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sexta-feira, abril 03, 2020

Na redução de salários, falta clareza à Medida Provisória e os salários vão diminuir


Sorriso Pensante-Ivan Cabral - charges e cartuns: Charge: Salário ...
Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Pedro do Coutto
Na realidade, a complementação da medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro terá de ser mais clara do que o texto original. Existem várias alternativas para conduzir a matéria, variando de uma faixa salarial para outra. Na minha opinião, a MP baseia-se em diversas faixas salariais, o texto publicado no Diário Oficial dá margem a dúvidas e tudo isso fica dependendo de o Congresso Nacional aprovar o projeto sem alteração na redação final. Mas isso não representa uma tradução transparente nos vários pontos que conflitam com a legislação em vigor.
Traduzindo: há direitos que terão de ser suprimidos, sobretudo na parte em que a Constituição define os salários como irredutíveis.
FALTA A EMENDA – Como se sabe, quando a Constituição não distingue, não se pode distinguir, é princípio básico do Direito. Por este aspecto, penso que haveria necessidade de emenda constitucional. Inclusive, esta é a hipótese que poderá resultar num conflito maior entre a lei e a vontade do governo.
Reportagem de Manoel Ventura, Marcello Correa, Naira Trindade e Gustavo Maia, edição desta quinta-feira de O Globo, destaca os pontos principais da medida provisória. Esses pontos principais tratam de diversas situações: uma delas, os percentuais de redução que podem chegar até a 70% da folha de pessoal.
A medida provisória, no entanto não é impositiva genericamente, ela vai depender de entendimento formulado entre as partes. E aí, a meu ver um problema. E se as partes não acertarem? Essa dúvida é fundamental, porque, sem concordância, a medida provisória, que aliás entrou em vigor ontem, tornar-se-á improvável.
SÃO TRÊS PARTES – Uma coisa, no entanto, é a diminuição dos salários, pois se isso não ocorresse, claro, não haveria necessidade de concordância. São três partes expostas na lei proposta. Uma delas são as empresas, outra parte refere-se aos empregados e uma terceira é relativa ao governo.
Um dos artigos diz assim: a proteção prevista responde ao dobro do tempo que o governo pagará por uma fração dos salários. Não acentua a reportagem qual será especificamente a parcela governamental. Os que ganham o salário mínimo não serão afetados. Esta face da questão funciona para lembrar, como estou fazendo agora, que 1/3 da mão de obra ativa brasileira recebe o salário mínimo.
Disse há pouco que depois da aprovação da MP com as modificações que o Legislativo pode fazer, o presidente Bolsonaro terá de assinar um decreto regulamentando a nova lei, inclusive tornando clara a divisão dos cortes. Isso porque pela tabela publicada ontem surgem dúvidas quanto a valores pelas diversas faixas de remuneração.
SALÁRIOS MENORES – Uma coisa entretanto é certa, os salários serão diminuídos, reduzindo-se assim os encargos das empresas. E numa escala imediatamente posterior falta definir qual será a parte dos empregadores e também do governo. Uma coisa é certa, os salários vão recuar acompanhando a percentagem de redução da jornada de trabalho.
Podem haver discussões sobre o tema geral, porém os assalariados serão duramente atingidos. Quanto ao poder de consumo ele vai recuar recaindo sobre os níveis de produção e comercialização.

Ministério da Saúde identifica que 1º caso de coronavírus no Brasil ocorreu no fim de janeiro


