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quinta-feira, outubro 11, 2007

Fidelidade partidária cria governista de oposição

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) instituindo a fidelidade partidária criou na Assembléia Legislativa a esquisita figura do governista-oposicionista. São os deputados eleitos pela oposição que haviam decidido trocar de partido para apoiar o governo, mas, diante do novo quadro, terão de fazê-lo sem deixar a legenda original, o que traz a perspectiva de outro tipo de conflito. Pelo menos seis parlamentares estão nesta situação – e muitos deles chegaram a promover uma rearrumação de suas bases no interior, incluindo prefeitos, vereadores e militantes, que agora deverão disputar as eleições municipais de 2008 em partidos diferentes daqueles onde se abrigam seus líderes estaduais. Um exemplo é o deputado João Bonfim, eleito pelo DEM e que já preparava a mudança para o PSDB. Com a nova legenda, ele tinha dois objetivos: acompanhar prefeitos que o apóiam, que já se filiaram ao próprio PSDB e ao PMDB, e, se vier a ser o caso, candidatar-se a prefeito de Guanambi com a possibilidade de coligar-se ao PT e PCdoB, que não aceitam aliança com o DEM. Forçado a ficar formalmente na oposição, Bonfim diz que vai lutar por sua “independência”, tanto pelos interesses de suas bases como pela garantia da governabilidade. Assim, se houver na Assembléia uma matéria do interesse do governo contra a qual o DEM se posicionar, ele não tem dúvida: votará contra o próprio partido. Alertado para a estranha posição, foi sucinto: “São as circunstâncias”. Oposicionista dos autênticos, o deputado Paulo Azi (DEM), que foi líder do governo Paulo Souto, não quis se referir nominalmente a nenhum correligionário, mas lembrou que no seu partido todos foram eleitos para militar na oposição. O DEM, disse ele, tem votado projetos do governo que julga do interesse da Bahia. Entretanto, caso o partido defina uma diretriz, corre até risco de expulsão o parlamentar que desobedecê-la. (Por Luis Augusto Gomes)
A deputada independente que é voto solitário
A deputada Antônia Pedrosa, eleita pelo PRP, caminhava em direção ao PMDB, onde já está seu marido, Antônio Henrique, “que foi a convite do ministro Geddel como pré-candidato à prefeitura de Barreiras”. Na atual legislatura, com seu partido unido ao PP, ela faz parte do bloco dito independente, que comumente vota com a oposição. Agora, a situação é outra: “Vou continuar no bloco, votando com o governo”. Indagada sobre a possibilidade de isso criar um atrito com a direção partidária, Pedrosa afirmou que sua ida para o bloco foi precedida de uma conversa com o presidente do PRP cuja essência ela fez questão de lembrar: “Estou lá com com aval de Jorge Aleluia. Ele concordou em nos deixar livres para votar contra ou a favor do governo, a depender da nossa consciência sobre a matéria”. Situação mais difícil sobrou para o deputado Tarcízio Pimenta, que, apesar de oposicionista convicto, pensava em deixar o DEM para garantir sua candidatura à prefeitura de Feira de Santana, já que, segundo rumores, o atual prefeito, José Ronaldo de Carvalho, tem preferência pelo deputado federal Fernando de Fabinho. Pimenta nega que tenha trabalhado “no sentido de sair” e assegura que é “fiel ao grupo e ao partido”. Disse o parlamentar que defendia apenas “critérios claros para escolha do candidato” e que em “várias reuniões” teve a garantia de que o DEM fará avaliações amplas, inclusive com pesquisas, envolvendo não só seu nome, mas os de outros postulantes. Entre estes, citou seus correligionários Jairo Carneiro e o próprio Fernando de Fabinho, além de Eliana Boaventura (PP) e Carlos Geilson (PT do B). “O prefeito José Ronaldo”, considerou, “é um político de estirpe, tem experiência, não iria assumir sozinho uma decisão, porque será uma eleição das mais acirradas, em que nós vamos enfrentar em Feira o governo federal e o estadual. Ele vai ouvir todo o grupo e principalmente ver o que ecoa melhor junto à população”. (Por Luis Augusto Gomes)
Governador lança programa para se aproximar do povo
O governador Jaques Wagner deu um passo importante, ontem, para melhorar a comunicação do seu governo. Com o lançamento do programa de rádio “Conversa com o governador”, ele quer mostrar para os baianos as principais ações da sua administração. A intenção é que, a partir de agora, a população baiana tenha encontro marcado com o governador todas as terças-feiras. O programa de rádio foi lançado ontem durante uma solenidade no Palácio da Aclamação. No programa de estréia, exibido na solenidade de lançamento, o governador Wagner falou sobre a divisão da Bahia, um dos assuntos que vêm tomando corpo na política estadual, fruto de um projeto emancipacionista do deputado pernambucano Gonzaga Patriota (PSB), que prevê a criação do Estado do Rio São Francisco. Wagner posicionou-se contra, e disse ser possível continuar ajudando o Oeste baiano mantendo a unidade do Estado. O governador falou também sobre a adesão ao Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (Pronasci) e o fim do contrato entre o governo estadual e o Bradesco. Sobre este último assunto, o governador aprofundou a sua fala, dizendo: “O Banco do Brasil nos fez a melhor proposta, oferecendo R$ 485 milhões para que as contas do Estado fossem transferidas para lá, o que vai ajudar no nosso orçamento. Além disso, o BB vai estar presente nos 417 municípios baianos, oferece tarifas mais baratas e marca presença em programas sociais e de apoio à agricultura familiar”. Durante a solenidade de lançamento do programa “Conversa com o governador”, foi feita uma homenagem ao radialista Perfilino Neto por seus serviços prestados à radiodifusão da Bahia. O profissional, que tem 48 anos de atividade na área (sendo 25 deles no Irdeb), recebeu de Wagner uma placa comemorativa pelos seus feitos. “Vejo essa homenagem como um reconhecimento ao veículo rádio, que completa 80 anos de transmissão no país e continua firme como um dos mais importantes meios de comunicação”, declarou Perfilino, agradecendo a homenagem. O novo programa “Conversa com o governador” tratará das principais ações do governo e de assuntos que sejam de interesse da população. O coordenador de Rádio da Assessoria Geral de Comunicação do Governo do Estado (Agecom), Edmundo Filho, é quem vai conduzir as entrevistas com o governador Jaques Wagner. Com um tempo de duração de seis a oito minutos, o programa estará disponível na Internet através do site www.comunicacao. ba.gov.br e por meio do telefone 0800-717328, a partir das 6 horas. (Por Evandro Matos)
Câmara decide votar PDDU dentro do prazo
Parece que os vereadores entraram num consenso e estão mesmo dispostos a resolver o impasse da votação do projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Ontem, o colégio de líderes e os presidentes das comissões se reuniram com o presidente da Casa, vereador Valdenor Cardoso (PTC), para tentar agilizar a tramitação da matéria na Casa. Valdenor apresentou um calendário de discussões, que, se cumprido, terminará no final de novembro, possibilitando a votação do projeto em meados de dezembro. Hoje, eles voltam a se reunir no inicio da tarde, no plenário da Câmara, para tentar resolver o impasse da votação. “Acredito que com esse novo encontro definiremos de uma vez a situação do PDDU. Estamos devendo uma resposta à sociedade, que, com todo direito, espera uma solução justa e responsável para esse impasse. Poderíamos ter feito isso antes, mas não há mais tempo para esse tipo de discussão. Agora é hora de agir e cuidar de Salvador. Acredito que não teremos mais problemas com a votação do projeto e que tudo será resolvido da melhor maneira, sem trancar a pauta e dentro do prazo estabelecido”, declarou animado o líder do governo, vereador Sandoval Guimarães. (Por Carolina Parada)
Fonte: Tribuna da Bahia

