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terça-feira, outubro 09, 2007

"O Analfabeto Político", de Bertolt Brecht

Em tempos obscuros como os que vivemos nos dias de hoje, é sempre bom recordar e recitar Brecht... mas como o momento é oportuno resolvi postá-lo:O Analfabeto Político O pior analfabeto É o analfabeto político, Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Berthold Brecht)

CHE

Emir Sader *
Adital -
Há personagens com uma tal estatura histórica que, independente dos adjetivos e de todos os advérbios, ainda assim não conseguimos retratá-los em nada que possamos dizer ou escrever. O que falar de Marx, que permaneça à sua altura? O que escrever sobre Fidel?
Hegel dizia que existem personagens cuja biografia não ultrapassa o plano da vida privada, enquanto outros são os personagens cósmicos, estes cujas biografias coincidem com o olho do furacão da história.
O Che é um destes personagens cósmicos. Basta dizer que, independente de qualquer campanha publicitária, sua imagem transformou-se na mais vista do século XX e assim continua neste novo século. Nenhum esportista, artista ou músico, mesmo com bilionárias promoções pelo mundo globalizado afora, se mantém num lugar parecido. O Che veio para ficar.
Novas gerações, nascidas depois da morte do Che, continuam identificando-se com sua imagem, com seu sentimento de rebeldia, com sua coragem, com sua luta implacável contra toda injustiça.
Não vou gastar palavras inúteis para falar do Che. Basta reproduzir algumas das suas frases, que selecionei para o livro "Sem perder a ternura".
"A única coisa em que acredito é que precisamos ter capacidade de destruir as opiniões contrárias, baseados em argumentos ou, senão, deixar que as opiniões se expressem. Opinião que precisamos destruir na porrada é opinião que leva vantagem sobre nós. Não é possível destruir as opiniões na porrada e é isso precisamente que mata todo o desenvolvimento da inteligência..".
"Nós, que, pelo império das circunstâncias, dirigimos a revolução, não somos donos da verdade, menos ainda de toda a sapiência do mundo. Temos que aprender todos os dias. O dia que deixarmos de aprender, que acreditarmos saber tudo, ou que tivermos perdido nossa capacidade de contato ou de intercâmbio com o povo e com a juventude, será o dia em que teremos deixado de ser revolucionários e, então, o melhor que vocês poderiam fazer seria jogar-nos fora..".
"Deixa-me dizer, com o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é feito de grandes sentimentos de amor".
"Nosso sacrifício é consciente. É a cota que temos de pagar pela liberdade que construímos".
"Muitos dirão que sou aventureiro, e sou mesmo, só que de um tipo diferente, destes que entregam a própria pele para demonstrar suas verdades".
"Sobretudo, sejam capazes de sentir, no mais profundo de vocês, qualquer injustiça contra qualquer ser humano, em qualquer parte do mundo". (Carta de despedida aos filhos)
"É preciso endurecer, sem perder a ternura, jamais".
"Que importam os perigos ou os sacrifícios de um homem ou de um povo, quando está em jogo o destino da humanidade".
"É um dos momentos em que é preciso tomar grandes decisões: este tipo de luta nos dá a oportunidade de nos convertermos em revolucionários, o escalão mais alto da espécie humana, mas também nos permite graduar como homens".
"Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais completos; somos mais completos porque somos mais livres".
* Cientista político, UERJ
Fonte: Adital - Brasil

O senador imexível

Frei Betto *
Adital -
"Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência?", indaga Marco Túlio Cícero, referindo-se ao senador Lúcio Sérgio Catilina, a 8 de novembro de 63 a.C., em Roma. Flagrado em atitudes criminosas, Catilina se recusa a renunciar ao mandato, urdindo um golpe contra o Senado.
Cícero, orador emérito, respeitado por sua conduta ética na política e na vida pessoal, põe em sua boca a indignação popular: "Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos?"
"Ó tempos, ó costumes!", exclama Cícero movido por sua atormentada perplexidade diante da insensibilidade do acusado. "Que há, pois, ó Catilina, que ainda agora possas esperar, se nem a noite, com suas trevas, pode manter ocultos os teus criminosos conluios; nem uma casa particular pode conter, com suas paredes, os segredos da tua conspiração; se tudo vem à luz do dia, se tudo irrompe em público?"
Jurista, Cícero se esforça para que Catilina admita os seus graves erros: "É tempo, acredita-me, de mudares essas disposições; desiste das chacinas e dos incêndios. Estás apanhado por todos os lados. Todos os teus planos são para nós mais claros que a luz do dia."
Se Catilina permanece no Senado, não é apenas a vontade própria que o sustenta, mas sobretudo a cumplicidade dos que teriam a perder, com a renúncia dele, proveitos políticos. Daí a exclamação de Cícero: "Em que país do mundo estamos nós, afinal? Que governo é o nosso?"
Cícero não teme ameaças e expressa o que lhe dita o decoro: "Já não podes conviver por mais tempo conosco; não o suporto, não o tolero, não o consinto. (…) Que nódoa de escândalos familiares não foi gravada a fogo na tua vida? Que ignomínia de vida particular não anda ligada à tua reputação? (…) Refiro-me a fatos que dizem respeito, não à infâmia pessoal dos teus vícios, não à tua penúria doméstica e à tua má fama, mas sim aos superiores interesses do Estado e à vida e segurança de todos nós."
Os crimes de Catilina escancaram-se à nação. Seus próprios pares o evitam, como assinala Cícero: "E agora, que vida é esta que levas? Desejo neste momento falar-te de modo que se veja que não sou movido pelo rancor, que eu te deveria ter, mas por uma compaixão que tu em nada mereces. Entraste há pouco neste Senado. Quem, dentre esta tão vasta assembléia, dentre todos os teus amigos e parentes, te saudou? Se isto, desde que há memória dos homens, a ninguém aconteceu, ainda esperas que te insultem com palavras, quando te encontras esmagado pela pesadíssima condenação do silêncio?".
Catilina finge não se dar conta da gravidade da situação. Faz ouvidos moucos, jura inocência, agarra-se doentiamente a seu mandato. "Se os meus escravos me temessem da maneira que todos os teus concidadãos te receiam" - brada Cícero -, "eu, por Hércules, sentir-me-ia compelido a deixar a minha casa; e tu, a esta cidade, não pensas que é teu dever abandoná-la? E se eu me visse, ainda que injustamente, tão gravemente suspeito e detestado pelos meus concidadãos, preferiria ficar privado da sua vista a ser alvo do olhar hostil de toda a gente; e tu, apesar de reconheceres, pela consciência que tens dos teus crimes, que é justo e de há muito merecido o ódio que todos nutrem por ti, estás a hesitar em fugir da vista e da presença de todos aqueles a quem tu atinges na alma e no coração?".
Cícero não demonstra esperança de que seu libelo seja ouvido: "Mas de que servem as minhas palavras? A ti, como pode alguma coisa fazer-te dobrar? Tu, como poderás algum dia corrigir-te?" E não poupa os políticos que, apesar de tudo, apóiam Catilina: "Há, todavia, nesta Ordem de senadores, alguns que, ou não vêem aquilo que nos ameaça, ou fingem ignorar aquilo que vêem".
Catilina acaba se refugiando na Etrúria e morre em 62 a.C.. Cícero, afastado do Senado por Júlio César, é assassinado em 43 a.C.
[Autor, em parceria com Mario Sergio Cortella, de "Sobre a esperança" (Papirus), entre outros livros].
* Frei dominicano. Escritor.
Fonte: Adital - Brasil

