Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, novembro 05, 2010

185.712.713 brasileiros

Levantamento parcial do IBGE revela que população do país cresceu menos do que o esperado. Paraná tem 10.266.737 habitantes


Dados parciais do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o país tem 185.712.713 habitantes. Um número inferior à estimativa populacional calculada em 2009, de 191.480.630, mas que totaliza um acréscimo de 9,4% em relação às 169,7 milhões de pessoas contabilizadas no Censo de 2000.

Segundo o IBGE, a população paranaense saltou de 9.563.458, em 2000, para 10.266.737 neste ano, também abaixo da estimativa do ano passado, que era de 10.686.247 habitantes. As populações de Maringá, Londrina e região metropolitana de Curitiba foram as que mais cresceram nos últimos dez anos. Na outra ponta estão cidades como Foz do Iguaçu, que caiu dois postos no ranking das maiores do estado.

A coleta do Censo 2010 terminou ontem, porém os dados finais serão anunciados somente no dia 29 de novembro. As prefeituras terão 20 dias para avaliar os números e, se for preciso, contestá-los, já que as informações do Censo servirão como base para que o Tribunal de Contas da União (TCU) calcule os coeficientes do Fundo de Par­ticipação dos Municípios (FPM) para o ano de 2011. “O Fundo é a segunda maior re­­ceita dos municípios”, explica o pre­­sidente da Con­­federação Nacio­nal de Mu­­nicípios (CNM), Paulo Ziul­­koski. O primeiro é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Demógrafos avaliam que, mesmo com a tentativa do IBGE de insistir nas buscas pelos moradores que não responderam à pesquisa, a população contada pelo Censo 2010 deverá mesmo ser menor do que a estimada pelo instituto no ano passado.

Ranking

Londrina agora é a 4ª maior da Região Sul

Daniel Costa, Jornal de Londrina

As informações preliminares do Censo 2010 trouxeram um resultado amargo para Londrina. Se os números se confirmarem no dia 27 de novembro, a cidade deixará de ser a terceira maior da Região Sul do Brasil. Com 493.358 habitantes, o município foi ultrapassado por Joinville (SC), que tem 509.293 moradores. Curitiba (1.678.965) e Porto Alegre (1.365.039) lideram o ranking.

O resultado também surpreendeu por ter ficado bem abaixo da expectativa do próprio IBGE que era de 510.707. No início do mês de outubro, a estimativa saltou para 525 mil. No entanto, o órgão reviu os números, que não alcançaram os 500 mil. Segundo a coordenadora do Censo em Londrina, Angela Maria Barbosa, Londrina “ainda poderá se aproximar da estimativa”. “Estamos com uma equipe muito grande fazendo verificações e o resultado final mudará. Não temos como precisar o número, mas estou otimista que poderemos chegar à estimativa do IBGE”, explicou. Quando comparada com o Censo de 2000, a nova contagem registrou um aumento de 10,35%.

Foz do Iguaçu perde quase 3% da população em dez anos

Em todo o Paraná, 187 cidades registraram perda populacional. A maior retração foi em Altamira do Paraná, onde o número de habitantes caiu 38,5%. Mas na lista das que perderam, o município que mais chama atenção é Foz do Iguaçu. A cidade de fronteira é a única de porte médio de todo o estado que apresentou decréscimo populacional.

Leia a matéria completa

Na avaliação de Suzana Cave­naghi, da Escola Nacional de Ciên­cias Estatísticas, isso ocorre pela própria natureza da pesquisa, que considera apenas as informações colhidas nas entrevistas pessoais. “Nenhum censo do mundo consegue ter uma cobertura de 100%”, diz. “Mas alguns países optam por fazer uma estimativa dos dados dos domicílios que não foram cobertos, o que o IBGE não faz.”

Wilson Fusco, da Fundação Joa­quim Nabuco, diz que os resultados podem indicar que a taxa de fe­­cundidade, estimada em 1,9 fi­­lho por mulher, pode estar abaixo disso. Ele também ressalta que o IBGE tende a ser conservador ao fazer as estimativas anuais de po­­pulação, já que um número menor de habitantes significa menos recursos para os municípios.

Para ele, porém, um dos dados mais importantes revelados pelo Censo ontem não deve sofrer alteração: aquele que mostra que a população do Nordeste teve uma taxa de crescimento maior do que a do Sul e a do Sudeste. Na comparação com 2000, os acréscimos foram de 8,65%, 7,63% e 7,24%, respectivamente.

“Com exceção dos anos 80, a década perdida, quando muitos nordestinos que tinham migrado para o Sudeste retornaram para seus estados de origem por não encontrarem emprego, a população do Nordeste sempre tem crescido a taxas mais baixas”, diz. “Agora a situação é diferente. A população está ficando ou voltando para o Nordeste porque a economia está melhorando devido aos programas de distribuição de renda do governo e ao surgimento de polos de desenvolvimento em diversos estados.”

Verba federal

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, 329 cidades (5,9% do total) terão sua parcela no FPM reduzida de acordo com os dados divulgados ontem. Outras 290 (5,4%) passarão a ganhar mais. O Amazonas é o estado com maior número de municípios prejudicados (23%), e o Pará, o com maior número de beneficiados (25,4%). No Paraná, 20 vão perder receita e outros 17 ganhar.

“O FPM é uma receita fundamental para os municípios, por isso é preciso analisar bem o caso dos que tiveram queda de população de acordo com o IBGE. Eu não duvido do Censo, mas os dados não são precisos e estão sempre abaixo. Imagina uma cidade no interior, com casas isoladas, quem vai chegar lá para contar aqueles moradores?”, indaga Ziulkoski. Segundo ele, no ano passado, os 5.562 municípios brasileiros arrecadaram R$ 60 bilhões de ICMS e R$ 52 bilhões de FPM.

Colaborou Daniela Valiente.

Fonte: Gazeta do Povo

Velório ou festa de batizado?

Carlos Chagas

Durou pouco a última reunião do ministério do presidente Lula, ontem pela manhã. Nenhuma decisão a tomar, nenhum projeto a ser aprovado. Sequer uma prestação de contas. Simplesmente uma despedida, com os ministros agradecendo ao presidente Lula a oportunidade de ter trabalhado com ele. E uma exortação do próprio para que continuem trabalhando até 31 de dezembro.

Essa foi a embalagem do encontro, tornando-se necessário perscrutar o conteúdo. A reunião deu a impressão de um misto de velório e de festa de batizado, se a imagem não for irreverente. Porque lá estavam ministros com certeza de que não continuarão no governo Dilma Rousseff e ministros senão já confirmados, ao menos com todas as chances de permanecer na nova equipe. Uns tristonhos, outros eufóricos.

Seria maldade e precipitação alinhar nomes, até porque garantir, ninguém garante a respeito dos integrantes dos dois grupos. Quem sabe estavam presentes ontem ministros desesperançados de continuar, mas que daqui a alguns semanas se surpreenderão com convites para permanecer? E vice-versa, ou seja, ministros certos da permanência capazes de ver esfumaçadas suas esperanças?

Tanto o defunto poderá ressuscitar quanto o bebê ser sufocado na pia batismal. Tudo dependerá da presidente eleita. E alguém duvida, apesar dos desmentidos, que tudo também dependerá do atual presidente?

PESSOAS SEM PROBLEMAS

Declarou Dilma Rousseff, antes de viajar para curto descanso à beira-mar, que não está maduro o processo de discussão a respeito do futuro ministério. Repetiu a importância de competência técnica, para os escolhidos, mais critérios político-partidários, mas acrescentou uma terceira condição: um histórico de pessoas sem problemas de nenhuma ordem.

Aqui muitos candidatos poderão ir atrás da vaca, quer dizer, para o brejo. Seria falta de caridade alinhar os problemas que cercam alguns nomes especulados até agora. Até porque, existirão problemas ainda não detectados. Uma espécie de lei ficha-limpa informal acaba de ser decretada pela presidente eleita.