Mandetta demonstrou desconhecer registro de caso 
André de Souza, Renata Mariz, Leandro Prazeres e Gustavo Maia
O Globo
O Brasil registrou o primeiro caso de Covid-19 no fim de janeiro. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, dia 2, pelo Ministério da Saúde, houve uma hospitalização em razão da doença na quarta semana do ano. Até então, o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, que já matou 299 pessoas, tinha sido confirmado no fim de fevereiro.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson de Oliveira, o caso é de 23 de janeiro e foi importado, ou seja, contraído em outro país. De acordo com ele, no caso da epidemia de zika, em 2015 e 2016, ocorreu a mesma coisa, ou seja, investigação retroativa descobriu casos mais antigos do que os eram conhecidos inicialmente “Não tem dúvida de que é caso confirmado”, disse Wanderson.
INVESTIGAÇÃO – O Ministério da Saúde explicou que está fazendo uma investigação retroativa de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Nesse processo, foi encontrado um caso de janeiro. Desde o começo do ano, houve 23.999 hospitalizações por SRAG.
Delas, houve confirmação de covid-19 em 1.587, ou 6,6% do total. Fora o caso de janeiro, todos os demais são a partir da oitava semana, ou seja, já no fim de fevereiro. Nessa semana, houve uma hospitalização.
Depois disso, os números subiram. Na semana seguinte, foram quatro internações. Na décima, 42. Na décima primeira, 355 hospitalizações. Na décima segunda, 710. Na décima terceira, 433. E na décima quarta, que é a semana atual, já são 41. Os números podem mudar, porque nem todos os casos foram investigados.
MAIS CASOS – Quando consideradas apenas as hospitalizações por SRAG em que foi confirmada a presença de um vírus respiratório, a Covid-19 responde por mais da metade dos casos nas últimas três semanas. Em outras palavras, houve mais casos graves relacionados ao novo coronavírus do que com os outros vírus, como o H1N1, o H3N2 e o influenza B, que causam a gripe.
O estado de São Paulo, o mais afetado pela epidemia, concentra 82,5% das hospitalizações por covid-19. Quando considerado todo o universo de internações por SRAG, o estado responde por 48,4% do total. O segundo estado com mais hospitalizações em razão do novo coronavírus é o Rio de Janeiro, com 4,4%.
DESCONHECIMENTO – No início da apresentação do Ministério da Saúde, após a entrevista coletiva, Mandetta foi questionado pelo O Globo sobre a descoberta de que o primeiro caso ocorreu em janeiro, e não em fevereiro. Diante da pergunta, feita fora do microfone, o ministro demonstrou desconhecer a informação, sinalizando negativamente com a cabeça.
Sentado do seu lado, o secretário de vigilância em saúde da pasta, Wanderson Oliveira, interveio e disse que falaria do caso durante sua apresentação, surpreendendo Mandetta. Na saída da apresentação, Oliveira foi abordado pela reportagem, que insistiu no questionamento. O secretário se limitou a responder: “Estamos investigando”.

Mourão defende isolamento social e diz que “logo a vida retornará ao normal”

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Retomada das atividades precisa ser ‘lenta, gradual e segura’
Daniel Gullino e Gustavo Maia
O Globo
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira, dia 2, que o Brasil ainda está em uma fase “pré-pico” dos casos do novo coronavírus e defendeu medidas de isolamento social. Em evento do banco BTG, Mourão também disse que a retomada das atividades econômicas deve ser “lenta, gradual e segura”.
A declaração ocorreu horas após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o coronavírus “não é tudo isso”. “Estamos aqui já vivendo a segundo fase, do pré-pico, e é uma análise constante da evolução da doença, das áreas que realmente estão sendo mais impactadas, para pouco a pouco haver uma liberação das atividade não-essenciais “afirmou Mourão.
POUCO A POUCO –  “Então eu vou usar até uma expressão que era do tempo do presidente (Ernesto) Geisel, quando se referia à abertura política: esse processo terá que ser lento, gradual e seguro, de modo que, pouco a pouco, as atividades vão retornando”, acrescentou.
De acordo com Mourão, o número de casos deverá aumentar até o final de abril, e por isso é preciso preparar o sistema de saúde até lá: “Nós ainda estamos naquele momento pré-pico. A avaliação é que nós temos que continuar com essa política de isolamento, no sentido de atravessarmos esse mês de abril, onde se espera que o pico da doença comece a ocorrer aí a partir do dia 20, 25 de abril, procurando aquilo que vem sendo chamado do achatamento da curva, de modo que o nosso sistema de saúde, e principalmente a chegada dos insumos que estão sendo comprados permita que a gente supere esse momento”.
HISTERIA – Ao mesmo tempo, o vice-presidente disse que não há motivo de “histeria total”: “Não é motivo de uma histeria total como nós estamos vendo. Hoje você toma café, almoça, janta e faz a ceia ouvindo coronavírus. Julgo que isso é uma superexploração e que muitas vezes leva a uma imagem distorcida, principalmente por determinado segmentos da população que não conseguem compreender a realidade”.
De acordo com Mourão, as pessoas não devem ficar irritadas por deixaram de fazer certas coisas, já que “logo, logo a vida retornará ao normal”: Não nos aglomerarmos. Não ficarmos irritados porque não estamos indo a festas, não estamos indo a bailes, não estamos comparecendo a cinemas. Não, vamos entender que esse é um momento e que tudo na vida passa. Serão 30 dias, 60 dias, mas logo, logo a vida retornará ao normal”, disse.
“Todos perderemos alguma coisa nessa crise, mas vamos ganhar algo muito maior, que é o sentimento de união e de capacidade do povo brasileiro de superar desafios”, finalizou.

