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sexta-feira, setembro 04, 2020

Para que serve o famoso B.O. e quais suas consequências práticas?

Você certamente já registrou um boletim de ocorrência ou foi incentivado a registrar quando teve algum direito violado ou foi vítima do cometimento de um delito. Contudo, talvez sua expectativa com esse boletim fosse maior que as reais implicações dele.
Hoje vou explicar algumas coisas sobre os boletins de ocorrência e a apuração de crimes pela polícia que talvez você não saiba.
1. Os boletins de ocorrência são feitos junto à Policia com o intuito de registrar a ocorrência de um delito, levando-o ao conhecimento da autoridade policial;
Trata-se de um documento oficial que formaliza para a polícia a informação da ocorrência de um crime.
2. A lavratura de um B.O. não garante a apuração da prática criminosa pela autoridade policial, demonstrando somente a boa fé de quem o lavrou e a possibilidade de providencias futuras;
Em geral, o boletim de ocorrência retrata apenas a versão da pessoa que solicitou sua lavratura, podendo inclusive ser feito pela internet. Deste modo, não há garantia da veracidade daquela narrativa, que precisa ser provada para que tenha implicações.
Necessário destacar que isso varia conforme o caso. Se tratando de um acidente de trânsito, por exemplo, em que a Policia Militar comparece, verifica a situação, faz o teste do etilômetro, apura as causas do acidente, sinalização da via, etc., não se trata apenas de declaração unilateral do solicitante, e sim de apuração de uma autoridade, que possui força probatória muito maior que um boletim de ocorrência lavrado unilateralmente na internet pelo interessado.
3. Há casos em que a ocorrência de um crime acarreta a apuração do mesmo e a responsabilização dos agentes, quando é afetado diretamente o interesse público, como no caso de homicídio, em que é primordial que haja a apuração do delito e punição do agente para que o mesmo não volte a praticá-lo e tal fato não seja visto como “comum” pela sociedade.
Nesses casos não é necessária atuação da vítima ou de terceiros para que o crime seja apurado, cabendo aos órgãos públicos dar andamento à investigação e ao Ministério Público denunciar o agente.
4. Entretanto, na maioria dos casos, para que a suposta prática delituosa seja apurada, é necessária uma representação perante o Delegado de Policia Civil competente, pois somente após a representação ele irá instaurar um inquérito policial para investigação do caso. É o que ocorre, por exemplo, nos casos de furto, roubo e estelionato contra patrimônio particular.
Nesses casos é necessário o cumprimento de uma condição, qual seja, a representação da vítima ou de terceiros interessados perante as autoridades, para que seja apurado o delito.
Nos casos em que a representação é necessária, a mera lavratura de boletim de ocorrência sem a representação garantirá apenas que o caso entre nas estatísticas da policia acerca do número de práticas criminosas ocorridas naquele local, naquele período, não gerando qualquer atuação da polícia no sentido de investigar ou punir o agente.
Já passou pela situação de lavrar um boletim de ocorrência e aguardar uma ação da polícia sobre o caso, e esta nunca ocorreu? O que você acha disso? Me conta nos comentários que eu vou adorar saber! Aproveita e compartilha esse post com os seus amigos que você acha que podem não saber disso ainda.

Coronavírus pode levar em média 30 dias para desaparecer do corpo, atesta pesquisa italiana


Coronavírus pode levar em média 30 dias para desaparecer do corpo, atesta pesquisa italiana
Foto: Reprodução/Pixabay
Evidências encontradas por cientistas italianos sugerem que pacientes diagnosticados com a Covid-19 realizem novos testes do tipo RT-PCR quatro semanas ou mais após o primeiro resultado positivo, ou 36 dias após os primeiros sintomas, já que o vírus pode levar em média 30 dias para desaparecer do corpo.

A sugestão parte do entendimento de que existe possibilidade de que pacientes ainda tenham vírus no corpo. O novo teste permite confirmar ou não essa hipótese. Atualmente os pacientes são considerados recuperados após 14 dias do diagnóstico ou do início dos sintomas.

