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quarta-feira, junho 02, 2021

De volta à política, Mares Guia empresta avião e helicóptero para Lula fazer sua campanha

Publicado em 2 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Mares Guia já se aproximou novamente de Lula

Luiz Tito
O Tempo

Ministro do Turismo e das Relações Institucionais do governo Lula, Walfrido Mares Guia voltou aos holofotes da cena política e vai coordenar a campanha de Lula à Presidência em 2022, pelo menos em Minas Gerais

“Walfrido está reunindo figuras do empresariado e políticos de expressão em constantes encontros e já colocou avião e helicóptero à disposição do Lula”, conta uma fonte do poder.

O ex-ministro também já convidou outros nomes da política mineira para arregaçar as mangas e começar a trabalhar na campanha. Como interlocutores mais frequentes, Walfrido tem contado com Saraiva Felipe, Patrus Ananias, Luiz Fernando Faria, além, claro, do ex-governador Fernando Pimentel.

Sobre Pimentel, circula como certa a notícia de que ele será candidato a deputado federal nas próximas eleições.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Walfrido dos Mares Guia é um professor de cursinho que fez fortuna como dono de uma das maiores redes educacionais do país. Atuava junto com o empresário Marcos Valerio no mensalão, mas conseguiu escapar do envolvimento, elegeu-se deputado federa e virou ministro do Turismo. É um dos personagens mais interessantes da política brasileira, o exemplo mais acabado do transformista político. Sempre foi íntimo dos tucanos em Minas, mas escapou incólume do processo contra o ex-governador Eduardo Azeredo, de quem foi vice. Depois, virou amigo de Lula, que anda para cima e para baixo no jatinho e no helicóptero do empresário. Foi o patrono das medidas de Lula para beneficiar os empresários do ensino, através do crédito estudantil do FIES (Fundo de Financiamento Estudantil). Assim, dize-me com quem andas que dir-te-ei quem és. (C.N.)


Itália imita Brasil e liberta o mafioso Brusca, autor de mais de 100 assassinatos

 


brusca-titoli-stragi

Giovanni Brusca era o chefão da Cosa Nostra, a máfia siciliana

Deu na BBC News

Após fazer delação premiada, o chefe da máfia siciliana Giovanni Brusca, cujos crimes terríveis incluem ter mandado dissolver o corpo de uma criança em ácido, foi libertado da prisão na Itália, depois de cumprir apenas 25 anos de cadeia.

Apelidado de “assassino de pessoas”, Brusca confessou seu papel em mais de 100 assassinatos, incluindo o assassinato do principal juiz antimáfia da Itália, Giovanni Falcone.

LIBERDADE CONDICIONAL – Brusca foi beneficiado porque se tornou um informante, ajudando os promotores a caçar outros mafiosos. Sua libertação após 25 anos de prisão indignou os parentes de suas vítimas. Ele agora estará em liberdade condicional por quatro anos.

Mas quem é Giovanni Brusca? Agora com 64 anos, era uma figura-chave dentro da Cosa Nostra, o grupo da máfia siciliana. Em 1992, mandou detonar a bomba que matou o principal investigador antimáfia da Itália, o juiz Giovanni Falcone, em um dos casos de assassinato mais infames do país.

A esposa de Falcone e três guarda-costas também foram mortos no ataque, quando Brusca lançou meia tonelada de explosivos sob a estrada perto de Palermo que eles estavam dirigindo.

LEIS ANTICRIME – O ataque, seguido dois meses depois pela morte do colega de Falcone, o juiz Paolo Borsellino, abalou a Itália e resultou em novas leis antimáfia.

Foto datada de 23 de maio de 1992, mostrando o local onde o juiz italiano antimáfia Giovanni Falcone, sua esposa Francesca Morvillo e três guarda-costas foram mortos em uma explosão de bomba na autoestrada de Palermo perto de Capaci, Sicília, Itália.