A pergunta que se faz é sobre quem ou que instituição passará o pente fino da relação de possíveis ministros. Dilma, é claro, dará a última palavra, mas seriam mobilizadas a Abin, a Polícia Federal e a Justiça? Ou o núcleo mais próximo da nova presidente, mesmo sob o risco daquela dúvida universal a respeito da necessidade de os juízes serem julgados?

TEMERIDADES

Como rescaldo da dupla entrevista coletiva dos presidentes atual e futuro, quarta-feira, fica para ser examinada no futuro a afirmação do Lula de que voltar ao poder em 2014 é uma temeridade. Mais ainda, de que Dilma tem todo o direito de ser candidata outra vez daqui a quatro anos. Sem esquecer haver arrematado com um “tenho que dar o fora”.

Não se trata de uma questão de desacreditar nas declarações presidenciais. Ele terá sido sincero, além de educado. Mas quem garantirá que não venha a ser levado a candidatar-se, até por decisão da sucessora? As tais bolinhas de papel que o Lula pretende evitar venham a ser jogadas sobre sua cabeça, numa campanha futura, poderão muito bem constituir-se em pétalas de rosas. Ou em votos.

Acresce que tem hora para ser temerário. Às vezes torna-se uma necessidade, como no caso daqueles antigos reis da França, chamados Carlos ou Luiz.

CARROÇA ADIANTE DOS BOIS

Vale não apenas para caracterizar a cautela de Dilma Rousseff a resposta dada por ela à indagação sobre considerar-se candidata à reeleição. Em suas palavras, trata-se de colocar a carroça, os carros, caminhões, ônibus e locomotivas adiante dos bois.

O Senado acaba de dar um exemplo dessa inversão precipitada. A Comissão de Constituição e Justiça aprovou projeto de emenda constitucional suprimindo prerrogativas fundamentais dos vice-presidentes da República.

Porque pelo artigo 79, cabe ao vice-presidente substituir o presidente, no caso de impedimento, ou sucedê-lo, na hipótese de vaga. Vagando os dois cargos é que se fará eleição direta 90 dias depois de aberta a última vaga. Se a vacância ocorrer nos dois últimos anos do mandato presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita pelo Congresso, 30 dias depois. Traduzindo: se não estiver impedido, o vice-presidente assume e completa o mandato do presidente. Foi o que aconteceu com Itamar Franco depois da renúncia de Fernando Collor.

Pela proposta aprovada na CCJ o processo muda de figura: aberta a vaga de presidente da República, o vice assume apenas para em 90 dias convocar eleições diretas ou, se o país estiver a menos de 15 meses do término do mandato presidencial, pelo Congresso, em 30 dias.

A mudança significa que o vice-presidente substitui, mas não sucede o presidente que tiver sido impedido, renunciar, morrer ou sofrer de doença grave. Não seria melhor para o Senado aguardar a tão ansiada reforma política para incluir nela essa mudança fundamental? Mais do que a carroça está sendo colocada na frente dos bois.

Fonte: Tribuna da Imprensa

PP baiano entra na briga por ministérios

Fernanda Chagas

Além do PSB, da senadora eleita Lídice da Mata, que, segundo circula nos bastidores, estaria de olho no Ministério da Integração Nacional – pasta hoje ocupada por João Santana (PMDB, braço direito de Geddel Vieira Lima – , o PP baiano também entra no rol dos que almejam espaço no primeiro escalão federal. A “menina dos olhos” da legenda seria o Ministério das Cidades, que atualmente também pertence à cota pepista, com Márcio Fortes. A novidade fica por conta do nome. O fato, inclusive, foi confirmado pelo próprio pepista, ontem, em entrevista a uma rádio local.

Segundo ele, o empenho do PP baiano para que o partido se aliasse à presidente eleita, no segundo turno, deve ser reconhecido pela legenda, sem que haja resistência dos petistas. “Quem acompanhou todo o processo sabe que eu fui um dos nomes que mais batalharam para que nos uníssemos a Dilma. O partido hoje deseja que o meu nome seja indicado. Sou o mais comentado no momento”, confessou. Negromonte, ressalta, entretanto, que nada está definido e que dependerá do aval do governador Jaques Wagner e de Dilma.

Nos corredores do Palácio de Ondina circula, entretanto, que o vice-governador Otto Alencar (PP), cujo governador não esconde a gratidão pelo apoio em prol da sua reeleição, estaria se movimentando em defesa do seu partido e, consequentemente, da aprovação do nome de Negromonte.

Sobre o espaço da Bahia na esfera federal, o líder petista já admitiu que conversas sobre o assunto vêm acontecendo, no entanto a decisão, segundo ele, cabe a Dilma. Contudo, Wagner em nenhum momento deu pistas dos seus “preferidos”.

Contudo, informações dão conta de que o deputado federal eleito Rui Costa, do PT, passou a ser a principal aposta do governador. Mantida até agora a sete chaves, a opção de indicação do governador teria se espalhado entre algumas correntes petistas, depois de uma reunião realizada pelo chefe do executivo estadual para uma avaliação do quadro sucessório nacional.

“O que eu disse é verdadeiro. Não vejo como ter uma composição de ministério que não tenha uma representação do quarto maior estado em população, da sexta maior economia, de tudo que a Bahia representa pelo ponto de vista cultural, de formação da nação brasileira e pelo fato de ser governado pelo PT. Então, não vejo como não ter essa representação”, se limitou Wagner.

O governador lembrou ainda que no segundo mandato de Lula, o estado teve espaço onde o ministro Geddel representou a Bahia. “O que aconteceu depois faz parte da política, mas obvio que hoje ele não representa mais o grupo político que saiu vitorioso.

Então, nesse sentido que eu entendo que a Bahia tem que ser contemplada. Agora, quem convoca e quem convida é a presidente, que teve a legitimidade do voto. Não cabe a ninguém ficar dizendo eu quero que seja fulano. Eu acho que isso é mamar política e eu não faço isso.

Ela tem que ter liberdade. Eu vou lá pleitear e posso até sugerir”, destacou. Além de Negromonte e Rui Costa, nomes como o de Lídice, Paulo Gaudenzi e Jorge Solla foram ventilados.

PDT quer controlar duas pastas

Em meio à pressão do PMDB para ampliar a cota de ministérios no governo de Dilma Rousseff (PT), a presidente eleita também vai ter que administrar aliados como o PDT, que deseja aumentar sua participação no primeiro escalão do governo. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse ontem que o partido quer o controle de duas pastas no governo Dilma, contra apenas uma (Ministério do Trabalho) reservada à legenda na gestão de Lula. “Nós vamos brigar pelo Ministério do Trabalho e por mais um, não sei qual ainda.

(...) O PMDB já tem demais. Se você fizer a conta do PMDB, eles têm 78 deputados. Significa que cada 13 deputados ganham um ministério. E eles têm 14 senadores, ou seja, dois senadores e meio têm um ministério. Nós temos 28 deputados e quatro senadores.

Então temos direito a dois [ministérios].” Paulinho não quis adiantar a pasta na mira do PDT, mas afirmou que o partido deseja um dos ministérios da área social. “Vamos fazer reunião na semana que vem para ver qual ministério o PDT vai reivindicar.”

Fonte: Tribuna da Bahia

Denunciados promotores suspeitos no mensalão do DF

Agência Estado

Quase um ano depois do escândalo do "mensalão" do DEM no Distrito Federal, saiu a primeira denúncia à Justiça. Os promotores Leonardo Bandarra e Deborah Guerner foram formalmente denunciados por envolvimento no esquema de corrupção em Brasília. Bandarra era, até julho deste ano, o procurador-geral de Justiça, cargo que chefia o Ministério Público (MP) local. Guerner é apontada na investigação como sua parceria na atuação dentro do esquema.