Irresponsável, Bolsonaro anuncia decreto contra isolamento e vai acabar sendo derrubado


Crise no Incra opõe aliado de Bolsonaro a militares - JBr.
Bolsonaro tinha tudo para dar certo, porém mostra que não é confiável
Guilherme Caetano e Renata MarizO Globo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na noite desta quinta-feira, que pode assinar um decreto para afrouxar o isolamento social nos estados. Segundo ele, pode-se ampliar o número de profissões que voltarão a atuar normalmente durante a quarentena. Ele também pediu aos governadores que “revissem suas posições” no combate ao novo coronavírus.
– Eu tenho um decreto pronto para assinar na minha frente, se eu quiser assinar, considerando ampliar as categorias que são indispensáveis para a economia. Eu, como chefe de Estado, tenho que decidir. Se chegar o momento, vou assinar a MP. Tem ameaça de todo lugar se eu assinar essa medida – disse, em entrevista a rádio Jovem Pan, na noite desta quinta-feira, confundindo decreto com medida provisória.
NÃO PODE TUDO – “Eu apelo aos governadores e prefeitos que revejam as suas posições”, disse. Questionado sobre o motivo de não ter ainda assinado o decreto para reabrir o comércio, Bolsonaro respondeu que “um presidente pode muito, mas não pode tudo”, e que está “esperando o povo pedir mais”.
– Nós temos ali gente poderosa em Brasília que espera um tropeção meu. Eu estou esperando o povo pedir mais. O que eu tenho de base de apoio são alguns parlamentares, não são maioria, mas o povo está do meu lado. Tem que ser responsável. O que muitos governadores mais querem é que eu tome a decisão para trazer o problema para o meu colo, e se tiver alguma morte, me crucificar. Na semana que vem, se não voltar o comércio, eu vou ter que tomar uma decisão. Seja o que o povo quiser.
TRABALHO IRRESPONSÁVEL – Bolsonaro voltou a alimentar a batalha com os governadores, em especial o de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Afirmou que os governadores fazem um “trabalho irresponsável” e sugeriu que agem com motivações políticas para tirá-lo do cargo.
– Primeiro, com todo o respeito aos governadores, vocês estão muito mal de porta-voz. Ele porta-voz que vocês elegeram aí é muito ruim em todos os aspectos, vocês sabem quem é. Faz demagogia barata o tempo todo, que é o (governador) de São Paulo. Agora não venha esse porta-voz de discursinho barato, ginasial, falando que o governo tem dinheiro, que tem a Casa Moeda para rodar. Se rodar a moeda, vem a inflação. Nós não queremos o caos no Brasil.
Em seguida, partiu para cima de Witzel. Bolsonaro criticou recentes declarações do governador pedindo que a população não saísse às ruas.
É UMA DITADURA? – “Agora, não podem alguns governadores, como o do Rio de Janeiro, na televisão falando: Fiquem em casa, é uma ordem. Está pensando que é o quê? É ditadura esse negócio aqui, pô? Não é dessa forma que devemos tratar a população”, frisou.
Mas a reação já começou. O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Alberto Beltrame, afirmou que um eventual decreto determinando o retorno das atividades em escala, que produzem aglomeração, é medida que “não se cumpre”.
— Um decreto determinando qualquer situação que contrarie a proteção à saúde das pessoas e absurdo. E ordem absurda não se cumpre — diz Beltrame.
APOIO A MANDETTA – O secretário Beltrame ressaltou o apoio dos gestores locais ao ministro Mandetta e à equipe do Ministério da Saúde que conduzem a crise com base em evidências científicas e orientações internacionais. Para ele, Mandetta precisará manter a serenidade que vem demostrando, sem sua avaliação:
— Mesmo diante de diversas desautorizações públicas, Mandetta permanece conduzindo os processos complexos diante de uma emergência de saúde internacional com serenidade e responsabilidade – elogiou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Irresponsável e idiota, Bolsonaro não sabe ceder e continua insistindo em entrar na contramão da História. A cada dia se torna menos confiável. A Câmara vai revogar esta medida provisória em 15 minutos. Se conhecesse o genial Adam Smith e as tendências do liberalismo, Bolsonaro saberia que a mão invisível do mercado já se projeta sobre o Planalto preparando-se para retirá-lo do cargo, de uma forma ou outra, e substituí-lo por general Hamilton Mourão, que tem mais preparo e bom senso. E vida que segue, diria João Saldanha(C.N.)

