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sexta-feira, março 01, 2024

O que Bolsonaro pede não é anistia, mas um perdão para os envolvidos no golpe

Publicado em 1 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Anistia | Charge | Notícias do dia

Charge do Frank (ND+)

Carlos Pereira
Estadão

No discurso no ato da avenida Paulista no último domingo, Bolsonaro propôs passar uma “borracha no passado” … uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Se esquece ele, entretanto, que a anistia só faz sentido quando tanto o governo como a oposição têm a ganhar com isso.

Ou seja, quando o status quo conflituoso é pior para os dois lados e a alternativa, via anistia, representa a institucionalização de garantias de ganhos mútuos, como ocorrido na transição para a democracia no Brasil a partir de meados da década de 70.

PRINCIPAIS ATORES – No livro “Democracy and Market”, Adam Przeworski identifica quatro conjunto de atores políticos chaves para explicar os principais tipos de transição de regimes autoritários para regimes democráticos: se por ruptura, quando existiria uma quebra repentina e violenta com o passado autoritário; ou se por reforma, por meio de um processo intrincado de barganha e de negociação entre governo e oposição.

De acordo com Przeworski, no lado autoritário existiriam os “linha-dura”, que desejariam manter o regime autoritário sem grandes concessões, e os “reformadores”, que prefeririam iniciar um processo de liberalização que viesse a fortalecer sua posição dentro do novo regime.

Já do lado da oposição, existiriam os “moderados”, que desejariam a redemocratização mesmo compartilhando poderes com os reformadores, e os “radicais”, que condenariam qualquer tipo de barganha e defenderiam a democratização sem concessões.

DUAS POSSIBILIDADES – Se os linha-dura e os radicais forem os atores políticos mais fortes, o status quo autoritário tenderia a prevalecer ou as transições de regime se dariam por ruptura violenta com grande incerteza sobre o futuro democrático. Por outro lado, se reformadores e moderados forem os atores mais relevantes no jogo político, a liberalização democrática pacífica e pactuada tenderia a ocorrer.

Porém, para que um acordo entre reformadores e moderados se tornasse crível, era necessário haver a institucionalização de garantias, via um processo de anistia capaz de passar uma borracha tanto nas atrocidades da ditadura, como nas loucuras da guerrilha.

Além disso, a anistia seria acompanhada da reinclusão dos exilados, da abertura do sistema partidário e da construção de confiança e de garantias de que não haveria retaliações ou revanchismos de ambos os lados.

EXEMPLO DO BRASIL – A anistia durante a transição democrática no Brasil, portanto, interessava tanto aos reformadores, do lado autoritário, como aos moderados, do lado democrático.

Foi feita uma aliança, que posteriormente veio a desembocar na coalizão vencedora entre o PFL, dissidência reformadora do PDS/ARENA, e os moderados do PMDB, intitulada “aliança democrática”, por meio da candidatura de Tancredo-Sarney, contra os linha-dura autoritários e os radicais de esquerda.

A anistia proposta por Bolsonaro parece mais um pedido camuflado de perdão, pois o atual governo não teria o que ganhar com ela.

PEDINDO PERDÃO – O que Bolsonaro poderia oferecer? Evitar de atiçar o país por meio de atos e protestos gigantescos, como o ocorrido no último domingo? Engavetar o pedido de impeachment de Lula? Arrefecer as iniciativas legislativas de enfraquecimento dos poderes do STF?

Nenhum desses ganhos/ameaças são suficientes ou críveis para convencer o governo, legisladores e/ou os ministros do STF de que a anistia proposta por Bolsonaro valha a pena.

A pretexto de pedir anistia para os golpistas de 8 de janeiro, Bolsonaro na realidade estaria pedindo perdão para si próprio. Seria uma estratégia de escapar à responsabilização pela suposta autoria intelectual da tentativa frustrada de golpe, embutida numa demonstração de força que sugerisse um “custo elevado” para a sua eventual condenação e prisão.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Um bom artigo, mas parte de premissa falsa. No Brasil, já houve exemplos de anistia a apenas um dos lados, como nos casos das revoltas de Jacaréacanga e Aragarças, ambas no governo de Juscelino Kubitscheck. Era um perdão, mas concedido sob nome de anistia aos revoltosos, exatamente como agora, com a diferença de que desta vez a revolta nem chegou a eclodir(C.N.)