A denúncia está sob sigilo judicial e foi protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF) no gabinete do desembargador Antônio Souza Prudente, que preside o inquérito no Tribunal Regional Federal (TRF) contra os dois promotores.

Bandarra e Deborah Guerner são acusados de cobrarem propina do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) para proteger seu governo dentro do Ministério Público do DF. Um outro inquérito tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o esquema de corrupção no DF. A investigação sobre os dois promotores corre separadamente no TRF.

De acordo com a apuração, em troca de dinheiro, Bandarra usava o poder de dirigente do MP para dar informações privilegiadas sobre investigações conduzidas por promotores e barrar apurações que pudessem comprometer Arruda, como as relacionadas aos contratos de lixo. Em depoimento, Durval Barbosa - delator do esquema - disse que Bandarra recebeu R$ 1,6 milhão de propina. Deborah Guerner seria a intermediária nas negociações com o governo de Arruda.

A denúncia apresentada à Justiça baseia-se em depoimentos, perícias e dados de sigilos telefônicos, entre outros elementos de investigação. Numa operação de busca e apreensão, a PF encontrou dinheiro num cofre enterrado na casa de Deborah Guerner. Ela e Bandarra já sofrem um processo disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Segundo Durval, Arruda chegou a revelar, numa conversa reservada, que Bandarra recebia R$ 150 mil mensais de propina. O promotor sempre negou as acusações. Procurado pela reportagem, o advogado de Deborah Guerner, Pedro Paulo de Medeiros, disse que não comentará a denúncia porque o processo corre sob sigilo.
Fonte: A Tarde

Justiça troca vereadores em Porto Feliz-SP

Agência Estado

Quatro vereadores terão de entregar os mandatos hoje na Câmara de Porto Feliz (SP). Três das vagas serão preenchidas com a posse de suplentes. A troca é resultado de uma decisão judicial que reduziu de dez para nove o número de vereadores na Câmara local. Quando a sentença foi dada, em 2009, perdeu o cargo o vereador que havia tido o menor número de votos na eleição de 2008.

Houve, no entanto, um recurso para que fosse feita uma redistribuição das vagas a partir do quociente eleitoral. A Justiça acatou o recurso e refez a contagem de votos, redistribuindo as vagas com base nesse critério, previsto na lei eleitoral. Os vereadores que perderam o mandato já anunciaram que também entrarão com recursos.
Fonte: A Tarde

Dilma chega ao sul da Bahia e “desaparece”

Vítor Rocha l A TARDE

Especial de Itacaré - A experiência adquirida nos anos de guerrilha foi muito bem utilizada nesta quinta-feira, 4, pela presidente eleita Dilma Rousseff. Não para qualquer tipo de ato político, mas para se manter anônima na região de Ilhéus, sul da Bahia, onde desembarcou na quarta, 3, para um período de quatro dias de descanso após quatro meses de campanha eleitoral intensa.

Apesar do dia de sol, com fracas pancadas de chuva durante a manhã, a presidente eleita não foi vista pela imprensa.

O local mais procurado por personalidades nos arredores é o Txai Resort, na paradisíaca Praia de Itacarezinho, a 17 km de Itacaré, ao norte de Ilhéus. Plantão de fotógrafo no local e nenhum sinal dela.

Quatro hóspedes entrevistados pela reportagem de A TARDE disseram não ter visto a petista, que ou não está no hotel ou ficou trancada num dos bangalôs de alto luxo do complexo.

Funcionários do Txai também negaram a presença dela, mesma posição da gerência, mas dois confirmaram a presença de agentes da Polícia Federal e de esquadrão especializado da Polícia Militar. O resort nunca revela seus clientes, pois um de seus produtos é a privacidade.

A verdade é que Dilma desembarcou às 13h51 de quarta no Aeroporto Jorge Amado, vindo de Brasília, num jato de inscrição PR-SPR.

Fonte: A Tarde

WSJ: 42.389.619 de americanos dependem do Bolsa Família para comer

In U.S., 14% Rely on Food Stamps

By Sara Murray, naquele jornal comunista, o Wall Street Journal

Um grande número de domicílios americanos ainda depende da assistência do governo para comprar comida, no momento em que a recessão continua a castigar famílias.

O número dos que recebem o cupom de comida [food stamps, a versão americana do Bolsa Família] cresceu em agosto, as crianças tiveram acesso a milhões de almoços gratuitos e quase cinco milhões de mães de baixa renda pediram ajuda ao programa de nutrição governamental para mulheres e crianças.

Foram 42.389.619 os americanos que receberam food stamps em agosto, um aumento de 17% em relação a um ano atrás, de acordo com o Departamento de Agricultura, que acompanha as estatísticas. O número cresceu 58,5% desde agosto de 2007, antes do início da recessão.

Em números proporcionais, Washington DC [a capital dos Estados Unidos] tem o maior número de residentes recebendo food stamps: mais de um quinto, 21,1%, coletaram assistência em agosto. Washington foi seguida pelo Mississipi, onde 20,1% dos moradores receberam food stamps, e pelo Tennessee, onde 20% dos residentes buscaram ajuda do programa de nutrição.

Idaho teve o maior aumento no número de recipientes no ano passado. O número de pessoas que receberam food stamps no estado subiu 38,8%, mas o número absoluto ainda é pequeno. Apenas 211.883 residentes de Idaho coletaram os cupons em agosto.

O benefício nacional médio por pessoa foi de 133 dólares e 90 centavos em agosto. Por domicílio, foi de 287 dólares e 82 centavos.

Os cupons se tornaram um refúgio para os trabalhadores que perderam emprego, particularmente entre os estadunidenses que já exauriram os benefícios do seguro-desemprego. Filas nos supermercados à meia-noite do primeiro dia do mês demonstram que, em muitos casos, o benefício não está cobrindo a necessidade das famílias e elas correm antes da chegada do próximo cheque.

Mesmo durante as férias de verão as crianças retornaram às escolas para tirar proveito da merenda, onde ela estava disponível. Cerca de 195 milhões de almoços foram servidos em agosto e 58,9% deles foram de graça. Outros 8,4% foram a preço reduzido. Este número vai aumentar quando os dados do outono forem divulgados já que as crianças estarão de volta às escolas. Em setembro passado, por exemplo, mais de 590 milhões de almoços foram servidos, quase 64% de graça ou com preço reduzido.

Crianças cujas famílias tem renda igual ou até 130% acima da linha da pobreza — 28 mil e 665 dólares por ano para uma família de quatro pessoas — podem ter acesso a almoços gratuitos. As famílias que tem renda entre 130% a 185% acima da linha da pobreza — 40 mil e 793 dólares para uma família de quatro — podem receber refeições a preço reduzido, não mais que 40 centavos de dólar de desconto.

Ps do Viomundo: Texto dedicado àqueles que acham chique os programas sociais na França, na Alemanha e nos Estados Unidos, mas tem “horror!” dos programas sociais brasileiros.

Fonte: Ví o mundo

quinta-feira, novembro 04, 2010

Revista 'Forbes' considera Dilma a 16ª pessoa mais poderosa do mundo

Dilma Rousseff durante entrevista coletiva em Brasília (Reuters)

Dilma ficou à frente de Sarkozy e Hillary Clinton na lista da 'Forbes'

A presidente eleita Dilma Rousseff foi considerada a 16ª pessoa mais poderosa do mundo em uma lista de 68 personalidades divulgada pela revista americana Forbes.

Dilma ficou à frente de nomes como o presidente da Apple, Steve Jobs (17º lugar no ranking), o presidente da França, Nicolas Sarkozy (19º lugar) e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton (20º lugar) e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu (24º lugar).

Em primeiro lugar ficou o presidente da China, Hu Jintao, seguido pelo presidente americano, Barack Obama, em segundo lugar. Em terceiro, ficou o rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Abdul Aziz Al-Saud.