Brusca confessou seu papel em mais de 100 assassinatos. Um dos mais horríveis foi a execução de Giuseppe Di Matteo, filho de 11 anos de outro mafioso que o havia traído. Brusca sequestrou e torturou o menino antes deke ser estrangulado e seu corpo dissolvido em ácido – como resultado, a família da criança não pôde enterrá-lo.

DELAÇÃO PREMIADA – Após sua prisão em 1996, ele se tornou testemunha oficial para reduzir sua sentença. Ele ajudou os investigadores a rastrear os gângsteres responsáveis por vários ataques da máfia nas décadas de 1980 e 1990.

A libertação de Brusca gerou dor e raiva entre parentes de algumas de suas vítimas. A esposa de um dos guarda-costas assassinados, Tina Montinaro, disse ao jornal Repubblica que estava “indignada”.

“O estado está contra nós – após 29 anos ainda não sabemos a verdade sobre o massacre e Giovanni Brusca, o homem que destruiu minha família, está livre”, disse Montinaro.

MUITA TRISTEZA – Maria Falcone, irmã do juiz, disse que ficou “triste” com a notícia, mas que a lei deu a Brusca o direito de sair da prisão.

Vários políticos italianos condenaram a libertação de Brusca. “Depois de 25 anos na prisão, o chefe da máfia Giovanni Brusca é um homem livre. Esta não é a ‘justiça’ que os italianos merecem”, disse Matteo Salvini, líder do partido de direita da Liga.

“É um soco no estômago que deixa você sem fôlego”, disse Enrico Letta, líder do partido de centro-esquerda democrata, à rádio Rtl 102.5 na terça-feira.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Excelente matéria enviada pelo advogado Celso Serra. Mostra a semelhança entre a Itália e o Brasil. Lá eles fizeram a Operação Mãos Limpas; aqui, fizemos a Operação Lava Jato. Deu tudo certo, um escândalo atrás do outro, centenas de prisões e bloqueio de bens. Mas a limpeza foi apenas passageira. No final, a corrupção e o crime saíram vitoriosos tanto lá como cá, dois países verdadeiramente emporcalhados. (C.N.)

Governo adiou o Censo pela pandemia mas quer realizar Copa América


Charge do Zé Dassilva (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Os três principais jornais do país, O Globo, a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo, publicaram nesta terça-feira, com grande destaque, a atitude do governo Bolsonaro dispondo-se a aceitar a realização da Copa América no país apesar da pandemia que já matou mais de 460 mil brasileiros e que continua sob um ritmo diário assustador. O problema é gravíssimo, todos concordam, mas o governo parece que ignora.

Para o Censo não houve recursos financeiros, para a Copa América não houve problemas. O contexto revela em toda a sua plenitude a desorientação do governo no país. Os órgãos de comunicação, dirigentes esportivos, infectologistas e profissionais da área médica de forma geral temem que a realização de um torneio desta ordem poderia aumentar ainda mais a velocidade da contaminação, além das graves consequências que poderão ser geradas.

DELEGAÇÕES – É preciso considerar que mesmo sem público, teremos a presença de delegações estrangeiras em um momento em que todo o mundo continua a se acautelar em relação à propagação do vírus.

As cepas são um tormento em sequência na pandemia. A diversificação da virose é assustadora, mas o Planalto parece não concordar. O vice-presidente Hamilton Mourão acredita que se não houver espectadores não teremos maiores problemas. Mas isso, digo eu, não afasta a possibilidade de contaminação. No O Globo, a reportagem é de Athos Moura, Dimitrius Dantas e Jussara Soares e no Estado de São Paulo é de Lauriberto Pompeu. Na FSP a matéria saiu sem assinatura.

A questão que se coloca refere-se inclusive ao risco de nova onda da pandemia em um ambiente de alto risco para todos. Até o momento, o governo não conseguiu frear a contaminação e reduzir os casos fatais. O ritmo continua o mesmo. Tenho dito aqui que o ministro Marcelo Queiroga precisa controlar a contaminação, mas não é fácil, ainda mais pelo fato de o presidente Bolsonaro acelerar a incidência do problema. Vamos ver se o bom senso predomina porque as manifestações contrárias à Copa América estão se desencadeando com grande vigor.