As constatações e a sugestão constam em um estudo italiano publicado no "British Medical Journal" nesta quinta-feira (3).

De acordo com matéria do G1, os pesquisadores italianos analisaram os casos de 4.538 pacientes da Covid-19 na região de Emilia-Romagna, na Itália, todos com teste positivo entre 26 de fevereiro e 22 de abril, período de pico da pandemia no país europeu.

Cada paciente sobrevivente - 428 pessoas do grupo morreram - foi retestado três vezes durante o estudo: 15 dias após o primeiro teste RT-PCR positivo; 14 dias após o segundo resultado positivo; e 9 dias após o terceiro positivo.

Entre as constatações feitas pelo estudo está a de que a ciência ainda não sabe o quão infeccioso o paciente de coronavírus pode ser durante a fase de recuperação.
Bahia Notícias

Rui Costa protesta envio da Força Nacional e 'uso ilegal' em assentamentos no sul da BA

por Mauricio Leiro

Rui Costa protesta envio da Força Nacional e 'uso ilegal' em assentamentos no sul da BA
Foto: Reprodução / GovBr
O governador Rui Costa protestou contra a autorização do emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), no Extremo Sul do Estado. "A Força Nacional não pode ser utilizada para afrontar a competência estadual, nem substituir a atuação dos órgãos estaduais de segurança", pontuou.

"Enviei hoje ao ministro da Justiça, André Luiz Almeida Mendonça, uma correspondência externando a minha preocupação. Afirmo na carta que tal ato pode configurar quebra do Pacto Federativo e flagrante desrespeito à lei. Registro também a inexistência de solicitação expressa ao governador. 'Tal conduta, já maculada pelo caráter invasivo e ilegal, é agravada pelo total desprezo às regras de convivência democrática', prossigo", disse Rui em publicação no Twitter.

O Ministério da Justiça autorizou o uso da Força Nacional nos municípios de Prado e Mucuri na última quarta-feira (2). A ação, de acordo com a publicação, visa apoiar o Ministério da Agricultura e tem a coordenação da Polícia Federal (PF).

A ideia era aumentar a segurança nos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). As cidades sofreram ataques que deixaram oito feridos e casas destruídas na semana.

"Também formalizei pedido de esclarecimentos ao ministro da Segurança, mantendo firme a minha convicção do diálogo democrático entre os entes e poderes da República. Também enviarei correspondência à Procuradoria Geral da República (PGR). Além disso, autorizei a Procuradoria Geral do Estado a ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade", finalizou. 
Bahia Notícias

Juazeiro: MPF e MP pedem mais fiscalização de comércio e templos religiosos contra Covid-19

Juazeiro: MPF e MP pedem mais fiscalização de comércio e templos religiosos contra Covid-19
Foto: Divulgação
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendaram ao Município de Juazeiro a intensificação de fiscalizações em bares, restaurantes, academias, salões de beleza, templos religiosos e outros estabelecimentos por conta da pandemia da Covid-19. A recomendação foi expedida na última terça-feira (1º). 

No documento, o MP e MPF pedem que o Município atue de forma diária e preventiva, acompanhando as medidas impostas aos estabelecimentos como condicionantes da reabertura e funcionamento previstas nos decretos municipais, de modo a evitar o descumprimento das regras sanitárias e aglomeração de pessoas. 

As equipes de fiscalização do Município deverão observar se nesses locais há regras de distanciamento mínimo; aferição de temperatura; uso de máscaras; demarcações de posicionamento; disponibilização de álcool em gel; agendamentos para atendimento; além das demais medidas estabelecidas em decreto. O Município deve ainda emitir notificações ou fazer interdições, caso seja necessário, visando orientar e coibir a prática de infrações criminais e administrativas; e comunicar os eventuais descumprimentos injustificados de normas às autoridades das Polícias Civil e Militar. A recomendação foi assinada pelas promotoras de Justiça Rita de Cássia Rodrigues, Daniela Baqueiro Vargas e Andréa Mendonça; e pela procuradora da República Ticiana Andrea Sales. 
Bahia Notícias

Mistério, como pode de um dia para outro aumentar 04(quatro) mortes por COVID-19?