A presidente eleita ocupa a terceira colocação entre as mulheres no ranking de mais poderosos, atrás apenas da chanceler alemã Angela Merkel (6ª mais poderosa) e da política indiana Sonia Gandhi (que está na 9ª colocação).

A colocação de Dilma é melhor que a alcançada pelo presidente Lula no ano passado. No ranking de 2009, Lula foi considerado a 33ª pessoa mais poderosa do mundo. O presidente não aparece na lista deste ano.

O empresário brasileiro Eike Batista, proprietário de uma série de empresas no ramo de mineração e petróleo, também está na lista, no 58º lugar.

Também figuram na relação alguns dos homens mais procurados do mundo - o líder da rede extremista Al Qaeda, Osama Bin Laden (57º lugar), e o chefe do cartel de Sinaloa, no México, Joaquin Guzmán Loera (60º lugar).

Os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, ocupam o 22º lugar, enquanto que o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, ocupa o 40º lugar, atrás do líder espiritual tibetano Dalai Lama (39º lugar).

Metodologia

A Forbes afirmou que os 68 nomes foram incluídos na lista porque, "de várias formas, estas pessoas moldam o mundo à sua vontade".

"Eles são chefes de Estado, importantes figuras religiosas, empreendedores e foras-da-lei."

A revista reconheceu que comparar o poder relativo de um grupo tão variado pode ser problemático, por isso disse ter analisado vários aspectos que, segundo a Forbes, podem ser determinantes para o poder de uma pessoa..

"Para chefes de Estado, analisamos a população (de seus países), para figuras religiosas, medimos o tamanho de seus seguidores, para os presidentes de empresas, contamos seus funcionários, e para figuras da mídia, consideramos o tamanho de sua audiência", informou a Forbes.

A revista também verificou se os nomes têm os recursos financeiros para exercer poder e tentou determinar se estas pessoas eram poderosas em mais de uma área, dando mais pontos para aqueles que conseguem projetar sua influência de várias formas.

Um exemplo dessa “influência múltipla” é Silvio Berlusconi (14º lugar), que ganhou pontos por não ser apenas o primeiro-ministro da Itália, mas também ser um bilionário da mídia e proprietário do time de futebol Milan.

Fonte: BBC Brasil

ESPOSA É FILMADA POR MARIDO TRAÍDO NO EXATO MOMENTO EM QUE O PADRE APLICAVA-LHE O "SACRAMENTO"

Lambido do Portal R7

Marido filma faxineira fazendo sexo com padre no Peru
Tedolinda Amaya foi demitida da paróquia, mas religioso continua a celebrar missas

Um padre católico virou motivo de escândalo no Peru ao ser surpreendido e gravado em pleno ato sexual com a faxineira de sua paróquia no norte do país. Um canal de TV de Lima divulgou as imagens feitas pelo marido, que suspeitava da infidelidade da mulher.

O padre José Antonio Boitrón Solano foi flagrado em sua cama na igreja Medalha Milagrosa, na cidade de Trujillo, com Tedolinda Amaya Altamirano, que alega estar grávida de quatro meses por causa de sua relação com o religioso.

Ao ser questionado pelo marido na faxineira, o padre disse que foi vítima de uma armadilha.

- Reconheço meu erro, acalme-se.

O marido enganado, com a câmera na mão, gravou às escondidas o ato sexual antes de invadir o quarto. Ele não aceitou as desculpas do sacerdote.

- Como vou ficar calmo se minha mulher está com você, e ainda mais um padre?!

A faxineira, por sua vez, disse que foi atacada pelo religioso.

- O padre me atacou sexualmente, eu era forçada a satisfazer seus desejos.

A mulher, que foi demitida da paróquia, entrou com um processo exigindo pagamento pelo tempo de serviço e que seu filho com o padre seja reconhecido.

O padre, por sua vez, continua trabalhando normalmente, conduzindo missas e dando comunhão aos fieis.

Desabafo de um paulista


Como estudante do curso de direito, na FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, e por coincidência estar na mesma sala da Mayara Petruso, não posso deixar de manifestar a minha indignação com as declarações de cunho preconceituoso [de alguns sudelistas e sulistas em relação a nordestinos e nortistas e vice e versa] que vem gradativamente aumentando em portais de relacionamento e em blogs e divulgadas pela mídia brasileira.


A meu ver, as frases postadas pela Mayara Petruso em seu twitter e facebook demonstram como uma parte [necessário ressaltar ser uma absurda minoria] da população da região sudeste/sul tem uma visão deturpada da realidade de nosso país e de nossa magnífica diversidade cultural.


Vejo a necessidade aqui de destacar como as populações de diversas partes do país sempre colaboraram para o desenvolvimento e construção de nosso Estado, em principal a população nordestina, além de estrangeiros, sendo estes sempre bem recebidos em nossa grandiosa São Paulo, que tem sua grandiosidade atrelada, principalmente a sua diversidade étnico/cultural encontrada somente aqui.


Hoje, ao ver a declaração da Sra. Fabiana Pereira, intitulada de articuladora do Movimento São Paulo para os Paulistas fiquei absurdamente perturbado ao saber que existe um movimento deste em meu Estado, É UM ABSURDO. Lembrei no mesmo momento das aulas de história da 7º série, onde o tema de meu trabalho para feira cultural fora Hitler, que nitidamente compartilhava idéias como a desta cidadã.


Percebe-se de longe o total desconhecimento da história de nosso país, quando esta divide a grandiosidade cultural brasileira em somente 2 culturas, como uma assistencialista/populista e outra intelectual/elitista. Confesso que sinto medo de comentários como este.


Como brasileiro e amante da diversidade cultural de nosso país vejo a necessidade de todos nós não deixarmos que comentários de cunho preconceituosos continuem a ser proliferados.


O Brasil é um país que tem história principalmente pela relevância e tolerância da população, onde até mesmo os judeus e muçulmanos convivem pacificamente em nossa sociedade, não podemos deixar que declarações inconseqüentes gerem ódio em nosso país.


A democracia é para todos, não somente para determinado Estado da Federação, cada um escolhe o que acha ser o melhor para si [Deixo de destacar a minha opinião política por achar irrelevante para o assunto].


Peço a todos que encaminhem esta mensagem ao maior número de pessoas que puder, se possível disponibilizem em seus blogs, O BRASIL PODE MAIS, TODOS JUNTOS PARA O FUTURO DE NOSSA NAÇÃO.


São Paulo, 04 de novembro de 2010.

Luís Gustavo Timossi
Fonte: Terror do Nordeste

TCM Notícias] - Prefeito de Jeremoabo tem que devolver R$ 3 mil aos cofres municipais

|



3/11/2010 16:12:00 - Prefeito de Jeremoabo tem que devolver R$ 3 mil aos cofres municipais

Em sessão realizada nesta quarta-feira (03/11), o Tribunal de Contas dos Municípios aprovou com ressalvas as contas da Prefeitura de Jeremoabo, da responsabilidade de João Batista Melo de Carvalho, relativas ao exercício de 2009.

Devido às irregularidades apontadas no parecer, a relatoria determinou imputação de ressarcimento no valor de R$ 3.086 devidamente atualizado e acrescido de juros moratórios, devendo ser recolhido aos cofres públicos no prazo de trinta dias do seu trânsito em julgado. Cabe recurso da decisão.

O gestor efetuou pagamento em duplicidade de despesa no valor de R$1.500 e divergência para menos, no importe de R$1.586, entre o somatório da despesa representada pelos processos de pagamento encaminhados à 8ª IRCE e o montante contabilizado tanto no Demonstrativo da Despesa Orçamentária quanto no Demonstrativo das Contas do Razão.

