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sábado, janeiro 15, 2011

Classe C deve atingir 56% da população em 2014

Segundo o IBGE, no fim de 2009 o segmento reunia 95 milhões de brasileiros, ou 50% da população

14/01/2011 | 19:00 | Agência Estado

A chamada classe C deve englobar 56% da população brasileira em 2014, de acordo com documento apresentado hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, à presidente Dilma Rousseff. Segundo projeção do ministério, a classe C deve chegar a 113 milhões de pessoas daqui a quatro anos. Segundo o IBGE, no fim de 2009 o segmento reunia 95 milhões de brasileiros, ou 50% da população.

No mesmo período, as classes A e B devem reunir 31 milhões de brasileiros, equivalentes a 16% da população. Em 2009, as camadas mais ricas da sociedade aglutinavam 20 milhões de pessoas, ou 11% dos habitantes do País.

Com a ascensão social projetada pela Fazenda, a classe D deve recuar para 40 milhões de pessoas em 2014, sendo 20% dos brasileiros, ante 44 milhões (24%) em 2009.

Já a classe E, que deve ser o foco das ações sociais do governo Dilma, deve passar dos 29 milhões de pessoas em 2009 para 16 milhões em 2014. Segundo a estimativa, a proporção da população mais pobre em relação ao total deve cair de 15% para 8% no período.

Fonte: Gazeta do Povo

Ação contra parecer da AGU sobre Battisti será analisada pelo relator

Presidente do STF remeteu processo ao relator do caso, Gilmar Mendes. Parecer da AGU sugeriu a não extradição do ex-ativista italiano

14/01/2011 | 16:40 | G1/Globo.com atualizado em 14/01/2011 às 19:40

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, determinou nesta sexta-feira (14) que seja remetida ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes, a ação do DEM contra parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o ex-ativista de esquerda Cesare Battisti. O documento sugeriu a não extradição do italiano.

No último dia 31 de dezembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acatou parecer da AGU e decidiu não extraditar Battisti, contrariando os apelos do governo italiano.

No entanto, em novembro de 2009, por cinco votos a quatro, o STF autorizou a extradição do italiano, mas deixou a palavra final para o então presidente Lula.

Na ação, o DEM afirma que o parecer da AGU é incostitucional e faz críticas ao documento, segundo o qual, o presidente teria "poder discricionário” de decidir sobre o destino de Battisti. Para o partido, uma decisão do STF não poderia ser reformada pelo presidente.

Peluso remeteu o processo ao relator por entender que não há urgência na demanda da legenda. O STF está de recesso até 1º de fevereiro, quando o ministro Gilmar Mendes e os demais integrantes da Corte retornam ao trabalho.

Em entrevista ao G1, nesta quarta-feira (12), o advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Lucena Adams, defendeu a decisão do ex-presidente Lula e rebateu críticas do DEM. Para ele, o Supremo autorizou extraditar o italiano, mas deixou a palavra final para o presidente da República.

“É um despropósito dizer que o [ex-]presidente [Lula] revogou a decisão do STF. A decisão que o Supremo tomou em 2009 foi de que competia ao presidente a última palavra”, afirmou Adams. Segundo ele, o STF não deverá aceitar os argumentos do DEM.

Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, época em que integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Fonte: Gazeta do Povo

Acre, Pernambuco e Amazonas, os campeões de falta

Proporcionalmente, essas três bancadas tiveram o maior número de ausências nas sessões de votação no plenário da Câmara na legislatura. Veja a distribuição das faltas por estado

Os deputados do Acre somam o maior número de faltas nos quatro anos da legislatura que termina

Renata Camargo e Edson Sardinha

As bancadas do Acre, de Pernambuco e do Amazonas são as campeãs em faltas na legislatura. Proporcionalmente, os deputados desses estados foram os que mais faltaram às sessões destinadas a votações nos últimos quatro anos, aquelas consideradas pela Câmara na hora de descontar o salário dos parlamentares. Os representantes acreanos, por exemplo, faltaram em média a 91 dos 422 dias de sessões reservadas a votações no período. É como se cada um dos oito deputados do estado tivesse faltado a quase um ano de mandato. Das 645 acumuladas pela bancada, 84 ficaram sem qualquer explicação.

Veja a lista completa das faltas da legislatura por estado

Veja a média de faltas por estado e região

As bancadas do Distrito Federal, de Mato Grosso e Tocantins foram as que tiveram, proporcionalmente, menos faltas. Os deputados da capital federal deixaram de registrar presença, na média, em 21 dias.

Norte e Nordeste

Se a análise for feita por região, Norte e Nordeste encabeçam a lista de bancadas menos assíduas. Os 79 deputados que representaram o Norte em algum momento da legislatura tiveram 64 dias de faltas, em média. Ao todo, eles somaram 5.073 ausências. Os 182 deputados que representaram os nove estados nordestinos faltaram, em média, 63 dias de sessão. Ao todo, foram 11.477 registros de ausência. Entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010, a Câmara teve 422 dias com sessões deliberativas.

Os 99 deputados que exerceram mandato nesse período por algum dos estados do Sul acumularam 5.933 ausências. Na média, cada um faltou a 60 dias com sessões. Os 217 deputados que representaram o Sudeste somaram 12.814 faltas, média de 59 faltas. Região onde está instalado o Congresso Nacional, o Centro-Oeste teve, proporcionalmente, menos falta de seus representantes: 40 na média.

Os 28 deputados que responderam por Pernambuco tiveram, em média, 75 faltas. As ausências sem justificativa dos pernambucanos chegaram, no total, a 101. No caso de faltas injustificadas, o parlamentar deixa de receber um percentual de seu salário.

Poucas explicações foram dadas pelos parlamentares do Amazonas. Das 697 faltas, distribuídas de maneira desigual entre os dez deputados que representaram o estado, 152 não foram esclarecidas. Os amazonenses tiveram, em média, 73 faltas.

Esses números fazem parte de levantamento elaborado pelo Congresso em Foco, com base em dados da Câmara dos Deputados. Desde quarta-feira (12), o site divulga os resultados dessa pesquisa, mostrando que, em toda a legislatura, apenas um deputado compareceu a todos os dias de sessão deliberativa. Entre os dez mais ausentes, estão Nice Lobão (DEM-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), Vadão Gomes (PP-SP) e Ciro Gomes (PSB-CE).