LANÇAMENTODO PROJETO GEF MATA BRANCA NA BAHIA

CONVITE: LANÇAMENTODO PROJETO GEF MATA BRANCA NA BAHIA



Data: De 24/10/2007 a 27/10/2007



O Participantes: Banco Mundial



Governo do Estado da Bahia

Governo do Estado do Ceará

Fundação Luis Eduardo Magalhães

Prefeituras de Jeremoabo e Curaçá

Parceiros do projeto GEF Mata Branca





O PROJETO GEF MATA BRANCA



O Projeto Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga, GEF Mata Branca, foi concebido pelos governos do Estado da Bahia e Ceará e contará com a doação do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), tendo como agência implementadora o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e como gestora financeira a FLEM.



O objetivo do Projeto é contribuir para a preservação, conservação e manejo sustentável da biodiversidade do Bioma Caatinga nos Estados da Bahia e do Ceará, priorizando áreas de maior vulnerabilidade socioambiental, com ações previstas para um período de 05 anos.

OBJETIVO DO ENCONTRO

Lançamento do Projeto GEF Mata Branca no Estado da Bahia, revisar o Manual Operacional do Projeto(MOP)e discutir os futuros encaminhamentos para o início das atividades nos estados da Bahia e Ceará.

DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES

24.10.07 – Segunda-Feira

19:00 – Solenidade de Lançamento do Projeto GEF MATA BRANCA e do livro “AS CAATINGAS: DEBATES SOBRE A ECORREGIÃO DO RASO DA CATARINA”, exibição do documentário “As cores da Caatinga” de Isana Pontes/TVE e Confraternização.

25.10.07 – TERÇA-FEIRA

08:00 – Abertura com Toré indígena (Pankararé e Tumbalalá)
09:00 às 12:00: Reunião com as comunidades de Jeremoabo e Curaçá e parcxeiros de GEF Mata Branca.
14:00 às 18:00 – Discussão do MOP (Apresentação do projeto aos técnicos da SEMARH, CAR, Governo do Ceará, FLEM e instituições parceiras do projeto, inclusive as instâncias a nível local, ou seja, gestores das Unidades de Conservação que serão beneficiadas , representantes de comunidades, membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga e outros).

26.l0.07 – QUARTA-FEIRA

04 às 09:00 – Visita técnica à região do Raso da Catarina e aos paredões de nidificação das araras-azuis-de-lear (Banco Mundial, Governo Ceará, Governo da Bahia e FLEM), para conhecimento e avaliação como área de intervenção do Projeto.

13:00 às 18:00 – Continuação das discussões sobre o MOP e dos futuros encaminhamentos para o início das atividades do Projeto nos estados da Bahia e do Ceará.

Temas a serem tratados:

. Arranjos institucionais para a implementação do projeto (coordenação interestadual e com a FLEM, relação com Comitê Estadual da Biosfera da Caatinga, montagem do Comitê consultivo do projeto Mata Branca, ralação com os municípios de intervenção)

Monitoramento e Avaliação (Estudos de linha base, instituições envolvidas na coleta de dados, tracking tool do GEF, etc).

Planejamento de treinamentos (Avaliação Ambiental Estratégica, Licitação, etc)

Comunicação do projeto (website, newsletter, etc.)

Subprojetos, ficha para a apresentação dos projetos.

Discussão de questões financeiros (contrapartida), legais e de licitação.

27.10.07 - QUINTA-FEIRA

08: 00 – Retorno.

Fonte: Prefeitura Municipal de Jeremoabo-Bahia
Secretaria Municipal do Meio Ambiente

Mercadante promete obter dez votos contra Renan

Renan manobra para procrastinar os processos até 2008
Oposição articula apoio do PT e quer ‘julgamento rápido’

Em reunião reservada com o dissidente Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e com José Agripino Maia (RN), líder do DEM, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) assumiu um compromisso com a oposição: disse que conseguirá amealhar na bancada de 12 senadores do PT dez votos a favor da cassação do mandato de Renan Calheiros –o dele e o de outros nove petistas. Não mencionou os nomes.

O encontro ocorreu no início da tarde desta segunda-feira (8). Mercadante disse, segundo apurou o blog, que os votos do PT não seriam suficientes para passar na lâmina o mandato de Renan. Listou os quintas-colunas que identifica nas fileiras do PSDB e do DEM. E insinuou que as legendas oposicionistas precisariam deter os seus traidores. Agripino disse no encontro que o movimento do PT ajudaria a minar as adesões de tucanos e ‘demos’ à causa de Renan.

Na semana passada, Renan despachara um emissário para conversar com Mercadante. Não chegou a pedir o apoio do senador petista. Mas rogou a Mercadante, por meio do preposto, que pelo menos adotasse uma posição de neutralidade. Na reunião desta segunda, ficou claro que Mercadante, que se absteve no primeiro julgamento de Renan, não atendeu aos apelos do presidente do Senado. Há, porém, dúvidas quanto à capacidade de Mercadante de entregar o que prometeu. Reservadamente, Tião Viana (PT-AC), outro petista que Renan enxerga como adversário, disse a um interlocutor que não há na bancada uma dezena de votos favoráveis à cassação.

Alheio à movimentação dos adversários, Renan trama com seus aliados um plano para retardar ao máximo um novo julgamento no plenário do Senado. Há três representações pendentes de apreciação no Conselho de Ética. Nesta terça-feira (9), PSDB e DEM devem protocolar a quarta, relacionada ao plano de espionagem de opositores atribuído ao presidente do Senado.

A pedido do comandante, a soldadesca de Renan busca no regimento do Senado todas as brechas que podem ser utilizadas na tática de empurrar os processos com a barriga. Menciona-se o Natal como data mágica. Renan acha que, se não for julgado antes do recesso parlamentar do final do ano, sua ressurreição estará garantida. Em 2008, afirma, a crise terá arrefecido e a oposição não conseguirá cassá-lo.

Farejando a movimentação do adversário, as lideranças que se opõem à permanência de Renan se movem em sentido contrário. Vão intensificar a cobrança para que o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), um praça de Renan, indique o relator do processo em que o senador é acusado de comprar empresas de comunicação por meio de laranjas. É neste caso que a oposição deposita a maioria de suas fichas.

Escolhido o relator, PSDB, DEM, dissidentes do PMDB e, agora, também uma parte do petismo vão exigir de Quintanilha o compromisso de que todas as representações sejam levadas a voto no conselho em 30 dias. Deseja-se que cheguem ao plenário em meados de novembro. Até lá, pretende-se costurar um entendimento que assegure um resultado diferente da fatídica absolvição de 12 de setembro –40 votos pela manutenção do mandato de Renan, 35 a favor da cassação e seis abstenções. Daí a aproximação entre oposicionistas e petistas.