Foi determinado também que o gestor apresente ao TCM, no prazo de sessenta dias, as medidas adotadas para devolução às contas correntes específicas do Fundeb e do Fundef, com recursos municipais. Os valores, correspondentes às despesas glosadas nos exercícios pretéritos, não são compatíveis com as ações desses fundos, nas quantias respectivas de R$ 95.733 e R$ 878.429, totalizando R$ 974.162, lavrando termo de ocorrência em caso de descumprimento.

Íntegra do voto do relator. (O voto ficará disponível no portal após conferência).


Fonte: www.tcm.ba.gov.br

Deputados eleitos gastaram R$ 9,72 por voto

Folha de S.Paulo

Os 513 deputados federais eleitos gastaram uma média de R$ 9,72 por voto para se eleger. No total, os parlamentares desembolsaram R$ 567 milhões na campanha. O custo do voto na Câmara foi três vezes e meia o valor do voto para o Senado (R$ 2,15).

A campeã em gastos foi a deputada eleita Teresa Jucá (PMDB-RR), ex-mulher do senador Romero Jucá (PMDB-RR): foram R$ 7,2 milhões. O montante representa uma vez e meia o valor gasto pelo segundo colocado, Sandro Mabel (PR-GO), que desembolsou R$ 4,8 milhões. Cada voto conferido à deputada custou, em média, R$ 248,83.

Campeão nacional de votos, o deputado federal eleito Tiririca (PR-SP) teve um dos menores gastos. Cada um dos 1.353.820 votos do humorista custou R$ 0,50, segundo a prestação de contas divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os senadores eleitos gastaram em média R$ 4,3 milhões na campanha deste ano, a um custo médio de R$ 2,15 por voto conquistado.

Foram ao todo R$ 223 milhões entre 52 candidatos (os dados de dois senadores ainda não foram computados). O senador eleito que mais gastou foi Lindberg Farias (PT-RJ): sua campanha consumiu R$ 14,6 milhões.

Fonte: Agora

Fotos do dia

Jimena Navarrete posa de lingerie Modelos ensaiam na pista de Interlagos para o grid de largada do GP Brasil de Fórmula 1 Gianne Albertoni rouba a cena em evento com Felipe Massa, Bruno Senna e Lucas di Grassi
Placa informa que escada rolante está em manutenção na estação Chácara Klabin Funcionários da concessionária retiram parte de passarela na Raposo Tavares após acidente Ronaldinho domina a bola em lance do empate entre Milan e Real Madrid

Leia Notícias do seu time


Nos jornais: Dilma quer mudar cálculo de aumento do mínimo

Folha de S. Paulo

Dilma quer mudar cálculo de aumento do mínimo

A presidente eleita Dilma Rousseff quer aprovar uma nova regra de reajuste do salário mínimo. Sua equipe de transição vai negociar com as centrais sindicais, em conjunto com o governo Lula, um novo mecanismo para começar a valer já em 2011. A ideia é acertar um novo modelo para evitar o que, pela regra atual, aconteceria no ano que vem: o mínimo não teria reajuste real, sendo corrigido apenas pela inflação. Um auxiliar do presidente Lula disse à Folha, porém, que ele não deixará o governo com "zero de aumento real". Ontem, em entrevista à Band, Dilma também afirmou que apoiará um reajuste real do mínimo, não seguindo a regra atual. "Como no ano passado o crescimento [do PIB] foi zero, nós vamos discutir com as centrais um aumento maior que esse", disse Dilma, acrescentando que a intenção é manter regra semelhante à que está em vigor. O reajuste do mínimo foi uma das principais bandeiras de campanha de José Serra (PSDB), que prometeu elevar o salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 600, bem acima dos R$ 538,15 definidos pelo governo na proposta de Orçamento enviada ao Congresso em agosto.

Oposição coloca reajuste de R$ 600 como prioridade

Principal bandeira da campanha de José Serra (PSDB), o aumento do salário mínimo de R$ 510 para R$ 600 vai ser uma das prioridades da oposição no Congresso até o final do ano. Cientes de que será barrado pelos governistas, DEM e PSDB querem desgastar a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) ao insistir no reajuste -para o qual não há espaço nas contas em 2011. A oposição afirma que o reajuste se tornou uma "obrigação" depois das eleições. "Cabe à oposição defender a tese por uma questão de coerência e, sobretudo, porque o partido e o candidato defenderam que esse mínimo é possível", afirma o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).

Demagogia implode política para o mínimo

A exploração demagógica suprapartidária de taxas e valores ameaça implodir a primeira política de valorização do salário mínimo desde o Plano Real, sem que tenha sido demonstrada a necessidade de uma alternativa. Data de dezembro de 2006 o acordo com as centrais sindicais que definiu reajustes conforme o crescimento da economia de dois anos antes. Naquele momento, o presidente Lula abandonava a inviável promessa eleitoral de duplicar o poder de compra do piso salarial. Já descumprida no primeiro mandato, tal meta levaria, pela nova regra, mais uns dez anos para ser atingida -com a economia andando bem. A vinculação entre o mínimo e a variação do PIB combina dois objetivos: pelo lado trabalhista, quem recebe o piso legal mantém sua participação na renda do país; no Orçamento, os benefícios da Previdência, da assistência social e do seguro-desemprego não aumentam mais que a arrecadação de impostos.

Cardozo atua para conciliar PT e PMDB

Um dos coordenadores da equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff, o deputado federal José Eduardo Cardozo, 51, assumiu o papel de buscar uma conciliação entre PT e PMDB. Ele evita dizer se a presidência da Câmara, alvo de disputa entre os dois partidos, pode ser colocada no pacote de negociação de espaço no futuro governo, para evitar disputa aberta. Deputado federal com dois mandatos, Cardozo não se candidatou à reeleição. Alçado à coordenação de campanha graças à proximidade que sempre teve com Dilma, hoje é cotado para o Ministério da Justiça. "Não tenho ideia do que acontecerá comigo", desconversa.

Quanto mais pobre a cidade, maior a proporção de nulos

Há mais que protesto por trás dos votos nulos. A análise detalhada da votação sugere que uma parte significativa do eleitorado que anulou o voto gostaria de ter escolhido um candidato, mas errou diante da urna eletrônica. A maior evidência é a correlação que existe entre voto nulo e IDH (índice de desenvolvimento humano). Uma correlação entre dois fatores não implica relação de causa e efeito entre um e outro. O que uma correlação mostra é que, quando um dos fatores tem uma variação, o outro também a tem. No primeiro turno, a tendência foi clara: quanto menor o IDH (municípios mais pobres e com escolaridade mais baixa), maior o percentual de votos nulos. No segundo turno, quase não existe correlação entre IDH e voto nulo.

Indústria de armas deu R$ 1,5 milhão a candidatos, diz TSE

Fabricantes de armas e munições declararam à Justiça Eleitoral ter doado R$ 1,55 milhão a candidatos que disputaram o primeiro turno. O dinheiro financiou congressistas da chamada bancada da bala, que liderou o lobby contra a tentativa de proibir a venda de armas por referendo, em 2005. As empresas mostraram ter boa pontaria: os três políticos que mais receberam recursos foram reeleitos. Ex-líder do DEM, o deputado Onyx Lorenzoni (RS) foi quem declarou a maior contribuição: R$ 250 mil, divididos entre a Taurus e a Aniam (Associação Nacional de Armas e Munições), que reúne Taurus e CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos). "Minha relação com o setor é antiga. Sobrevivi a uma tentativa de assalto e estou vivo porque tinha treinamento e arma na cintura", disse. "São doações às claras." Lorenzoni já apresentou quatro projetos de lei que atendem interesses da indústria bélica. Um deles, em tramitação, isenta vigilantes de taxa pelo porte de armas.