DR. PANTOJA NEGA TUTELA ANTECIPADA AO MP-BA EM PAULO AFONSO.

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 O Dr. Cláudio Santos Pantoja Sobrinho, juiz de direito da 2ª Vara Cível e da Fazenda Pública da Comarca de Paulo Afonso – BA-BR, em sede da Ação Civil Pública de inciativa Ministério Público Local subscrita pelo Dr. Moacir Silva do Nascimento Júnior, Promotor da Infância e da Adolescência de Paulo Afonso, autos de nº. 8031561-87.2020.8.05.0001, inicialmente protocolada perante o juízo plantonista de Salvador no último dia 28.03.2020, por decisão datada de ontem, 02.04.2020, indeferiu a tutela antecipatória pretendida pelo Ministério Pública para ser decretada a nulidade parcial do Decreto Municipal de Paulo Afonso de nº. 5.766/2020, por meio do qual o chefe do Poder Executivo local estabeleceu diversas ações e regulou a atuação dos órgãos da Administração Pública Municipal relacionadas ao combate da pandemia COVID-19.

 Na decisão, a fundamentar a decisão interlocutória com prestação negativa, dentre outros textos legais nacionais e supra nacionais, o juiz invocou o arts. 196 e 227 da CF, Lei 13.979/2020 com as alterações introduzidas pela MP 926/2020, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969, a Portaria nº 454/2020 que declarou o estado de transmissão comunitário do coronavírus, a interpretação do STF em sede da ADI Ação nº 6.341/DF, a cargo do Min. Marco Aurélio, e ADI 5592, manifestando na motivação:

 “Assim, à guisa de conclusão, está na alçada de competência da autoridade sanitária municipal o estabelecimento de barreiras sanitárias dentro de seus limites territoriais, bem como, no limite das vias internas de restrição a circulação de pessoas e a tomada de medidas que impliquem investigação ativa, de eventuais estados de saúde que apontem para quadro suspeito de infecção Covid-19, como tomada de temperatura e averiguação de histórico de contato suspeito, efetuando o devido encaminhamento à rede de saúde e aplicando medida de isolamento, se for o caso, dentro dos protocolos estabelecidos para o acompanhamento da doença.

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 “Em epítome, no caso em epígrafe, resta demonstrado que as medidas adotadas pelo Município demandado, ao menos em cognição sumária, visam a total proteção à vida e à saúde de toda a população, inclusive das crianças e adolescentes. Não havendo qualquer ilegalidade devidamente comprovada pelo Parquet, a ensejar a suspensão in limine do Decreto Municipal nº 5.766/2020, no que tange aos dispositivos especificamente questionados (art. 8º e art. 9º).”. 