Bancadas assíduas

O ranking por bancada teve como critério a média de faltas, construída a partir do número total de faltas e o número de deputados que exerceram mandato ao longo da legislatura por cada estado.

Na relação dos mais assíduos, os deputados do Distrito Federal – unidade federativa onde está localizado o Congresso Nacional – foram os mais presentes. Os 14 parlamentares que votaram em nome dos eleitores do DF acumularam 298 faltas na legislatura.

Puxaram para cima a média do DF os deputados Jofran Frejat (PR) e Tadeu Filippelli (PMDB), que ficaram na lista dos mais assíduos. Eles estiveram presentes, respectivamente, em 99,1% e 97,4% dos dias de sessões. O maior número de faltas na bancada ficou com o deputado Rodovalho (DEM), que esteve ausente em 79 dias de sessão.

Mato Grosso vem em segundo lugar na lista das presenças. Na média, os 16 deputados que representaram o estado tiveram 30 dias de falta. Apenas três parlamentares exerceram o mandato pelos quatro anos completos: Carlos Abicalil (PT), Eliene Lima (PP) e Valtenir Pereira (PSDB). Entre eles, Eliene foi o mais assíduo nos dias de sessões. Esteve presente em 411 dos 422 dias com sessão deliberativa. A bancada de Tocantins teve média de 43 faltas. O mais assíduo do estado foi o deputado Lázaro Botelho (PP). Ele registrou presença em 407 dos 422 dias de sessão.

Leia ainda:

Eles são os mais ausentes da legislatura

Quatro dos mais faltosos não apresentaram projeto

Na legislatura, só um deputado em todas as sessões

Os deputados que mais faltaram sem justificar

Veja a lista completa das faltas em toda a legislatura

Fonte: Congressoemfoco

Divulgada foto oficial da presidenta Dilma

Roberto Stuckert Filho/Planalto
Foto oficial de Dilma Rousseff presidenta da República

Rudolfo Lago

O Palácio do Planalto divulgou a foto oficial da presidenta Dilma Rousseff. Na foto, feita pelo fotógrafo da Presidência, Roberto Stuckert Filho, Dilma aparece com um blazer branco, talvez o mesmo, ou parecido, com o que usou na cerimônia de posse. Discreta, a presidenta usa um batom vermelho e brincos de pérola. A sessão de fotos durou uma hora e meia e aconteceu no último domingo (9), no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Servidor escolherá banco para consignado

Livia Wachowiak Junqueira, Carol Rocha e Folha de S.Paulo
do Agora

A partir de agora, servidores na ativa ou aposentados podem escolher o banco onde querem contratar um empréstimo consignado. Ontem, o Banco Central publicou uma resolução que impede que as instituições financeiras --públicas e privadas-- façam parcerias com empresas para que os funcionários peguem empréstimos descontados em folha apenas no banco parceiro.

Porém, enquanto o contrato entre o órgão público e o banco não terminar, o servidor que tentar um empréstimo só conseguirá o crédito no banco conveniado. Quando esses contratos acabarem, os consumidores poderão fazer novos empréstimos nas instituições que quiserem.

Atualmente, cerca de 1 milhão de servidores no país têm consignados em bancos que firmaram convênio de exclusividade, segundo a ABBC (Associação Brasileira de Bancos). Outros 3 milhões têm contratos sem exclusividade.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado

Veja os carros que chegam ao Brasil

Beleza americana

Veja os carros que chegam ao Brasil

Scott Olson/Getty Images/France Presse
Honda Civic de 9ª geração tem carroceria parecida com a do carro atual, e deve chegar muito em breve
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Conheça os principais lançamentos do Salão de Detroit, dos Estados Unidos

A economia dos Estados Unidos está voltando aos eixos. Ainda assim, o Salão de Detroit apresentou poucas novidades, o que frustrou os entusiastas por automóveis. Em compensação, alguns modelos apresentados já estão de malas prontas para o Brasil.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora deste sábado, 15 de janeiro, nas bancas.

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Tabela

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Superesportiva GSX-R1000 já nasceu com DNA de moto de corrida

E muito mais

Fonte: Agora

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Carteira de trabalho dá aposentadoria especial

Ana Magalhães
do Agora

A segunda instância da Justiça Federal de São Paulo não exige laudos e formulários técnicos para que o segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) comprove atividade especial (trabalho nocivo à saúde ou de risco) exercida antes de dezembro de 1997.

A atividade prejudicial à saúde pode dar direito à aposentadoria especial da Previdência (com menos tempo de trabalho) ou pode, ainda, antecipar a aposentadoria por tempo de contribuição (que exige, no mínimo, 35 anos de pagamento à Previdência Social para os homens e 30 anos para as mulheres).

Uma decisão de dezembro do TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atende São Paulo e Mato Grosso do Sul, beneficia um soldador que não tinha formulários para comprovar a insalubridade da sua atividade no ano de 1995.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado

Ministro da Fazenda anuncia novo valor do salário mínimo

Thiago Pereira

A expectativa de milhões de brasileiros chegou ao final na tarde desta sexta-feira (14). Após participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o novo valor do salário mínimo será de R$ 545 em 2011. O aumento de R$ 35 terá impacto de R$ 1,4 bilhão nas contas públicas este ano.
De início, previa-se que o mínimo seria reajustado para 540. Uma proposta com esse valor chegou a ser aprovado no Orçamento da União deste ano. As centrais sindicais, no entanto, não se mostraram satisfeitas com o aumento e pediam que o salário chegasse aos R$580.
Segundo Mantega, o reajuste foi alterado porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2010 maior que o previsto. A fórmula de reajuste do mínimo, acertada com as centrais sindicais, estabelece a reposição pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. De acordo com o ministro, o valor ficaria em R$ 543, mas o governo arredondou para R$ 545 para facilitar o saque nos caixas eletrônicos. O novo mínimo só valerá a partir de fevereiro.
Mantega também anunciou que, nos próximos dias, o governo enviará ao Congresso uma medida provisória para transformar em lei a fórmula de reajuste do salário mínimo acertada com as centrais sindicais. Essa política vai vigorar nos próximos quatro anos.

*Com informações da Agência Brasil

PRESIDENTE DO PT, DESPRESTIGIADO

Seu nome, José Eduardo Dutra, Nos círculos políticos (principalmente entre PT e PMDB), ridicularizado e desmoralizado. Não consegue nada. Suplente de um senador de Sergipe (seu estado) tentou fazê-lo ministro, para assumir no Senado. Não conseguiu.

