência para apresentar pedido de prisão. O órgão é o titular da ação penal pública – ou seja, é o responsável por conduzir as investigações do caso e, na existência de provas, apresentar denúncia que pode transformar o investigado em réu.

Caso uma denúncia do tipo seja apresentada contra Moraes, os demais ministros do STF seriam os responsáveis por analisar a conduta do colega.

PENA RIGOROSA – Daniel Silveira foi preso pela Polícia Federal (PF) em fevereiro de 2023, exatamente um dia após perder o foro privilegiado de deputado federal.

A prisão foi decretada porque o ex-deputado descumpriu medidas cautelares impostas pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais, no processo em que ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos.

Em maio do mesmo ano, o STF derrubou o perdão presidencial concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Silveira. Naquele mesmo dia, Moraes determinou o início do cumprimento definitivo da pena.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O advogado Paulo Faria tem toda razão. Nenhum juiz, não importa a instância, tem poderes para negar ao condenado o direito à progressão da pena, quando completa o cumprimento de um sexto do prazo. Sinceramente, existe algo de errado no comportamento do ministro Moraes, que descumpre as leis como se elas não existissem. Na história do Supremo, jamais aconteceu isso antes. O que diz sobre isso o presidente do Supremo? E os demais ministros? Pensem sobre isso. (C.N.)

Lava Jato não morreu! Multinacional aceita pagar multa de US$ 127 milhões

Publicado em 31 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Opera  o Lava Jato e parcelamento de sal rios em destaque nas charges -  Opera  o Lava Jato e parcelamento de sal rios em destaque nas charges -  Regi o - Jornal de Gramado

Charge do Sinovaldo (Jornal VS)

Deu no g1
Agência Reuters

A Trafigura, empresa suíça de negociação de commodities, declarou-se culpada à justiça dos Estados Unidos pelo pagamento de propina a autoridades brasileiras para garantir negócios com a Petrobras. A informação é do Departamento de Justiça (DoJ) norte-americano, que conduzia uma investigação sobre a conduta de ex-funcionários e agentes no Brasil há 10 anos ou mais. O órgão não divulgou quais executivos foram subornados.

Para fechar a investigação, a companhia concordou em pagar cerca de US$ 127 milhões pelas violações da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês). O pagamento será feito pela Trafigura Beheer BV, empresa controladora do Grupo Trafigura durante o período, como parte do acordo de confissão.

NA LAVA JATO – O esquema foi inicialmente revelado no âmbito da Operação Lava Jato. O nome da empresa surgiu ao lado de Vitol e Glencore na 57ª fase da investigação, que apurava o pagamento de propinas a funcionários da Petrobras por empresas que atuavam na compra e venda de petróleo e derivados — atividade conhecida como trading.

De acordo com documentos obtidos pelo Departamento de Justiça dos EUA, a Trafigura mantinha relações comerciais com a Petrobras entre 2003 e 2014. Em 2009, informa o DoJ, a Trafigura acertou um esquema de suborno que pagava até US$ 0,20 por barril de produtos petrolíferos comprados ou vendidos da Petrobras.

Os pagamentos eram ocultados por empresas de fachada, direcionados a contas bancárias offshore para os funcionários da Petrobras no Brasil. De acordo com o DoJ, a Trafigura lucrou aproximadamente US$ 61 milhões com o esquema.

RÉ CONFESSA – “A declaração de culpa destaca que quando empresas pagam propinas e minam o estado de direito, elas enfrentarão penalidades significativas”, disse em nota Nicole M. Argentieri, chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.

Em dezembro, a Trafigura já havia anunciado a reserva de US$ 127 milhões para cobrir uma possível multa do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para encerrar uma investigação sobre “pagamentos indevidos” feitos pela empresa no Brasil.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos cita apenas um nome na minuta do acordo de confissão feito entre a Trafigura e o órgão: Rodrigo Berkowitz. A identidade dos demais envolvidos foi preservada pelo DoJ.

CORRUPTO BRASILEIRO – Berkowitz é brasileiro e trabalhou como trader de combustíveis para a Petrobras no Rio de Janeiro e em Houston, no Texas. Segundo o acordo de confissão, ele foi uma das pessoas que recebeu propina da Trafigura para garantir contratos da empresa com a estatal brasileira.

Berkowitz já havia sido acusado por esses crimes em 2023 e já tinha se declarado culpado de uma acusação de conspiração para lavagem de dinheiro em 2019.

O caso estava sendo investigado nos Estados Unidos por conta da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês). A norma permite que a Justiça norte-americana investigue e condene quaisquer pessoas que tenham cometido um ato de corrupção envolvendo uma empresa estabelecida nos Estados Unidos e que tenha ações negociadas nas bolsas de valores do país.

IMPROBIDADE – Em 2020, o Ministério Público Federal (MPF) propôs uma ação civil pública por improbidade administrativa contra empresas ligadas à Trafigura, executivos do grupo e ex-funcionários da Petrobras pelo pagamento de propinas.

O MPF apurava crimes que ocorreram entre maio de 2012 e outubro de 2013, em 31 operações de compra e venda internacional de petróleo e derivados, conhecida como trading.

Além da Trafigura, eram investigadas na 57ª fase da Lava Jato a Vitol e a Glencore. Juntas, elas seriam responsáveis por US$ 15 milhões em propinas. Os pagamentos estão relacionados a mais de 160 operações de compra e venda de derivados de petróleo e aluguel de tanques para estocagem.

ESQUEMA DE PROPINAS – Segundo o MPF, as provas mostram um esquema em que as empresas investigadas pagavam propina para ter mais facilidades nos negócios, como preços mais vantajosos e contratos mais frequentes.

De acordo com a investigação, a atividade criminosa permitia que as empresas conseguissem ganhos acima dos praticados pelo mercado. Também foram identificados indícios de irregularidades no aluguel de tanques de armazenagem da Petrobras pelas empresas investigadas, e no afretamento de navios.

A diretoria de Abastecimento da Petrobras, que foi comandada por Paulo Roberto Costa, era responsável pelo setor onde foram identificados os crimes investigados nessa fase.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A Lava Jato é aquela cobra de vidro, que você corta e ela renasce. Houve alguns excessos, mas os brasileiros deveriam se orgulhar da Lava Jato, apesar da permanente campanha da imprensa amestrada e dos ministros amestrados do Supremo, que gostam de agradar a empreiteiros e políticos corruptos. É o que todos sabem e alguns tentam esconder. Quanto à corrupção na importação/exportação, temos um problema, Houston! É lá que está sediada a Petrobras América, que a Lava Jato não conseguiu investigar. (C.N.)


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Publicado em 25 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Janio de Freitas Poder360 A legalidade livrou-se...

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