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quinta-feira, setembro 01, 2022

Uso da máquina a apoio dos evangélicos fortalecem Bolsonaro e fazem Lula reagir


Lula defende mais verba para a saúde: “Compromisso que estou assumindo” | Partido dos Trabalhadores

Lula reforma campanha para tentar neutralizar Bolsonaro

Bruno Boghossian
Folha

Lula continua à frente nas pesquisas de intenção de voto, mas teve que fazer alguns movimentos para correr atrás de Jair Bolsonaro. Nos últimos dias, o petista testou um discurso para conter o domínio do presidente sobre o eleitorado evangélico, começou a erguer barreiras para limitar os dividendos eleitorais do Auxílio Brasil e ensaiou uma estratégia de reação na campanha digital.

Depois de meses em posição confortável, o ex-presidente sabe que não é mais possível jogar parado.

ALERTA LIGADO – Lula acumulou capital eleitoral, mas a máquina do governo, o arsenal retórico de Bolsonaro e a dinâmica das próximas semanas de campanhas devem fazer com que a disputa fique mais apertada até outubro.

O avanço acelerado do presidente entre os evangélicos foi um dos fatores que ligaram o alerta do PT. O partido acreditava que a economia cambaleante seria suficiente para manter parte dos fiéis afastada de Bolsonaro, mas passou a temer um aumento dos índices de rejeição a Lula nesse grupo do eleitorado.

Os petistas perceberam que teriam um prejuízo grande se deixassem Bolsonaro falando sozinho com esse público. A resposta, no entanto, pareceu fruto de improviso.

DEUS E O DIABO – O ex-presidente soltou a acusação de que o adversário é “possuído pelo demônio”, enquanto sua campanha lançou o questionável slogan “Deus usa Lula”.

Além de frear a recuperação de Bolsonaro entre os evangélicos, o petista também se mexeu para tentar manter o controle de seu principal bastião: o eleitorado de baixa renda. Ao lançar uma operação nas redes com o novo aliado André Janones, o ex-presidente espera frear o impulso que o Auxílio Brasil turbinado pode dar à campanha rival.

Os ataques pelo flanco conservador e o dinheiro despejado na arena eleitoral aumentaram o poder de Bolsonaro de influenciar o debate nesta etapa da disputa. Como líder nas pesquisas, Lula teria a oportunidade de ditar o tom da campanha, mas a máquina do presidente força o petista a gastar energia para resistir a suas ofensivas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Com a realização de debates, o quadro eleitoral muda com enorme rapidez. A grande dúvida agora é saber se Lula e Bolsonaro pretendem participar dos próximos debates. (C.N.)

Mais dinheiro público jogado fora pelo ralo da improbidade para fazer autopromoção e propaganda enganos do prefeito e seu seu vice prefeito.

 

Ver essa foto no Instagram

Os vereadores de Jeremoabo deveriaam ter o mínimo de responsabilidade e horar o cargao conseguido através do voto do povo.

Não tem cabimento diariamente o prefeito junto com seu vice prefeito, usar dinheiro público para além de autopromover-se, zombar da inteligência do povo com propaganda mentirosa.

Não respeitam  o povo, não rsepeitam os vereadores, zombam da justiça e quando alguém denuncia, usam da justiça para intmidar, como está acontecendo com os vereadores, que por denunciar um suposto crime de peculato praticado pelo prefeito usando máquinas da prefeitura para beneficiar uma sua propriedade, usou de denunciação para calar a voz rouca dessses mesmos vereadores.

Com atitude condenável  desrespeitosa, digana de quem não dispõe do mínimo de pudor e responsabilidade, usam as redes sociais, bancada com dinheiro do povo. para "ANUNCIAR A FALSA INAUGURAÇÃO DE UM LABORATÓRIO QUE NÃO EXISTE"; palhaçada de aculturado.de desocupado, de mentes insanas.