Tiroteio, correria e pânico na Barra

Por Silvana Blesa
Testemunhas contaram que, por volta das 14 horas, dois homens em uma motocicleta teriam seguido uma mulher que acabara de sair de uma agência bancária, na rua Miguel Bournier e arrebatado sua bolsa, nas imediações da Perini. “A bolsa caiu das mãos do assaltante, que estava na carona, e ele voltou para pegar, quando começaram os tiros”. Informações dão conta de que no momento em que o bandido retornou, um homem tentou impedir o assalto, atitude que pode ter provocado a reação por parte dos bandidos. Os assaltantes atiraram contra seu carro, um Fiat Uno, que teve o vidro esquerdo quebrado. O vendedor autônomo José do Carmo e o motorista do Fiat socorreram as vítimas e as levaram até o Hospital Geral do Estado (HGE), mas só o primeiro se apresentou no posto policial; o outro não prestou mais esclarecimentos à polícia e não foi localizado O porteiro do Edifício Maria Olímpia, Valdomiro de Jesus, 43 anos, que no momento do tiroteio tomava conta dos cocos que seu filho vende, foi atingido no tórax. Outras duas pessoas que passavam na hora também saíram feridas. Adalto Barbosa dos Santos, 23, teve o braço esquerdo baleado, e Luzilene de Aguiar Pereira, 26, recebeu um tiro na mão. A administração do Shopping Barra nega que o um dos assaltantes teria entrado no local, mas testemunhas afirmaram ter visto o momento em que um deles saiu andando, simulando falar ao telefone celular, e seguiu em direção ao estacionamento do shopping. “Não acreditamos que ele teria entrado logo aqui, um lugar público e monitorado por câmeras”, informou Alexandre Manzalli, responsável pela administração do shopping. Policiais civis e militares realizaram buscas no local, mas não conseguiram localizar o assaltante. “As fitas do sistema de segurança do shopping já foram solicitadas, faremos uma análise mais minuciosa”, informou um agente. Ainda na tarde de ontem, no bairro do Costa Azul, um homem de identidade ignorada, aparentando 30 anos, morreu durante uma tentativa de assalto. De acordo com a polícia, ele teria abordado uma pessoa próximo ao Centro Comercial Costa Azul, na Rua Antônio Peroba, por volta das 17h50, quando, ainda não se sabe como, acabou baleado. A suposta vítima do assalto não foi identificada pela polícia. Policiais militares da 39a Companhia Independente (Boca do Rio) o socorreram para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), mas ele já chegou ao local sem vida.
Incêndio destrói loja de motos na cidade de Serrinha
; Serrinha (Da Sucursal Regional do Sisal em Coité) - Um incêndio na loja Mototril, especializada na venda de motos, localizada nas imediações da Praça Morena Bela, centro da cidade, ocorrido no final da noite de segunda-feira, destruiu um grande número de motos, provocando prejuízos que embora ainda não avaliados, estão sendo estimados como bastante elevados. O diretor do grupo de concessionárias da Mototrail, Mototrilha e Trilhasul, Alexandre Aleluia, residente em Salvador, disse que tomou conhecimento do incêndio por volta das 23 horas, da segunda-feira e se deslocou para a cidade de Serrinha, onde chegou a 1 hora da manhã de terça-feira. Ele acredita que o incêndio tenha sido provocado por um curto circuito na instalação elétrica, uma vez que o prédio passa por reforma em suas instalações físicas. Os maiores estragos ocorreram na área da oficina, onde se encontravam 21 motos, sendo 16 novas e cinco de clientes. A área do showroom ficou praticamente intacta sem maiores prejuízos. “Graças ao apoio de populares, pessoas que sem ser funcionários da loja, foram solidários e ajudaram a apagar o fogo e retirar as mercadorias. Por isso que nossos prejuízos não foram maiores, já que na cidade não existe corpo de bombeiro” disse Alexandre Aleluia. Ele acredita que o incêndio tenha partido de uma faísca elétrica que atingiu algum produto inflamável na oficina gerando o sinistro. Ontem os funcionários da empresa começaram a retirar as motos e os produtos destruídos pelo fogo. Alexandre Aleluia disse que não sabe ainda, qual o valor dos prejuízos. Ele só soube informar que conseguiu salvar muitas motos graças à ajuda recebida do povo de Serrinha. Conforme o empresário não existe seguro para as motos destruídas mas ele vai arcar com todos os prejuízos e indenizar de forma justa, rápida e sem burocracia todos clientes que estavam com motos na oficina. A parte comercial da loja não chegou a ser atingida pelo fogo.
Fonte: Tribuna da Bahia

Funcionários da Caixa na Bahia encerram greve

Decisão de acompanhar posição da categoria em outros estados foi tomada em assembléia realizada ontem à noite


Depois de oito dias de paralisação, os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) na Bahia resolveram voltar ao trabalho. A decisão foi tomada em assembléia realizada ontem à noite, no ginásio de esporte da categoria, na Ladeira dos Aflitos, quando foi aprovada por maioria a proposta apresentada pela empresa na terça-feira. O acordo garante reajuste salarial e demais remunerações de 6%, conforme negociado com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O tíquete-refeição passa a ser de R$323,84 e a cesta-alimentação de R$252,36. Fica assegurada também a 13º cesta-alimentação, no valor de R$252,36.
A nova proposta de PLR apresenta valores distintos. Para empregados sem função é de R$4.100, enquanto os com cargo é de R$4.362,84. Caso a empresa obtenha lucro superior a 15% no ano de 2007, serão pagos mais R$600, linearmente, em março de 2008. A empresa pagará 60% da PLR na folha de outubro e 40% em março de 2008.
As informações foram dadas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia. Na noite de terça-feira, os funcionários da Caixa Econômica decidiram encerrar a greve na maioria dos estados. O movimento prosseguia apenas nos estados da Bahia e Espírito Santo.
Fonte: Correio da Bahia

Virou Bagunça na Casa de Mãe Joana

Por Giulio SanmartiniÉ assim que está o Senado Federal, Casa de Mãe Joana de baixa categoria e totalmente bagunçada.Dizer que o escroque de Renan Calheiros seja o único responsável é uma injustiça.Concordo que ele não tem a mínima condição ética, nem para porteiro de bordel, quanto mais para presidente de uma das mais antigas e graves instituições brasileiras.Renan só está onde não devia, por culpa exclusiva de seus pares que votaram contra sua punição pela quebra mais que provada, do decoro parlamentar, juntem-se a esses os pusilânimes que se abstiveram.Dentro de seu desarranjo mental Calheiros ao ser contemplado com um prêmio que nunca esperava, achou-se forte e poderoso, passou a querer mandar mais do que lhe era permitido pelos que o sustentaram , ao começar pela presidência da República.Agora é uma pedra no sapato que precisa ser extraída. Como escreve Eliane Cantanhêde: O clima no Senado é de guerra, com insultos, desdém, puxação de tapete, acusações mis e muita desconfiança. Renan não tem como ficar, mas a CPMF até pode passar. O governo decidiu lavar as mãos para um, Renan, mas joga todo o seu peso a favor do outro, o impostoLeia matéria na Folha de São Paulo online



