Mônica BergamoFolha
O presidente Jair Bolsonaro elegeu o deputado Marco Feliciano (Pode-SP) como um de seus interlocutores preferenciais no Congresso. O parlamentar é o autor do pedido de impeachment do vice-presidente, Hamilton Mourão. Feliciano foi recebido três vezes nesta semana pelo presidente.
Ele foi convidado por Bolsonaro para integrar a comitiva oficial na Agrishow, em SP, na segunda-feira (29). Na terça, foi convocado para uma reunião de Bolsonaro com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara.
Na quinta (2), Feliciano embarcou no mesmo avião de Bolsonaro para o congresso evangelístico Gideões, em Santa Catarina, em que o deputado é preletor. Bolsonaro, com isso, mostra que Feliciano fará a linha direta entre o Palácio do Planalto e o segmento evangélico.
PRISÃO DE LULA – Advogados de Lula assinaram uma petição contra o pedido de habeas corpus ao ex-presidente protocolado nesta semana por Daniel Oliveira, ex-secretário de Justiça do Piauí, no Supremo Tribunal Federal.
Segundo sua defesa, Lula se nega a pedir o cumprimento da pena em regime domiciliar, objeto do habeas corpus. Quer que a Justiça reconheça a sua inocência.
Oliveira confirma ter ouvido “comentários” sobre o desejo de Lula. “Mas, independente da posição dele, esse é meu direito enquanto cidadão brasileiro”, afirma. Nesta quinta-feira (2), o ex-secretário piauiense fez uma representação contra os advogados do ex-presidente no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A petição dos defensores de Lula, no entanto, foi feita com procuração do próprio presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Existem muitos outros parlamentares evangélicos com mais prestígio e experiência do que Marco Feliciano, que poderiam ser interlocutores do presidente e garantir mais retorno. A opção por Feliciano mostra que Bolsonaro ainda não se livrou da paranoia de ser derrubado pelo vice Mourão. O presidente não percebe que é ele próprio que fortalece essa possibilidade. Se fosse mais democrático, enquadrasse os filhos e governasse direito o país, ninguém pensaria em substituí-lo por Mourão. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Existem muitos outros parlamentares evangélicos com mais prestígio e experiência do que Marco Feliciano, que poderiam ser interlocutores do presidente e garantir mais retorno. A opção por Feliciano mostra que Bolsonaro ainda não se livrou da paranoia de ser derrubado pelo vice Mourão. O presidente não percebe que é ele próprio que fortalece essa possibilidade. Se fosse mais democrático, enquadrasse os filhos e governasse direito o país, ninguém pensaria em substituí-lo por Mourão. (C.N.)