Escutem com atenção a PIADA  MUITO MAL CONTADA, DO PREFEITO E SEU VICE -PRRFEITO;

Usam o Instagram as custa do dinheiro suado do povo  para passar a falsa idéia que está inaugurando um Laboratório Municipal, quando a realidade é bem diferente, isso porque trata-se  de uma sala de coleta;   para quem tem o mínimo de conhecento sabe que laboratório tem que ter EQUIPAMENTOS, já o quiosque que o (des)governo está anunciando, só tem um microscóprio que não tem um contador, que  não conta nada, uma centrífuga e um computador, que nas suas insignificantes e enganosas palavras, trata-se de uma  Laboratório Municipal.

Pinóquio perde para esses artistas.

Aliás nisso é o mínmo, já faz parte da " embromation". basta observar que o aludido troca um refletor numa quadra, incendeia o mundo com fogos, faz a maior festa para inaugurar um refletor que troco, quando as ruas bem como os povoados da Zona rural contnuam nas escuras por falta de lâmbadas.

Será que o médico Simão Bacamarte  " O Alienista" de Machado de Assis baixou neses aloprados de Jeremoabo.

 

Novas regras para revisão após ação trabalhista são definidas pelo STJ

 

31/08 – 15:55 TRF-4 determina reativação do BPC/LOAS de idoso após cessão sem aviso

Após decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve…

31/08 – 11:15 Congresso pode aprovar MP que reabre prazo para migração dos servidores públicos federais para Funpresp

Nesta quarta-feira (31), o Congresso Nacional pode aprovar a Medida Provisória 1.119, que prevê um período para que servidores …

30/08 – 14:58 Projeto prevê garantia de contrato de trabalho por 90 dias após fim de auxílio-doença não acidentário

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1897/22, que garante a manutenção do contrato de trabalho para empregados que …

30/08 – 14:38 Gasto com reajuste para os servidores federais pode alcançar R$ 67 bilhões

O reajuste para o funcionalismo público deve custar mais do que o reservado (R$ 11,7 bilhões) pela equipe econômica do governo …

30/08 – 14:15 Novas regras para revisão após ação trabalhista são definidas pelo STJ

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30/08 – 14:12 Novas regras para concessão do auxílio por incapacidade temporária sem perícia médica

O INSS estabeleceu novas regras para que segurados solicitem auxílios por incapacidade temporária (o antigo auxílio-doença) se…

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30/08 – 12:10 Senado Federal aprova obrigatoriedade de tratamento fora da cobertura da ANS

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29/08 – 16:50 Anasps participa de encontro de realinhamento do INSS da região Nordeste

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu início nesta segunda-feira (29) em um hotel de Brasília (DF) uma reunião de al…

O cálculo arriscado de Bolsonaro por trás do ato de 7 de setembro em Copacabana

 


Protesto contra a corrupção na praia de Copacabana, em 2015. Na semana que vem, praia vai receber ato convocado por Jair Bolsonaro
Protesto contra a corrupção na praia de Copacabana, em 2015. Na semana que vem, praia vai receber ato convocado por Jair Bolsonaro

"No próximo dia 7, vamos todos às 15h estarmos presentes em Copacabana quando vamos dar um grito muito forte dizendo a quem pertence essa nação e que o que queremos é transparência e liberdade". A frase em tom de convocação foi dita pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) há pouco mais de duas semanas a uma plateia repleta de apoiadores no Rio de Janeiro.

Tradicionalmente, os presidentes da República celebram o feriado da Independência do Brasil em uma parada militar realizada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Neste ano, porém, Bolsonaro inovou. O presidente vem mobilizando sua militância para tomar as ruas do bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato que, segundo especialistas, poderá ser o ponto alto de sua campanha à reeleição até agora.

Mas por que Copacabana? Cientistas políticos e pessoas próximas ao comando da campanha do presidente apontam três fatores como os responsáveis pela celebração do 7 de setembro em uma das praias mais famosas do mundo: expectativa de apoio popular, imagens aéreas impactantes nacional e internacionalmente e suporte das Forças Armadas.

Mas eles também apontam alguns riscos: que os atos acabem afastando de Bolsonaro os eleitores indecisos — caso as manifestações sejam percebidas como ataques às instituições (como aconteceu no ano passado) ou caso ocorram episódios de violência.