No meio da reunião que manteve com Jarbas e Mercadante, Agripino recebeu um telefonema de Renan. Ele jurou que não mandara investigar os negócios da empresa do filho de Agripino, Felipe Maia, com a Petrobras. Embora tenha sido enfático, Renan, a julgar pelos comentários feitos na reunião, não convenceu.

Saindo do encontro com Mercadante, Agripino e Jarbas se avistaram com Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB. Decidiu-se encomendar às assessorias jurídicas do PSDB e do DEM a nova representação contra Renan, a ser protocolada nesta terça. Tasso estava especialmente belicoso. Disse que Renan reduzira o Senado a um centro de “patifaria” e “canalhice”, expressões que repetiria aos jornalistas mais tarde.

Jarbas chegou a brincar: “Nesse tom, daqui a pouco você será levado ao Conselho de Ética. A irritação de Tasso não foi provocada apenas pela revelação de que Renan tentara espionar Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO). O presidente do PSDB recebera a informação de que Renan encomendara ao diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, um levantamento do uso da verba de representação dos senadores (R$ 15 mil por mês). Soube que ele próprio era um dos alvos da pesquisa de Agaciel.

Em viagem à Espanha, Agaciel foi avisado de que estava na bica de virar alvo. Apressou-se em redigir uma nota de desmentido, que foi lida no plenário pelo vice-presidente do Senado, Tião Viana. A oposição não deu crédito às negaças de Agaciel. Busca funcionários do Senado que se disponham a depor contra o diretor-geral e Renan.
Escrito por Josias de Souza às 03h15
Fonte: Folha Online

Contra(bando)!


Escrito por Josias de Souza às 03h32

Renan levanta dados sobre despesas de todos os senadores

Gasto com verba indenizatória, às vezes atestado com nota fria, serviria de munição contra adversários do senador
Expedito Filho e Ana Paula Scinocca
A direção do Senado produziu nos últimos meses um raio X dos gastos oficiais de todos os senadores. O dossiê começou a ser feito após as primeiras denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética. O diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, pediu à Secretaria de Controle Interno uma cópia, em papel, da prestação de contas da verba indenizatória de todos os 81 senadores. Na papelada, estão as despesas feitas pelos parlamentares e as respectivas notas que, pelo menos em tese, comprovam como o dinheiro foi gasto. A verba indenizatória, de R$ 15 mil, é mensal, mas a explicação para os gastos é entregue a cada três meses. Veja especial sobre o caso RenanO movimento do diretor-geral fez parte de uma série de ações organizadas por Renan para intimidar os colegas que ameaçam votar a favor de sua cassação. As informações obtidas por Agaciel serviriam como munição porque, em muitos casos, as notas apresentadas seriam frias, indicariam gastos incompatíveis ou inapropriados. Nas mãos de Renan e de sua tropa de choque, o rol de supostas irregularidades representaria o aumento de poder de barganha e intimidação perante os senadores flagrados em deslizes.A produção do dossiê foi confirmada ao Estado ontem por três pessoas. Elas contaram que Agaciel teria agido a mando de Renan. Da Espanha, o diretor-geral telefonou ontem para um funcionário da secretaria, que seria amigo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para saber se o parlamentar havia dito algo especial.“Sei que você é amigo do Demóstenes. Gostaria de saber se ele te pediu alguma coisa”, teria dito o diretor-geral ao funcionário, segundo relato de pessoas que presenciaram a conversa. O servidor negou: “Sou funcionário do Senado Federal.”NOTASAinda da Europa, Agaciel enviou uma nota, lida em plenário pelo primeiro vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PT-AC), na qual diz que os funcionários do quadro permanente do Senado “têm seu procedimento administrativo regulado por lei, sendo seu dever acatá-la de forma plena, sem qualquer espaço para ações informais, não previstas no quadro de funções administrativas”. E prossegue: “No que se refere à prestação de contas, destacamos não haver nada a ser investigado, uma vez que todas as despesas do Senado são realizadas dentro da estrita legalidade e auditadas pela Secretaria de Controle Interno e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).”A preocupação de Agaciel de se antecipar na defesa do sigilo das contas não surpreendeu os senadores. Vários confirmaram a suspeita de que havia vazamento da prestação de contas de colegas. O primeiro sinal de que o rastreamento havia sido feito foi emitido por Renan em 12 de setembro, data de sua absolvição no primeiro processo de cassação. Na sessão secreta, ele fez ameaça direta ao senador Pedro Simon (PMDB-RS).Encarando Simon, Renan disse que, se quisesse misturar o público com o privado, teria contratado a produtora da jornalista Mônica Veloso - com quem teve uma filha e se tornou pivô da primeira denúncia contra ele. Simon teria apresentado notas de produtora para justificar parte de seus gastos referentes à verba indenizatória.Renan fez outras ameaças. Ao todo, já levantou suspeitas sobre dez colegas. Um parlamentar resumiu assim a estratégia do presidente do Senado: “Ele está utilizando a tática do gambá: espalhando mau cheiro para todo lado na tentativa de igualar todos.” São alvos de Renan: José Agripino Maia (DEM-RN), Tião Viana (PT-AC), Pedro Simon (PMDB-RS), Ideli Salvatti (PT-SC), Jefferson Péres (PDT-AM), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Aloizio Mercadante (PT-SP), Serys Slhessarenko (PT-MT), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Como se tivesse um serviço particular de inteligência, Renan recolheu contra cada um deles indícios - verdadeiros ou não - de irregularidades para constrangê-los. No PT, a desconfiança é de que ele esteja sendo orientado e aconselhado pelo deputado Jader Barbalho (PMDB-PA). Jader já foi presidente do Senado e renunciou ao mandato para escapar de cassação.RENDAApesar de buscar dados sobre o uso da verba indenizatória pelos colegas, Renan também se complicou com esse assunto, ao se defender da primeira denúncia - de ter contas pessoais pagas por um lobista. Ele citou a verba para inflar seus vencimentos.Só que essa verba não é renda e sim ressarcimento de despesas - como aluguel e combustíveis - para o exercício do mandato no Estado de origem. Além disso, é paga mediante a apresentação de notas e não é tributável. A verba indenizatória, em 2006, foi citada pela defesa de Renan como sua segunda maior fonte de renda: R$ 244.632,68.
Fonte: Estadao