Declaração de Gilmar Mendes sobre Bolsonaro é motivo para impeachment

Publicado em 1 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Gilmar Mendes diz que declaração de Jair Bolsonaro sobre minuta do golpe  'parece' confissão; veja vídeo - Estadão

Gilmar Mendes descumpre a Lei Orgânica da Magistratura

Deu no  UOL

O comentário do Gilmar Mendes ministro do Supremo Tribunal Federal sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter feito uma confissão ao citar a minuta golpista em discurso no último domingo (25) é motivo para impeachment, disse o colunista Wálter Maierovitch no UOL News.

“Parece [que foi uma confissão], que todos sabiam”, disse o ministro Gilmar Mendes em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, sobre o discurso de Bolsonaro no evento da Avenida Paulista, quando o presidente se referiu à existência de uma minuta de decreto de Estado de Defesa.

DIZ MAIEROVITCH – “Infelizmente, estamos assistindo isso: ministros antecipando juízos fora dos autos. Isso não pode em um Estado Democrático de Direito. Vamos esquecer que ele é ministro e não podia falar, mas falou. Aliás, ele faz isso sempre. Para ele, Gilmar diz que ‘parece uma confissão’. Eu tiraria o ‘parece’, e ficaria com a ‘confissão’. Por quê? O próprio Bolsonaro quis justificar a minuta. Se ele quis justificar o ato de que existia a minuta, obviamente é uma admissão, uma confissão a respeito”, disse Wálter Maierovitch, considerado um dos maiores juristas brasileiros. E acrescentou:

“Vou mais longe: isso é motivo para impeachment. O juiz não pode contrariar a Constituição. Gilmar Mendes é um papagaio há muito tempo, como se ele fosse um formador de opiniões. Ele usa esse tipo de estratégia e qual o resultado? As pessoas, certamente, colocando o Supremo como tribunal político em que ministros se intrometem em tudo e que ministros pré-julgam, que é o que ele faz sempre […] Ele é um papagaio inoportuno, está o tempo inteiro contra a Constituição e atenta à lei orgânica da magistratura, que proíbe o juiz de se manifestar fora dos autos”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Importante comentário, enviado por José Guilherme Schossland. Esta não foi a primeira vez que Gilmar descumpriu a lei, nem será a última. Ele faz isso o tempo todo. Ministros desse tipo, como Alexandre de Moraes, estão pouco se lixando para a letra fria da lei. Eles estão acima da lei. Deveriam ser obrigados a consultar um psicanalista três vezes por semana, no mínimo. (C.N.)


Vítimas da ditadura dizem que fala e Lula sobre 1964 foi “desrespeito”

Publicado em 1 de março de 2024 por Tribuna da Internet

Lula: “A economia brasileira vai crescer pelo menos 3% em 2024 e superar as expectativas” | Partido dos Trabalhadores

Entrevista de Lula à RedeTV! não agradou à esquerda

Edoardo Ghirotto
Metropoles

 Vítimas da ditadura que tiveram papel fundamental para a busca da verdade e para a preservação da memória sobre o período expressaram decepção com as falas de Lula sobre os 60 anos do golpe de 1964, a serem lembrados em 31 de março. O presidente disse, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na terça-feira (27/2), que não ficará “remoendo” o episódio e que o regime militar “já faz parte da história”.

“O Lula não poderia ter falado isso. Ele tem que reconhecer a história desse país. Tem que reconhecer que houve resistência da nossa parte. Muitos companheiros e companheiras que almejavam a democracia foram assassinados pela força da repressão militar”, afirmou Amelinha Teles, ex-presa política e ex-integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos.

 Lula havia prometido na campanha que recriaria a Comissão Especial de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, extinta por Jair Bolsonaro nos últimos dias de governo, mas o Palácio do Planalto engavetou o assunto.

HISTÓRIA VERDADEIRA – “A ditadura faz parte da história, mas de uma história que não foi escrita. A verdade sobre ela não foi contada. As consequências do golpe de 1964 continuam presentes na sociedade, haja vista a tentativa de golpe do 8 de Janeiro”, lembrou Teles.