Degringolou
da Folha Online
Depois da vitória na votação do primeiro processo de cassação, Renan Calheiros tinha tudo para ir levando... e ficando. Mas a vitória subiu-lhe à cabeça e ele passou não apenas a constranger, mas também a provocar os colegas senadores. Foi assim que se inviabilizou definitivamente na presidência do Senado. Se não vai ser cassado, Renan vai ser obrigado a renunciar.
Atolado em quatro processos, o senador ainda se deu ao luxo de tirar, ou permitir que o PMDB tirasse, os colegas Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS) da Comissão de Constituição e Justiça, para trocá-los por sabe-se lá que desconhecidos peemedebistas. Foi um erro primário dos renanzistas. Jarbas e Simon, tenham lá que defeitos tenham, são símbolos do velho MDB e do velho PMDB que lutavam contra a ditadura militar. Mexer com eles foi atiçar toda uma discussão ética. Logo Renan! Logo o PMDB renanzista! O tiro saiu pela culatra. Em vez de ganharem votos na CCJ, perderam ainda mais no plenário.
Seja verdade ou não, a denúncia de que o presidente do Senado usava um assessor para espionar adversários internos, como os senadores de Goiás Demóstenes Torres e Marcone Perillo, fez o resto: a sensação do Senado contra Renan é mais ou menos como 'assim já é demais'. O PSDB e o DEM lideram um movimento sem volta contra Renan, ao qual aderiram parcelas governistas e até representantes do PT, partido que até aqui vinha sendo decisivo para mantê-lo no cargo. Ou seja: Renan vem perdendo apoios, um a um. Não tem condições de resistir.
É nesse clima que o Senado vai receber o projeto de prorrogação da CPMF até 2011, que foi aprovado nesta madrugada em segundo turno pela Câmara. É álcool na fogueira. O governo defendia Renan na suposição de que ele seria fundamental para arregimentar votos a favor da CPMF. Agora, vê-se que Renan não tem condições de arregimentar nem votos a favor dele próprio.
O clima no Senado é de guerra, com insultos, desdém, puxação de tapete, acusações mis e muita desconfiança. Renan não tem como ficar, mas a CPMF até pode passar. O governo decidiu lavar as mãos para um, Renan, mas joga todo o seu peso a favor do outro, o imposto. E a gente bem sabe qual é o peso do governo, qualquer governo.
Eliane Cantanhêde é colunista da Folha e assina a coluna "Brasília" aos domingos, terças, quintas e sextas. Formada pela UnB, foi diretora das sucursais de "O Globo", "Gazeta Mercantil" e da Folha em Brasília. Escreve para a Folha Online às quartas.E-mail: elianec@uol.com.br

A maldição dos onze

Carlos Chagas

BRASÍLIA - Parece de bom gosto, além de necessidade, dar a palavra a quem nos suplanta em raciocínio, profundidade e ironia. A vez, hoje, é para o jurista Saulo Ramos, aquele do "Código da vida", já por nós comentado neste espaço. Em correspondência recente, Saulo dá sinal de continuar no centro do palco ao discorrer sobre o número "11", para ele inquietante.
Começa do geral para depois chegar ao particular, à maneira de Aristóteles. Indaga: "Já repararam que New York City, Afeganistão, The Pentagon e George W. Bush têm, cada um, 11 letras? Até aqui meras casualidades forçadas ou coincidências, mas o interessante começa em seguida:
Nova York é o estado número 11 dos Estados Unidos. O primeiro vôo que bateu contra as Torres Gêmeas era o número 11. Esse vôo levava a bordo 92 passageiros; somando os numerais dá 9 + 2 = 11. A tragédia teve lugar a 11 de setembro, 11 do mês 9, que somando os numerais dá 1 + 1 + 9 = 11."
E agora, continua Saulo Ramos, o inquietante:
"As vítimas totais que faleceram nos aviões são 254: 2 + 5 + 4 = 11. A partir de 11 de setembro sobram 111 dias até o fim do ano. Nostradamus (11 letras) profetiza a destruição de Nova York na centúria número 11 de seus versos. O mais chocante de tudo é que, se pensarmos nas Torres Gêmeas, damo-nos a conta de que tinham a forma de um gigantesco número 11. E como se não bastasse, o atentado de Madri aconteceu no dia 11.03.2004, que somando os numerais dá 1 + 1 + 0 + 3 + 2 + 0 + 0 + 4 = 11. Intrigante, não acham?
E se esqueceram que o atentado de Madri aconteceu 911 dias depois do de Nova York, que somando os numerais dá 9 + 1 + 1 = 11." Conclui o ex-ministro da Justiça do governo José Sarney: "E agora, o mais arrepiante: Corinthians tem 11 letras, tem 11 jogadores (será?...) e sua fundação foi em 1910, que somando os numerais dá 1 + 9 + 1 + 0 = 11. Conclusão de tudo: Bin Laden é corintiano." Seria bom o leitor não esquecer de que hoje é dia 11 de outubro...
Nem urgentes nem relevantes
As medidas provisórias, pela Constituição, deveriam restringir-se a assuntos de urgência e relevância. Claro que não tem sido assim, desde o governo José Sarney, com ênfase para os sucessores Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e, agora, Luiz Inácio Lula da Silva. Escapou apenas Itamar Franco.
Para demonstrar que nem relevância nem urgência entram nas preocupações dos atuais detentores do poder, mas apenas comodismo, registre-se que quando a vaca quase ia para o brejo, na primeira votação da CPMF na Câmara, o governo retirou duas medidas provisórias, comprovação de que eram supérfluas.
A mesma coisa acontece na segunda votação, desta semana, quando o Palácio do Planalto desfigurou duas medidas provisórias, retirando-lhes o conteúdo, simplesmente para não atrapalharem a decisão dos deputados ao aprovar iniciativa, essa sim, extremamente urgente e relevante para o presidente Lula. Para nós, nem tanto.
Numa hora em que o Congresso, posto em frangalhos, imagina como dar a volta por cima, seria bom que a Câmara seguisse o exemplo do Senado e votasse ainda este ano projeto que restringe o uso das medidas provisórias. Pelo jeito, falta coragem. Ou seria melhor esperar, primeiro, a concretização das promessas de nomeações e liberações de verbas?
Na pole position
Dificilmente o partido que a encomendou autorizará a divulgação de recente pesquisa efetuada a respeito da Prefeitura de São Paulo. Porque na espontânea, sem a indicação de nomes, deu Clodovil Hernandez na cabeça. Com todo o respeito aos pronunciamentos populares e, mais ainda, ao parlamentar, importa prospectar o porquê desse resultado, e a resposta só pode ser uma: o descrédito dos eleitores nos chamados políticos ortodoxos.
Clodovil surge como um símbolo do repúdio e do protesto, como já terá sido ao eleger-se deputado federal com mais de 500 mil votos. Quanto a imaginar o que faria na prefeitura paulistana, é tema em aberto. Pode ser tudo, até iniciativas de ampla repercussão junto aos desempregados.
Desalento
Entre os caciques do DEM registra-se amplo desalento. Do presidente Rodrigo Maia aos líderes no Senado e na Câmara, o que mais se ouve é que, de novo, estarão todos condenados a seguir a reboque dos tucanos. Não apareceu, até agora, um nome de expressão capaz de posicionar-se como pré-candidato às eleições presidenciais de 2010. Do prefeito César Maia ao governador José Roberto Arruda, não vai dar.
Diante desse vazio, foi dada ao ex-senador e ex-presidente do partido, Jorge Bornhausen, missão quase impossível: percorrer os diretórios estaduais e mobilizar as bancadas no Congresso para o aparecimento, até o final do ano, de uma alternativa que não seja o engajamento, mais uma vez, na candidatura que o PSDB apresentar.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Renan sepultado sem velório mas enterrando