Casal executado a tiros na Federação

Por Silvana Blesa


Um casal foi assassinado a tiros e a filha de 7 anos baleada na perna. O crime aconteceu na madrugada de ontem, na localidade do Alto das Pombas, na Travessa Bacelar, no bairro da Federação. Os corpos de Cláudio Luís Costa, 24 anos, e da companheira Delilene de Souza Batista, 26, foram encontrados dentro da residência no primeiro andar de uma casa com três andares. A criança de apenas 7 anos, foi atingida com um tiro na perna esquerda e está internada no Hospital Geral do Estado (HGE). Vizinhos informaram que ouviram vários disparos por volta das 12h40 da madrugada, mas com medo de serem atingidos não fizeram nada. Ontem as 6h30 da manhã, uma moradora de prenome Aline, acordou cedo e viu a porta arrombada, em seguida a moça entrou no imóvel e encontrou a criança caída desacordada sobre o corpo da mãe e do pai. Os dois já estavam mortos, e a menina parecia que tinha desmaiado. A moça chamou a polícia e o Samu socorreu a criança levando-a para o HGE.
De acordo com a polícia, Cláudio era traficante e já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas na 4ª CP (São Caetano) e na Delegacia Especializada de Tóxico e Entorpecentes (DTE). A polícia não descarta a possibilidade do crime estar relacionado com dívida ou outro assunto envolvendo drogas. A polícia também investiga o envolvimento de um rapaz apelidado de “Nego” que morava com o casal e depois do assassinato desapareceu. Dentro do imóvel foi encontrado vários documentos de “Nego”, com nomes diferentes, inclusive uma habilitação. Segundo informações de moradores, o rapaz trabalhava com carreto num carro de sua propriedade, um Fait Vermelho..
Na residência do casal, havia três linhas telefônicas. A mãe de Cláudio esteve no local e muito abalada disse que o filho tinha se envolvido com drogas quando morava com ela, para sustentar a casa, mas que agora desconhecia o que andava fazendo. Também disse não conhecer o “Nego” que morava com o casal, mas afirmou ter conhecimento da hospedagem. De acordo com a polícia, quem matou o casal não tinha intenção de matar a menor. “Pelo que foi constatado na cena do crime, a menina estava dormindo ao lado da mãe e do pai, quando os homicidas entraram e executaram o casal ainda deitado na cama. Há indícios que o rapaz tentou se defender, e levou tiros na mão, simulando a defesa do rosto”, disse um agente.
A menor passou por uma cirurgia ontem pela manhã e estava consciente, embora tenha ficado a noite inteira sem socorro e perdendo sangue. Moradores temendo represálias disseram não ter visto nada. Policiais da 7º CP (Rio Vermelho) e a Delegacia de Homicídio (DH), estiveram no local e investigam o crime. Policiais investigam a hipótese de que outras pessoas, além dos assassinos, ficaram do lado de fora da casa dando cobertura aos homicidas. Os agentes também procuram por “Nego”, cujo nome na identidade, Odair Souza P. Oliveira, era falso.


Crimes desafiam a polícia baiana


; Com o registro de 27 homicídios, este final de semana aumentou em 50% o número de mortes violentas em relação a outros finais de semana, na capital baiana e Região Metropolitana de Salvador (RMS). De acordo com a delegada titular da Delegacia de Homicídios, localizada no Complexo de delegacias de Salvador, Inalda Cavalcante, a maioria das mortes são relacionadas com o tráfico de drogas. “Em brigas por ponto de vendas ou dívidas”.
Segundo o coronel da Polícia Militar Aristóteles, ao órgão mantém um policiamento ostensivo em todo o Estado. “Existem policiais fardados nas vias públicas no intuito do desmantelamento dos grupos de extermínio”. Destacou que os crimes de mando, passionais, ou os envolvidos com o tráfico são mais complicados para ser feito um trabalho de prevenção. “Não podemos saber quem está jurado de morte”. Com 28 mil policiais em todo o estado, o efetivo da PM ainda não é suficiente para suprir as necessidades dos baianos. “Isso não é um problema atual, existe há pelo menos uma década”. Destacou que atualmente já estão sendo implantadas câmeras no bairros de Salvador, “principalmente nos periféricos. Mas para que haja sucesso precisamos da ajuda de toda a sociedade”. O comandante do policiamento da capital, coronel Eleutério, afirmou que a corporação iniciou a operação delta, “cujo vetor tem sido o de dar segurança nos bairros onde ocorre maior incidência de homicídios”. Conforme ele, esta iniciativa tem ajudado a conter alguns números de mortes violentas estatisticamente. “Mas infelizmente, vez por outra somos surpreendidos como foi o caso deste final de semana. Com um acontecimento em um local onde não estava tendo essa incidência”.

Trabalho

De acordo com o comandante, nesses casos a polícia faz um trabalho de reação. “Passamos a nos preocupar mais com aquele local. Pois existe um compromisso dos PMS com a sociedade. Trabalhamos desmedidamente para a segurança da população”. Explicou ainda a importância da parceria com outras instituições da sociedade, “a exemplo do Ministério Público”.

Delegado

A equipe de reportagem da Tribuna da Bahia, tentou entrar em contato com o delegado chefe da Polícia Civil, João Laranjeira, mas a sua assessoria informou que o delegado estava numa reunião externa durante toda a tarde. O presidente da Organização dos Advogados do Brasil, Saul Quadros, também não foi para a sede do órgão. A assessoria do secretario de segurança pública, Paulo Bezerra, também informou a nossa equipe de reportagem que o mesmo não poderia dar entrevistas ontem. (Por Karina Baracho)

Fonte: Tribuna da Bahia

PT quer afastamento de Renan da presidência

Partido adere a movimento contra aliado de Lula motivado pela exclusão de senadores da CCJ

BRASÍLIA - Senadores da base aliada do governo e da oposição decidiram deflagrar um movimento na Casa para pressionar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a se afastar do cargo. Motivados pela expulsão dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadores do PT, DEM, PSDB e de outras legendas vão aderir ao movimento – articulado entre parlamentares dos três partidos, ao lado de Jarbas.

O peemedebista, que atribui a Renan o seu afastamento da CCJ, disse que o “levante” dos partidos tem como objetivo mostrar que não há clima para o senador permanecer no comando da Casa. “Não há a figura do impeachment, mas a idéia é fazer um levante contra o presidente do Senado para mostrarmos ao país a situação de grande preocupação que atinge a Casa”, disse Jarbas. Aliado do PMDB na coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT decidiu aderir ao movimento suprapartidário contra a permanência de Renan. “O que eu sinto é um apoio de todos os senadores da bancada nessa direção. O afastamento do senador Renan da presidência é fundamental para que a gente tenha um ambiente de diálogo e o Senado possa cumprir sue papel institucional”, disse o senador Aloizio Mercadante (PT-SP).


O petista disse que conversou com praticamente toda a bancada do PT no Senado, que apóia o movimento contra Renan. Mercadante disse não ficar constrangido pelo fato de os partidos da oposição integrarem o “levante”. ‘Eu concordo que tem que ser um movimento suprapartidário. É uma questão de defesa do Senado e tenho certeza que os senadores do PT apoiarão essa iniciativa”.


O presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), afirmou que o PT precisa se juntar ao movimento contra Renan em prol da governabilidade do país. “Se o PT não se juntar a esse movimento, é o fim da governabilidade. O governo seria sócio-proprietário dessa patifaria. Depois do afastamento dos senadores Jarbas e Simon e do caso de arapongagem, a Casa se voltou contra o Renan, ficando com ele somente a chamada tropa de choque, um grupo de patifaria chefiado por outro ainda maior”, criticou Tasso.