Guerra quer antecipar escolha de candidato

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso incitou discussão no PSDB ao defender a escolha de seu futuro candidato à Presidência dois anos antes da eleição. Em uma crítica velada ao candidato derrotado José Serra, FHC disse, em entrevista à Folha, que não "se pode ficar enrolando até o final". A entrevista desagradou aliados de Serra, que só assumiu oficialmente a candidatura em março. FHC reconheceu ainda que o senador eleito Aécio Neves (MG) saiu fortalecido das eleições. Mas não existe candidato natural. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de sensata a proposta de FHC. "Na minha opinião, devemos ir para a eleição municipal já com candidato à Presidência", diz. O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), concorda.

Dilma estuda nome técnico para ocupar chefia da Casa Civil

A presidente eleita Dilma Rousseff revelou, em privado, que prefere acomodar na Casa Civil um nome técnico em vez de um político. A opção preferida de Dilma é uma mulher: Maria das Graças Silva Foster, conhecida apenas como Graça Foster. Por indicação de Dilma, a quem é ligada desde que ambas atuavam no setor elétrico no Rio Grande do Sul, Graça Foster ocupa a diretoria de Gás e Energia da Petrobras. Foster tem perfil assemelhado ao da própria Dilma. Construiu fama de gerente eficaz e durona. Fixa metas e cobra resultados. Por conta do rigor no trato com os subordinados, ganhou na Petrobras o apelido de "Caveirão" -uma referência ao veículo blindado do Bope, tropa de elite da PM do Rio.

O Globo

PMDB desafia PT e diz que não cederá 'um milímetro'

Principal parceiro da eleição de Dilma Rousseff, o PMDB começou a negociar oficialmente ontem à noite cargos que pretende ter a partir de janeiro, exigindo manter os atuais ministérios, mas aceitando levar menos, desde que no modelo chamado porteira fechada. O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), presidente do PMDB, e o presidente do PT, José Eduardo Dutra, discutiram o assunto em jantar ontem. O modelo já é debatido entre Dilma e a equipe de transição. Há a visão de que, assim, será possível contentar os partidos com menos ministérios. Em entrevistas para TVs, Dilma disse ontem não crer em disputa entre aliados por cargos. No governo Lula, o PMDB teve sete cargos no primeiro escalão: seis ministérios e a presidência do Banco Central, mas com pouco poder na estrutura das pastas. Agora quer mais. É entusiasta da verticalização que, na prática, permite ao partido indicar não só o ministro, mas todos os cargos da pasta, inclusive as estatais.

- O PMDB não terá a ousadia de avançar um milímetro em seus direitos. Mas também não vai recuar um milímetro em seus deveres. Queremos ter o tamanho que hoje temos. Não vamos disputar cargos de outros partidos. Será uma conversa pragmática disse o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN) sobre o jantar entre Temer e Dutra.

Dilma: discutir reeleição agora é "botar carroça na frente dos bois"

A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), não descartou ontem a possibilidade de ser candidata à reeleição em 2014, mas disse que não quer discutir o assunto agora, mesmo com as notícias de que o presidente Lula planeja ser candidato em 2014. Em entrevista à TV Bandeirantes, ontem à noite, Dilma disse que, embora a praxe no país seja o presidente tentar um segundo mandato, ela não vai iniciar essa discussão antes mesmo de tomar posse. A praxe é essa. Agora, sou mineira e prudente. Acho que essa é a praxe, hoje o presidente eleito tem direito à reeleição. Agora, sem tomar posse, começar a discutir 2014, como vai ser, não dá, né? Acho que é botar não só a carroça na frente dos bois. É botar a carroça, os carros e os caminhões. Não é cabível isso disse Dilma.

Batalha também na Câmara

Além de exigir uma cota representativa do partido no Ministério, o PMDB alertou os colaboradores da presidente eleita Dilma Rousseff que um dos problemas a ser resolvido na relação entre as duas legendas é o comando da Câmara. Outro incômodo para o PMDB dentro da aliança é a luta do PSB por mais poder algo que já aconteceu na campanha com o deputado Ciro Gomes (PSBCE), nomeado coordenador político apesar de suas críticas pesadas ao partido do vice Michel Temer (PMDB-SP). O temor é que o PSB se articule com PDT e PCdoB para formar um bloco político na Câmara novamente, mas, desta vez, com capacidade de medir forças com o PMDB, dificultando a negociação direta entre petistas e peemedebistas pelo comando da Casa.

Presidente eleita defende reajuste real para o salário mínimo em 2011

As discussões sobre o Orçamento da União para 2011 e, em especial, sobre o novo valor do salário mínimo, serão retomadas hoje pelo Congresso e já preocupam a área econômica do governo e a equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff. Em entrevista ontem à noite, na TV Bandeirantes, Dilma evitou falar em valores, mas admitiu que será negociado entre governo e centrais sindicais um aumento real para o mínimo que vai vigorar a partir de janeiro. Ou seja, um valor acima da inflação, que eleva o atual mínimo de R$ 510 para R$ 538,15. As centrais defendem R$ 575. Este ano (para 2011), a inflação seria o único aumento, mas o governo Lula vai discutir com as centrais um aumento maior que esse disse Dilma, defendendo a atual política de reajuste do mínimo, que aplica a inflação mais a variação do PIB de dois anos anteriores.

Dilma avalia criação de metas para gastos

O governo de Dilma Rousseff poderá implementar metas para os gastos correntes e os investimentos a serem realizados pela União anualmente, a partir de 2011. Seriam fixados tetos compatíveis com a continuidade da queda da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que é o objetivo da política de superávits primários e o principal indicador de solvência financeira do país. A medida visa elevar a transparência nas contas federais e permitir um controle das despesas, tendo como parâmetro a qualidade dos desembolsos. O efeito esperado é passar a ideia de responsabilidade fiscal e dar tranquilidade aos agentes econômicos. Há várias formas de estas metas serem implementadas. Uma seria definir quanto será gasto relativamente ao PIB. Por exemplo, quanto do Orçamento poderia ser gasto, no máximo, com o programa Minha Casa, Minha Vida e transformar este valor em um percentual do PIB. Outra forma seria definir o crescimento máximo de determinada despesa ou projeto no período.

Objetivo é comprovar se despesa pública tem qualidade e retorno

A equipe próxima a Dilma Rousseff considera importante o governo comprovar que seus gastos são de boa qualidade e têm retorno. Por exemplo, a ampliação de gastos em treinamento de mão de obra, um dos principais gargalos ao crescimento, seria paga no futuro com o aumento da competitividade das empresas. O mesmo valeria para gastos com servidores, que podem melhorar a gestão da máquina pública. Tem que existir uma meta fiscal global, mas também metas para gastos e investimentos. Se for preciso, até se abate da meta tudo o que se tem que abater e explica-se (à sociedade). Mas o importante é deixar muito claro os objetivos do governo disse um integrante da equipe de transição. Esta meta fiscal global poderia ser a que já está fixada, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Professor se demite em protesto contra sigilo

O Centro de Referências das Lutas Políticas no Brasil (ou projeto Memórias Reveladas), criado pelo governo federal para reunir e divulgar os documentos secretos do regime militar, está desfalcado desde ontem. Em carta entregue ao coordenadorgeral da entidade, Jaime Antunes da Silva, o historiador Carlos Fico, da UFRJ, anunciou a sua renúncia. A decisão, segundo ele, foi tomada depois que o Arquivo Nacional passou a negar aos pesquisadores acesso aos acervos da ditadura sob a alegação de que jornalistas estariam fazendo uso indevido da documentação, buscando dados de candidatos envolvidos na campanha eleitoral.