Bolsonaro discursa para apoiadores em Brasília neste 7 de setembro
Bolsonaro discursa para apoiadores em Brasília no 7 de setembro de 2021: presidente disse que atos são um 'ultimato' aos demais Poderes da República

Parada militar e ato político

O ato em alusão ao feriado de 7 de setembro em Copacabana acontece em meio à disputa do primeiro turno das eleições presidenciais. Bolsonaro vem aparecendo em segundo lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar disso, a maior parte delas mostra que o presidente vem reduzindo a diferença que tinha em relação ao petista.

De acordo com a pesquisa do Instituto Datafolha mais recente, Lula tem 47% dos votos e Bolsonaro aparece com 32%, uma diferença de 15 pontos percentuais. Apesar disso, a pesquisa mostra que, em relação a maio, Bolsonaro vem reduzindo a distância para o petista. Naquele mês, a diferença era de 21 pontos.

Veja as últimas pesquisas eleitorais para presidente:

E é nesse cenário de aparente subida em suas intenções de voto que o ato em Copacabana vai ocorrer.

"Vai ser o maior ato da campanha dele até agora. Considerando as convocações e a mobilização da sua militância, não acredito que será algo pequeno o que irá ocorrer em Copacabana", afirma a cientista política Viviane Gonçalves, professora do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Montagem com Bolsonaro e Lula
Lula e Bolsonaro lideram as principais pesquisas de intenção de voto

Expectativa de apoio

Integrantes da equipe de campanha de Bolsonaro com quem a BBC News Brasil conversou nos últimos dias enfatizaram que a expectativa de apoio popular maciço em Copacabana foi um dos fatores que levaram à escolha da área para o ato. Eles citam a grande concentração de aposentados e militares reformados que vivem no bairro, um público majoritariamente bolsonarista.

Para a doutora em Ciência Política pela PUC de São Paulo Deysi Cioccari, a escolha de Copacabana como palco desse ato foi estratégica.

"Nesse bairro, Bolsonaro tem um apoio muito maior. É uma região do Rio que é concentradamente bolsonarista", explicou a especialista.

Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Bolsonaro teve 61,43% dos votos na zona eleitoral que compreende o bairro de Copacabana contra 38,57% do então candidato petista Fernando Haddad.

Viviane Gonçalves aponta que Copacabana também remonta a memória das manifestações em favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e as demonstrações de apoio a Bolsonaro esde 2018.

"O bairro evoca essa memória de pontos altos do antipetismo e do bolsonarismo", explicou a professora.

Impacto nacional e internacional

Outro elemento citado pelas especialistas e pela equipe de campanha de Bolsonaro é o potencial impacto que uma manifestação em Copacabana pode gerar na comparação com outros locais do Brasil como a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ou a Avenida Paulista, em São Paulo. A ideia, segundo eles, é que o ato sirva como uma demonstração de que Bolsonaro tem apoio popular e que essa imagem repercuta dentro e fora do país.

"Em Copacabana, até pela geografia, com ruas mais estreitas, é mais fácil você dar a impressão de que uma manifestação está lotada. Em Brasília, cheia de espaços amplos, é muito mais difícil", disse Viviane Gonçalves.

Segundo ela, com as ruas de Copacabana lotadas, a campanha deverá fazer imagens aéreas e divulgá-las no material de campanha do candidato.

Para Deysi Cioccari, as imagens de ruas lotadas em Copacabana serão usadas para fortalecer a narrativa da campanha de Bolsonaro.

"Não se trata tanto de quantos votos ele vai conseguir ganhar, mas de reforçar essa narrativa (de apoio popular), especialmente nas redes sociais, onde Bolsonaro se mostra mais eficiente do que seu adversário", afirmou a especialista.

Nos bastidores da campanha de Bolsonaro, o possível impacto internacional também esteve presente no cálculo que definiu Copacabana como o grande palco do 7 de setembro de Bolsonaro.

A tese é de que Copacabana é um dos pontos turísticos mais conhecidos do Brasil em todo o mundo. A imagem das ruas do bairro lotadas em apoio a Bolsonaro teria, segundo a campanha, mais impacto internacional do que se o ato fosse na Avenida Paulista ou em qualquer outro ponto do país. Essa demonstração de apoio poderia, segundo integrantes da campanha, diminuir as resistências que alguns países vêm demonstrando em relação a Bolsonaro nos últimos meses.