Para o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), o fundamental neste momento é recuperar a credibilidade da Casa. “Há um movimento suprapartidário. Não é derrubar o Renan, mas resgatar a credibilidade do Senado”, disse Agripino.
O presidente do Senado vem perdendo apoio inclusive na bancada do PMDB da Casa, formada por 19 parlamentares. Jarbas recebeu telefonemas de pelo menos oito peemedebistas em solidariedade à sua expulsão da CCJ – dispostos a mudar de postura em relação a Renan. O grupo pretende cobrar explicações do líder do partido no Senado, Valdir Raupp (RO), acusado por Jarbas de agir em nome de Renan para afastá-lo da CCJ ao lado de Simon.


O presidente do PMDB, Michel Temer (SP), também vai levar a questão para o conselho político do partido. “Isso mostra o isolamento dele. Não temos que falar em líderes como Valdir Raupp e Romero Jucá (RR). Quem determinou o afastamento da CCJ foi o próprio Renan”, criticou Jarbas. (Folhapress)


***


Nova representação


BRASÍLIA - O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse ontem que o partido vai ingressar hoje com uma nova representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), na Mesa Diretora do Senado, pelas denúncias de que estaria montando um dossiê para chantagear os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
Tasso disse esperar pelo apoio do DEM na representação. Mas o DEM define somente amanhã se vai endossar o pedido do PSDB. “As circunstâncias, do jeito que estão, não dá mais. Vamos pedir celeridade imediata e a indicação de relator. O Senado virou o centro de patifaria e canalhice, não dá mais”, afirmou Tasso. O presidente do PSDB disse que Renan está isolado e possui somente o apoio de sua “tropa de choque” para se manter na presidência da Casa.

O tucano afirmou que o argumento que será utilizado na representação contra Renan é o de abuso de prerrogativa de poder no Senado. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que espera uma conversa com Demóstenes para definir se o partido vai endossar a representação do PSDB. “A nota do senador Renan é insuficiente. Quero dar a Demóstenes o direito de cobrar e ao Renan, o de se explicar. Estamos chegando no limite do aguentável. Se até amanhã (hoje) Demóstenes não tiver explicações (Renan), vamos apoiar a representação”.


Demóstenes disse que vai esperar as explicações de Renan, mas promete subir à tribuna do Senado para contestar frente a frente o presidente do Senado nesta terça-feira. O presidente do Senado é acusado de usar seu assessor especial, Francisco Escórcio – que é ex-senador – para espionar Demóstenes e Perillo. Demóstenes ficou sabendo do plano de espionagem por Pedrinho Abrão, empresário e ex-deputado por Goiás. (Folhapress)


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Assessor critica ilações


BRASÍLIA - O ex-senador e assessor especial Francisco Escórcio rebateu ontem as acusações de que, a pedido do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), teria buscado informações para chantagear os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO) em viagem no final de setembro a Goiânia. O assessor de Renan confirma que se encontrou na capital goiana com o empresário Pedro Abrão, mas nega ter pedido informações para serem usadas contra os dois senadores. “No nosso encontro não constou qualquer sugestão de obter informações sobre os senadores de Goiás, nem examinado o caso do presidente do Senado, Renan Calheiros. Sou amigo pessoal do senador Demóstenes Torres e em nenhum momento me prestaria a fazer nada contra ele”, diz Escórcio em nota oficial.


O assessor de Renan disse que as acusações são “ilações sem fundamento”, pois o motivo de sua viagem a Goiânia foi resolver pendências partidárias. Escórcio nega que tenha procurado Abrão para pedir que fizesse imagens de Demóstenes e Perillo embarcando em jatos particulares para, posteriormente, Renan usar o material como chantagem aos dois senadores. Escórcio disse que em nenhum momento visitou um hangar de táxi aéreo, onde supostamente teria pedido para Abrão – dono do hangar – fazer as imagens de Demóstenes e Perillo.


Em sua defesa, Escórcio apresentou carta assinada pelo advogado Heli Dourado na qual afirma que não presenciou trechos da conversa entre Escórcio e Abrão para negociar o suposto dossiê contra os senadores. Dourado havia confirmado à reportagem que Escórcio pediu para Abrão filmar e fotografar os senadores embarcando em jatinhos de empresários da região. Dourado confirma que Escórcio e Abrão conversaram em seu escritório, em Goiânia. Mas afirma que se retirou da sala para alguns “afazeres” – por isso não acompanhou toda a conversa.

“Da parte da conversa que ouvi, não houve qualquer afirmativa por parte de nenhum dos dois sobre fotografias, espionagem, grampos e nada que pudesse relacionar com o caso Renan Calheiros”, afirma Dourado na nota divulgada por Escórcio. Demóstenes ficou sabendo do plano de espionagem por Abrão, que além de empresário é ex-deputado por Goiás. Abrão se encontrou com Escórcio no dia 24 de setembro, quando supostamente o assessor de Renan teria pedido a sua ajuda para grampear os telefones dos senadores e fotografá-los embarcando nos jatinhos.

Abrão é dono de um hangar e de uma empresa de aviação em Goiânia. Em nota, Renan negou hoje qualquer ação para montar um dossiê contra os dois senadores. O presidente do Senado disse que não faz parte do seu caráter práticas “inescrupulosas, imorais e ilegais”. (Folhapress)


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Investigação imediata


BRASÍLIA - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, considerou extremamente grave a denúncia de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou espionar adversários políticos para intimidá-los, e defendeu a imediata abertura de investigação tanto no Congresso como na Polícia Federal. “É extremamente grave qualquer informação de que no país se vive um estado de big brother, de bisbilhotice”, criticou Britto.


O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou, por meio da assessoria, que aguarda ser acionado pelo Congresso para definir se a denúncia traz elementos suficientes para a abertura de inquérito na PF. Ele não quis comentar o episódio antes de tomar conhecimento pleno dos fatos. Para o presidente da OAB, porém, os fatos relatados pelos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marcondes Perillo (PSDB-GO) são suficientes para o início da investigação. “Não tenho a menor dúvida de que o caso deve ser investigado a fundo”, disse.

Fonte: Correio da Bahia

"Isso não faz parte do meu caráter", diz senador

BRASÍLIA - Acusado de patrocinar uma fracassada operação de espionagem contra desafetos usando funcionários do Senado, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou ontem uma nota oficial para rebater as acusações de que montaria um dossiê para chantagear os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

No comunicado, Renan negou as acusações. "Repudio, mais uma vez, com a veemência e indignação que a situação exige, as falsas acusações de que estaria usando servidores do Senado Federal para práticas inescrupulosas, imorais e ilegais. Isso não faz parte do meu caráter", disse.

Segundo a versão dele, "à medida em que a verdade vai destruindo as falsas imputações pretéritas" (na realidade, das quatro acusações avaliadas pelo Conselho de Ética, apenas uma foi julgada), novas acusações surgem para tentar lhe indispor com os senadores. Eu sim tive a vida devassada e não recorreria a indignidade como as que me foram falsamente atribuídas. É preciso ter responsabilidade e cobrar das fontes das maledicências as provas das acusações".