Agora tenta a BR- Distribuidora, com orçamento de apenas miseráveis 700 milhões. Não consegue, apesar de já ter sido presidente da Petrobras e da própria BR.

Seu passado eleitoral é ruim: derrotado duas vezes para governador e uma para senador. Como chegou a presidir o PT?

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Da TRAGÉDIA, da CATÁSTROFE, do ASSOMBRO dos mais de 500 mortos só na Região Serrana do Rio, de positivo, apenas a SOLIDARIEDADE do POVO com o próprio POVO. De negativo, a imprudência de Alckmin e cabralzinho.

Helio Fernandes

Não posso deixar de começar (mais uma vez me perguntando e procurando entender com especialistas o fato dessas catástrofes se repetirem), com a entrevista do governador do Rio. Só podia ser na Globo, ele sozinho diante de um microfone, nem mesmo um repórter para fazer indagações, pedir explicações. Não, ninguém podia “roubar” o espaço e o tempo do governador.

E Cabral, ínclito, altivo, altaneiro, textual: “É muita irresponsabilidade dessas famílias que vão morar em lugares inacessíveis, áreas de risco permanente, morrem e traumatizam o país”.

Já que deixou o governador BRADAR sozinho a RESPONSABILIDADE do povo, e a sua total isenção diante da catástrofe, a Globo precisaria explicar: “Por que o governador viajou para o exterior quando a tragédia já caminhava para o auge ou apogeu?”

Qual a razão do governador ficar no exterior, só decidiu voltar quando soube que Dona Dilma viria ao Rio, o “holofote” estaria garantido. De passagem, poderiam perguntar a Sergio Cabral: “Quem financiava sua viagem de férias? O Estado do Rio? Impossível. Ele mesmo? Tem recursos, apesar de acusadíssimo de enriquecimento ilícito (começando no dossiê Marcello Alencar), e também pelo fato de nunca ter trabalhado na vida, só ocupado cargos públicos. A Globo fará essas indagações, o governador responderá?

Os exemplos de coragem, de luta, de solidariedade são centenas, mas podem ser resumidos num episódio emocionante. Dois rapazes, no terceiro andar de um prédio, viram uma mulher tentando se segurar nos escombros de uma casa, (que logo seria derrubada por ondas colossais) jogaram uma corda para ela. O que aconteceu depois, de tão empolgante e emocionante, parece inacreditável pelo desfecho;

Quase levada por aquelas ondas assustadoras, ela conseguiu pegar a corda (fina, e é impossível explicar como se agarrou), os rapazes começaram a puxá-la de 12 metros de altura, ninguém acreditava que pudesse se manter agarrada, e que eles, lá de cima, tivessem força para puxá-la.

Pois tiveram, ela se manteve firme, eles num esforço impressionante, conseguiram puxá-la e colocá-la no terraço da casa. Duvido que alguém, acompanhando pela televisão, não tivesse ficado emocionado, rezando, torcendo, pedindo a Deus, de toda e qualquer maneira.

Para essa salvação milagrosa (desculpem), mais de 500 outras não puderam se salvar, não tiveram a menor chance ou oportunidade. Desesperadas, sequestradas pelas chuvas OCASIONAIS, e pela OMISSÃO PERMANENTE das autoridades, que descuidaram das suas obrigações e deveres. Morreram até mesmo sem saber como.

Aquele senhor, que depois de muito procurar “achou” a casa, lhe perguntaram, “alguém vivo?”. Respondeu: “Eram 9 pessoas da minha família, todos morreram”.

E diante do horror dos que ouviam, concluiu afirmando ou perguntando: “O que é que eu posso fazer?” Nada mais lancinante do que os dois fatos juntos. A perda de 9 familiares (mulher, filhos, pais e sogros) e a constatação lancinante, mas que podia muito bem ser chamada de REVOLTADA, nas circunstâncias horrorosas.

Esse homem reconhecia que não podia fazer nada, mas ao mesmo tempo condenava os que podiam fazer e não fizeram. No ano passado, na mesma região, temporal e desabamento, não na proporção de agora, mas com advertências de técnicos de todas as formações.

Diante do vulto da DESTRUIÇÃO, quase todos perguntam: “Quanto tempo levará para a RECONSTRUÇÃO?”. E esses mesmos especialistas, engenheiros, geólogos, os que estudam a movimentação das águas, represadas, libertadas, mudando de curso e de percurso, descendo a uma velocidade de mais de 100 quilômetros, respondem: “Pode calcular em 10 anos, se forem tomadas as providências adequadas”.

Outros especialistas, que passam a vida estudando para que outros não percam a própria vida, dizem: “Isso é tarefa para uma geração”. E repetem, para demonstrar a falta de confiança nos que fingem que governam: “Se forem tomadas as providências indispensáveis”.

Mas a preocupação desses técnicos se localiza também no AGORA, advertem: “Vai continuar chovendo, mais tragédia”. E em muitos lugares, existem populações ainda “ilhadas”, sem o mínimo de possibilidade de socorro.

No Brasil nunca houve nada parecido. E o governador cabralzinho “condena” os que vão morar em encostas, mas não assume a responsabilidade em duas grandes questões. 1 – E a fiscalização, responsabilidade do seu próprio governo? 2 – E não dá uma palavra a não ser de reprovação, para os que vão morar nas encostas? Morariam em que lugares, no “entendimento” dele?

***

PS – No Estado do Rio, cabralzinho é o maior responsável, perdão, irresponsável, por omissão.

PS2 – No plano nacional, quem vai responsabilizar o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima? “Financiou” a própria candidatura a governador da Bahia, com o dinheiro que era para investir em áreas de risco. Pois 50 por cento dessas verbas, JOGOU na Bahia, que não teve chuvas e logicamente sem tragédia. Não vai responder por CRIME DOLOSO?

PS3 – E Geraldo Alckmin, o grande responsável em São Paulo. Voltou a chover na capital. Mas Alckmin se recolheu à própria insignificância. Depois de dizer, “não posso resolver nada em 24 horas”. Esquecido que, desde 1994, está no governo de São Paulo, como vice em exercício ou governador pela TERCEIRA VEZ, inconstitucional. Ficará impune?