Diva Santana, outra ex-integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos, disse que a fala de Lula foi infeliz e que o Planalto nem sequer respondeu aos pedidos de audiência solicitados pelos familiares de vítimas da ditadura. “É muito descaso e desrespeito à cidadania e aos direitos humanos. Os familiares dos combatentes ao regime militar repudiam e não compreendem aonde o presidente quer chegar”, declarou Diva, que é irmã de Dinaelza Santana, uma das integrantes da guerrilha do Araguaia executadas pelo regime militar.

MEMÓRIA COLETIVA – Ex-deputado federal e filiado ao PT desde 1982, Gilney Viana ficou preso por aproximadamente dez anos durante a ditadura. Ele disse que Lula está equivocado ao desconectar o 8 de Janeiro do golpe de 1964.

“É preciso moer e remoer o golpe de 1964 até ele virar uma farinha. É preciso criar uma memória coletiva negativa do golpe. Só assim as tentativas de golpe não se repetirão”, declarou Viana. “Deixar esse tema morrer é matar de novo aqueles que morreram torturados. [O 8 de Janeiro] foi uma repercussão tardia da visão de tutela do Estado pelos militares ou do fato de que os militares devem opor vetos a determinados temas, como a memória e a verdade”, prosseguiu.

Ex-presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, o ex-deputado Adriano Diogo afirmou que a declaração de Lula é consequência da posição do STF de não revisar a Lei da Anistia. A decisão, tomada em 2010, manteve o perdão a militares que cometeram torturas e assassinatos na ditadura.

POSIÇÃO DO GOVERNO – “A declaração do Lula não é um fato isolado. É a posição do governo brasileiro”, disse Diogo, que foi preso e torturado pela ditadura e é filiado ao PT desde a fundação do partido.

“Essa interpretação da Lei da Anistia é a morte dos direitos humanos no Brasil. Foi em decorrência dessa decisão do STF que vieram todas as decisões de governos, como o esvaziamento da Comissão da Anistia e a extinção da Comissão de Mortos e Desaparecidos.”

Mais de 150 entidades que integram Coalização Brasil por Memória, Verdade, Justiça, Reparação e Democracia repudiaram, nesta quarta (28/2), as falas de Lula sobre a ditadura. Entre elas está o Instituto Vladimir Herzog e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Lula disse o que pensa. Houve uma anistia ampla, geral e irrestrita, que o povo e as próprias esquerdas saíram às ruas para exigir. Lula tem razão. É hora de olhar para a frente. (C.N.)


PIB cresceu 2,9% em 2023, puxado pelo agronegócio, na visão otimista do IBGE


Agronegócio: o que é, características, setores - Brasil Escola

O agronegócio teria crescido 15% em 2023, diz o IBGE

Carlos Rydlewski
Metrópoles

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que representa a soma das riquezas do país, apresentou estabilidade no quarto trimestre de 2023, não apresentando variação sobre o trimestre anterior. No ano, contudo, ele apresentou um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (1º/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando o desempenho do indicador. Houve incremento também na indústria (1,6%) e em serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

ACIMA DO ESPERADO – Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou que o resultado recorde da agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, teve influência do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura.

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse.

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das indústrias extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. Destaque também para eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.
BANDEIRA VERDE – “Houve condições hídricas favoráveis e a bandeira verde vigorou durante todo o ano de 2023. Além disso, o fenômeno climático El Niño aumentou a temperatura média, impactando o consumo de água e energia”, afirmou a pesquisadora. As indústrias de transformação (-1,3%) e a construção (-0,5%) fecharam o ano com queda.

Em serviços, todas as atividades tiveram crescimento, com destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados a Intermediação (6,6%). “As empresas seguradoras tiveram um ganho comparando os prêmios recebidos em relação aos sinistros pagos”, explica Rebeca.

Pela ótica da demanda, destaque para a Despesa de Consumo das Famílias, que avançou 3,1% em relação a 2022. A pesquisadora explica que o resultado tem influência da melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real, além do arrefecimento da inflação. “Os programas de transferência de renda do governo colaboraram de maneira importante no crescimento do consumo das famílias, especialmente em alimentação e produtos essenciais não duráveis.”, disse Rebeca.

