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domingo, janeiro 02, 2022

Cúpula do PSB se irrita com intransigência do PT e abre negociação com PDT de Ciro


PSB 40

Carlos Siqueira não aceita que PSB seja “reboque” do PT

Vera Rosa
Estadão

Diante do impasse para fechar aliança com o PT em Estados definidos como “joias da coroa”, a cúpula do PSB decidiu fazer um movimento paralelo. Quer filiar o ex-governador Geraldo Alckmin, mas pode agora oferecê-lo como “dote” ao PDT de Ciro Gomes. Dirigentes do PSB procuraram o comando pedetista e marcaram um almoço para a próxima semana, em São Paulo, na tentativa de abrir novo canal de negociação.

Sem partido desde que deixou as fileiras tucanas, no último dia 15, Alckmin prefere entrar no PSB e ser vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto, em 2022. Mas, como a cada semana surge um problema, tanto ele como os líderes da sigla saíram em busca de alternativas.

CANDIDATOS PRÓPRIOS – A ideia é dar um ultimato ao PT e mostrar que os socialistas não estão dispostos a abrir mão de candidaturas próprias em Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul, por exemplo.

Nas conversas, acenam com a hipótese de montar uma federação e casar de papel passado com o PDT, o PV e a Rede até as eleições de 2026. Fundadora da Rede, a ex-ministra Marina Silva, que amargou derrotas na últimas três disputas presidenciais, tem se aproximado de Ciro, embora deteste o marqueteiro da campanha, João Santana, autor de agressiva estratégia contra ela em um passado não muito distante.

O movimento do PSB é visto com ceticismo pelos petistas, para quem tudo não passa de um jogo de cena do grupo do presidente do partido, Carlos Siqueira, para valorizar o passe. Siqueira tem dado declarações duras desde o último encontro com Lula, há 11 dias.

PT INDEFINIDO – O presidente do PSB disse, por exemplo, que o PT precisa decidir se seu objetivo é “formar uma frente ampla” para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e eleger Lula ou se é “disputar os governos nos Estados” e tratar como adversário quem pode ser seu principal aliado.

“Esse negócio do PSB com o PT não tem como dar certo, mesmo porque Lula, com 46% (das intenções de voto), acha que já está com a mão na taça”, disse ao Estadão o presidente do PDT, Carlos Lupi. “Nós vamos conversar. Acho que o PSB tem muito mais afinidades com o PDT.”

Não está claro, ainda, qual papel Alckmin desempenharia em um arranjo assim. Motivo: há, nos bastidores, forte pressão da bancada de deputados federais do PDT para que Ciro desista da candidatura à sucessão de Bolsonaro, caso não consiga decolar até março. O ex-ministro enfrenta dificuldades para se mostrar competitivo no pelotão da terceira via, principalmente depois da entrada do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) no páreo presidencial.

‘INDESISTÍVEL’ A portas fechadas, parlamentares do PDT observam que, ao invés de ter candidato próprio ao Planalto, o partido deveria privilegiar a distribuição de recursos para os concorrentes à Câmara. O tamanho da bancada influencia na divisão do fundo eleitoral entre as legendas.

“Eu não sei o que o PSB vai querer, mas Ciro não desiste e eu também sou ‘indesistível’. Para não ter mais esse tititi, quero deixar claro: não estamos gastando esse dinheiro todo com o João Santana para nada”, afirmou Lupi.

Para frear o aumento das especulações sobre a retirada de Ciro, principalmente após a operação da Polícia Federal que o alvejou, a cúpula do PDT decidiu criar um fato político.

LEMBRAR BRIZOLA – Em uma estratégia antecipada, o partido fará o pré-lançamento da candidatura de Ciro, em Brasília, no dia 21 de janeiro de 2022. No ato, o PDT vai apresentar a nova marca da campanha, que pretende transformar o estilo brigão e explosivo do ex-ministro em ativo eleitoral.

Um dia depois, em 22 de janeiro, o partido homenageará o ex-governador Leonel Brizola, que completaria 100 anos na data.