Helio Fernandes/Tribuna da Imprensa

Os gastadores e os mãos-de-porco

Carlos Chagas

Terá Dilma Rousseff conseguido enquadrar o ministério, na primeira reunião de trabalho, ontem? Melhor marcar coluna do meio. Apesar do tom áspero com que a presidente dirigiu-se à equipe, ficou claro que parte de seus ministros discorda dos cortes de mais de 40 bilhões no orçamento, anunciados por Guido Mantega. Só faltou Dilma repetir as palavras preparadas por Tancredo Neves mas não pronunciadas na posse que não aconteceu: “é proibido gastar”.

Como deixar de gastar?, pensaram sem protestar os ministros da área social. Dentro de um mês a própria presidente irá cobrar resultados de seus ministros, mas com as limitações agora impostas muitos ficarão felizes caso consigam apenas evitar a paralisação nos respectivos setores.

Espera-se, no ministério, que essa primeira palavra de ordem venha a ser flexibilizada. De que maneira os ministérios da Saúde, das Cidades e da Defesa, por exemplo, evitarão vultosos gastos suplementares para enfrentar os efeitos da catástrofe verificada no Rio? Ou de que forma o ministério do Desenvolvimento Social negará aumento e ampliação do bolsa-família aos treze milhões de beneficiados com o programa? Como enfrentar a reação nacional ao salário-mínimo de 540 reais, mesmo se for contida a grita parlamentar por um reajuste mais justo e, claro, também por mais cargos no segundo escalão?

Em suma, mesmo com a tomada de posição da presidente da República em favor dos ministros defensores da contenção, não se convenceram os ministros empenhados em realizações. Repete-se outra vez a quase centenária disputa entre os gastadores e os mãos-de-porco. �

O JULGAMENTO DE DEUS

Com todo o respeito, mas uma pergunta não quer calar: chame-se Padre Eterno, Jeová, Alah, Tupã, Júpiter, Zeus ou de que outro nome disponha, ELE não poderia ter evitado a tragédia que assola o estado do Rio? Afinal, não custaria nada desviar as tempestades e trombas d’água um pouquinho para lá, sobre o mar. Crianças morreram aos montes na serra fluminense, não seria o caso de terem sido poupadas? Qualquer dia desses, bem antes do Juízo Final, alguém tomará a iniciativa de convocar um tribunal para julgá-LO…

CRIMES HEDIONDOS

A televisão e os jornais têm mostrado menos do que deveriam cenas da região serrana fluminense onde cidadãos desesperados com a catástrofe estão fazendo justiça com as próprias mãos. Os bandidos flagrados roubando casas abandonadas tem sido surrados à exaustão. Provavelmente muitos acabaram engrossando a relação dos óbitos gerados pelas inundações. A questão é complicada: fazer o quê com esses animais? A polícia, mesmo se quisesse, não daria conta de evitar a indignação popular.

Se há um crime hediondo não capitulado na legislação é esse praticado pelos ladrões em pleno caos encenado pela natureza. Não há que concordar com a violência e a ira quase sagrada dos que perderam a família e os bens, diante dos que se aproveitam de sua desgraça. Mas dá vontade.

DE VOLTA PARA O FUTURO

Não demora para o Lula estar de volta de seu descanso na praia administrada pelo Exército. Retorna a São Bernardo. Ainda este mês poderá estar na nova festa de aniversário de criação do PT, quando reverá Dilma Rousseff. E depois?

Só por milagre se suporia o ex-presidente escrevendo suas memórias. Pensará que é cedo, tendo em vista o que ainda pode acontecer. Viajar para o exterior, nem pensar. Percorrer o país fazendo política pode não ser tão simples como imaginou. Ainda que possam sobrar convites, faltarão motivações específicas. Fica difícil começar já a campanha para voltar ao poder, como fez Juscelino Kubitschek em 1961. Seria atropelar o governo de Dilma Rousseff.

Melhor mesmo parece agilizar os planos para a criação de uma fundação que leve o seu nome e reúna seus arquivos, certamente em São Paulo.

Fonte: Tribuna da Imprensa

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Nos jornais: Congresso manda mais R$ 100 milhões para os partidos

O Estado de S. Paulo

Congresso ‘estatiza’ dívidas de campanha ao turbinar verba pública para partidos

A maior parte das dívidas das campanhas presidenciais de 2010 poderá ser "estatizada" graças a uma manobra dos líderes dos partidos no Congresso, que, no final do ano passado, elevaram em R$ 100 milhões a destinação de recursos públicos para o Fundo Partidário em 2011. Durante a tramitação do Orçamento, o subsídio governamental para o funcionamento dos partidos aumentou em 62%, dos R$ 165 milhões previstos na proposta inicial do governo para o valor recorde de R$ 265 milhões. O incremento de R$ 100 milhões - o suficiente para sustentar por um ano cerca de 100 mil beneficiários do programa Bolsa Família - foi aprovado por todos os partidos, segundo a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do Orçamento. A unanimidade tem uma explicação: todas as legendas foram beneficiadas. O PT, por exemplo, ganhou uma receita extra de R$ 16 milhões - o equivalente a 60% da dívida deixada pela campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT). A fatia adicional do PSDB é de R$ 11 milhões, valor suficiente para cobrir todas as pendências da campanha do ex-presidenciável José Serra, estimadas em cerca de R$ 9,6 milhões.

Necessidade de mais recursos era consensual, dizem líderes

As negociações para a ampliação dos recursos do Fundo Partidário de 2011 começaram em outubro do ano passado, na esteira do crescimento dos gastos das legendas com as campanhas eleitorais para deputados, governadores e presidente da República. De acordo com líderes de partidos, houve consenso entre as siglas de que eram necessários mais recursos para cobrir as despesas eleitorais. A avaliação foi de que os partidos, endividados, precisavam encontrar fontes de financiamento mais robustas até a próxima eleição, a disputa pelas prefeituras em 2014. "O aumento do fundo resultou em melhora para todos os partidos. E, quando todos são beneficiados, ninguém reclama", disse o líder de um dos partidos, que preferiu não se identificar.