Helio Fernandes

A oposição e o Planalto-Alvorada
Desde 1946, quando no belo Palácio Tiradentes "cobri" para a revista "O Cruzeiro" os 7 meses da Constituinte, jamais vi nada tão melancólico, constrangedor e deprimente como a sessão de anteontem do Senado. Encurralado por si mesmo, Renan não agüentou a pressão e abandonou a presidência. Literalmente fugia.Antes, um outro episódio que eu nunca havia visto em lugar algum do mundo, apesar de em todas as viagens que fiz durante a vida sempre ir visitar o Congresso. Antes mesmo de assistir às sessões da Constituinte aqui, em Paris já assistira sessões da Assembléia Nacional, como chamam a Câmara de lá.Mas nada parecido com o que aconteceu anteontem, o apogeu da calamidade que já se prolonga por 3 meses. E ninguém sabe quando acabará. Pois embora a chamada oposição tenha marcado o 2 de novembro como a data final e irreversível para as votações, ninguém acredita que essa farsa terminará nos próximos 20 dias.Renan está exausto, a oposição, esgotada. Ele não tem saída, ela não tem solução. Todos esperam que possam ser socorridos por algum milagre ou qualquer coisa extraterrena, e ficam aguardando. Só que ninguém sabe o que pode acontecer, nem providenciam a remoção de Renan do cargo que ele mesmo deteriorou.Não há nenhuma dúvida que tudo começou com Renan. Mas se aprofundou e se transformou no tumulto que chegou ao máximo anteontem, como a omissão de todos os partidos, os mesmos que o Supremo considerou donos de tudo. O PMDB, o PT-PT, o PSDB, o DEM e os mais diversos partidos com menores bancadas estão visível e frontalmente contra Renan.O que falta então? Decisão, convicção, determinação e a certeza de que os partidos, "donos dos mandatos", é que têm que resolver. Mas os partidos não reagem, se acumpliciam com Renan, trocam insultos e se atiram uns contra os outros, sempre usando a farsa de se chamarem de "excelências".O PSDB e o DEM fecharam a questão exigindo o voto contra Renan, 9 desses nobres representantes votaram a favor do presidente do Senado. Se o mandato pertence aos partidos, as convenções deveriam ter sido convocadas imediata e especialmente para punir os traidores, vá lá, os que não cumpriram as determinações partidárias. Não houve nada, eles sabem que as legendas são todas de aluguel.O PMDB e o PT-PT não fecharam a questão, porque suas portas são tão amplas ou tão exíguas que não dá para fechar em hipótese alguma. E todos os senadores sabem disso, principalmente Renan Calheiros, que se aproveitou muitas vezes dessa situação para defender os mais confusos interesses. E os partidos menores (ditos "ideológicos") deram muitos votos para a salvação de Renan.Um presidente do Senado "batendo boca com senadores", negando apartes, cortando a palavra dos que eram contra ele, espetáculo inimaginável, vergonhoso, pecaminoso e incandescente. No mesmo momento em que em todas as dependências do Senado circulava a Playboy com a capa tão cobiçada. (E só conseguida ou conquistada por Renan).Essa vergonha de anteontem não pode se repetir, mas se repetirá. Só existem duas possibilidades de tudo acabar imediatamente.
1 - A oposição retirar os prazos, se retirar do Senado, retirar Renan do cargo, qualquer que seja o método.
2 - O Planalto-Alvorada se convencer de está sendo atingido duramente e resolver logo a questão.PS - Ou tomam a decisão a-g-o-r-a, ou serão enterrados em cova rasa num terreno baldio do município de Murici. No momento, Renan não tem mais nada a perder. A oposição e o Planalto-Alvorada estão arriscando tudo.
Amanhã
Num outro 12 de outubro como hoje, há 30 anos, Geisel, Silvio Frota, Hugo Abreu, João Figueiredo estraçalhavam a ditadura.
Edson Lobão
O senador deve saber o que está fazendo. Pode ser presidente do Senado, mas não é fácil. Dizem que o presidente virá do Maranhão, mas não um homem.
Inacreditável: acreditei que eleito e assumindo, Luiz Inácio Lula da Silva fosse anular as vergonhosas DOAÇÕES-PRIVATIZAÇÕES feitas por FHC. Não anulou uma só. E mais grave ainda: reincidente nas DOAÇÕES, está entregando até o fabuloso patrimônio brasileiro que é a Amazônia. Vendendo, recebendo o dinheiro e dando recibo a estrangeiros. Que passam a ser proprietários de partes das terras mais cobiçadas do mundo.
Sempre se teve como certo, no Brasil, que tropas estrangeiras invadiriam a Amazônia. Acreditávamos que esse assalto se desse usando como trampolim países vizinhos. Agora vendemos o território, não haverá mais invasão. Donos de cartórios internacionais cobrarão as terras.
E pelo prazer de DOAR, fazem o mesmo, agora, até com estradas. Anteontem, leilões de 7 estradas, todas ganhas por multinacionais.
Uma vergonha. Não conseguimos asfaltar e manter estradas, querem ser potências mundiais. Que República.
Anteontem, bem tarde da noite, a Câmara festejou a aprovação da CPMF em segunda votação. Não havia o que festejar, resultado certo e garantido. E a margem não foi tão grande.
De qualquer maneira, o problema fundamental será no Senado. Obter 49 votos, só entregando "a cabeça de Renan". O Planalto-Alvorada não hesitará. A oposição não resistirá.
Não houve uma voz discordante a respeito do filme "Tropa de elite", e não apenas como filme. O libelo tão visível e tão irrespondível glorifica ainda mais o que foi feito com sangue, suor e lágrimas.
Uma pena que a comissão que selecionou o filme para concorrer ao Oscar da Academia de Hollywood tenha cortado "Tropa de elite". Qual a razão desse corte? E não seria necessária explicação?
Ontem, o operoso e diligente Sérgio Cabral viajou pela décima vez em 9 meses de governo. (Governo?). Para onde foi o governador? Para o Japão e Coréia do Sul, como ele diz, "sempre a trabalho".
Dá como justificativa a mesma de outras viagens: visitar as instalações do trem-bala. O vice Pezão tem dito a amigos: "Não pensei que vice fosse tão bom. Não disputei eleição e não saio do palácio".
Pezão, fiel ao ex-governador Anthony Mateus, cumpre o ritual das outras vezes, telefona e pergunta, "o senhor quer alguma coisa?".
Nos bastidores do Senado se travam duas batalhas. A da retirada de Renan e da eleição de um novo presidente. Desesperado, Renan vai acabar por propor (ou aceitar) a renúncia da presidência em troca da garantia do mandato.
Renan está alimentando ódios, um deles contra Sarney. (Não esconde, da mesma forma que em relação a Mercadante, só fala com desprezo).
A saída de Edson Lobão do DEM para o PMDB era falada e esperada. Como depois da saída de Renan o presidente virá do PMDB, garantem que o objetivo de Lobão é esse. Deve ser, é articulado e relacionado. Mas entrar no partido e logo escolhido?
Manchete esdrúxula, esquisita e até desatenciosa de O Globo: "Espanhóis levam rodovias e expandem negócios no País". Ha! Ha! Ha!
Não vão "levar" as rodovias, "ficam" aqui mesmo, lógico. E os negócios não serão melhorados, são pequenos.
E não investirão coisa algum. Só começam a trabalhar depois de receberem os pedágios. As empreiteiras que vieram antes deles faziam o mesmo.
Cálculos feitos por "especialistas" do Planalto-Alvorada garantem: "A CPMF para ser aprovada no Senado só tem, por enquanto, entre 35 e 40 votos". Tomando como base os 40, mais 9 têm que ser obtidos, no "é dando que se recebe". Nenhum problema.
A luta pelas eleições municipais ganhou uma repercussão que não tinha. Foi o Supremo que deu aos municípios este destaque.
Tem gente perdendo prazo e outros acreditando que são personagens de primeira grandeza.
O Banco Central anunciou que "não deixaria o dólar ficar com cotação abaixo de 1,80". Qualquer que seja a importância ou influência do BC, a verdade: pelo terceiro dia, ficou em 1,80.
Vi e comentei os números 1 e 2 da pretensiosa e inexpressiva revista Piauí. Comentei e informei que não veria, e, lógico, não leria mais a revista que não tinha condições de melhorar. Só sobrevivia ou sobreviveria por pertencer a banqueiros, imprimir e distribuir 300 mil exemplares, vender 50 mil.
Nenhuma empresa jornalística resiste a essa relação. A não ser banco, uma fauna cada vez mais em ascensão, cujos lucros acendem e ascendem qualquer ego, por mais vasto que seja. Disse que não leria mais. Li o número 13, piorou mais do que eu admitia.
Se já era inacessível, ficou impenetrável. E se os anúncios eram de favor, sumiram. Ficou apenas o Itaú, fidelidade bancária.
E surgiram estatais como Caixa Econômica, BNDES, Banco do Brasil, o rico São Paulo, o pobre Piauí, que República. Por que o governo financia diversão de banqueiros que exploram o cidadão?
Pra não dizer que não falei de flores: as 4 páginas do "Piauí Herald", baseadas no imaginário, mas escritas com certa graça. Os 2 ou 10 anos que a revista não atingirá. Quer dizer: pode atingir com o financiamento interno.
XXX
Lamentavelmente o Coelho voltará a jogar no fim de semana. Peço desculpas por dizer que esse valentão é do Cruzeiro. Na verdade o Atlético não merecia tê-lo no time.
Bernardo Cabral voltou de Manaus, mais uma conferência e condecoração e a insistência para voltar ao Senado. Se não queria antes, por que iria querer agora?
O Jornal do Commercio também insistiu na manchete errada: "Rodovias ficam com espanhóis". Só devia valer uma notinha, lá dentro, escondida. Manchete?
XXX
As colunas de o Globo e o Jornal do Commercio "Há 50 anos", leituras obrigatórias. Para quem tem ou não tem memória.
XXX
Essa Sul Americana, pela qual brigam os clubes que não se classificam para a Libertadores, é chatíssima.
Ontem, vários jogos, estádios vazios, televisões desligadas.
XXX
Não existe essa disputa tão apregoada entre TV Globo e TV Record. Esta brigava pelo segunto lugar com o SBT. Disparou mas não se aproximou da Globo. Apesar do "bispo" ser quem é, seria preciso outra televisão, a Globo sozinha não dá.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Duplo acidente mata 27 e deixa 100 feridos em SC