Empreiteiras de novo no topo de doadores

Mais uma vez, as empreiteiras se destacaram no universo de doadores privados nas eleições deste ano. Só a construtora Camargo Corrêa, que apoia candidaturas em praticamente todo o país, doou R$ 9,2 milhões para sete governadores eleitos no primeiro turno. No total, até agora, a construtora aparece no TSE como doadora de R$ 31,6 milhões para candidatos de todo o país, vencedores ou derrotados. Até ontem à noite, 13,4 mil prestações finais de contas foram divulgadas pela Justiça Eleitoral, 55,4% do volume total. A soma da arrecadação das campanhas de 13 entre os 18 governadores eleitos em primeiro turno alcançou R$ 264,4 milhões. As duas candidaturas tucanas vencedoras nos maiores colégios eleitorais do país São Paulo e Minas Gerais foram as campeãs em arrecadação. Em São Paulo, Geraldo Alckmin levantou R$ 40,7 milhões, enquanto Antonio Anastasia obteve R$ 38,02 milhões para vencer em Minas.

OAB reage a ataque ao Nordeste no Twitter

A seção Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) entra hoje, na Justiça de São Paulo, com representação criminal contra a onda de ataques aos nordestinos divulgada por meio do Twitter após a eleição de Dilma Rousseff. No domingo à noite, usuários da rede de microblogs começaram a postar mensagens ofensivas ao Nordeste, relacionando o resultado à boa votação de Dilma na região. A representação da OAB-PE é contra a estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo, uma das que teriam iniciado os ataques. Segundo o presidente da OABPE, Henrique Mariano, Mayara deverá responder por crime de racismo (pena de dois a cinco anos de prisão, mais multa) e incitação pública de prática de crime (cuja pena é detenção de três a seis meses, ou multa), no caso, homicídio. Entre as mensagens postadas pela universitária, há frases como: Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!.

O Estado de S. Paulo

Mal-estar com PMDB faz Dilma pôr Temer na equipe de transição

A presidente eleita Dilma Rousseff designou ontem o vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB) para integrar a "equipe de transição de governo. A decisão foi tomada depois do mal-estar causado pela exclusão do PMDB da primeira reunião da equipe, a qual compareceram somente petistas. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, tentou explicar como funcionará o comitê: Eu vou conversar com os diversos partidos. O (Antonio) Palocci trabalhará a questão mais técnica. E o Temer, vamos conversar com ele. Após insistência dos repórteres, Dutra disse que Temer vai coordenar o processo".

Dilma age para acalmar PMDB e Temer vira coordenador político da transição

O grupo de elite da presidente eleita Dilma Rousseff tirou o dia de ontem para conter insatisfações pelo fato de a primeira reunião de trabalho após a vitória nas urnas ter sido realizada só com petistas, sem a presença dos partidos aliados. O vice-presidente eleito Michel Temer foi formalmente designado como coordenador político dos trabalhos de transição entre as equipes do atual e do futuro governo, que começam na segunda-feira. A tarefa de cuidar da transição, porém, será compartilhada com mais três petistas. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, e os deputados Antonio Palocci (SP) e José Eduardo Martins Cardoso (SP). "Já estou designado pela presidente para conversar com os diversos partidos. O Palocci vai trabalhar a questão mais técnica. E o Michel Temer, nós vamos conversar com ele", disse o presidente do PT. Questionado com insistência sobre qual exatamente seria a função do vice, ele explicou: "Como ele é vice-presidente, vai na prática coordenar esse processo."

Dutra chamará todos os aliados para discutir cargos

A batalha por cargos no governo de Dilma Rousseff vai começar formalmente na semana que vem. O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, pretende conversar com os partidos aliados - PMDB, PDT, PSB, PR, PC do B, PRP, PTN, PSC e PTC -, além do PP, que não é da coligação que venceu a eleição mas apoiou Dilma no segundo turno. Dutra quer montar um diagnóstico para entregar à presidente eleita quando ela retornar de sua viagem à Coreia. Dilma vai participar, junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da reunião do G-20, nos dias 11 e 12 próximos. "A ideia é conversar sobre o futuro, podem ser indicados nomes", declarou Dutra. Ele informou já ter mantido contato inicial por telefone com todos os partidos aliados.

PSB usará voz das urnas para pleitear mais espaço

Fortalecido com a eleição de seis governadores, a maioria no Nordeste, o PSB quer discutir a formação do governo de Dilma Rousseff (PT) com base na nova estatura do partido. Parlamentares e dirigentes da sigla não escondem que vão brigar, sobretudo com o PMDB, por dois ministérios estratégicos: Cidades e Integração Nacional. Os dois ministérios são também cobiçados por peemedebistas. Há ainda sondagens feitas dentro do próprio PT. O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, derrotado na eleição para o Senado em Minas Gerais, já apareceu como cotado para a pasta por petistas. A avaliação no PT é que não há espaço para Pimentel na equipe econômica num futuro governo.

Exemplo de Dirceu afasta Palocci da Casa Civil

Aliados próximos à presidente eleita Dilma Rousseff são categóricos ao afirmar que não há possibilidade de Antonio Palocci ocupar uma pasta política no futuro governo. A futura presidente já teria confidenciado que Palocci vai mesmo ocupar o Ministério da Saúde, apesar de não ser o cargo dos sonhos do petista, que é médico. A avaliação de Dilma reflete a visão do presidente Lula. Caso Palocci viesse a ocupar a Casa Civil ou algum outro ministério criado a partir da reformulação do gabinete da Presidência, o ex-ministro da Fazenda seria alvo fácil da oposição e poderia repetir o script de José Dirceu, que era apontado como o homem forte do governo Lula. A visão de Lula já discutida com Dilma é que Palocci deve permanecer "recuado e interferindo nos bastidores", segundo um relato de um aliado da petista. O recuo seria necessário pelo passado do ex-ministro, que se envolveu no episódio de violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O caso o derrubou do ministério e ainda causa constrangimentos.

Dilma planeja reajustar valor do Bolsa-Família

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) afirmou, em entrevista à TV Brasil, que uma de suas primeiras preocupações, assim que assumir o governo, em janeiro, será aumentar o valor do Bolsa-Família. Na entrevista, Dilma disse, porém, que não dispõe ainda das contas para saber se o reajuste do benefício tornará necessário revisar o Orçamento da União para 2011, já enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso. "Eu pretendo ver isso com mais detalhe", disse a futura presidente, segundo a Agência Brasil, enfatizando que quer reajustar os benefícios. "O Orçamento é uma peça que está sempre num quadro no qual você opera. É possível conseguir que haja mais recursos para aquilo, dependendo de suas prioridades. Eu tenho o objetivo de reajustar e garantir os recursos (do Bolsa-Família) para que eles não tenham perdas inflacionárias e tenham ganho real."

Prioridades de Dilma são enormes abacaxis

As duas prioridades da presidente eleita Dilma Rousseff - saúde e segurança pública - são gigantescos desafios que nenhum presidente conseguiu solucionar até hoje, ou sequer minimizá-los. Em entrevistas um dia após a eleição, Dilma destacou que pretende buscar melhorias nestas duas áreas. Um de seus primeiros atos como presidente, disse, será "conclamar governadores para uma grande discussão sobre saúde pública e segurança". A segurança pública é um enorme abacaxi para Dilma. Todos os dados do setor são grandes, desde homicídios e crimes, passando pela quantidade de presos, vagas em presídios, efetivo policial, gastos com segurança.

DEM recusa ideia de fusão com o PSDB

A ideia de fazer a fusão entre PSDB e DEM para criar um grande e fortalecido partido de oposição foi rechaçada ontem pelo presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Para o dirigente, a proposta diminuiria o espaço político da oposição no Congresso e ainda abriria a possibilidade para uma onda de desfiliações. Maia lembra que uma das brechas jurídicas permitidas hoje para que parlamentares troquem de partido sem perderem o mandato por conta da regra de fidelidade partidária é justamente a fusão com outra legenda. "Num período pós-eleitoral, onde o governo federal conseguiu a reeleição, sempre pode ocorrer um oportunismo eleitoral com migrações para o lado que venceu. Uma fusão criaria um precedente legal para permitir uma debandada, por exemplo", afirma Maia. Para o dirigente, entretanto, a questão não se resume a isso. Ele acredita que as eleições deixaram clara a existência de um eleitorado de centro-direita, que pode ser representado pelo DEM, mas que não encontra tanto conforto nas posições políticas assumidas pelo PSDB.