Repasses do Orçamento dobram em dez anos

Em dez anos, os repasses de recursos públicos para o Fundo Partidário mais do que dobraram, passando de R$ 130 milhões para R$ 265 milhões - para permitir comparações, os valores de 2002 foram corrigidos pela inflação oficial. Nesse mesmo período, houve aumento de apenas 17% no número de eleitores, cuja evolução, segundo a Lei dos Partidos Políticos, deveria ser parâmetro para corrigir os valores ano a ano. Mas a lei estabelece apenas um piso para os repasses obrigatórios da União aos partidos - cabe ao Congresso a palavra final sobre o assunto.

Dilma cobrará ''ministério solidário''

A presidente Dilma Rousseff abre hoje, às 14 horas, no Palácio do Planalto, a primeira reunião ministerial do seu governo. No encontro, alertará a equipe para a necessidade de adotar "procedimentos éticos" e dividir com os ministros da área econômica os ônus políticos que podem resultar dos cortes orçamentários. O ajuste nas contas de cada pasta é considerado "inevitável" pela presidente. A previsão é que o encontro se estenda até as 18 horas. A abertura da reunião será feita pela própria presidente e deve ser transmitida ao vivo pela NBR, a emissora de TV do governo. Dilma deverá, segundo fontes do Planalto, assumir o papel de gestora preocupada com contas e números de cada órgão da administração federal.

Kassab define sua ida para o PMDB e formação de bloco

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), avisou a aliados que definiu sua ida para o PMDB e deu início às negociações para ampliar a participação da sigla no governo e formar uma frente ampla de deputados e prefeitos no Estado. A movimentação de Kassab criará uma terceira força política em São Paulo, com potencial de romper a polarização entre PT e PSDB, surgida no ocaso do malufismo nas eleições majoritárias. Em conversas na última semana com aliados, o prefeito disse que aguardará a eleição do novo comando do DEM, em março, para anunciar a sua saída. Kassab articula a ida dos 70 prefeitos paulistas do DEM para o PMDB, que governa 68 cidades. Criaria, assim, a segunda maior força partidária no Estado, ameaçando a hegemonia dos tucanos, que governam São Paulo desde 1995 e têm mais de 200 prefeituras. O "novo" PMDB paulista teria o dobro do tamanho do PTB e PT, que têm 63 e 65 prefeitos, respectivamente.

A cidade pacata mergulha na intriga política

Pindamonhangaba é o caos. Nestes dias em que Paulão, o cunhado do governador Geraldo Alckmin, ganhou o noticiário policial, alvo que é da promotoria criminal - e também da promotoria civil -, a cidade perdeu sua rotina de tranquilidade, cercada de dúvidas e intrigas políticas. Na cidade de 146 mil habitantes e 103 mil eleitores, no Vale do Paraíba, o que se discute é o impacto da crise e a reviravolta que ela pode provocar nos rumos da administração municipal. Havia uma investigação da promotoria, ato discreto, sem alardes. Dois dias depois do Natal, militares e promotores vasculharam a casa de Paulo Ribeiro, o irmão de Lu Alckmin, primeira-dama do Estado. Estavam munidos de ordem da Justiça. O caso caiu no domínio público.

Dilma manda rever regra do passaporte especial

A presidente Dilma Rousseff determinou ao Itamaraty a revisão do decreto que trata da concessão de passaportes diplomáticos. Apesar de o Ministério das Relações Exteriores já ter tomado a iniciativa de rever a legislação, o pedido de Dilma dá força à ideia de normas mais rigorosas para concedê-los. A presidente quer evitar futuros desgastes com as brechas que permitiram, por exemplo, que todos os filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e três de seus netos renovassem o documento dois dias antes de ele deixar o cargo. Ontem, o Itamaraty confirmou que outros dois filhos de Lula - Fábio Luiz, o Lulinha, 35 anos, e o publicitário Sandro Luiz, 31 anos - também tiveram seus passaportes diplomáticos renovados. Marcos Cláudio, 39 anos, e Luiz Cláudio, 26, além de três netos menores de idade também possuem o documento - também fornecido a Lurian Silva, a filha mais velha do ex-presidente.

O Globo

Estado não tem sistema de alerta contra catástrofes

O maior desastre natural do Brasil, que já custou a vida de pelo menos 470 pessoas e deixou mais de 5 mil desabrigados, mostrou que falta ao Rio coordenação de nível básico para impedir que uma tempestade faça vítimas. Na esfera municipal, o novo radar, instalado ano passado, teve alcance para captar a formação da tempestade. Mas o equipamento só emite dados que não foram analisados, nem repassados, por falta de técnicos. No estado, a Defesa Civil transmitiu com horas de antecedência um aviso do Inmet para prefeituras serranas, mas a mensagem se perdeu. Teresópolis, por exemplo, nega ter sido avisada. Especialistas dizem que sobra a certeza de que mais chuvas virão e que faltam equipamentos, meteorologistas em todo o estado e até mesmo um sistema de comunicação e alerta que reduza os danos e salve vidas. Cidade com o maior número de mortos (208), Nova Friburgo ainda tem muita gente isolada em diversos pontos. A reconstrução de Teresópolis custará R$ 590 milhões. Acompanhada do governador Sérgio Cabral, a presidente Dilma visitou Friburgo.

Deputados faltaram a uma em cada 5 sessões

Os deputados da atual legislatura, iniciada em 2007, faltaram, em média, a uma em cada cinco sessões deliberativas (com votações) na Câmara. O balanço da frequência em quatro anos revela que a bancada dos gazeteiros é a maior e mais apartidária da Casa. A deputada Nice Lobão (PMDB-MA), mulher do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), lidera o ranking dos que não apareceram para as atividades no plenário, tendo comparecido a menos da metade das reuniões. Foram 422 no período, mas ela só foi a 182. Atrás dela, figuram os deputados Vadão Gomes (PP-SP), com 199 faltas; Ciro Gomes (PSB-CE), com 188; Marina Maggessi (PPS-RJ), com 180; Marcos Antônio (PRB-PE), com 175; e Miguel Martini (PHS-MG), com 169. Os dados constam do site da Câmara e foram consolidados pelo GLOBO, que considerou todos os parlamentares que exerceram mandatos por pelo menos 400 dos 422 dias com sessões deliberativas.