DESCANSO (SC) - Um duplo acidente deixou 27 mortos e pelo menos 100 feridos, na noite de terça-feira, em Santa Catarina. Foi a maior tragédia rodoviária do Estado desde 2000, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Cerca de duas horas depois da colisão de um ônibus com uma carreta, uma outra carreta, aparentemente sem freios, furou barreiras, arrastou 15 carros e atingiu equipes de resgate, imprensa e curiosos que lotavam a BR-282, na altura de Descanso. Entre os mortos estão três jornalistas e quatro bombeiros. O motorista Rosinei Ferrari, que causou o segundo acidente, deve responder por homicídio doloso (intencional). Há outras 15 vítimas internadas em estado grave.
"Fomos socorrer com cordas os sobreviventes", relatou o motorista Renato Sehn. Segundo ele, o resgate enfrentava dificuldades pelo fato de ocorrer em um trecho montanhoso, sem aparelhos de emergência nem sinal de celular. Foi necessário utilizar o equipamento do cinegrafista da RBS TV Chapecó Evandro Troian para iluminar a área. Todos foram surpreendidos pela carreta desgovernada. "Quando ouvimos foi aquele estouro, não teve nem sinal de buzina nem de freada. A carreta veio levando (carros e caminhões). Saí correndo e a carga me atropelou", afirmou o motorista Adair Bernardi.
O acidente que deu início à tragédia ocorreu por volta de 19h30, quando um ônibus com trabalhadores rurais de São José do Cedro (SC) foi atingido por uma carreta de grande porte de Frederico Westphalen (RS), carregada de soja, que tentou uma ultrapassagem pela contramão. Com a colisão, os dois veículos caíram em uma ribanceira e pegaram fogo. Morreram os motoristas dos dois veículos e cinco passageiros.
A PRF chegou rapidamente ao local e instalou bloqueios e sinalização, para facilitar a ação das equipes de socorro. O delegado Rodrigo César Barbosa, que estava no plantão em Maravilha, cidade a 30 quilômetros do local, também atendeu a ocorrência. Por volta das 21 horas, quando quase todas as vítimas da primeira colisão já haviam sido retiradas dos escombros e um guincho levantava o ônibus de bóias-frias, ele viu quando uma carreta de Cascavel (PR), carregada de açúcar, não obedeceu à ordem de reduzir a velocidade.
O veículo furou o bloqueio e avançou pela fila com 2 quilômetros de veículos parados, atingindo em cheio o espaço onde bombeiros, policiais, voluntários e repórteres trabalhavam.
Barbosa lavrou o flagrante do motorista e determinou que fosse levado sob custódia. Como não houve nenhuma tentativa de frenagem, segundo ele, não está descartada a hipótese de falha mecânica do veículo. Dezoito pessoas morreram no local - outras duas chegaram a ser socorridas em hospitais locais, onde morreram.
Além de falha mecânica, a PRF procura outros motivos para o segundo acidente. Não chovia na hora da colisão, a área estava bem sinalizada e a pista, recentemente recapeada, não apresentava problemas, naquele trecho. "Com certeza houve falha de alguém, no mínimo negligência", afirmou o policial rodoviário federal Antônio Gilmar Freitas.
O caminhoneiro Ferrari foi submetido a testes de sangue e urina para detectar a eventual presença de substâncias tóxicas mas o fato de trafegar por dois quilômetros em linha reta sem ziguezaguear, embora na contramão, indica que estava lúcido. Os policiais consideram plausível a tese de falha mecânica da carreta. Isso poderia ainda ser causado pelo excesso de peso. Mas a PRF informou que a inspeção prévia indicava peso dentro dos limites permitidos.
Segundo estudo feito no ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), com base em dados revisados recentemente pela PRF, um caminhão se acidenta a cada cinco minutos nas estradas federais.
A maior tragédia já registrada nas rodovias brasileiras aconteceu em julho de 1987, matando 68 pessoas,na BR-040, que liga Belo Horizonte ao Rio, próximo de Nova Lima, na Grande Belo Horizonte. Um ônibus da Viação Transmuniz bateu contra um ônibus da Viação Transnazaré, que transportava romeiros vindos da festa de Santana, na cidade de Belo Vale (MG).
Fonte: Tribuna da Imprensa