CRISE HÍDRICA – Na Folha de São Paulo, Bernardo Caram e Washington Luís publicou reportagem sobre a crise hídrica que se reflete no esvaziamento dos reservatórios ameaçando a produção de energia elétrica que é vital para todos. O nível de reservatórios desceu muito pela falta de chuvas, mas é preciso ver como está o comportamento dos recursos hidrológicos das diversas regiões do país.

Não apenas para tentar resolver a emergência, mas para evitar que casos assim se repitam sem interrupção. O problema basicamente é o seguinte: falta ao Brasil uma rede de transmissão adequada que permitiria a produção de energia hidrelétrica nas áreas em que não houvesse desabastecimento e isso evitaria que fossem acionadas as termelétricas.

As linhas de transmissão são fundamentais para se enfrentar a queda do nível dos reservatórios do país. Faltando energia, falta tudo, inclusive falta previsão e imaginação para evitar a repetição de crises como essa atual.


terça-feira, junho 01, 2021

China tem primeiro caso de gripe aviária em humanos, mas risco de propagação é ‘baixo’

Publicado em 1 de junho de 2021 por Tribuna da Internet

Em 2016, China teve um grande surto da gripe aviária

Deu no Estadão
Agências FP e EFE

Autoridades sanitárias chinesas informaram nesta terça-feira, 1º, a detecção do primeiro caso no mundo de gripe aviária H10N3 em humanos. Em nota, a Comissão Nacional de Saúde assegura que até agora nunca houve contágio humano deste vírus, que se trata de uma transmissão “acidental” e que o risco de propagação em larga escala é “muito baixo”.

“Nenhum caso humano de H10N3 foi relatado no mundo [até então], e o vírus entre as aves é de baixa patogenicidade. Este caso é uma transmissão ocasional de aves para humanos, e o risco de disseminação em grande escala é extremamente baixo”, lê-se no comunicado.

RECEBEU ALTA – O paciente é um homem de 41 anos da província oriental de Jiangsu. Ele começou a sentir febre e outros sintomas em 23 de abril, e foi hospitalizado cinco dias depois, após o agravamento de seu estado.

A Comissão afirma que o quadro da pessoa infectada melhorou a ponto de atingir os requisitos para receber alta. Autoridades dizem ter realizado um acompanhamento de emergência em todos os contatos próximos do paciente, entre os quais não foram encontradas “anormalidades”.

O H10N3 é um subtipo do vírus Influenza A, também conhecido como vírus da gripe aviária. Yang Zhanqiu, vice-diretor do Departamento de Biologia Patogênica da Universidade de Wuhan, disse ao jornal Global Times que o vírus é normalmente letal para aves.

CONTAMINAÇÃO – Ele explicou que o H10N3 pode se espalhar por meio de gotículas respiratórias – processo semelhante ao do Sars-CoV-2, coronavírus causador da covid-19.

Yang disse que provavelmente foi por meio de gotículas que o homem foi infectado. Ele afirmou que não há evidências de que exista a transmissão entre humanos. Além disso, ele ressaltou que o vírus apresenta baixo risco para os humanos.

A Comissão pediu aos cidadãos que evitem o contato diário com aves mortas e não abordem as aves vivas, bem como que cuidem da higiene alimentar e consultem imediatamente um médico em caso de sintomas como febre ou problemas respiratórios.


Em dois anos, garimpo aumenta em 363% a degradação da terra indígena Munduruku


Casa do líder Munduruku foi incendiada por garimpeiros Foto: Maria Leusa / Amazonia Real

Cabana do cacique foi incendiada por garimpeiros

Camila Zarur
O Globo

Nos últimos dois anos, houve um aumento de 363% de área degradada pelo garimpo na Terra Indígena (TI) Munduruku, no Pará. A porcentagem representa um total de 2.274,8 hectares. Já na cidade de Jacareacanga, que cruza com a unidade de reserva, o aumento foi de 269%, isto é, 4.633,2 hectares afetados pela atividade minerária. Os números indicam um avanço exponencial do impacto causado por garimpeiros na região, segundo o levantamento do Instituto Socioambiental (ISA) para O GLOBO.