Tanto Viviane quanto Deysi ponderam, contudo, que o sucesso do ato vai depender de um fator importante: a forma como a manifestação se desenrolar.

No ato de 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro fez críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que foram interpretadas como ameaças ao Judiciário. Neste ano, integrantes da campanha do presidente avaliam que esse tipo de discurso afasta eleitores indecisos, essenciais para que Bolsonaro seja reeleito.

Bolsonaro com as mãos levantadas para o ar
Presidente discursou para militantes pró-governo em Brasília antes de ir a São Paulo, em 2021

"Se houver vandalismo ou outro tipo de violência, isso pode acabar afastando o eleitor indeciso que o Bolsonaro tanto está procurando", afirmou Viviane Gonçalves.

"Caso seja um ato ordeiro, pacífico e efetivamente lotado, isso pode ter um impacto positivo importante para ele (Bolsonaro), especialmente em uma campanha tão curta como a que temos hoje em dia", afirmou Deysi Cioccari.

Veículo blindado da Marinha com Congresso ao fundo
Veículos militares foram exibidos em dia de votação delicada no Congresso, em agosto de 2021

Apoio militar garantido

O terceiro ponto elencado como determinante para a escolha de foi a disponibilidade das Forças Armadas em organizar eventos na cidade durante o 7 de setembro.

Em nota enviada à BBC News Brasil, o Ministério da Defesa disse que, no Rio de Janeiro, haverá uma parada naval com desfile de navios militares na orla da cidade, um show da Esquadrilha da Fumaça, salto de paraquedistas, apresentação de bandas militares e execução de salva de tiros.

Um dos roteiros previstos da parada naval é que ela comece na Baía de Guanabara e se passe pela Praia de Copacabana. Tradicionalmente, essa parada era realizada no período da manhã, mas a expectativa é de que ela ocorra à tarde, coincidindo com o evento convocado por Bolsonaro.

Em princípio, o desfile de veículos blindados que estava previsto para ser realizado no Centro do Rio não deverá acontecer e também não deverá ser transferido para Copacabana.

A BBC News Brasil perguntou sobre os custos da mobilização militar no Rio de Janeiro em razão do 7 de setembro, mas a pasta não respondeu.

Além dos eventos no Rio, o ministério disse que serão realizados atos nas demais capitais do país e nas cidades de Aparecida de Goiânia (GO) e Paracatu (MG).

Para Viviane Gonçalves, a presença dos militares nos festejos em Copacabana reforça a vinculação da imagem de Bolsonaro com as Forças Armadas.

"A participação dos militares era esperada porque isso faz parte da imagem que ele propaga. Tanto é assim que uma das músicas de sua campanha cita o fato de ele ter sido capitão do Exército. A ida dos militares reforça esse vínculo forte entre a imagem dele e dos militares. Será uma demonstração de força", explica a especialista.

- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62747326

YAHOO

STF decide que MP não tem exclusividade em ações de improbidade



No plenário, entendimento foi referendado por 8 votos a 3

Por André Richter 

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou hoje (31) que o Ministério Público (MP) não tem exclusividade para ajuizar ações de improbidade administrativa para reparar danos aos cofres públicos.

Conforme a decisão, além do MP, os processos também podem ser ajuizados por pessoas jurídicas interessadas na reparação dos prejuízos. 

O resultado do julgamento foi obtido a partir de voto proferido pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. O caso começou a ser analisado no dia 24 deste mês. 

Em fevereiro, Moraes concedeu liminar para retirar a exclusividade. No plenário, o entendimento foi referendado, por 8 votos a 3, pelos demais ministros. 

As ações que motivaram a decisão foram protocoladas pela Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) e pela Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe).

As entidades questionaram os dispositivos da Lei 14.230 de 2021, norma que promoveu alterações na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429 de 1992), que retiraram a prorrogativa dos próprios entes lesados, como estados, municípios e órgãos públicos, para propor as ações. 