Péres é nomeado relator do 3º processo




BRASÍLIA - Pressionado por senadores de seis partidos, o presidente do Conselho de Ética,

Leomar Quintanilha (PMDB-TO), indicou ontem o relator para a terceira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador Jefferson Péres (PDT-AM) é quem se encarregará da tarefa de relatar a mais documentada denúncia contra Renan, apresentada há mais de 50 dias pelo DEM e pelo PSDB: a de que ele teria comprado empresas de comunicação em nome de laranjas, em sociedade com o usineiro João Lyra.
A escolha surpreendeu, não apenas por mostrar uma guinada de Quintanilha nos procedimentos adotados até agora - sempre manobrando em favor de Renan -, mas por recair em um nome diversas vezes rejeitado pelo presidente do Conselho.
A decisão de Quintanilha ocorreu um dia após a reunião em que 19 senadores de seis partidos fixaram o prazo de 2 de novembro para votação das quatro denúncias existentes contra Renan. Se isso não ocorrer, eles ameaçam obstruir as votações nas comissões e no plenário.
Quintanilha nega que tenha sido pressionado. Diz que em nenhum minuto foi procurado pelos colegas interessados em acabar com a obstrução branca do conselho. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) tiveram papel importante na escolha do relator.
Eles entraram em cena, após a ameaça dos líderes da oposição, para obrigar o Conselho de Ética a retomar o julgamento das denúncias contra Renan. Temem que a decisão atrapalhe a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O nome de Péeres foi bem recebido. Para Eduardo Suplicy (PT-SP), é certo que ele fará "um trabalho justo". "Se fosse um caso contra mim, gostaria que fosse ele o relator, pois saberia que o parecer seria justo", alegou. Para o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), colocar Péres na relatoria "é um sinal que o Senado está entrando nos eixos e assumindo a postura que a sociedade exige e merece".

Fonte: Tribuna da Imprensa

Frente lança movimento "fora Renan"


BRASÍLIA - Decididos a tornar insustentável a situação do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deputados de oito partidos lançaram ontem o Movimento Fora Renan. A idéia é promover ações de impacto até que Renan se afaste do cargo ou tenha o mandato cassado por causa dos quatro processos disciplinares a que responde no Senado. O grupo anunciou que trabalha para mobilizar a sociedade e fará manifestações semanais no Legislativo, exigindo o afastamento.
"Toda semana, teremos a quarta-feira da indignação, com atos da frente suprapartidária que pede o afastamento imediato do presidente do Senado", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Para caracterizar que o movimento é de todo o Parlamento, e não de uma das Casas apenas, ficou acertado que as manifestações serão realizadas no espaço comum da entrada principal, conhecido como chapelaria.
A idéia do grupo é estabelecer um calendário de ações para pressionar Renan. A primeira atividade, marcada para dia 17, é o lançamento do "Livro do Tombo", que registrará assinaturas de deputados, senadores, entidades da sociedade civil e cidadãos brasileiros contrários à permanência dele.
"Chegou o momento de ter uma atitude mais firme", afirmou Chico Alencar, ao explicar que a ação do grupo tem o objetivo de estimular a sociedade a retomar a pressão pelo "Fora Renan". A agenda de protestos prevê um "abraço" simbólico ao Congresso, de parlamentares, funcionários e representantes da sociedade civil.
"Depois disso", sugeriu o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), "podemos fazer a apresentação de um coral que entoará o 'Está chegando a hora', entre outras canções". Coube ao deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) a leitura do documento no qual serão recolhidas adesões. O texto pede a saída de Renan para assegurar a isenção das investigações contra ele e preservar a instituição do desgaste político produzido pela crise.
"Não admitiremos que ele presida a sessão do Congresso", disse Macris. Pela Constituição, o presidente do Senado é quem preside as sessões do Congresso, quando Câmara e Senado se reúnem, conjuntamente. "Vamos retomar a pressão. A idéia é paralisar o Congresso e não só o Senado. Será uma manifestação permanente", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
A idéia do lançamento da frente suprapartidária de deputados e de senadores surgiu durante um jantar realizado terça-feira com deputados e senadores. Segundo o grupo, 52 deputados e 16 senadores integram a frente. Entre os partidos representados no grupo, há parlamentares do PMDB, PSDB, PSOL, PSB, PV, PPS e DEM.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quarta-feira, outubro 10, 2007

STF proíbe Polícia Federal de indiciar parlamentares com foro privilegiado

da Folha Online
O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) anulou o indiciamento do senadores Magno Malta (PR-ES) e Aloizio Mercadante (PT-SP) em inquéritos da Polícia Federal. A Suprema Corte decidiu que a Polícia Federal não tem competência para indiciar os parlamentares sem autorização do próprio STF ou com pedido da Procuradoria-Geral da República. Isso porque os senadores têm foro privilegiado.
Alan Marques/Folha Imagem
Mercadante havia sido indiciado no caso do dossiê contra tucanos nas eleições de 2006
A decisão ocorreu nesta quarta-feira durante o julgamento de questão de ordem levantada pelo ministro Gilmar Mendes no inquérito que investiga a participação de parlamentares na Operação Sanguessuga, da PF. Na ocasião, o ministro questionou a validade do indiciamento de Magno Malta por iniciativa da Polícia Federal, sem autorização do STF.
Em conjunto, os ministros também concluíram a votação de um recurso que pedia a anulação formal do indiciamento de Mercadante pela PF no caso que investigava a compra de dossiê que incriminaria candidatos do PSDB na eleição presidencial de 2006. Em abril, o STF determinou, por unanimidade, o arquivamento do inquérito com relação ao senador.
Na sessão de hoje, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a investigação contra o senador pode ser feita por outros órgãos, mas a abertura do inquérito deve ser supervisionada pelo STF, que autoriza ou não o indiciamento dos parlamentares suspeitos.
O ministro citou o parecer da Procuradoria-Geral da República, que afirmou que "a iniciativa do procedimento investigatório deve ser confiada ao Ministério Público Federal contando com a supervisão do ministro-relator do STF. Nesse contexto, a Polícia Federal não estaria autorizada a abrir, de ofício, inquérito policial para apurar a conduta de parlamentares federais ou do próprio Presidente da República".
Fonte: Folha Online

Parlamentares lançam "Fora Renan" para pressionar saída do presidente do Senado

GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília
Com o apoio de 52 deputados e 16 senadores, foi lançado nesta quarta-feira o movimento suprapartidário "Fora Renan" para pressionar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a se afastar do cargo. O grupo promete fazer manifestações semanais para pressionar Renan a deixar a presidência da Casa Legislativa.
O movimento é liderado pelos deputados da chamada "terceira via", mas tem o apoio discreto de deputados e senadores da base aliada do governo e, principalmente, da oposição. Os parlamentares articularam as principais ações do grupo em jantar de desagravo, nesta terça-feira, aos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) --que foram afastados pelo PMDB da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.
"Queremos estimular toda a sociedade para aderir à pressão pelo 'Fora Renan'. Toda quarta-feira vamos fazer atos simbólicos fortes para mostrar que a permanência do Renan é inaceitável", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
O grupo deu início à coleta de assinaturas para um abaixo-assinado contra a permanência de Renan na presidência. No texto do documento, os parlamentares afirmam que o peemedebista conduziu o Senado a uma situação de contra-senso. "Senado e Câmara são a mesma coisa, todos somos parlamentares do Congresso Nacional. Assim somos cobrados pela sociedade e por isso defendemos mudanças", diz o abaixo-assinado.
Segundo Ivan Valente (PSOL-SP), os deputados estão dispostos a também paralisar os trabalhos da Câmara a partir do dia 2 de novembro caso Renan insista em permanecer no comando do Senado --a exemplo do que prometem senadores da oposição.
"Esse processo depende também da Câmara, não só do Senado, porque vamos paralisar todo o Congresso", afirmou Valente.
Pergaminho
No primeiro ato do grupo, cerca de dez deputados levaram ao Salão Verde da Câmara na tarde de hoje um pergaminho tamanho gigante assinado por populares favoráveis ao afastamento de Renan.
Com o título de "Senado da Ré-pública e os 46 Calheiros", o pergaminho faz uma alusão aos senadores que absolveram Renan no primeiro processo a que respondeu por quebra de decoro parlamentar --no qual foi absolvido por 40 votos favoráveis e seis abstenções.
"A diferença é que, agora, os 46 Calheiros não existem mais, os senadores estão mudando de posição. Portanto, é fundamental que haja mobilização da sociedade para que o presidente do Senado se afaste do cargo. Se ele não desistir, vai cair no próximo julgamento em que a sessão será aberta", disse Alencar.
Fonte: Folha Online