Nota da redação deste Blog - Observem os BOLETINS fornecidos pela Secretária de Saúde de Jeremoabo.
No dia  02.09.20 havia contabilizado 04(quatro)óbitos, já no dia seguinte dobrou para 08(oito)óbitos.

 pergunta que não cala: será que esse aumento é devidos as caminhadas e aglomerações patrocinadas pelo prefeito ?

O prefeito de Jeremoabo ao descumprir as normas e protocolos nacionais e internacionais no combate a COVID-19, causando aglomerações e não uso da máscara, não cumprimento ao distanciamento, deveria ter o conhecimento  que não tem direito nem muito menos liberdade de infectar o próximo com uma virose mortal.  Deveria ficar em casa  sozinho ou com seus adeptos , exercendo seu “direito”, que  acaba quando você contamina de morte o seu próximo.


Descumprir ordem judicial é crime, mas no caso da TV Globo torna-se fato corriqueiro


Falsidade ideológica para diminuir imposto a pagar é crime meio para sonegação fiscal | Aldo Corrêa de Lima
Charge do Tiago Recchia (Arquivo Google)
Carlos Newton
Não causa surpresa a notícia de que a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro esteja engavetando há oito meses uma decisão oficial do juiz Gustavo Pontes Mazzocchi, da 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinou a abertura de inquérito para aprofundar a investigação sobre supostos crimes fiscais cometidos pela Rede Globo.
Conforme publicamos nesta quinta-feira (dia 3), com absoluta exclusividade, o procurador federal Paulo Henrique Ferreira Brito, acolhendo a decisão judicial em fevereiro, imediatamente  encaminhou à Superintendência da PF a investigação sobre os empresários Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, os três irmãos que são sócios controladores da Organização Globo.
DIVERSOS CRIMES – Os herdeiros do jornalista Roberto Marinho estão sendo investigados por falsidade ideológica e crimes contra a ordem tributária e as telecomunicações, que teriam sido cometidos em negócios envolvendo a Rede Globo.
O ponto central do inquérito é o uso de diversas “empresas de fachada”, criadas pelo advogado paulista Eduardo Duarte na categoria de sociedades anônimas e sem objetivo definido, com capital de apenas R$ 1 mil cada uma delas.
Essas “empresas de papel”, foram usadas pelos irmãos Marinho para “administrar” a Rede Globo ao arrepio da lei, sem prévia aprovação governamental. Uma delas, a Cardeiros Participações S/A, com o surpreendente capital de apenas R$ 1 mil, passou a ser controladora da poderosa holding Globopar (Globo Comunicação e Participações S/A), cujo capital à época já era superior a R$ 5,5 bilhões. Depois, foi sucedida por outra “empresa de fachada”, a 296 Participações S/A, também com capital de apenas R$ 1 mil.
DENTRO DA GAVETA – O inquérito criminal já deveria ter sido aberto pela Corregedoria da Polícia Federal no Rio de Janeiro, órgão que faz a distribuição das ordens judiciais que determinam investigações. Desde fevereiro, porém, a ordem judicial encaminhada pelo procurador Paulo Henrique Ferreira Brito está engavetada na Corregedoria da PF. órgão dirigido pela delegada Aline Marquesini Pinto.
Cabe à Corregedoria apenas distribuir os autos a uma das das delegacias especializadas em crimes fiscais, mas a noticia-crime continua engavetada, sob a prosaica alegação de “excesso de trabalho”.
O comportamento da Corregedoria significa crime de desobediência a uma ordem judicial, considerado grave ofensa à estrutura judiciária, (Código Penal, artigo 130).
SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS – A Organização Globo e seus três controladores, os irmãos Marinho, estão sendo investigados também pela Receita Federal, porque as autoridades acreditam que o uso de “empresas de fachada” teve objetivo de sonegar impostos.
E não é de hoje que os donos da Organização Globo vêm aplicando golpes bilionários para evitar pagamento de tributos e maquiar as contas da empresa.
Em uma dessas jogadas criminais de engenharia financeira, uma dívida superior a R$ 2 bilhões foi transformada em crédito de mais de R$ 300 milhões. Acredite, se quiser, diria o genial jornalista e artista plástico Robert Ripley.
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P.S. – O maior interessado no desfecho dessa apuração é o próprio Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, que consta como autor desse procedimento investigativo(C.N.)