Nota: Dr. Antonio Fernando Dantas Montalvão. ACP 8031561-87.2020.8.05.0001. Autor: MP-BA (Dr. Moacir Silva do Nascimento Júnior). Réu: Município de Paulo Afonso, representado pelo Procurador Geral, Dr. Igor Matos Montalvão). 
Paulo Afonso, 03.04.2020. 

ACP MPBA X PMPA.Tutela indeferida.Promotor: Dr. Moacir

















Em Jeremoabo o primeiro a desobedecer o OMS e o MS é a Secretária de Saúde

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

Foto Divulgação no Posto Paloma - Jeremoabo-Bahia

Em Jeremoabo o primeiro a desobedecer o OMS e O MS é indiretamente o prefeito por sua capacidade limitada, e, diretamente a sua filha a Secretária de Saúde.
 Ônibus clandestino chegando tudo indica de São Paulo e desembarcando os passageiros ao lado do Posto Paloma sem nenhuma fiscalização ou ou Barreira Sanitária.
Para que os senhores tomem conhecimento da gravidade esse Posto Paloma pertence a Secretária Municipal de Saúde.
Por mais que os rádios e as redes sociais denunciem, o abandono impera, a população está entregue as baratas, sem comando.
Jeremoabo como sempre, encontra-se na contramão do mundo, parece até uma ilha isolada onde o vento faz a curva.
Essa irresponsabilidade foi fragada agora pela manhã,  em 03.04.2020.

quinta-feira, abril 02, 2020

Pronunciamento sereno de Bolsonaro foi feito para preservar o próprio emprego


Pronunciamento do Excelentíssimo Senhor Presidente da República ...José Carlos Werneck
O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite desta terça-feira, a respeito da pandemia do coronavírus, foi recebido com alívio por seus ministros e aliados e é fruto de “conselhos” da ala moderada do Governo, principalmente dos integrantes do Exército. Todos os seus aliados temiam que Bolsonaro se isolasse cada vez mais ao contradizer publicamente os apelos de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e trabalharam no sentido de convencê-lo de que era preciso mostrar à população mais equilíbrio e união.
O discurso anterior em cadeia nacional de rádio e televisão, que foi ao ar há uma semana, redigido com a participação de um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro, foi classificado como um total “desastre” por muitos membros do governo, quando o presidente disse que a covid-19 era uma “gripezinha” e pediu que todos retornassem à normalidade.
MANDETTA FORTALECIDO – Embora nesta noite Bolsonaro tenha defendido a preservação dos empregos, não insistiu no fim do isolamento social. Por isso, integrantes do governo avaliaram que ele adotou uma postura mais serena.
Nesta terça feira, na reunião do Planalto, o presidente ouviu seus ministros defenderem a posição do ministro Mandetta, com quem vinha se confrontando ao contrariar orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.
O presidente concordou com as sugestões referentes aos assuntos que geraram desentendimentos, no próprio governo, tais como o isolamento vertical, onde as medidas restritivas são aplicadas apenas a idosos e pessoas portadoras de doenças pré-existentes, e se convenceu que deveria mudar seu
discurso sobre o vírus. Assim, ao invés de pôr em risco a saúde de todos, o que se viu foi um Bolsonaro mais tranquilo que nos pronunciamentos anteriores
SEM GOVERNO PARALELO – O discurso também foi considerado um resultado de uma mudança no sistema de Comunicação Social do Governo, chefiado pela Casa Civil. Um comunicado interno determinou que todas as notícias saiam do Palácio do Planalto. Desde segunda-feira, inclusive as entrevistas coletivas do Ministério da Saúde, com dados diários sobre a pandemia no Brasil, também passaram a ser realizadas no Palácio do Planalto.
A mudança objetiva coordenar os esforços para que a população não tivesse a impressão que havia governos paralelos: o do presidente Jair Bolsonaro e outro do ministro da Saúde.
PEDRA NO CAMINHO – A liderança do ministro da Saúde é uma realidade que se torna a cada dia mais visível e embora Mandetta seja visto como uma pedra no caminho de Bolsonaro há consenso no Governo que não é a hora de se pensar em demitir o ministro que é muito bem visto pela população.
Enfim, o que se viu nesta terça-feira à noite foi um presidente lutando para preservar o próprio emprego…

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