A corrupção endêmica no Brasil

Pesquisa do Banco Mundial constata que nunca se roubou tanto no Brasil como nos últimos anos; impunidade impera no país
Que o Brasil é um mar de políticos corruptos todo brasileiro está cansado de saber. O que nem todo mundo sabe é que existe um ranking mundial sobre transparência administrativa política, e que por conta disso nosso país desceu do 70º para 72º lugar. Culpa do Renan Calheiros? É claro que não. A culpa é de quem o colocou no poder.Para se ter uma idéia da tamanha lama que nós estamos vivendo: Cuba, um país ditatorial, está na 61ª posição e a Colômbia, país exportador de heroína e cocaína para o mundo todo, está na 68ª posição.Não custa repetir: a culpa é de quem? Nossa!Uma solução a curtíssimo prazo seria do voto optativo, ou seja, vota quem quiser, passando a não ser mais obrigatório. Isto não acabaria, mas diminuiria com aqueles votos comprados, pois o interesse maior das classes pobres estaria no futebol e na televisão e aqueles políticos sujos seriam extintos da política por conta da classe média, que possui grande quantidade e fácil acesso a quase todos os meios de comunicação e informação.Poderíamos também correr o risco do inverso. A classe média se retiraria do cenário político, pois está saturada do quadro de corrupção nacional e um interesse da classe mais desfavorecida, pois veria na época de campanha política uma maneira de conseguir um dinheiro extra.PesquisaO Banco Mundial acaba de divulgar pesquisa que mostra a evolução do Brasil em relação ao Índice de Percepção de Corrupção. Nunca antes neste país, diria um erudito local, se roubou tanto. Não há como verificar precisamente o tamanho da corrupção, mas a argumentação da Corregedoria Geral da União de que se percebe mais porque se apura mais é incorreta.O crescimento da corrupção entre 1996 e 2006 se deve, sem dúvida, ao empenho pessoal das mais altas lideranças do país. Infelizmente, políticos e autoridades não são presos nem devolvem o presumível valor da corrupção. O STF e o STJ, virtualmente, decidiram não punir ninguém. As apurações do mensalão, dos sanguessugas, dos aloprados, do presidente da Caixa, ministros da era FHC, ministros do primeiro mandato de Lula, do bingo e bingueiros e de vários outros frutos da inventividade brasileira até agora não deram em nada.No Brasil, foram inventadas as ONGs virtuais que de não governamentais não têm nada. Há amigos dos poderes estaduais e federal que "dirigem" mais de uma ONG. Há ONGs que terceirizam mão-de-obra para os governos e estatais sem licitação e, muitas vezes, sem qualquer contrapartida de serviços. O que se chama de "movimentos sociais" resultam de repasses do Tesouro para organizações criminosas ou para-criminosas que são utilizadas pelo governo com finalidades bem distantes do que prevêem seus estatutos sociais.Nunca nesse país tantos corruptos foram investigados sem que quase nada fosse apurado e, finalmente, punido.Que descansem as lideranças do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Nós não vamos perder a liderança no ranking da corrupção. O Brasil é um país de Primeiro Mundo. Pelo menos, nessa especialidade.
Fonte: NOVOJORNAL

Ele está incomodado com as deserções, mas, independentemente das baixas, não se mostra disposto a sair

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) recorreu a metáforas para mostrar que apesar das pressões não está disposto a se licenciar do cargo para pôr fim à crise que ameaça a aprovação da CPMF. A colegas de função, comparou-se a um coco para ilustrar sua disposição em ficar. "Rapaz, para tirar o coco, não basta balançar o pé que ele não cai. Quem quiser, vai ter que subir no pé e retirar o coco com as próprias mãos", disse o presidente do Congresso a senadores aliados que estiveram com ele noite passada, horas depois de enfrentar a mais ampla reação em plenário desde o início da crise. Renan Calheiros está no centro da crise há cinco meses. Ele está incomodado com as recentes deserções, mas, independentemente das baixas, não se mostra disposto a sair. A interlocutores, diz estar convencido de que a oposição e o PT querem o seu cargo. Se pedir uma licença de 120 dias, como prevê o regimento, dá como certa a traição. "Não tem espaço para a licença", disse Renan nesta tarde. O senador Tião Viana (PT-AC), primeiro vice-presidente da Casa, assumiria a vaga caso Renan se afastasse. Renan Calheiros não conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde a quinta-feira passada, mas faz elogios ao comportamento do presidente. "Ele tem sido correto comigo", assegurou. Lula está preocupado com a votação da CPMF, enquanto o peemedebista faz chegar ao aliado a lógica do "ruim com ele, pior sem ele." Renan já provou que, apesar de enfraquecido, ainda exerce liderança no PMDB. Há duas semanas, influenciou parte da bancada a derrotar a medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo para Mangabeira Unger. Caso seja abandonado pelo Palácio do Planalto, "mangabeiriza" a CPMF, argumentam senadores ligados a Renan. Abaixo-assinado Na tarde desta quarta-feira, parlamentares lançaram um movimento suprapartidário no salão verde da Câmara dos Deputados pelo afastamento imediato de Renan da presidência do Senado. O ato teve o apoio de quase 60 deputados e de 16 senadores, que na véspera jantaram na casa do deputado José Aníbal (PSDB-SP)."O cerco será total. Ele não tem mais como continuar, está inviabilizado", disse Aníbal. Também foi lançado um abaixo-assinado exigindo a saída do senador. "Numa situação dessas que estamos vivendo, Senado e Câmara são a mesma coisa. Todos nós, parlamentares, pertencemos ao Congresso Nacional. Não podemos fugir nem escapar deste compromisso", diz o texto do abaixo-assinado. O grupo promete realizar um ato toda quarta-feira até que o senador deixe o posto.
Fonte: NOVOJORNAL

Emir Sader seleciona citações de Che Guevara

Por Carta Maior 10/10/2007 às 10:34
Há personagens com uma tal estatura histórica que, independente dos adjetivos e de todos os advérbios, ainda assim não conseguimos retratá-los em nada que possamos dizer ou escrever. O que falar de Marx, que permaneça à sua altura? O que escrever sobre Fidel? Hegel dizia que existem personagens cuja biografia não ultrapassa o plano da vida privada, enquanto outros são os personagens cósmicos, estes cujas biografias coincidem com o olho do furacão da história.