INVESTIMENTO – Ainda sob a ótica de demanda, houve queda de 3,0% da Formação Bruta de Capital Fixo, com destaque para a queda de máquinas e equipamentos (-9,4%). Já a Despesa do Consumo do Governo teve crescimento de 1,7% no ano.

As Importações de Bens e Serviços caíram 1,2% em 2023 enquanto as Exportações cresceram 9,1%. “Aqui, nota-se a influência do crescimento da produção de milho e soja e da extração de petróleo e minério de ferro, importantes commodities nacionais”, elenca Rebeca. Já a taxa de investimento em 2023 foi de 16,5% do PIB, menor que em 2022. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 15,4% em 2023 (ante 15,8% no ano anterior).

Do total de valor corrente de R$10,9 bilhões do PIB, R$ 9,5 bilhões foram referentes ao Valor Adicionado a preços básicos, enquanto R$ 1,4 bilhão aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

ESTABILIDADE  – O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

Em Serviços, o grupo de Outras atividades de serviços (1,2%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%), Atividades imobiliárias (0,1%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,1%) apresentaram taxas positivas. Por outro lado, houve queda em Comércio (-0,8%), Transporte, armazenagem e correio (-0,6%) e Informação e comunicação (-0,1%).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente notícia, embora ainda não se veja reflexo dessa recuperação, pois as grandes cidades estão repletas de imóveis comerciais e residenciais para alugar. Nas principais metrópoles há bairros inteiros praticamente vazios, invadidos por cracolândias. E há previsões de queda para 1,8% em 2024,  que evidenciam uma realidade diferente e bem menos otimista do que os gráficos do IBGE presidido pelo ultrapetista Marcio Pochmann, se é que vocês me entendem. (C.N.)

Novo depoimento de Cid preocupa os militares investigados por golpe


PF deve marcar novo depoimento de Mauro Cid em breve | BASTIDORES CNN -  YouTube

Cid fez delação pela metade e terá de ser ouvido novamente

Bela Megale
O Globo

O clima de tensão entre militares investigados por arquitetar um golpe de Estado com Jair Bolsonaro impera nesta sexta-feira, com o depoimento do ex-comandante do Exército Freire Gomes à Polícia Federal. O interrogatório que tem causado maior temor entre os militares investigados, porém, é o do ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid.

Isso porque há, entre os militares alinhados a Bolsonaro, a expectativa é de que, nos novos depoimentos, Cid se debruce sobre o papel de cada integrante do Exército. Há a avaliação de que o ex-ajudante de ordens tentou preservar seus colegas das Forças Armadas envolvidos na trama golpista, mas que o avanço das investigações fará com que esses militares protagonizem um novo capítulo de sua delação.

OFICIAIS-GENERAIS – Nesta lista estão membros de alta patente, como os generais e ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Estevam Theophilo Oliveira.

O novo interrogatório de Cid ainda não foi marcado, porque a PF avaliou que era necessário avançar em outras frentes antes de ouvi-lo novamente, especialmente no depoimento de Freire Gomes, realizado nesta sexta.

Investigadores querem fechar todas as pontas do roteiro do golpe antes de convocar Mauro Cid. Se os esclarecimentos do ex-ajudante de ordens não forem considerados satisfatórios, o tenente-coronel pode perder os benefícios de sua delação e voltar para a prisão.

No Mês da Água, ABI intensifica a campanha pela aprovação da PEC 6/2021


01/03/2024


Por Geraldo Cantarino, da Comissão de Meio Ambiente da ABI

Março é considerado o Mês da Água. Afinal, no dia 22 deste mês é celebrado o Dia Mundial da Água. Instituída por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992, a data ressalta a importância da água doce e promove a gestão sustentável dos recursos hídricos.

A Associação Brasileira de Imprensa, por iniciativa de sua Comissão de Meio Ambiente, vai intensificar a sua Campanha pela Aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da Água Potável (PEC 6/2021), lançada há um mês.

O objetivo da campanha é mobilizar jornalistas e instituições da sociedade civil para que a emenda seja aprovada ainda este ano pelo Congresso Nacional. A PEC 6/2021 é de extrema importância para a sociedade brasileira. Ela propõe a inclusão do acesso à água potável entre os direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal. De acordo com dados do Censo 2022, publicados na semana passada, cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à rede geral de distribuição de água.