A armação continua e será apresentada uma emenda para reeleição de Alcolumbre e Maia


Rose de Freitas diz que não é novidade a decisão de Hartung e deseja felicidade - De Olho no Poder
Rose de Freitas assina a emenda para ganhar 15 minutos de fama
Deu no Correio Braziliense(Agência Estado)
Aliada do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) anunciou a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para permitir a reeleição do parlamentar na presidência da Casa. O texto também dá aval para a recondução do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O anúncio da PEC foi feito pela parlamentar durante sessão remota do Senado na quarta-feira, dia 2. Rose de Freitas chegou a pedir desculpas a Alcolumbre por não ter votado nele na eleição para presidência da Casa em 2019.
ARTICULAÇÃO – A PEC consolida uma articulação feita há meses pelo presidente do Senado para ficar mais dois anos no cargo.
Atualmente, a Constituição proíbe a recondução de um parlamentar para o mesmo cargo da Mesa Diretora da Câmara e do Senado na mesma legislatura. O Supremo Tribunal Federal (STF) discute uma ação sobre a possibilidade de reeleição de Maia e Alcolumbre, mas ainda não houve julgamento.
Para que a proposta comece a tramitar no Senado, o texto precisa de 27 assinaturas. Além disso, cabe ao próprio Alcolumbre pautar a PEC e, se for à votação, precisa de no mínimo 49 votos favoráveis entre os 81 senadores.
VOTOS SUFICIENTES – Aliados do amapaense dizem que há votos suficientes para viabilizar a recondução dele no comando. A Câmara também teria de aprovar a proposta, com no mínimo 308 votos entre os 513 deputados.
Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Rose de Freitas argumentou que a possibilidade de reeleição é necessária diante do contexto político da pandemia de covid-19.
Para ela, Alcolumbre e Maia conciliaram interesses na crise e precisam ter aval para continuar no poder. Nesse período, em que as comissões não funcionaram, coube exclusivamente a Maia e Alcolumbre a pauta das duas Casas.
JOGANDO NO ESCURO – “Há uma discussão de que fazer a reeleição em função do Davi, do Rodrigo, é muito personalista esse processo, mas acontece que é o voto da democracia. Se você não quer reeleger, vota contra a pessoa que está disputando”, comentou a parlamentar. “Além dele (Alcolumbre), quem? Aí você fica jogando no escuro.”
Para a senadora, o Congresso não pode esperar uma decisão do Supremo sobre a reeleição. “Ficar dependendo de um sim ou não, um tudo ou nada, em uma situação tão delicada, esperar que o Supremo decida é muito difícil.” O partido de Rose de Freitas faz oposição interna a Alcolumbre no Senado. Ela já manifestou interesse em deixar a legenda.
Rose de Freitas chegou a pedir desculpas a Alcolumbre por não ter votado nele na eleição para presidência da Casa em 2019. A PEC consolida uma articulação feita há meses pelo presidente do Senado para ficar mais dois anos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A reeleição de Alcolumbre e Maia faz parte do pacto entre os três Poderes. Como o Supremo não pode declarar a constitucionalidade de uma situação claramente inconstitucional e que já foi tentada anteriormente para reeleger Ulysses Guimarães, mas na época ele próprio recusou, Maia e Alculumbre partiram para a solução da emenda. E como Rodrigo Maia já se reelegeu uma vez, Davi Alcolumbre ficou à frente da manobra, para disfarçar. Maia, inclusive, diz que não é candidato à reeleição, o que é uma Piada do Ano. (C.N.)