No texto, o presidente do Congresso disse que mantém "sincero respeito" por todos os parlamentares, mesmo de oposição. "São ilustres pares que, como eu, foram eleitos pelo voto popular e desempenham nesta Casa papel fundamental para o aperfeiçoamento da democracia e do Estado de Direito".
Fonte: Tribuna da Imprensa

"Tropa de elite", assim como está, mas falado em inglês

Helio Fernandes

Ganharia o Oscar de Hollywood
Agora que todos já viram o filme, podemos conversar. É um tremendo libelo contra o sistema, e não apenas na superfície mas numa profundidade que tem muito de ideológica, de ética e de protesto. Lógico, é exaltação ao BOPE, com paixão, sem nenhuma sofisticação ou fuga da realidade.

Como filme, nota 10 para o roteiro, a direção, os atores, a fotografia maravilhosa. E nem houve preocupação em aproveitar cenários naturais, tudo foi feito com "improvisação planejada", a única que não falha.

O filme não pretende esconder nada, mostra suas convicções, mesmo as que poderiam provocar críticas e protestos dos "bem nascidos", "aquinhoados", "favorecidos" e "privilegiados" do sistema.

É violentíssimo, na ação e no palavreado, o que é usado diária e constantemente por homens que estão sempre no limite da guerra e jamais perto da paz.

Logo no início, o roteirista diretor coloca duas frases duras mas rigorosamente elucidativas. A primeira é uma condenação total ao "sistema" policial, mas irrefutável: "Dar armas a homens mal treinados e mal remunerados é um absurdo".

A segunda, lancinante, e que ao contrário do que muitos acreditam, pensam ou admitem, não se restringe à parte policial, domina toda a vida do País: "Ou você se corrompe ou enfrenta a guerra". Infelizmente não há nenhuma dúvida sobre a opção feita pela maioria absoluta ou desesperada.

A grande surpresa do filme, mas que não o diminui ou deprecia, é que ele não combate nem tem como alvo principal os narcotraficantes. Estes aparecem de forma episódica e circunstancial, nem o morro, "teu cenário é uma beleza" aparece de forma destacada. O treinamento da tropa é feito no morro, mas tem como objetivo "depurar os fracos e corruptos". E a afirmação empolgada: "No BOPE o corrupto não faz carreira".

O outro episódio no morro, que serve para a última cena do filme, é o mais polêmico: a morte do "Baiano", que matara um soldado do BOPE. E que um dos seus comandantes define logo assim: "Matar um oficial do BOPE é maluquice, o assassino não pode escapar". E não escapa mesmo. Um deles é transformado numa fogueira impressionante, o outro, procurado intensamente, está à disposição para ser morto. E o comando do BOPE dá a sua morte de presente para "André", explicando sem muita convicção e sem convencer o espectador: "André era um filósofo, se transformou num policial de verdade".

Naquele clima desumano, num ambiente irrespirável, numa luta 24 horas por dia, não pela sobrevivência, que não existe, mas pelo menos para "limpar a organização", um filósofo se transformar em policial, o mais compreensível. Impossível seria um policial se transformar em filósofo.

Não retiro uma linha sobre o que disse sobre o filme, mas não posso deixar de lamentar que defenda a tortura, a vingança, a retaliação. Até mesmo o saco no rosto (igual à tortura que se fazia na CIA e no DOI-CODI, de colocar a cabeça do prisioneiro dentro d'água, até ele confessar) é repetido no filme, com a ordem: "Volta ao saco no rosto". É terrível.

O diretor José Padilha diz "não defendi a tortura", fica pelo menos a dúvida. Mas praticou a tortura como represália, talvez não existisse nem exista mesmo outra forma de agir. A luta do BOPE é contra a Polícia Militar e até a Polícia Civil. Isso fica evidente quando um grupo troca a "desova" corpos de outros grupos, e o filme assinala: "É a luta da `casa' contra a `casa'".

E quando o coronel corrupto da Polícia Militar é roubado na sua mesada altíssima, o comentário irônico, gozador e cáustico: "E agora, ele vai dar queixa na Polícia Civil?". Todo o espírito do filme está nessas frases simples mas contundentes.

PS - Apesar das restrições ao elogio da tortura, continuo achando que "Tropa de elite" é dos melhores filmes já feitos no Brasil. E repito: falado em inglês, ganharia o Oscar.

Ziraldo
Vai completar 75 anos no auge. Como escritor, caricaturista. E excelente personalidade.


A Primeira do Jornal da ABI, com dois fatos e fotos que precisam ser ressaltados, registrados e ressalvados. Uma foto grande de Joel Silveira, desde os 20 anos o maior repórter brasileiro. E o fato de Ziraldo, dos mais famosos e populares escritores brasileiros (desde o "Menino Maluquinho"), ter concordado em fazer a logomarca para a comemoração dos 100 anos da ABI. A data é de 7 de abril de 2008, mas Ziraldo já está trabalhando.
Além de tudo que une Ziraldo e Joel, um acontecimento novo: a Academia. Não quis eleger Joel, vai eleger Ziraldo, até por unanimidade. Será uma justiça e a reparação da ausência de Joel.

Ciro Gomes acha que chegou a hora do xeque-mate. Será candidato a presidente. Se perder fica sem mandato, vai se dedicar com exclusividade a Patricia Pilar. Pode ser o seu projeto Aquário.
Ninguém conseguiu entender ou explicar a confissão da campeoníssima Marion Jones, que ganhara 3 medalhas de ouro no atletismo, competindo dopada. O fato ocorreu em 1999, ela negou com toda veemência.

Agora, 7 anos depois, confessa o dopping, e mais, "menti". Pelo dopping, perderá as medalhas. Pela mentira (perjúrio, crime grave nos Estados Unidos), poderá ser presa. Por que, 7 anos depois?
Primeiro problema surgido com a estranha, esdrúxula e inexpressiva decisão do Supremo. Os vereadores Patricia Amorim, Carlos Ramos e Antonio Guaraná iam deixar o PSDB pelo PMDB, seguindo Eduardo Paes.

Resolveram recuar e continuar no PSDB. Só que o presidente regional do PSDB, Luiz Paulo Rocha, resolveu não aceitá-los. Vão ao TSE. O Supremo criou ditadoresinhos, como esse deputado estadual.
Se forem examinar as concessões de rádio e televisão dadas a deputados e senadores, Câmara e Senado ficarão praticamente vazias. Com "laranjas" ou sem "laranjas", todos ganharam canais.

Agora termina o prazo para funcionamento dos maiores canais de televisão abertos. Incluindo Globo, Bandeirantes e Record. Se as concessões têm prazo certo, é porque podem não serem renovadas.
Mas quem tem coragem de revogar esses contratos e concessões, principalmente sabendo-se que a TV Globo manda mais do que o Planalto-Alvorada? Já conseguiram "capital externo", proibido.