O PDT precisa de um palanque forte para Ciro em São Paulo e também está conversando com Guilherme Boulos, do PSOL, partido que sempre se opôs a Alckmin. Pode apoiá-lo na disputa ao Palácio dos Bandeirantes.

CIRO E ALCKMIN – O ex-governador e Ciro, por sua vez, se dão muito bem e têm uma afinidade regional: os dois são de Pindamonhangaba, cidade do interior paulista. Uma aliança para que Alckmin seja vice nessa chapa, porém, é considerada difícil.

O ex-tucano também já foi convidado para se filiar ao Solidariedade, ao PSD do ex-ministro Gilberto Kassab, ao União Brasil e ao próprio PDT, mas continua preferindo o PSB. Só que os embaraços para a formação da federação de partidos com o PT – um casamento que precisa durar no mínimo quatro anos – têm atrapalhado o avanço das negociações.

Ao oferecer Alckmin como vice de Lula, o PSB exigiu o apoio do PT a seus candidatos aos governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Acre. Os petistas não aceitam esse acordo.

DISPUTA PAULISTA – Os dirigentes do PT avaliam que, pela primeira vez, o partido tem chances de derrotar o PSDB na corrida ao Bandeirantes, com Fernando Haddad. Irritada com as exigências do grupo de Siqueira, a direção petista também decidiu esticar a corda e lançar o senador Humberto Costa ao governo de Pernambuco.

“O Brasil não pode ficar submisso a vontades pessoais”, argumentou o ex-governador de São Paulo Márcio França, amigo de Alckmin e pré-candidato do PSB ao Bandeirantes. Na prática, a aliança entre o PT e o PSB para montar a dobradinha dos sonhos de Lula tem sido comparada agora a um jogo de estratégia.

Trata-se de uma batalha na qual todos querem conquistar territórios. “Mas precisamos encaixar as engrenagens partidárias”, avisou França. Como se vê, 2022 bate à porta e a nova temporada, na política, ainda é de muitas incertezas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como dizia Machado de Assis, a confusão é geral. Por enquanto, está tudo no ar, em matéria de coalizões. (C.N.)

Moro tem obrigação de revelar as “coisas erradas” que Bolsonaro tentou exigir que fizesse

Publicado em 2 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET | Archives | 2020 | maio | Page 32

Charge do Paixão (Gazeta do Povo)

Carlos Newton

Como era de se esperar, o ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos, tem sido vítima das mais disparatadas “fake news”, para destruir sua imagem pessoal. A criatividade é tamanha que já inventaram que Moro atuaria no Brasil como espião da agência de inteligência americana CIA, vejam a que ponto chegamos.

O objetivo dessas “fake news” é evitar que o candidato continue conquistando votos de quem não admite votar num desqualificado como o ex-presidente petista Lula da Silva, que chefiou o maior esquema de corrupção já visto no mundo, nem reeleger um presidente irracional, debochado e volúvel como Jair Bolsonaro, que já trocou de partido nove vezes e hoje está no PL de Valdemar Costa Neto, considerado um dos ícones da corrupção à brasileira

Na última semana do ano, ao sair em defesa de um aliado, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), alvo de “fake news” envolvendo o doleiro Alberto Youssef, investigado na Lava Jato, o ex-juiz Moro acabou fazendo uma denúncia gravíssima contra o presidente Bolsonaro, que precisa ser melhor detalhada.

“FAKE NEWS” – Em entrevista à rádio Capital, de Mato Grosso, Moro explicou que a denúncia da doação que teria feita à campanha de Alvaro Dias era coisa antiga, de 1998, investigada e arquivada pelo Ministério Público, e na época nem se sabia quem era Youssef, que tinha duas empresas e somente anos depois é que se descobriu que atuava também como doleiro.

Em seguida, o ex-juiz Moro Moro afirmou à rádio que essas informações estão aparecendo porque “não se tem o que falar” sobre o seu trabalho no combate à corrupção e na liderança da Operação Lava Jato.