Era conversa fiada e o governo desiste de reduzir despesas via reforma administrativa


Bolsonaro elogia Guedes e diz ser feliz em "casamento" com o ministro |  Exame
Reforma administrativa de Guedes e Bolsonaro é um fracasso
William Waack
Estadão
Talvez por sentir que não tem forças políticas para uma briga difícil. Por falta de apetite para enfrentar uma corporação organizada e que sabe defender seus interesses, direitos ou privilégios adquiridos (cada um nomeia como quiser). Ou ambos. Mas o fato é que a principal luta política de Bolsonaro foi abandonada.
O governo prometeu entregar hoje ao Congresso uma reforma administrativa que trata apenas dos servidores de amanhã, e não toca no sistema de interesses, direitos ou privilégios adquiridos (nomeie como quiser) atuais.
SEM SOLUÇÃO – Na prática, não vai pegar de frente a questão do controle do crescimento de despesas públicas, nas quais as folhas de pagamento do funcionalismo figuram com tanto destaque.
Chega a ser fascinante observar como o atual governo, que ia reformar o Estado e mudar o Brasil, trata obstáculos formidáveis no seu caminho como se o tempo fosse resolver tudo.
Nenhum governo recente se revelou capaz (e este segue do mesmo jeito) de controlar o crescimento real de gastos públicos. Nenhum conseguiu escapar (e este vai na mesma toada) de um orçamento ridiculamente engessado: 94% do Orçamento são despesas obrigatórias.
FORA DO CONSENSO – Um consenso abrangente reina entre academia, economistas, cientistas políticos, parlamentares experientes e o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. É sobre o tamanho do imbróglio. Arrumar dinheiro para gastar depende de reforma tributária, que depende de um pacto federativo para acomodar todos os interesses contraditórios, que depende de uma reforma tributária que enfrente renúncias e isenções, que depende de uma reforma administrativa que controle despesas públicas e tudo isso depende de vontade e lideranças políticas.
É igualmente notável a ausência de uma resposta clara e direta quando se pergunta por onde e como o governo quer atacar a questão. Seu eixo estratégico – a reforma administrativa e o pacto federativo tinham sido declarados como tais há quase dois anos – se perdeu por fatores que o governo controlou ou minorou apenas parcialmente (a crise de saúde pública e a recessão) aliados ao ambiente político que colocou Bolsonaro claramente na defensiva.
NADA DE REFORMAS – É evidente que o impulso inicial por reformas, se autêntico alguma vez, substituído foi pela necessidade de sobrevivência política. Por sua vez, subordinada às questões jurídicas e policiais que afetam o clã Bolsonaro, mas, também, pela urgência trazida pela imperiosa obrigação de acudir milhões de necessitados. Não há qualquer outra prioridade: sobreviver para se reeleger.
O presidente reconhece que não tem recursos para pagar indefinidamente um coronavoucher que chegou a custar R$ 50 bilhões por mês. Que não está disposto a topar uma briga para mexer em interesses, direitos ou privilégios adquiridos, ou seja, tem graves dificuldades para reduzir aumento de gastos. E que ainda aguarda uma “fórmula”, a cargo da Economia, para compensar perda de arrecadação de um lado com necessidade de gastar por outro.
SEM PLANEJAR – Se havia nesse governo eleito para “mudar o Brasil” uma visão de longo prazo, a crise atual a destruiu. É possível identificar no cálculo político do presidente a esperança de que a tal “recuperação em V” propalada por Guedes (que até aqui os números desmentem), impulsionada por marco do saneamento, agronegócio, lei do gás e liquidez internacional, abra o espaço fiscal para os programas de renda e de crescimento.
Mas foi jogando para frente, para o próximo mês, para a próxima semana, para o próximo dia, o enfrentamento das questões fundamentais que Bolsonaro caiu na situação atual, da qual não tem opções fáceis de saída do ponto de vista político nem econômico (como “salvar” o PIB distribuindo ajuda emergencial).
Pode-se atribuir a Bolsonaro muitas coisas, mas cinismo não figura no alto da lista. Talvez isso dificulte a ele entender que são efêmeras a lealdade política de partidos do Centrão e a popularidade compradas com emendas, cargos e ajuda emergencial.