Paes de Andrade, presidente de honra do PMDB, e figura mais respeitada do partido, custou a se movimentar. Fora do seu hábito, estilo, costume e tradição, estava silencioso, assistia o PMDB se estraçalhar.
Resolveu se movimentar, arrastou com ele o presidente do partido, Michel Temer. O Supremo não percebeu que com a decisão da semana passada fortaleceu personagens como Temer. Que só se elegeu em último lugar porque um deputado eleito foi cassado. Que República.

Não acredito que Renan seja cassado nos próximos 5 ou 50 processos por falta de ética. De qualquer maneira esta semana será difícil.
O governo continua acreditando que obterá os 49 votos para aprovar a CPMF e a TV Pública. O Planalto-Alvorada tem certeza não questionável que a convicção de deputados e senadores não resiste ao Diário Oficial. E com esse convencimento, obtém tudo.

Na simpática festa promovida por Sergio Costa e Silva, sábado, na bela embaixada de Portugal, um dos curadores era o ministro Joaquim Barbosa. Expectativa por conhecê-lo, não compareceu.
Ninguém consegue entender: o casal Hernandez, da arapuca evangélica "Renascer em Deus", tinha 130 milhões no Brasil e nos EUA. Pois tentou entrar lá com 56 mil em dinheiro no bolso.

Bastava procurar uma corretora, apertar um botão e o dinheiro estaria lá. Mais espantoso: "crentes" no casal continuam depositando dinheiro em nome deles e recebendo "mensagens".
O surrealismo político brasileiro é inimitável. Romero Jucá, que foi líder de FHC, esteve para ser cassado por irregularidades gritantes. Não se elegeu governador de Roraima.

Passou a ser líder do governo Lula. E apesar de ser porta-voz de Renan e seu defensor irrecorrível, foi aplaudido pela oposição.
Na Bovespa, sexta-feira e ontem, se duscutia mais o pedido de indenização de Naji Nahas de 10 bilhões do que o movimento das ações.

Na verdade quem quebrou a Bolsa do Rio foi Luiz Carlos Mendonça de Barros, depois ministro de FHC. Demitido desonrosamente. Não ganham nada.
O alcaide Cesar Maia e o ex-secretário da Saúde, Ronaldo Cesar Coelho, têm 15 dias para explicar ao TCU os caminhos percorridos pelos 12 milhões e 600 mil, dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). Teria mudado de rumo e ido para instituições de ensino superior da Zona Oeste.

Relator da matéria: ministro Valmir Campelo. O TCU, no acórdão, não vê correlação entre o SUS e as entidades de ensino superior. Campelo sustenta que as "despesas são indevidas, além de não comprovadas".
Enquanto o dinheiro passeava por mares nunca dantes navegados, não foram repassados recursos obrigatórios para o Souza Aguiar e Miguel Couto. Até Ronaldo e Cesar sabem que são hospitais públicos.

Em outra decisão, também com Campelo relator, é responsabilizado o ex-secretário de Saúde de Dona Rosinha, Gilson Cantarino. Motivo: não efetuou pagamentos aos fornecedores de medicamentos especiais.
Medicamentos essenciais e obrigatórios para portadores de HIV e de fibrose sística. Por lei o Estado tem que fornecer.

O TCU deu prazo de 15 dias ao governador Sérgio Cabral para regularizar os pagamentos e fornecer os remédios. Indispensáveis à vida.
XXX
O Fantástico, cada vez pior, agora faz pesquisa, com perguntas aos telespectadores. Perguntas sem objetividade e por isso com poucas respostas.

Melhores as perguntas do programa Haroldo de Andrade. Cada vez mais famílias são chefiadas por mulheres. Ainda existe preconceito em relação a isso? SIM, 67%, NÃO, 33%. A mulher suporta melhor o casamento quando ele não dá certo? SIM, 58%, NÃO, 42%.

Na relação dos que mereceram a medalha dos 180 anos do Jornal do Commercio, alguns inesperados, uns poucos medíocres. Unanimidade: o cirurgião Paulo Niemeyer.

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Advogados estão entrando com ação contra a Suderj, que administra o Maracanã. Motivo: cobra mensalidade dos que compraram cadeiras perpétuas. Estudaram a questão e concluíram: a Suderj não pode cobrar nada e terá que devolver o que cobrou indevidamente durante anos.

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Sérgio Cabral é hoje o homem mais ridicularizado por conta da "idéia" de levar Eduardo Paes para o PMDB. O governador só não está mais aviltado porque o Chico Caruso está explorando a série de Renan Calheiros enrolado na Playboy-presidência do Senado
Fonte: Tribuna da Imprensa

Magistrados querem contratar advogados sem licitação

SÃO PAULO - Sob investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que apura denúncia sobre pagamentos supostamente irregulares de diárias, desembargadores do Maranhão querem se defender às custas do contribuinte. Uma proposta do desembargador Marcelo Carvalho Silva prevê a contratação de advogados, com ausência de licitação, para defender o Tribunal de Justiça (TJ) do estado e seus membros de acusações junto ao CNJ, responsável pelo controle administrativo do Judiciário.

Silva argumenta que nos inúmeros procedimentos já instaurados no CNJ contra o TJ-MA ou integrantes da Corte, a defesa tem sido promovida pelos próprios interessados, sem acompanhamento de advogado habilitado.

"Outros Poderes ou seus órgãos possuem profissionais especializados para as defesas institucionais, como o Executivo, as câmaras legislativas e o Tribunal de Contas, que possuem suas procuradorias ou advogados contratados para esse fim", argumenta o desembargador.

"Isso não acontece no Tribunal de Justiça". Pelo menos nove magistrados do Maranhão estão sob suspeita de terem sido beneficiados com verbas de diárias para viagens. Alguns nem teriam embarcado. A denúncia foi feita pelo desembargador Stélio Muniz em dossiê ao CNJ, o qual afirma que, entre 2006 e 2007, o TJ desembolsou R$ 124,5 mil para juízes.

Carvalho não está entre os nomes apontados por Muniz. A contratação de advogados especializados, propõe Silva, deverá ser feita com ausência de licitação, por inexigibilidade, hipótese contemplada pela Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações).

Ele afirma que a Procuradoria do estado não possui interesse ou mesmo atribuição de defesa da Corte, a não ser quando a atuação desta cause prejuízo ao estado. "Não podemos exigir que as causas, mesmo as administrativas, que envolvam o TJ ou seus membros sejam defendidas pelos procuradores", pondera.

"O Judiciário vem sendo, literalmente, atormentado com acusações que almejam, tão somente, abalar a credibilidade deste Poder perante a sociedade".
Fonte: Tribuna da Imprensa

Renan terá de enfrentar mais um processo

BRASÍLIA - O PSDB e o DEM entrarão hoje com mais uma representação contra o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Será o quinto pedido de investigação envolvendo Renan por quebra de decoro. Os dois partidos pedem que sejam apuradas as denúncias de que ele tentou montar um dossiê, recorrendo à arapongagem, para chantagear os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

"Do jeito que está, não dá mais. Vamos pedir imediata indicação de relator. O Senado virou o centro de patifaria e canalhice, não dá mais", afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). "Vamos dar direito de defesa a Renan, mas, dificilmente, os argumentos que ele vai apresentar serão suficientes", acrescentou o líder dos DEM na Casa, José Agripino Maia (RN).