“Agora, me acusam de ajudar o doleiro Youssef. A verdade é uma só: eu mandei prender Youssef”, ironizou, dizendo que prendeu duas vezes o doleiro. “Se eu não tivesse feito isso, ele nunca teria respondido pelos seus crimes”, lembrando que em 2015 condenou o doleiro a cinco anos de prisão por lavagem de R$ 1,16 milhão do mensalão no governo Lula.

“COISA ERRADA” – A grande surpresa surgiu no seguimento da entrevista à emissora de Mato Grosso, quando Moro voltou a citar o tempo em que chefiou o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Ao comentar sobre seu desembarque do governo, o ex-juiz afirmou que logo no início do mandato, passou a não ter mais o apoio do presidente da República e chegou a sofrer até sabotagem, revelando que o chefe do governo queria que ele fizesse “coisa errada”.

“Quando chegou o momento que era me dada a escolha ‘ou você fica como cúmplice de coisa errada […] ou você sai’, eu preferi sair”, disse.

Moro não esclareceu a “sabotagem” sofrida, mas presume-se que se trate da falta de apoio do presidente ao chamado Pacote contra o Crime, que encaminhou ao Congresso quando era ministro, nem esclareceu quais seriam os pedidos do presidente para que fizesse “coisa errada”.

PROTEÇÃO AOS FILHOS – O mais provável é que Moro esteja se referindo ao fato de que o presidente pretender impedir que seus filhos fossem investigados, porque, na sequência da entrevista, fez a seguinte observação:

“O próprio presidente reclamou esses dias dizendo que eu não protegia a família dele da Polícia Federal, da Receita Federal, o que é um absurdo. Ninguém tem que ser protegido de nada. Se alguém cometeu coisa errada, tem que ser investigado e a pessoa tem que ser responsabilizada”, assinalou.

Bem, devido à gravidade do assunto, esse tipo de acusação não pode ficar no vazio. De toda forma, o ex-juiz tem obrigação de esclarecer a que está se referindo, especificamente, quando diz que o presidente tentou exigir que fizesse “coisa errada”.

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P.S. – Sabe-se que muitas “coisas erradas” foram feitas no próprio Planalto, como a reunião do presidente Bolsonaro com o ministro Augusto Heleno, da Gabinete de Segurança Institucional, o delegado Alexandre Ramagem, diretor da Abin, e a advogada Luciana Pires, que defende Flávio Bolsonaro, um encontro que nada teve de republicano. Mas quem se interessa? (C.N.)

sábado, janeiro 01, 2022

O Cafezinho



E lá se foi 2021, o ano em que o Centrão colocou o presidente Jair Bolsonaro na coleira…

Publicado em 1 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro na coleira do Centrão - Carlos Latuff - Brasil 247

Charge do Latuff (Brasil 247)

Malu Gaspar
O Globo

Quando 2021 começou, o ministro Paulo Guedes dizia que a economia brasileira estava iniciando uma recuperação “em V”. Jair Bolsonaro foi na contramão: “O Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda… Teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter”.

Guedes tentou contemporizar (em relação às finanças, e não à mídia, claro). Disse que o presidente estava se referindo apenas ao setor público, em situação difícil depois dos “excessos de gastos cometidos pelos governos anteriores”. E, procurando se mostrar no controle da situação, garantiu que o auxílio emergencial só seria prorrogado se fosse possível manter o teto de gastos e que não haveria reajustes aos servidores públicos.

DERRUBAR MAIA – Numa coisa, porém, o presidente e o ministro concordavam: era preciso derrubar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia tinha aprovado a reforma da Previdência que o governo queria, mas Guedes achava que ele boicotava as privatizações e a reforma tributária. Se tivessem um amigo no controle, pensavam presidente e ministro, o governo decolaria.

Eles conseguiram. No início de fevereiro, Arthur Lira (PP-AL) foi eleito, inaugurando uma nova era no Congresso. Mas o governo não decolou.