Veja a lista completa das faltas em toda a legislatura

Governo estuda fórmula para elevar mínimo

Está sendo retomada pela equipe técnica do governo a proposta de antecipar parte do reajuste previsto para o salário mínimo em janeiro de 2012, para elevar o valor definido pelo governo para R$560, neste ano. O estudo, que será levado semana que vem à presidente Dilma Rousseff, se aceito pela área política, já vai fixar também o piso de 2012 em R$616. Sem a antecipação, o valor do mínimo em 2012 ficará próximo de R$636. A ideia é estabelecer essas mudanças num substitutivo (novo texto) à Medida Provisória (MP) que estipula o piso em R$540 a partir de janeiro de 2010. O salário mínimo de R$560 para este ano já havia sido negociado com as centrais sindicais em dezembro, durante as discussões e a votação do Orçamento, mas não evoluiu.

MP muda gestão de hospitais universitários

Considerada prioridade de José Gomes Temporão quando era ministro da Saúde, a Fundação Estatal de Direito Privado não saiu do papel. Entretanto, no último dia de seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma Medida Provisória com parte do projeto não aprovado de Temporão. A ideia do ex-ministro era centralizar e otimizar a administração de grandes hospitais públicos. A MP de Lula cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, mas para gerir apenas hospitais universitários. No Congresso Nacional, o projeto de Temporão não andou por oposição de setores sindicalistas do PT. Agora a MP de 31 de dezembro aguarda aprovação no Congresso, que está de recesso, mas já é alvo de ataques. Para o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, a medida é inconstitucional e foi tomada no apagar das luzes, sem debate.

Filha de Lula tem passaporte diplomático

O Itamaraty divulgou ontem que a filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lurian Cordeiro da Silva, também tem passaporte diplomático. O órgão já tinha confirmado que concedeu o documento a três netos menores de idade e aos outros quatro filhos de Lula. A lei só prevê o benefício para filhos de autoridades que têm até 18 anos, mas todos os filhos do ex-presidente têm mais do que isso. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o passaporte especial de Lurian foi emitido em 2007 e está para vencer. Lurian não teria solicitado a renovação do documento. Ontem, Lula antecipou o fim de suas férias num forte do Exército e, de acordo com informações do Comando Militar do Sudeste, deixou ontem à tarde o Forte dos Andradas, no Guarujá, litoral paulista. A princípio, ele ficaria no local até a próxima terça-feira, dia 18.

Dilma já enfrentará crise no Meio Ambiente

Antes de completar 15 dias de governo, a presidente Dilma Rousseff já tem pela frente o desafio de administrar uma crise no Ministério do Meio Ambiente. A saída de Abelardo Bayma do comando do Ibama, depois de pedir demissão alegando razões pessoais, deixa em aberto o cargo do órgão que vem sendo tratado como chave para o licenciamento das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em especial o projeto bilionário da hidrelétrica de Belo Monte. Para assessores próximos, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, teria confidenciado que a indicação do sucessor de Bayma está congelada, até que se resolva a disputa pela presidência na Câmara dos Deputados. Essa é a ordem para qualquer renovação nos quadros do segundo escalão. No lugar de Bayma, continuará o interino Américo Tunes, diretor da instituição.

Cultura terá orçamento ainda menor

Apesar da promessa da então candidata Dilma Rousseff de ampliar os equipamentos de cultura e reforçar a indústria cultural, o orçamento destinado ao setor este ano sequer alcança o volume de recursos previstos no ano passado. Já contabilizadas as emendas parlamentares - principal instrumento para reforçar os investimentos públicos -, o Ministério da Cultura (MinC) tem à sua disposição R$2,09 bilhões, 7,2% a menos do que o previsto em 2010. Se não fossem as emendas, que atendem aos interesses regionais de cada parlamentar, o Fundo Nacional de Cultura (FNC), braço executor de programas, projetos ou ações culturais, teria um orçamento 63,2% menor do que há um ano. O ministério afirma que não fez a conta, mas que, se todo valor contabilizado em emendas fosse destinado ao FNC, o prejuízo seria de 23% em relação ao exercício anterior.

Reprovação em massa

OMinistério da Educação (MEC) reprovou 699 instituições de ensino superior, o equivalente a 39% das que participaram de todo o processo de avaliação em 2009 e receberam um conceito ao final. Ao divulgar os resultados, o ministro Fernando Haddad anunciou ontem as primeiras punições para quatro universidades e 11 centros universitários com fraco desempenho nas últimas três avaliações. O MEC suspendeu a autonomia acadêmica dessas 15 instituições de ensino, todas privadas. Assim, elas podem continuar funcionando, mas estão impedidas de criar novos cursos e ampliar o número de vagas sem autorização do ministério.

Folha de S. Paulo

Fazenda sugere a Dilma que bloqueio chegue a R$ 50 bi

O Ministério da Fazenda sugeriu à presidente Dilma Rousseff que o bloqueio de recursos no Orçamento da União ultrapasse R$ 40 bilhões e já discute a possibilidade de um congelamento próximo a R$ 50 bilhões.
A cifra supera o valor congelado em 2010 (R$ 30 bilhões) e equivale a cerca de quatro orçamentos anuais do Bolsa Família (R$ 13,4 bilhões) e também a quatro vezes o que o ministro da Saúde tem disponível para investimentos em 2011. O freio em parte das despesas públicas pretende atacar dois desafios cruciais do atual governo na economia: o risco inflacionário e a valorização excessiva do real. Tem, também, a função de mostrar ao mercado financeiro que o Executivo está preocupado com os gastos, reforçando a promessa de uma "ação fiscal forte" neste ano feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Base aliada prevê derrotas de presidente no Congresso

Os próprios líderes da base aliada ao governo já apontam duas derrotas com impacto fiscal para a presidente Dilma Rousseff na Câmara: o embate em torno do salário mínimo e a votação do reajuste do Judiciário.
Outro problema que o novo governo irá enfrentar, com chances de revés, é a PEC 300, que cria piso salarial para policiais civis, militares e bombeiros. Se aprovadas, o impacto dessas despesas pode chegar a R$ 63,7 bi nos orçamentos da União e de Estados. O principal embate será em torno do mínimo. Enquanto o governo afirma não aceitar valor superior a R$ 545, nenhum partido da base, inclusive o PT, acredita na vitória desse patamar. "Eu acho que fecha em R$ 550", disse o deputado Paulo Teixeira (SP), futuro líder da bancada. PDT e PC do B não abrem mão dos R$ 580. PMDB, PTB e PR concordam com um valor intermediário, entre R$ 550 e R$ 560. O humor dos partidos aliados com a montagem do segundo escalão ditará a quantidade de vitórias e derrotas do governo no Congresso.