Maia havia dito antes que esperaria para decidir pela representação, mas mudou de idéia no início da noite de ontem, após conversar com Torres e Jereissati. "Se o que o Renan está negando, e diz não ter nada a ver com isso, ele tem de mostrar e, no mínimo, demitir o funcionário (Francisco Escórcio)", afirmou o senador do DEM de Goiás, um dos alvos do dossiê.

O presidente do Congresso é acusado de ter usado Escórcio, assessor especial dele, para espionar Torres e o senador do PSDB de Goiás. O senador do DEM goiano confirmou ontem que soube da espionagem pelo empresário e ex-deputado Pedrinho Abrão (PTB-GO).

Torres afirmou que se reuniu com Pedrinho Abrão no dia 28 e, na ocasião, este disse que havia sido procurado pelo assessor especial de Renan, que lhe pediu ajuda para instalar câmeras num hangar do Aeroporto de Goiânia com o objetivo de flagrar o suposto uso de jatos de empreiteiras por Torres e Perillo.

PSDB e DEM também decidiram pedir uma reunião de urgência da Mesa Diretora, que é quem aceita ou rejeita os pedidos de investigação contra parlamentares. As duas legendas também pedirão a convocação imediata do Conselho de Ética do Senado.

Para hoje, é esperado o anúncio, pelo presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), do relator da terceira representação contra o presidente do Senado, na qual ele é acusado de ter comprado duas rádios e um jornal usando "laranjas" em sociedade com o usineiro e ex-deputado João Lyra (PTB-AL).

A terceira ação é a considerada a mais espinhosa por ser a mais documentada. O relator do quarto processo, que trata da suposta coleta de propina em ministérios chefiados pelo PMDB, foi escolhido na semana passada e é o senador Almeida Lima (PMDB-SE).
Fonte: Tribuna da Imprensa

Problemas no amor fazem mesmo mal para o coração

CHICAGO (EUA) - Um casamento infeliz pode deixar as pessoas doentes. Literalmente. Conflitos matrimoniais e outras relações pessoais negativas podem elevar o risco de uma pessoa sofrer de doença cardíaca, informam cientistas ontem. O fenômeno provavelmente se reduz a um efeito do estresse.

Em estudo realizado com 9.011 funcionários públicos britânicos, a maioria casada, os com os piores relacionamentos íntimos tiveram 34% mais chance de sofrer ataques cardíacos ao longo de 12 anos de acompanhamento, na comparação com os colegas que mantinham relacionamentos felizes. Esses relacionamentos incluíam amizades, família e cônjuges.

O estudo, publicado na edição de ontem do periódico "Archives of Internal Medicine", segue-se a levantamentos anteriores que já ligavam problemas de saúde ao fato de o paciente ser solteiro ou ter poucos amigos. O novo estudo focalizou a qualidade do casamento e de outras relações importantes. "O que acrescentamos aqui é 'tudo bem, ser casado é, no geral, uma coisa boa, mas tome cuidado com o tipo de pessoa com quem você se casou'", disse o principal autor do trabalho, Roberto De Vogli, do University College London.

De Vogli afirmou que sua equipe, agora, tenta determinar se os participantes do estudo com casamentos ruins mostram sinais biológicos de estresse, que incluiriam inflamações e nível elevado de hormônios relacionados. Um estudo recente sobre o mesmo tema chegou a resultados um pouco diferentes, não chegando a mostrar uma relação entre a infelicidade conjugal e um aumento no risco cardíaco. Mas revelou, num acompanhamento de dez anos, que mulheres que se mantêm em silêncio durante brigas de casal tinham um risco maior de morrer que as esposas que expressam seus sentimentos.

O que parecia ter mais importância para os homens era o fato de estar casado: homens casados tinham menos chance de morrer no período de acompanhamento que homens solteiros. Esse estudo, envolvendo 4.000 pessoas de ambos os sexos, foi
publicado em julho no periódico "Psychosomatic Medicine".

Pelo estudo de DeVogli, homens e mulheres com relacionamentos ruins enfrentam perigo igual. Voluntários preencheram questionários que pediam para que dessem notas, em vários quesitos, às pessoas com quem sentiam mais intimidade.

Ao longo dos 12 anos seguintes, 589 participantes tiveram ataques cardíacos ou outros problemas de saúde. Os que deram piores notas no questionário tiveram o risco mais elevado, mesmo depois de o resultado ser ponderado para levar em conta outros fatores de risco, como hipertensão e obesidade.
Fonte: Tribuna da Imprensa

segunda-feira, outubro 08, 2007

Embriagado, promotor bate carro e três morrem em SP

O promotor de Justiça Wagner Juarez Grossi, 42 anos, foi autuado por dirigir embriagado e causar um acidente que matou três pessoas, ontem à noite, em Araçatuba, interior de São Paulo. O acidente ocorreu na rodovia Elyeser Montenegro Magalhães (SP-463). Grossi foi autuado por homicídio culposo, mas não pôde ser preso em flagrante por pertencer ao Ministério Público.

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O promotor, que dirigia uma caminhonete Ranger, voltava de um rancho às margens do rio Tietê, quando invadiu a pista contrária e bateu de frente com uma motocicleta que vinha no sentido contrário. Na moto estavam Alessandro da Silva Santos, 27 anos, sua mulher, Alessandra Alves, de 26 anos, e o filho do casal, Adriel Rian Alves, de 7 anos.

Em conseqüência do impacto, os três morreram no local. O acidente na altura do jardim Verde Parque, um bairro residencial. Os moradores tentaram linchar o promotor. No plantão policial, o delegado Paulo de Tarso de Almeida Prado pediu exames clínicos e a perícia constatou que o mesmo estava em estado de embriagues.

O promotor foi enquadrado no artigo 302 do Código Brasileiro de Trânsito combinado com inciso 5º, os quais determinam a prisão em flagrante do motorista que causou morte no trânsito e foi pego dirigindo em estado de embriagues.

Mas Grossi não pôde ser preso porque, conforme a Lei Orgânica do Ministério Público, o promotor só pode ser preso em flagrante se o crime foi inafiançável, o que não é o caso do artigo 302. Por isso, vai responder pelo crime na Procuradoria-Geral de Justiça.

Hoje pela manhã, ninguém no Fórum de Araçatuba soube dar informações sobre o assunto. Uma assistente do Ministério Público informou que só no período da tarde o MP se manifestaria sobre o caso.

O promotor é o responsável pelo caso de dois jovens supostamente bêbados que, durante um racha em uma avenida da cidade, feriram gravemente o filho de um juiz. A polícia pediu a prisão preventiva dos dois rapazes, mas Grossi negou a prisão alegando que a investigação estava incompleta.

Fonte: Agência Estado

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