Com a prestimosa ajuda do Congresso, o Executivo acochambrou o teto de gastos. Oficializou o calote parcelado dos precatórios judiciais. Estendeu o programa de renda emergencial e acabou com o Bolsa Família, criando o Auxílio Brasil.

REAJUSTE PRIVILEGIADO – Também anunciou um reajuste salarial aos policiais federais, levando as outras categorias a ameaçar greve geral em pleno ano eleitoral. Para evitar um tarifaço nas contas de luz, autorizou um socorro de R$ 15 bilhões ao setor elétrico. Reforma tributária, administrativa e privatizações ficaram para as calendas.

Fora da seara econômica, Bolsonaro dilapidou as instituições de controle da corrupção, da proteção ao meio ambiente, do patrimônio histórico e do sistema educacional. Domesticou o Exército, trabalhou duro para destruir a credibilidade das nossas eleições e, no 7 de Setembro, tentou dar um golpe no Supremo Tribunal Federal.

Mas nada disso o abalou no cargo, porque Bolsonaro tinha Arthur Lira.

ORÇAMENTO SECRETO – Empoderado pelos R$ 11 bilhões do orçamento secreto — distribuídos segundo critérios imperscrutáveis a uma lista igualmente sigilosa de parlamentares —, Lira relegou Paulo Guedes a um nível de irrelevância que Rodrigo Maia jamais pensou em conseguir. Segurando a chave da gaveta que guarda os 143 pedidos de impeachment de Bolsonaro, colocou o presidente da República na coleira.

Com ela, Lira e o Centrão deixam que Bolsonaro esbraveje contra as urnas eletrônicas, mas na hora H sepultam o voto impresso no plenário da Câmara. Deixam que vá aos palanques contra ministros do Supremo, mas nos bastidores avisam que não sustentarão quarteladas. Permitem que o presidente lance suspeitas contra a vacinação, mas, quando o eleitorado reage, afirmam que a palavra final cabe aos técnicos.

Considerando o histórico dos três anos de governo Bolsonaro, até que demorou para o Centrão tomar conta de tudo. Mas o bloco não está no poder há tantos governos à toa. Lira e seus aliados sabem exatamente o que é preciso fazer para atravessar Presidências sem perder o comando.

O ANO DO FUTURO – Se 2021 foi o ano em que o Centrão tutelou Bolsonaro, 2022 será o ano em que decidirá seu futuro. Uma decisão que dependerá de diferentes variáveis, mas principalmente do próprio presidente.

Um presidente que chega ao final de 2021 da mesma forma como entrou, agindo como se não pudesse fazer nada — quanto à tragédia das chuvas na Bahia, quanto ao aumento do funcionalismo, quanto à vacinação de crianças.

Difícil acreditar que Bolsonaro não saiba o que está fazendo. É mais provável que acredite que o casamento com o Centrão vá protegê-lo da derrota em 2022. Talvez o que lhe falte seja a noção de que, em alguns meses, com o fundo eleitoral e o orçamento secreto devidamente distribuídos, essa união poderá não ser mais tão interessante. Será nessa hora que os aliados decidirão se continuam a trabalhar pela reeleição do presidente ou se o abandonam pela estrada, com coleira, com Paulo Guedes, com tudo.

Bolsonaro errou ‘bastante’ e pode ficar fora do 2º turno, afirma Kassab, ex-aliado

Publicado em 1 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

gilberto kassab

Kassab acha que Jair Bolsonaro tem se desgastado muito

Marcelo de Moraes
Estadão

Conhecido por sua capacidade de antecipar cenários políticos, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, não descarta a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro ficar fora do segundo turno da disputa de 2022. Para Kassab, que aposta no projeto de candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Bolsonaro tem “errado bastante” e isso está ampliando seu desgaste político no eleitorado.