Che, a imagem mais vista do século 20, e do 21, sem perder a ternura.

O Che é um destes personagens cósmicos. Basta dizer que, independente de qualquer campanha publicitária, sua imagem transformou-se na mais vista do século 20 e assim continua neste novo século. Nenhum esportista, artista ou músico, mesmo com bilionárias promoções pelo mundo globalizado afora, se mantém num lugar parecido. O Che veio para ficar. Novas gerações, nascidas depois da morte do Che, continuam identificando-se com sua imagem, com seu sentimento de rebeldia, com sua coragem, com sua luta implacável contra toda injustiça. Não vou gastar palavras inúteis para falar do Che. Basta reproduzir algumas das suas frases, que selecionei para o livro Sem perder a ternura. "A única coisa em que acredito é que precisamos ter capacidade de destruir as opiniões contrárias, baseados em argumentos ou, senão, deixar que as opiniões se expressem. Opinião que precisamos destruir na porrada é opinião que leva vantagem sobre nós. Não é possível destruir as opiniões na porrada e é isso precisamente que mata todo o desenvolvimento da inteligência..." "Nós, que, pelo império das circunstâncias, dirigimos a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos os dias. O dia que deixarmos de aprender, que acreditarmos saber tudo, ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em que teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor que vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora..." "Deixa-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é feito de grandes sentimentos de amor." "Nosso sacrifício é consciente. É a cota que temos de pagar pela liberdade que construímos." "Muitos dirão que sou aventureiro, e sou mesmo, só que de um tipo diferente, destes que entregam a própria pele para demonstrar suas verdades." "Sobretudo, sejam capazes de sentir, no mais profundo de vocês, qualquer injustiça contra qualquer ser humano, em qualquer parte do mundo." (Carta de despedida aos filhos) "É preciso endurecer, sem perder a ternura, jamais." "Que importam os perigos ou os sacrifícios de um homem ou de um povo, quando está em jogo o destino da humanidade." "É um dos momentos em que é preciso tomar grandes decisões: este tipo de luta nos dá a oportunidade de nos convertermos em revolucionários, o escalão mais alto da espécie humana, mas também nos permite graduar como homens." "Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais completos; somos mais completos porque somos mais livres."
URL:: http://www.cartamaior.com.br/

Barra pesada

José Reinaldo Tavares
Quando eu estava no governo fui avisado por um importante advogado de Brasília que a turma do Sarney havia contratado uma empresa internacional especializada em espionagem, grampos ilegais e todo o jogo sujo desse submundo, para investigar a mim e a minha família, plantar dados comprometedores, vasculhar minhas contas, declarações de imposto de renda, patrimônio pessoal, tudo o que eles pudessem usar para destruir-me como cidadão e administrador. Fui informado também que o nome da empresa contratada era “ Control Risk”. O advogado me disse que o ódio do Sarney por mim ( lembram-se do artigo que escreveu no seu jornal no dia 1 de Janeiro deste ano em que me insultava de tudo?) era muito grande e que ele era capaz de tudo para me destruir e que eu tomasse muito cuidado.Nessa época Sarney e a sua turma do Senado começaram a denunciar que estavam sendo gravados no Maranhão, insinuando que era o governo do Estado. Não passava um dia que esse assunto não fosse tratado com escândalo no seu jornal informando que iam pedir providências e uma investigação da Corregedoria do Senado. Vi que ali tinha “dente de coelho”, como se diz muito por aqui, e deduzi que, na verdade pediriam ao Corregedor, seu amigo, o senador Romeu Tuma, para autorizar a investigação e, consequentemente a permissão legal para escutar alguns telefones, certamente todos os meus seriam incluídos, para que pudessem revestir de legalidade a grande arapongagem que já estavam fazendo. O ódio era tão grande que não se importavam de gastar muito dinheiro, já que é alto o custo que uma empresa dessas cobra para fazer esse tipo de serviço.Saí dali e fui ao Senado falar com o corregedor, senador Romeu Tuma, e o coloquei a par do que estava acontecendo e que não iria admitir que o Senado se prestasse a esse papel. Ele me tranqüilizou que isso não iria acontecer. De lá fui direto para o gabinete do Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, que, para resumir, me disse que sabia da existência dessa empresa e que se chegasse ao seu Ministério qualquer pedido ou processo sobre o Maranhão ele me avisaria.O trabalho, entretanto, foi feito e todos os dias era informado que um pessoal suspeito me acompanhava, rondava a casa, grampeavam meus telefones,etc. Como minha vida sempre foi honrada e depois de 40 anos ocupando cargos que movimentavam bilhões de reais, quando saí do governo do Estado em final de 2006 o único bem que tinha era parte de um apartamento em Brasília, ao contrário da riqueza ostensiva dos membros da oligarquia no Maranhão, dignas de qualquer marajá dono de campos de petróleo no Oriente Médio, enfrentei tudo de cabeça erguida.O que nós estamos lendo, agora, nas páginas da Veja e da imprensa de todo o pais é o envolvimento de Chiquinho Escorcio em espionagem, visando desmoralizar os senadores Demóstenes Torres e Marconi Perillo, algo que sempre fizeram no Maranhão e mais recentemente no Amapá. É conseqüência natural de anos de manipulação de pessoas que se prestam a fazer o jogo sujo que seus chefes acham necessário. São muitas pessoas que são aquinhoadas com empregos bem remunerados em instituições públicas para servirem aos interesses do chefão. Assim como muitos advogados do baixo clero que são usados para dar roupagem legal à sujeira.Sarney sabe que força política e capacidade de operação, que usa para amedrontar seus adversários, e a classe política e empresarial, ele só tem garantido até 2010, quando encerra o governo do Presidente Lula. Com a imagem extremamente negativa que tem hoje no sul e sudeste do país nenhum outro presidente vai querer colar nele esse símbolo do atraso brasileiro.A revolução de 1930, feita pelo movimento dos tenentes e que colocou Getulio Vargas no poder já foi feita contra as oligarquias e o atraso que trouxeram ao país. Quem vai querer colar em si tudo que isso representa de atraso e injustiça social?Por isso ele sabe que a única maneira de tentar prolongar um pouco mais o poder em suas mãos é defenestrar o Governador Jackson Lago nos tribunais a custa do trabalho dos seus arapongas, advogados e a turma do “faz tudo” de que ele dispõe. Esse processo que armaram contra o Jackson é fruto dos mesmos métodos e do mesmo pessoal que agora é pego com a boca na botija, em Goiânia. Chiquinho Escorcio é gente do Sarney e foi colocado como suplente de senador para ter trânsito livre no Senado. Teve emprego de assessor da Casa Civil do Governo Federal, conseguido por Sarney com Jose Dirceu. Com a saída inesperada de José Dirceu, Sarney rapidamente o colocou no Senado como assessor, com salário de R$ 9.300,00. Há tempos se sabe que Chiquinho Escorcio estava por aqui com esses mesmos advogados de Goiânia pegos na tramóia contra os dois senadores adversários de Renan. Eram mais ou menos 5 pessoas e que de São Luis iam para o interior montar, de qualquer maneira, o processo contra o Governador.Foram usadas as mesmas armas: chantagens, ameaças, suborno, enfim, tudo o que é possível imaginar para tentar cassar Jackson Lago. É caso de vida ou morte para Sarney e seus “faz tudo”, todos sabem disso.Esse processo está definitivamente desclassificado. É uma enorme farsa que atenta contra a moralidade pública e a democracia brasileira.É uma farsa e um engodo!
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br

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