Mural no Planalto expõe perfis incômodos de ministros

Informações negativas sobre ministros do governo Dilma Rousseff foram expostas pela Presidência no mais movimentado corredor do Palácio do Planalto, ontem. Para apresentar aos servidores o primeiro escalão do novo governo, a Coordenação de Relações Públicas da Presidência montou um mural no palácio. Foram preparados perfis biográficos de todos os ministros, baseados em informações da enciclopédia colaborativa on-line Wikipedia. No entanto, quem parava para ler as fichas via que os perfis de parte dos ministros, nenhum deles do PT, pareciam editados pela oposição. Os dados mais constrangedores eram os dos peemedebistas -a ponto de o mural ser desfeito por volta das 16h30, após a Folha contatar a Secretaria de Imprensa da Presidência.

Tucano pede "investigação total" de cunhado

O governador Geraldo Alckmin voltou a defender a apuração do suposto envolvimento de Paulo Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin, em esquema de corrupção nos contratos de merenda firmados com prefeituras paulistas. Segundo a investigação, Ribeiro teria agido em Pindamonhangaba, berço político de Alckmin, pagando propina a políticos e subornando servidores públicos. Ontem, o governador disse ser favorável à "investigação total do caso". "Eu já falei: investigação total. Qualquer pessoa, independentemente de quem seja, se há uma denúncia que envolve coisa pública [defendo a] investigação absoluta".

"Caxias", deputado foi a todas as sessões de 2007 a 2010

O deputado Carlos Manato (PDT-ES) é o mais assíduo da atual legislatura na Câmara. Sem nenhuma falta em sessões de votações, ele se considera um "Caxias" e conta que sua última ausência foi em setembro de 2005, devido ao falecimento de seu pai. O levantamento de presença dos parlamentares foi feito pelo site Congresso em Foco e levou em conta 422 sessões deliberativas de fevereiro de 2007 a dezembro de 2010.
Manato conta que já recusou até convite do então presidente Lula, que ia ao Espírito Santo em uma terça-feira. "Não aceito qualquer tipo de compromisso nas terças, quartas e quintas-feiras." O alto seu índice de presença, porém, não resultou em aprovação de projetos. Das 41 propostas que apresentou, nenhuma virou lei.

Veja a lista completa das faltas na legislatura

Operação da PF completa 1 ano parada

As ações da Castelo de Areia, operação da Polícia Federal que envolve políticos, agentes públicos e construtoras, completa hoje um ano de paralisação. O andamento depende do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que deve voltar a analisar o caso em março. Além da paralisia, porém, existe o risco de que toda a operação seja anulada. Isso porque, quando o STJ retomar o julgamento, restarão os votos de três ministros. Basta que um deles siga a relatora do caso, que já votou pela anulação das escutas. A operação totaliza 19 inquéritos da polícia e 32 representações do Ministério Público Federal.

Citados em relatórios da PF negam participação em crimes investigados

Os mencionados nos relatórios da Operação Castelo de Areia negam a participação nos crimes investigados pela Polícia Federal. A defesa dos diretores da Camargo Corrêa diz que as provas produzidas pela PF na operação são ilícitas. Por meio da assessoria de imprensa do STJ, o ministro da 6ª Turma da corte, Og Fernandes, que pediu vista do processo da Castelo de Areia, informou que vai levar a julgamento o habeas corpus do caso até o início de março. Fernandes não se manifestou sobre a duração do processo no STJ.

Mais de 500 mortos, busca por comida e medo de saque

O dia seguinte à maior tragédia natural que já atingiu o Rio de Janeiro trouxe para os sobreviventes dos municípios atingidos, na região serrana, além da desolação e da dor, o medo de saques, os cortes no abastecimento de água e de energia elétrica e o risco de falta de alimentos. Em Nova Friburgo, moradores reviravam o lixo em busca de alimentos e remédios jogados fora por comerciantes que tiveram seus estabelecimentos inundados. No Vale do Cuiabá, área nobre de Petrópolis, policiais em tratores buscavam saqueadores. O Exército montou acampamentos ra região para ajudar no resgate de vítimas e distribuir água e comida aos desabrigados. Em Teresópolis, há racionamento de água. Caminhões-pipa foram enviados.

Com Dilma, Cabral volta a culpar invasão

A tragédia que abateu a região serrana do Rio tem um culpado, na visão do governador Sérgio Cabral (PMDB): as ocupações irregulares.
Ao lado da presidente Dilma Rousseff, com quem sobrevoou as áreas devastadas pelo temporal, Cabral voltou a culpar as ocupações irregulares pela tragédia que matou centenas de pessoas. "Lamentavelmente, essas três cidades tiveram um problema muito semelhante ao que houve na cidade do Rio e em outras regiões, que é a permissividade de se deixar a ocupação de áreas de maneira irresponsável. Só que na hora que acontece a desgraça, quem paga o maior preço é o mais pobre", disse.

Correio Braziliense

501 mortes no Rio e um país em comoção

As fortes chuvas que ainda atingem a região serrana do Rio de Janeiro — elas começaram na última terça-feira — provavelmente entrarão para a memória do brasileiro como um fenômeno que provocou uma das maiores tragédias em território fluminense. O clima de férias na serra deu lugar a um cenário de destruição e morte: até às 23h15, foram identificados 501 corpos por peritos do Instituto Médico Legal (IML). A tendência é que, infelizmente, o número oficial de vítimas aumente. Isso porque as prefeituras locais contabilizam mais mortes do que a Polícia Civil.

Palocci e Temer amansam ânimos

Diante da iminente ampliação da crise na base aliada por conta de nomeações no segundo escalão, a presidente Dilma Rousseff escalou o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para enquadrar o PMDB e determinou ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que encerre a disputa com o líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN). O Palácio do Planalto montou uma operação que teve início ainda na segunda-feira e estendeu-se por todo o dia de ontem. Com procuração de Dilma, Palocci deu um recado claro: “O PMDB é governo e não aliado”, disse o chefe da Casa Civil durante reunião com o vice-presidente, Michel Temer, o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e Alves. O tom ríspido foi seguido por Temer, que, dirigindo-se ao colega peemedebista, afirmou: “Se somos todos governo, temos de agir como governo.”