“Ele tem errado bastante. Tanto que tinha 60, 70% de aprovação e, hoje, tem 20%. Acho que ele tem uma chance grande de não ir para o segundo turno”, disse Kassab. “Veja o desgaste dele com a pandemia, com o número de desempregados. Não vejo chance de crescimento. Acho que o teto máximo dele é 22, 23%. E acredito que poderá cair mais.”

GOZANDO FÉRIAS – Ex-prefeito de São Paulo, Kassab cita como mais recente erro de Bolsonaro sua ausência na Bahia para acompanhar a situação dramática vivida no Estado por causa das fortes chuvas. Trata-se de uma tragédia que já matou pelo menos 25 pessoas e deixou milhares de pessoas desabrigadas.

“Agora, por exemplo, a população vê o presidente num jet ski enquanto a Bahia está lá, debaixo d’água”, criticou Kassab, que foi ministro das Comunicações no governo de Michel Temer e das Cidades na gestão de Dilma Rousseff.

“Não estou dizendo que ele não deva ter férias. Mas acho que qualquer outro que fosse presidente teria interrompido as férias. É um gesto importante mostrar a solidariedade do governo. A boa política mostra que ele devia estar presente lá porque precisa dar o exemplo.”

CANDIDATURA PRÓPRIA – Apesar do cenário político em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as pesquisas, seguido por Bolsonaro, Kassab garantiu que o PSD manterá suas fichas na candidatura de Rodrigo Pacheco, que não têm crescido da forma esperada pelo partido.

“Ele é uma pessoa inteligente, que tem experiência administrativa pública e privada. Tem liderança política, tem protagonismo, tem tribuna. O perfil dele é bom”, insiste o fundador e presidente nacional do PSD.

Feira: Pesquisadores da Uefs desenvolvem aplicativo para monitorar as chuvas

Feira: Pesquisadores da Uefs desenvolvem aplicativo para monitorar as chuvas
Foto: Divulgação

As fortes chuvas que caíram na Bahia nas últimas semanas fizeram com que pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) desenvolvessem, em tempo recorde, apenas três dias, um aplicativo de monitoramento, em tempo real, das águas.  A tecnologia irá ajudar no planejamento de ações e prioridades na reconstrução e atendimento as vítimas das enchentes, além de fornecer informações que irão ajudar no desenvolvimento de outras pesquisas ambientais. As informações estão disponíveis para toda a população (veja aqui).

 

A iniciativa de produzir uma solução tecnológica que pudesse apoiar as ações de defesa civil e dos gestores da Bahia, monitorando as chuvas e os reservatórios baianos surgiram no PPGM - Programa de Pós Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente da Uefs, que, com a ajuda da Start-up Geodatin, empresa de Geotecnologias criada por ex-estudantes do PPGM-UEFS envolvidos no Programa Mapbiomas, e atual parceira do PPGM em vários projetos.

 

 O professor doutor Washington Rocha, que coordena o núcleo de pesquisa da PPGM ressalta a parceria e a agilidade da empresa em realiza o projeto. "A Geodatin idealizou o portal e o desenvolvimento dos seus códigos, tendo retornado em três dias com um sistema já operacional. A empresa, que mantém um Acordo de Cooperação Técnico Científica com o PPGM/UEFS, se encontra incubada no Parque Tecnológico da Bahia, na Áity Incubadora, sob a gestão da Agência de Inovação da UNEB".

 

O aplicativo criado serve para monitorar os dados disponíveis no Portal da ANA - Agencia Nacional de Águas, referentes às chuvas e  aos níveis de agua nos reservatórios do estado, apontando, em tempo quase real, quando essas medidas atingem certos valores considerados críticos e que requerem maior atenção tanto das autoridades gestoras, quanto das lideranças locais. Há ainda um mapeamento das áreas potencialmente inundadas, a partir de dados de imagens de satélite, mostrando os locais que foram afetados pelas inundações.