Essa emenda atende ao desejo de inserir na legislação nacional o direito à água como um direito humano. Importante marco, esse direito foi consagrado pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na Resolução 64/292, de 28 de julho de 2010, contando com o voto favorável do Brasil. Muitos países, inclusive da América Latina, como Uruguai, Equador, Bolívia, Costa Rica, Cuba e México, já incorporaram esse direito em suas legislações nacionais. Cabe agora ao Brasil, com um atraso de 14 anos, dar seguimento a esse movimento e introduzir o direito humano à água em sua Constituição Federal.

Inicialmente apresentada por senadores em 2018, a PEC recebeu aprovação unânime do Plenário do Senado em 2021 e agora está em tramitação na Câmara dos Deputados. Na semana passada, o presidente da ABI, Octávio Costa, enviou carta a vinte lideranças partidárias da Câmara dos Deputados solicitando o apoio e a máxima urgência na apreciação da matéria. A meta da campanha agora é fazer contato pessoal com deputados que participam do Colégio de Líderes – órgão responsável, entre outras atribuições, por definir a pauta de votações do Plenário da Câmara.

Simultaneamente, a ABI continuará o trabalho de sensibilizar a sociedade para a importância dessa emenda. Desde o seu lançamento em 1º de fevereiro, a campanha já recebeu apoio de associações e organizações como o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS), a Associação Cearense de Imprensa (ACI), a Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP), o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e a Universidade do Estado da Bahia.

Em recente entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o engenheiro e professor Léo Heller, coordenador de Cooperação Internacional do ONDAS, manifestou seu apoio à campanha da ABI, na qual colabora como embaixador científico. Heller foi Relator Especial dos Direitos Humanos à Água e ao Esgotamento Sanitário, das Nações Unidas, de 2014 a 2020. Ele explicou que, após uma resolução internacional, uma mudança precisa ser incorporada à legislação dos países e, a partir daí, influenciar as políticas públicas. “A expectativa é que, ao alterar a legislação brasileira, tenhamos políticas públicas mais alinhadas aos direitos humanos”, afirmou. Para ele, reconhecer a água como um direito humano colocaria em primeiro lugar aquelas populações que estão em situação de maior vulnerabilidade, como as que vivem em zonas rurais, periferias de grandes cidades e em situação de rua.

A campanha também recebeu o generoso apoio da cantora indígena da Amazônia, Djuena Tikuna, uma das maiores referências em música indígena no país. Ativista e produtora cultural, ela é a primeira jornalista indígena formada no estado do Amazonas. Djuena foi escolhida pela Comissão de Meio Ambiente da ABI como uma das embaixadoras da campanha e gentilmente autorizou o uso de sua imagem no material de divulgação.

A ABI convida a todos a se engajarem nessa campanha, especialmente neste mês de março, o Mês da Água, para que possamos pressionar os deputados e deputadas federais a votarem e aprovarem a PEC 6/2021. Defender o direito humano à água é defender a vida.

Contatos:
Região Sudeste: Zilda Cosme Ferreira, coordenadora da Comissão de Meio Ambiente da ABI: zildaf87@gmail.com
Brasília e Região Centro-Oeste: Armando Rollemberg: asrollemberg@gmail.com
Região Nordeste: Fabio Costa Pinto: fabiocostapinto.abi@gmail.com
Região Norte: Kátia Brasil: katia@amazoniareal.com.br
Região Sul: Lara Sfair: lara@vivavox.ppg.br

https://www.abi.org.br/no-mes-da-agua-abi-intensifica-a-campanha-pela-aprovacao-da-pec-6-2021/

Deri do Paloma: Desmentido pelo Senador Otto Alencar e Afundado em Degradação


Deri do Paloma: Desmentido pelo Senador Otto Alencar e Afundado em Degradação

Mentira descarada e desrespeito ao povo de Jeremoabo: O prefeito Deri do Paloma, em entrevista à rádio local, mentiu descaradamente ao usar o nome do político e irmão do senador Otto Alencar para promover a candidatura de seu sobrinho.

Desmascarado e sem escrúpulos: O senador Otto Alencar, na mesma emissora de rádio, desmentiu categoricamente as falas de Deri do Paloma, expondo a farsa e a falta de caráter do prefeito.