O social adequado ao bolso

A redução no dinheiro disponível para investimentos em programas de assistência a jovens e erradicação do trabalho infantil cria entraves ao combate à miséria — primeiro objetivo traçado por Dilma Rousseff. Na reunião ministerial de hoje, o investimento na área social será colocado como prioritário dentro da ordem de “fazer mais com menos” e torná-lo mais eficiente. A presidente ainda pedirá aos ministros que dividam o ônus político pelo corte no Orçamento e evitem o fogo amigo. A erradicação do trabalho infantil terá este ano R$ 279 milhões, R$ 27 milhões a menos que no ano passado. Uma redução de 9,5% na comparação com o Orçamento de 2010. O Projovem teve a verba disponível enxugada em 6,5%: saiu de R$ 369 milhões para R$ 346 milhões. Nas duas ações, o governo cortou projetos socioeducativos para crianças e adolescentes trabalhadores de até 17 anos, poupando apenas gestão e administração dos programas.

Herança de 21 mil processos de anistia

Além da discussão sobre a Comissão da Verdade, que envolve os mortos e os desaparecidos durante o regime de exceção no país (1964-1985), a presidente Dilma Rousseff herdou de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, aproximadamente 21 mil processos de pedidos de indenização às vítimas da ditadura militar. Apesar de a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça ter julgado, entre 2007 e 2010, cerca de 10 mil casos anualmente — entre 2001 e 2006 a média foi de 4,4 mil —, os requerimentos se acumularam no ano passado por falta de funcionários. Nessa última década, 66,4 mil processos foram apreciados e mais de 35 mil pessoas ganharam o direito à reparação econômica ou recuperaram seus direitos políticos e previdenciários.

Base rebelde ao limite de R$ 545

Um dia depois de Dilma Rousseff determinar o novo valor do salário mínimo em R$ 545 e pedir suporte da base para aprovação no Congresso, aliados simplesmente ignoraram a posição do Planalto, a começar pelo próprio partido da presidente. O PT foi o primeiro a se rebelar, pregando como "melhor medida", R$ 550. Outras legendas governistas, como PTB e PDT, seguiram o mesmo curso e confirmaram: não abrem sequer o diálogo com o governo por valor abaixo de R$ 550. Na Esplanada, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, voltou a contestar o reajuste previsto pela equipe econômica. Por pressão dos ministros, o tema deve voltar à mesa durante a reunião ministerial de hoje. Mesmo com a intervenção direta de Dilma, o cabo de guerra envolvendo os próprios titulares do primeiro escalão tem tudo para continuar.

Fonte: Congressoemfoco

Os deputados que mais faltaram sem justificar

Dos dez que menos apresentaram justificativa, sete saíram vitoriosos das urnas em outubro. Campeão de votos no Pará, Wladimir Costa deixou sem explicações 106 das 130 faltas acumuladas por ele na legislatura

Laycer Tomaz/Câmara
Wladimir Costa faltou 106 vezes às sessões da Câmara sem apresentar qualquer justificativa

Renata Camargo, Edson Sardinha e Mário Coelho

Campeão de votos no Pará em outubro, o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) fecha o atual mandato com outro título: o de parlamentar que acumulou mais faltas sem justificativas durante toda a legislatura. Radialista e cantor de carimbó, ritmo popular paraense, Wladimir faltou a quase um terço dos 422 dias em que a Câmara realizou sessões destinadas a votação nos últimos quatro anos.

Das 130 faltas do peemedebista, 106 (81% delas) ficaram sem qualquer justificativa. É como se o deputado tivesse deixado de justificar um ano de ausências em plenário. Wlad, como é mais conhecido no Pará, foi reeleito há três meses para o terceiro mandato consecutivo com 236.514 votos, a maior votação obtida pelos 17 deputados da bancada do Pará.

Wlad puxa a lista dos dez deputados que mais deixaram faltas sem justificar na Câmara, de acordo com levantamento feito pelo Congresso em Foco com base em informações oficiais da Câmara. Assim como o paraense, outros seis da relação dos que menos justificaram também saíram vitoriosos nas urnas para os cargos que disputavam.



VEJA A LISTA COMPLETA DAS FALTAS NA LEGISLATURA

Além do peemedebista, outros três deputados campeões de ausências injustificadas foram reeleitos para novo mandato: Dalva Figueiredo (PT-AP), Ratinho Júnior (PSC-PR) e Reginaldo Lopes (PT-MG). Clóvis Fecury (DEM-MA) é o primeiro suplente do senador eleito João Alberto (PMDB-MA), Francisco Rodrigues (DEM-RR) já assumiu o cargo de vice-governador de seu estado, e Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), trocou a Câmara pela Assembleia Legislativa de Alagoas. Dois não conseguiram se reeleger – Odílio Balbinotti (PMDB-PR) e Suely (PR-RJ) – e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) perdeu a eleição para vice-governador.

Juntos, os dez parlamentares não justificaram 652 ausências das 1.051 acumuladas por eles entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010. Ou seja, mais de 60% de suas faltas não foram por problemas médicos ou compromissos políticos, motivos esses possíveis de requerer licença. O Congresso em Foco procurou esses parlamentares para ouvir as explicações deles sobre suas ausências, mas nenhum retornou o contato feito pela reportagem.

Desconto no salário

A Câmara diz que parlamentar que falta a sessão deliberativa sem justificar tem desconto em parte do salário. A Secretaria Geral da Mesa da Câmara assegura que esses descontos são efetuados na folha de pagamento dos deputados. Por isso, a maioria justifica suas ausências. Nenhum dos dez deputados acima citados consta da lista dos dez parlamentares que mais faltaram na legislatura que se encerra.

Como mostrou o Congresso em Foco, a lista dos que mais acumularam faltas entre 2007 e 2010 é encabeçada pelos deputados Nice Lobão (DEM-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), Vadão Gomes (PP-SP), Ciro Gomes (PSB-CE) e Marina Magessi (PPS-RJ). Completam a relação os deputados Marcos Antonio (PRB-PE), Miguel Martini (PHS-MG), Fernando de Fabinho (DEM-BA), Silas Câmara (PSC-AM) e Alexandre Silveira (PPS-MG). Esses dez deputados justificaram 92% das 1.862 ausências por eles acumuladas nos últimos quatro anos. Só 149 de suas faltas ficaram sem justificativa.

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Fonte: Congressoemfoco

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