Além de suprimir a prerrogativa dos entes, as associações alegaram afronta à autonomia da advocacia pública e argumentaram que os demais interessados não podem ficar à mercê da atuação do MP.

Agência Brasil

Bolsonaro corta investimentos para reservar R$ 19,4 bilhões do orçamento secreto




O presidente Jair Bolsonaro cortou verbas destinadas a investimentos públicos para reservar R$ 19,4 bilhões em emendas do orçamento secreto no ano que vem. O projeto de Orçamento de 2023, enviado pelo governo ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, 31, prevê o uso dessas verbas para o cumprimento do mínimo de gastos em saúde e até para o reajuste dos servidores públicos.

O orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão, consiste no pagamento bilionário de emendas sem transparência. Congressistas indicam os recursos para abastecer redutos eleitorais, conforme uma divisão feita pela cúpula do Legislativo. O governo, por sua vez, faz a liberação em troca de apoio político. As verbas começaram a ser pagas em 2020.

Esta é a primeira vez que o recurso entra de largada no Orçamento proposto pelo Executivo. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso e sancionada por Bolsonaro no início de agosto, impôs a reserva. Nos anteriores, o valor foi incluído durante a tramitação do Orçamento pelo Congresso cortando outras despesas, incluindo aquelas destinadas ao pagamento de salários e aposentadorias, e foi sancionado pelo presidente na sequência.

Na prática, a inclusão do orçamento secreto na proposta forçou o corte de outras despesas. O valor de investimentos públicos federais ficou em R$ 20 bilhões, o menor nível da história - ano passado, a quantia apresentada no projeto foi de R$ 24 bilhões. O aumento do volume dependerá do Congresso e poderá ser capturado pelo orçamento secreto. Geralmente, as emendas aumentam os investimentos, mas são cada vez mais destinadas ao custeio dos órgãos públicos.

Na apresentação feita à imprensa, o Ministério da Economia mostrou um gráfico com os valores destinados aos investimentos e escreveu que a "redução em relação ao PLOA 2022 se deve à diminuição da base de despesas discricionárias (RP 2), afetada pela reserva de RP 9 e redução de projetos qualificados como em andamento". A pasta ressaltou que a reserva das emendas de relator pode ser revertida em investimentos pelo Congresso. Sem considerar as emendas, as despesas que não são obrigatórias e podem ser manejadas no Orçamento (chamadas tecnicamente de discricionárias) caíram de R$ 98,6 bilhões em 2022 para R$ 83 bilhões em 2023 no projeto.

O governo colocou R$ 10,4 bilhões para as despesas da saúde no guarda-chuva das emendas de relator-geral. É uma estratégia para cumprir o piso mínimo obrigatório de recursos para o setor. Na prática, além dos investimentos, o orçamento secreto também acabou capturando as despesas da saúde, como o Estadão antecipou. Além disso, o Executivo colocou R$ 3,5 bilhões destinados ao reajuste de servidores na emenda RP9. O Congresso poderá mexer nesses recursos para atender ao interesse dos parlamentares. Dessa forma, os valores obrigatórios da saúde e do reajuste salarial não estão garantidos - nem tampouco dos investimentos.

Além dos investimentos, as emendas também impediram o aumento do orçamento no Auxílio Brasil. O programa foi enviado com uma verba de R$ 105,7 bilhões para o ano que vem, suficiente apenas para pagar o benefício mensal de R$ 400, e não de R$ 600, como prometido por Bolsonaro na campanha à reeleição. No total, o Congresso poderá carimbar R$ 38,8 bilhões em emendas no ano que vem, incluindo as indicações individuais, de bancada e do orçamento secreto.

'Políticas públicas'

O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou nesta quarta-feira que as emendas de relator estão cada vez mais ligadas às políticas públicas.

Reportagens do Estadão, porém, revelaram que tratores, caminhões de lixo, escolas, ônibus escolares e poços de águas foram comprados ou instalados por valores acima do mercado e em processos investigados por órgãos de controle. O esquema de corrupção no Ministério da Educação, também revelado pelo Estadão, usou orçamento secreto. (Com Eduardo Rodrigues, Antonio Temóteo e Lorenna Rodrigues)

Estadão / Dinheiro Rural

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