A área, considerada epicentro do garimpo ilegal, no extremo Sudoeste do estado, é uma das três terras indígenas mais afetadas pelo garimpo, junto com a Yanomami, em Rondônia, e a Kayapó, também no Pará. Todas são visadas pela mineração de ouro.

CASA INCENDIADA – Os confrontos em decorrência do garimpo têm se tornado cada vez mais frequentes. Na semana passada, uma das principais líderes indígenas, Maria Leusa Munduruku, importante voz contra garimpeiros clandestinos, teve sua casa e a de seus parentes incendiadas por um grupo armado.

De acordo com o pesquisador do Instituto Socioambiental, Antonio Oivedo, o avanço do garimpo na região encontra respaldo em ações e discursos do governo federal. A administração de Jair Bolsonaro, declaradamente a favor da exploração em áreas de reserva, já apresentou projetos de lei para regulamentar a mineração em terras indígenas.

O presidente também adota posicionamento que desvaloriza os direitos indígenas, o que acaba incentivando atividades clandestinas nas áreas de conservação.

DIZ OIVEDO — “Quando o governo diz que não vai demarcar nenhum centímetro de terra indígena, ele cria um discurso de não valorizar os direitos dessa população. Além disso, ao desmontar os órgãos de fiscalização, diminuindo o seu orçamento, está desmontando as estruturas de comando e controle. Isso estimula organizações criminosas a ampliarem seus financiamentos.

Em comparação com o período anterior ao governo Bolsonaro, entre 2017 e 2018, a média anual de degradação de terra em Munduruku era de 365 hectares, segundo o ISA. Hoje, a taxa é de 754 hectares, um aumento de 106%. O levantamento do Instituto Socioambiental é feito a partir de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O ISA apontou ainda que uma viagem do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, à região em agosto do ano passado, influenciou na atividade garimpeira. Segundo o levantamento, 20 dias após a visita de Salles, a terra indígena registrou mais de 200 hectares degradados.

MINISTRO APOIA – Na ocasião, o ministro se reuniu com indígenas e garimpeiros e defendeu a atividade de mineração. No encontro, foi pedido a Salles que as operações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no local fossem suspensas. Um dia depois, o Ministério da Defesa anunciou paralisou as ações de combate a garimpos ilegais na terra indígena.

A pasta, à época, informou que levaria uma comitiva de representantes da região para uma reunião em Brasília. No fim daquele mês, o Ministério Público Federal abriu um inquérito para investigar o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar supostos garimpeiros do Pará até a capital para se encontrar com Salles. O caso é um dos pontos citados pela oposição na Câmara para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o ministro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG  – Nesta terça-feira, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal adote imediatamente medidas para proteger as populações indígenas na Terra Indígena Mundukuru e imediações para aumentar a proteção a terras indígenas contra a Covid-19. Ou seja, depois da porta arrombada, vão tentar conter a boiada(C.N.)

Motoristas, domésticas e pedreiros estão entre os que mais morrem de Covid

por Clayton Freitas | Folhapress

Motoristas, domésticas e pedreiros estão entre os que mais morrem de Covid
Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Entre as atividades ocupacionais que mais registram mortes por Covid-19 na cidade de São Paulo entre março de 2020 e março de 2021 estão as empregadas domésticas, os pedreiros e motoristas de táxi e aplicativo, segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Pólis com base em dados da Secretaria Municipal de Saúde.
 

Individualmente, os aposentados respondem pelo maior grupo vítima da doença. Foram 9.925 mortes nesse período, o que corresponde a 32,2% do total. Outras 4.832 pessoas eram donas de casa (15,7%), e outros 3.391 (12,8%) morreram sem que sua atividade ocupacional fosse registrada.
 