 

O professor Washington explica também que por serem informações públicas e abertas devem e podem ser utilizadas pela população para manter-se devidamente informada sobre eventos que mereçam atenção, "em vez de dar crédito a notícias de origem e teor duvidoso". Mas o caráter técnico e científicos dos dados e das analises disponíveis serve de subsídio aos órgãos gestores no planejamento de ações e definição de prioridades, junto com outros dados estratégicos e de inteligência. O acervo de dados também deve alimentar abordagens complementares feitas por outros pesquisadores em temas correlatos e em projetos científicos e aplicados, sobretudo, envolvendo desastres ambientais.

 

Atualmente o monitor das águas enfatiza os locais onde houve aumento expressivo nas chuvas, nas ultimas 48 horas, atingindo marcas de 50 e 100 milímetros por dia. A ideia do monitor das águas surgiu com a mobilização das universidades públicas baianas em colocar a ciência a serviço da população, colaborando com os órgãos que estão coordenando as ações de defesa civil no Estado, com lideranças municipais, com profissionais da imprensa e com outros pesquisadores que estão voltados para o tema.

Bahia Noticias

Ano de 2021 foi marcado pela desorientação governamental e pela insatisfação popular

Publicado em 1 de janeiro de 2022 por Tribuna da Internet

Entrevista Sérgio Amaral | Um Brasil

Charge do Adão (site Um Brasil)

Pedro do Coutto

O ano de 2021, que terminou na meia-noite de ontem, passagem de 31 de dezembro para primeiro de janeiro, foi marcado especialmente por uma desorientação geral do governo Bolsonaro que prejudicou fortemente a população brasileira, seja pelo congelamento de salários, pela alta dos preços e até pela obstrução à aplicação das vacinas essenciais à vida humana.

Além disso, o Congresso marcou a sua atuação por uma confusão absoluta. Fatiou a emenda constitucional dos precatórios, algo jamais visto na história parlamentar do Brasil, e concordou com uma emenda do Senado ao projeto inicialmente aprovado pela Câmara. Emenda aplicada à emenda constitucional ? Só se emenda aquilo com o que não se concorda. Caso contrário, não haveria necessidade de emenda alguma.

AUSÊNCIA DO GOVERNO – As enchentes da Bahia, principalmente, e as inundações ocorridas em Minas Gerais e São Paulo, revelaram uma ausência do governo federal. O governo Bolsonaro chegou ao ponto de rejeitar uma ajuda oferecida pela Argentina, embora tenha aceito uma ajuda do Japão. Ajuda não se recusa. Isso é algo que revela uma imaturidade política completa. O presidente da República rejeita qualquer diálogo com forças políticas que considere de centro-esquerda ou de esquerda.

Acrescentando caráter eleitoral à controvérsia do Planalto com o governador Rui Costa, que é do PT, Bolsonaro esquece que a Bahia é um grande colégio eleitoral do país e que isolando o governador e o próprio estado, perderá votos preciosos em sua campanha em 2022. O governador Rui Costa é um administrador bem aceito pela opinião pública de seu estado, tanto que se reelegeu em 2018 com 62% dos votos.

Bolsonaro que também perde votos com a sua irredutível campanha contra a vacinação, agora incorpora seu desgaste ampliando-o pela reação natural da Bahia contra aquele que não levou em consideração as milhares de mil pessoas atingidas pelas inundações, enquanto ele encontrava-se de férias, passeando de jet ski nas praias de Santa Catarina e visitando até o Parque Beto Carrero.

INCITAÇÃO AO CRIME – Para terminar por hoje sobre as observações da política de Bolsonaro vemos que, em entrevista a Matheus Vargas e Raquel Lopes, Folha de S. Paulo, o almirante Antônio Barra Torres acusa o presidente da República de incitação ao crime contra os integrantes da Anvisa, ameaçando divulgar os seus nomes publicamente por terem aprovado por unanimidade a aplicação de vacinas a crianças entre 5 e 11 anos de idade.

Este absurdo reflete bem a atuação de um governo que age contra si próprio, contra a reeleição, contra o povo de modo geral e até contra a infância em particular, posicionando-se, não se sabe o motivo, contra a sua imunização.

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