Lava Jato em São Paulo denuncia Paulo Preto e familiares por lavagem de dinheiro


Paulo é acusado de de injetar recursos desviados num hotel da família
Paulo Roberto Netto
Estadão
A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo denunciou nesta quinta-feira, dia 3, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza por lavagem de dinheiro. A peça foi apresentada à Justiça Federal um dia depois dos integrantes da operação renunciarem em massa em protesto à atuação da procuradora responsável pela distribuição dos casos da operação.
Paulo Vieira de Souza é apontado como suposto operador de propinas do PSDB no Estado. O ex-diretor da Dersa chegou a ser condenado a 145 anos de prisão por supostos desvios de R$ 7,7 milhões que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados por obras do Rodoanel Sul, mas a sentença foi anulada em dezembro do ano passado. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, Vieira de Souza teve a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar.
EMPRESAS DA FAMÍLIA – De acordo com a nova denúncia da Lava Jato, o ex-diretor da Dersa teria utilizado duas empresas da família – o hotel Giprita Ltda e a P3T Empreendimentos e Participações – para ocultar a origem de valores e bens ilícitos por ele angariados em razão de seu cargo público.
Segundo a Lava Jato, a lavagem de dinheiro ocorria em diversas ‘camadas’ – as propinas eram incorporadas ao faturamento do hotel, por meio de depósitos em espécie amparados em hospedagens fictícias, inclusive indicando o próprio hotel como hóspede. Falsos contratos de serviços de hospedagem também eram usados para inflar o caixa do estabelecimento.
A propina retornava para Paulo Vieira de Souza e seu núcleo familiar por meio da compra de veículos de luxo e custeio de diversas despesas familiares pagas pelo caixa do hotel Giprita. Parte do montante também foi repassada à P3T Empreendimentos como supostos pagamentos de aluguéis. Bens obtidos pelo ex-diretor da Dersa por meio de corrupção, como uma mansão no Guarujá, teriam sido transferidos para a empresa, mas eram utilizados por Vieira de Souza.
ESQUEMA – Segundo a Lava Jato bandeirante, o esquema envolveu a esposa do ex-diretor da Dersa, Ruth Arana de Souza, e suas duas filhas, Priscila Arana de Souza e Tatiana Arana Souza Cremoni. Os operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran e um gerente do hotel Giprita também participaram dos supostos crimes.
Algumas operações de lavagem teriam ocorrido após denúncias da força-tarefa contra Paulo Vieira de Souza, apontou a Procuradoria, ‘demonstrando o empenho do ex-diretor da Dersa, com a adesão de seus familiares, para blindar o patrimônio obtido de forma ilegal’. As investigações sobre atos de lavagem começaram a partir da operação Pasalimani, realizada em outubro do ano passado.
Condenação. Paulo Vieira de Souza detinha até dezembro do ano passado a maior pena imposta pela Lava Jato a um investigado: 145 anos e oito meses de prisão pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos e associação criminosa em denúncia apresentada sobre supostos desvios de R$ 7,7 milhões que deveriam ser aplicados na indenização de moradores impactados pelas obras do Rodoanel Sul e ampliação da avenida Jacu Pêssego, em São Paulo.
ALEGAÇÕES FINAIS – A sentença, contudo, foi anulada pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça. O magistrado tomou a decisão após o Supremo Tribunal Federal (STF) firmar o entendimento de que delatados devem se manifestar depois dos delatores nas alegações finais, que precedem a sentença no processo.
A anulação jogou o caso para a fase final de julgamento em primeira instância, conduzida pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A filha de Paulo Vieira de Souza, a psicóloga Tatiana Arana de Souza Cremonini, também teve sua sentença de 24 anos e três meses de prisão anulada.

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Publicado em 5 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Jota A (O Dia/PI) Glenn Greenwald Folha ...

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