Por fim, os dados indicam que 37,8% das pessoas que morreram estavam empregadas no mercado de trabalho.
 

Das mais de 30 mil mortes, 23,6 mil (76,7%) não completaram 11 anos de estudo, ou seja, não finalizaram o ciclo de educação básica.
 

"Considerando a escolaridade das vítimas como um indicador indireto sobre seu padrão de renda, os dados demonstram que a mortalidade de Covid-19 é maior entre trabalhadores e trabalhadoras mais pobres, que, em muitos casos, são caracterizados pela informalidade e pela impossibilidade do trabalho remoto", escrevem os autores do estudo denominado "Trabalho, território e Covid no município de São Paulo".
 

Pouco mais de um quinto dos óbitos (21,6%), as pessoas que morreram vítima de Covid-19 atuavam em atividades essenciais, tais como saúde, segurança pública e transporte. Na classificação dos pesquisadores, 6,5% das mortes foram de trabalhadores não essenciais, tais como aqueles que atuam em trabalho doméstico e construção civil, e que continuaram exercendo as suas atividades.
 

"É importante debater o que é considerado realmente essencial, no momento de impor medidas restritivas, em uma emergência sanitária como essa", afirmam os autores.
 

Os dados tabulados pelo Instituto Polis foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. Eles trazem detalhes do PRO-AIM (Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade), um sistema municipal que faz a checagem das informações contidas nas declarações de óbito registradas na cidade. Nessas declarações, existe um campo onde é possível inserir o dado do CBO (Classificação Brasileira de Ocupações).
 

Ao menos 960 profissionais mortos por Covid-19 são do agrupamento transporte e tráfego. Destes, ao menos 78,7% são taxistas ou motoristas de aplicativo.
 

Segundo explica o arquiteto e urbanista Vitor Nisida, pesquisador do Instituto Pólis e um dos autores do estudo, não é possível saber exatamente quantos taxistas ou motoristas de aplicativo morreram, já que o CBO é de 2002, data que não existia ""como ainda não existe"" a classificação de motorista de aplicativo.
 

"O que a gente nota é que são os óbitos anotados como motorista de praça, chofer, taxista, aí a gente enxerga um grupo de pessoas que trabalham profissionalmente prestando esse serviço dirigindo algum carro para levar passageiros. Não tem essa identificação que os separe", afirma Nisida.
 

Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores foi a quantidade de empregadas e empregados domésticos mortos, que perfazem 2,4% do total. O grupo é composto, em sua maioria, por mulheres (90,8%) e negras (53,6%).
 

Trata-se de um pouco menos da metade de total de mortes registradas em todo o comércio, que reponde por 5,1%. A diferença é que o contingente de empregadas domésticas é estimado em cerca de 230 mil, enquanto o de trabalhadores do comércio, em mais de 1 milhão.
 

Outro segmento muito afetado foi o da construção civil. A atividade ocupacional que registrou a maior parte das mortes foi a de pedreiros, com 33% do total. Apenas 10,6% das mortes nesse segmento foram de engenheiros civis. "Em tese, os engenheiros têm um nível de exposição melhor, pela formação e padrão de renda, geral ou pelo fato de ter ensino superior, mesmo assim é um número grande de mortes, com 135 óbitos", afirmou.
 

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, responsável pele elaboração do Plano São Paulo, informou que a classificação das atividades consideradas essenciais foi feita a partir de estudos de vulnerabilidade e risco de contágio, embasado por trabalho científico da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
 

Segundo a pasta, o plano leva em consideração dados técnicos e científicos de monitoramento da evolução da pandemia e da capacidade do sistema hospitalar.
 

"É respaldado por análises e pareceres do Centro de Contingência para permitir, de forma consciente e gradual, a retomada das atividades econômicas dos setores. O Governo de SP esclarece, ainda, que a classificação das atividades essenciais é definida pelo Governo Federal, seguindo modelos internacionais."
 