Plínio bancou mais da metade do valor gasto pelo PSOL

O candidato à presidência da República pelo PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, bancou 52,7% da própria campanha, de acordo com a prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De uma receita total de R$ 99.245, Plínio doou R$ 52.265 - o que inclui o valor estimado de R$ 22 mil pelo uso de seu automóvel particular na campanha, computados como uma espécie de empréstimo. Completam o montante valores relativos à prestação de serviço de militantes e pessoas jurídicas. É o caso de uma empresa de informática, que cuidou da parte de tecnologia da campanha e doou serviços estimados em R$ 20 mil. Há, ainda, doações de pessoas físicas, pela internet ou não. Entre os nomes está o do jurista Fábio Konder Comparato, que deu R$ 200. Os demais colaboraram com quantias que variaram de R$ 10 a R$ 1 mil.

Ibope comemora índice de acertos

Além de apontar com precisão o resultado da eleição presidencial, o Ibope acertou os resultados das votações para governador nas nove unidades da Federação onde houve segundo turno. Na pesquisa realizada na véspera da votação, o instituto previu a vitória de Dilma Rousseff pelo placar de 56% a 44%. Nas urnas, Dilma teve 56,05% e José Serra (PSDB), 43,95%. Na pesquisa de boca-de-urna, feita apenas com eleitores que já haviam votado, o resultado foi de 58% a 42%, no limite da margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. No primeiro turno, o Ibope havia previsto que Dilma teria 51% dos votos, mas ela alcançou cerca de 47% - um resultado fora da margem de erro.

Conselho de Comunicação vai ser revigorado

Esvaziado nos últimos quatro anos, o Conselho de Comunicação Social (CCS) está em fase de remontagem com a decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de pedir a entidades da mídia e sindicais que indiquem seus representantes. Previsto na Constituição como auxiliar do Congresso nas questões relacionadas à mídia, o conselho teve suas atividades deturpadas pelos seus primeiros integrantes, sobretudo os representantes sindicais. Eles sugeriram medidas controladoras, como a de brecar a importação de filmes americanos e a de interferir na atuação de empresas nacionais. Seu primeiro presidente, o ex-ministro da Justiça José Paulo Cavalcanti, evita comentar os impasses provocados pela divulgação das propostas radicais. Mas reconhece que, para ter o funcionamento adequado, o conselho precisa ter "integrantes qualificados".

Desafeto de Lula, Perillo sai fortalecido da eleição

Apontado como um dos desafetos políticos que o presidente Lula queria derrotar nas urnas, o senador Marconi Perillo (PSDB) foi eleito para um terceiro mandato como governador de Goiás, depois de enfrentar a força política dos principais prefeitos da região e do governador Alcides Rodrigues (PP), seu ex-vice com quem é rompido desde 2006. Com o recall da eleição para senador, quando recebeu 75,82% dos votos válidos, Perillo largou como favorito na disputa contra o ex-governador Iris Rezende (PMDB). "Mas foi quando o Lula entrou na campanha que ficamos realmente preocupados", admite a senadora reeleita Lúcia Vânia (PSDB).

Correio Braziliense

PMDB joga duro e Dilma escala Temer

Pressionada pelo principal partido aliado nestas eleições, a presidente eleita Dilma Rousseff divulgou ontem nota oficial anunciando que o deputado federal Michel Temer fará parte do comando de transição do governo. A partir de agora, ele será um dos articuladores com o Congresso e com as outras legendas que apoiaram a candidata vitoriosa. O anúncio tenta acabar com o mal-estar que se instalou no PMDB um dia após a eleição de domingo. Das primeiras reuniões para a equipe de transição, participaram apenas os petistas José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardozo e Antônio Palocci. O peemedebista ficou fora das primeiras discussões e das listas de colaboradores. O PMDB é um partido parceiro e o vice estará conosco permanentemente, declarou Cardozo. À noite, Dutra e Temer começaram a discutir como será feita a distribuição de cargos.

Carvalho, Bernardo e as metas de 100 dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou o chefe de gabinete Gilberto Carvalho para dividir com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, a coordenação da transição de governo. Os dois serão a ponte do Palácio do Planalto com a equipe da presidente eleita Dilma Rousseff que começa a trabalhar na próxima segunda-feira no Centro Cultural Banco do Brasil. Carvalho e Bernardo terão a tarefa de passar as informações sobre o tamanho da máquina administrativa para o grupo chefiado pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), responsável pelos técnicos da transição. Eles terão a tarefa adicional, em conjunto com o estafe de Dilma, de ver as áreas em que é possível colocar metas para a futura administração atingir nos primeiros 100 dias.

Natura teve "forcinha" durante a era Marina

A Natura Cosméticos, empresa dos maiores doadores à campanha presidencial de Marina Silva (PV), foi diretamente beneficiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) quando a senadora exerceu o cargo de ministra, entre 2003 e 2008. A Natura Inovação e Tecnologia de Produtos Ltda., do grupo Natura, obteve dez autorizações do MMA para explorar recursos genéticos com potencial de aproveitamento das propriedades na fabricação de perfumes, produtos cosméticos e de higiene pessoal. Das dez autorizações, seis foram concedidas em 2005 e em 2007, anos em que Marina Silva era ministra do Meio Ambiente. No ano passado, foram mais quatro autorizações à Natura. Outros quatro pedidos da empresa estão em análise.

Vitória com dinheiro alheio

As prestações de contas dos candidatos divulgadas pela Justiça Eleitoral mostram uma relação estreita de doadores com obras e contratos em andamento com governos locais em diversas regiões do país. As empreiteiras respondem por um quarto das doações já declaradas em sete estados, num valor global de R$ 139 milhões. Elas injetaram R$ 35 milhões nas campanhas. Uma demonstração das recorrentes coincidências entre as contribuições financeiras feitas a governadores que tentaram reeleição com a existência de contratos com os governos aconteceu no Mato Grosso do Sul. A campanha vitoriosa do governador reeleito André Puccinelli (PMDB) recebeu o aporte de R$ 1,7 milhão doado por João Roberto Baird, dono da Itel Informática. A empresa contribuiu com meio milhão. A boa vontade do empresário com o peemedebista tem razão de ser. A Itel, como explica o portfólio da empresa, é responsável pelas diretrizes de informática de todo estado. Cabe a ela a manutenção do parque tecnológico de diferentes órgãos do governo. Em 2007, primeiro ano do governo Puccinelli, a Itel iniciou a prestação de serviços de informática à Secretaria de Fazenda. O contrato tinha valor de R$ 9 milhões. A empresa e seu dono foram alvos de denúncias do Ministério Público do estado, justamente por suspeitas de irregularidades em contratos firmados com o governo.

Jatinhos durante a campanha

Nos três meses em que se ausentaram da Câmara, para fazer campanha em seus estados, os deputados apresentaram R$ 16,3 milhões em notas fiscais pedindo ressarcimento por gastos supostamente relacionados à atividade legislativa. Apesar de não terem realizado nenhuma sessão deliberativa nos meses de agosto, setembro e outubro, e trocarem o trabalho parlamentar pelo papel de candidato ou cabo eleitoral de aliados, os deputados não deixaram de mandar a conta de suas despesas para a Câmara. Mesmo com o Legislativo parado, os deputados usaram a Cota para Exercício da Atividade Parlamentar para pagar aluguel de jatinhos, carros, bancar gastos com gasolina e, até mesmo, contratar institutos de pesquisa.

Fonte: Congressoemfoco

Em destaque

É preciso lembrar como a democracia foi reconstruída no Brasil

Publicado em 28 de dezembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Duke (Arquivo |Google) Charge do Duke ...

Mais visitadas