Continuidade do desgoverno: Como se não bastasse a mentira, Deri do Paloma ainda teve a petulância de declarar que o lançamento da pré-candidatura de seu sobrinho visa dar continuidade ao seu desgoverno, marcado por atos negativos e degradantes que afundaram Jeremoabo em descrédito.

Jeremoabo merece mais: A população de Jeremoabo não merece tamanha humilhação e descaso. É hora de virar a página e buscar um futuro melhor, livre da corrupção, da mentira e da incompetência que caracterizam a gestão de Deri do Paloma.

Chega de Deri do Paloma! Jeremoabo precisa de um líder honesto, capaz e comprometido com o desenvolvimento do município. É hora de escolher um novo caminho, com dignidade, respeito e progresso.

#ForaDeriDoPaloma #JeremoaboMereceMais #Eleições2024


A Fábula do Escorpião e o Prefeito: Uma Reflexão sobre Traição e Política


                                           Foto Divulgação -  Pinterest


"Dedé, a minha interpretação é a seguinte: a analogia feita a aniversário de galinha e raposa teve o sentido de dizer que Fábio era convidado para qualquer movimento, por outro lado,  devemos lembrar que a função social do prefeito é lidar com pobres e ricos, indistintamente, aí sim, neste contexto, o pobre é possível atribuir os termos usados, mas quanto a isso, digo: perdoai aqueles que erram por ignorância!

Seguindo as narrativas da fala do prefeito, o que entendi como sendo mais grave, foi ele dizer que Fábio só serve para ser Vice, ou seja, fazer o papel de degraus de escada, fazer base estrutural para que outros subam, está afirmação de que só serve como vice, para mim, foi um comentário inapropriado, já que elimina em definitivo, as pretensões de Fábio, em ascender ao cargo de chefe do executivo municipal, descartando dessa forma, quaisquer pretensões de realinhamento. 

Quanto ao pré-candidato, esse é herdeiro direto de tudo que o prefeito fez, principalmente, aquelas em que ambos são partes  do contexto". (Sic)

Nota da redação deste Blog -A Fábula do Escorpião e o Prefeito: Uma Reflexão sobre Traição e Política

Caro leitor,

A mensagem que você enviou , paço a analogia à fábula do escorpião e o sapo, levanta pontos importantes sobre a recente entrevista do prefeito Deri do Paloma e sua relação com Fábio. A fala do prefeito, de que Fábio só serve para ser vice, soa como uma traição, semelhante ao escorpião que pica o sapo mesmo após a promessa de não fazê-lo.

A Traição na Política:

Na política, como na vida, a traição é um tema delicado que pode ter consequências graves. A confiança é fundamental para qualquer relacionamento, especialmente entre aliados políticos. Quando essa confiança é quebrada, o relacionamento pode ser irreparavelmente danificado.

No caso do prefeito Deri e Fábio, a fala do prefeito pode ser interpretada como uma traição à confiança que Fábio depositou nele. O prefeito, em vez de reconhecer o apoio de Fábio, o descartou como um mero degrau em sua carreira política.

A Moral da Fábula:

A fábula do escorpião e o sapo nos ensina que algumas pessoas são incapazes de mudar sua natureza, mesmo que isso signifique prejudicar a si mesmas ou a outros. O escorpião, por sua natureza, pica, mesmo que isso signifique afundar com o sapo.

No caso do prefeito Deri, sua fala pode ser vista como um reflexo de sua própria natureza política. Ele pode ser alguém que, por ambição ou insegurança, é incapaz de manter a confiança e a lealdade aos seus aliados.

Reflexão Final:

A mensagem que compartilhei nos convida a refletir sobre a natureza da traição na política e sobre as consequências de confiar em pessoas que podem não ser confiáveis. É importante lembrar que a política, como qualquer outro campo da vida, exige honestidade, integridade e respeito.

Independentemente das motivações do prefeito, a mensagem que fica é que a traição, seja na política ou em qualquer outro contexto, é um ato que pode ter consequências graves.

É importante que os cidadãos sejam críticos e analisem as ações dos políticos com cuidado, para que possam escolher aqueles que são dignos de sua confiança.

A fábula do escorpião e o sapo serve como um lembrete de que nem todos são confiáveis e que devemos ter cuidado com quem colocamos nossa confiança.

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