A pasta informa que entre as medidas indicadas pelo Centro de Contingência está a de escalonamento de horário das atividades econômicas como forma de reduzir o contato entre as pessoas e manter o distanciamento social.

Otto Alencar 'aperta' Nise sobre uso da cloroquina e gera constrangimento em CPI

 

Otto Alencar 'aperta' Nise sobre uso da cloroquina e gera constrangimento em CPI
Foto: Leopoldo Silva/ Agência Senado

O senador baiano Otto Alencar (PSD), médico de formação, protagonizou um momento de incisivos questionamentos à Nise Yamaguchi sobre o tratamento de mais de 370 pacientes que ela alega terem sido “curados” da Covid-19 com o uso da idroxicloroquina, medicamento que sucessivas pesquisas já comprovaram ser ineficaz. Em seus esclarecimentos, nesta terça-feira (1º), a médica voltou a defender o tratamento precoce da doença e o uso da medicação. Apresentou ainda uma minuta de decreto, a qual prevê a administração da medicação.

 

“A primeira coisa que pergunto é que se para utilizar hidroxicloroquina a senhora fez exames pré-clínicos e clínicos, quais exames e se a senhora acompanhou e tem os exames se depois do tratamento deixaram sequela?”, iniciou Otto, ao passo que a médica responde que a droga já é utilizada há mais de 80 anos. 

 

“A senhora vim dizer que é usada há tanto tempo sem fazer exames clínicos e pré-clínicos?”, rebate o senador. “A senhora está errada. Apostou em uma droga que poderia dar certo ou não. A ciência, por mais que a senhora seja formada e tenha curso, não admite isso. De se apostar no escuro. Querer testar uma droga para ver se dar certo ou errado”, enfatizou Alencar, repetindo postura combativa, assim como já havia expressado em outros depoimentos na CPI.

 

“Se me fornecer os dados todos dos pacientes que falou há pouco, os trezentos e poucos pacientes com nome, o diagnóstico de certeza que estava com a Covid, o tratamento e a sequelas que ficaram, resultados de exames de laboratório... A senhora fez dedímero dos exames que a senhora fez? Não tem. Tem as tomografias? Fez? Não fez. Ficou fibrose pulmonar?”, continua o senador em seus questionamentos. 

 

Alencar prossegue ainda com questionamentos apontados como básicos no tratamento da Covid-19, os quais Nise não consegue responder ou responde de maneira superficial, a exemplo da diferença entre vírus e protozoários. 

 

“Como é que a senhora, com a responsabilidade que tem diz que tratou 370 pacientes sem comprovar os doentes, sem mostrar os exames? Isso é leviano”, continua o senador. "De médico audiovisual esse plenário está cheio", acrescentou.

 

Após a sequência de perguntas feitas pelo senador, as quais gerou tensão e deixou no ar um clima de constrangimento, o presidente Omar Aziz interveio. 

Livramento: Prefeitura decreta Corpus Christi como 'feriado nacional'


Livramento: Prefeitura decreta Corpus Christi como 'feriado nacional'
Foto: Divulgação / Prefeitura de Livramento de Nossa Senhora

O prefeito de Livramento de Nossa Senhora, no Sertão Produtivo, no Sudoeste baiano, José Ricardo Assunção Ribeiro, estabeleceu feriado nesta quinta-feira (2), reconhecendo o dia de Corpus Christi. Até aí, a situação não causa nenhuma curiosidade. A questão é que no texto, a prefeitura decreta “Feriado Religioso Nacional”, como se a medida valesse para todo país.

 

Apesar de o dia de Corpus Christi ocorrer em diversos municípios do país, a data não é considerada como feriado nacional, e sim, ponto facultativo. O Corpus Christi [Corpo de Cristo em tradução livre do latim] é uma data da tradição católica que celebra a eucaristia, sacramento que celebra a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. A medida foi publicada no diário oficial do município desta segunda-feira (31).

Bahia Notícias

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