Por: Rudolfo Lago e Rodrigo Rangel
Polícia e MP desmontam quadrilha emostram a versão atual dos anões
Começava o expediente na Esplanada dos Ministérios na manhã da quinta-feira 4 e agentes da Polícia Federal já se posicionavam diante do Ministério da Saúde. Aguardavam Maria da Penha Lino, assessora especial do ministro, Agenor Álvares. Assim que chegou, recebeu voz de prisão. O retorno da PF ao Ministério um ano após a Operação Vampiro era o começo de uma nova ofensiva contra servidores, empresários e políticos articulados para lesar os cofres públicos. A Operação Sanguessuga, como foi batizada, prendeu Maria da Penha e mais 45 pessoas até o fim da tarde. Entre elas, os ex-deputados Ronivon Santiago, do PP do Acre, e Bispo Rodrigues, expulso horas depois do PL fluminense. A investigação, feita pela PF e pelo Ministério Público, descobriu um intrincado esquema que começava em Cuiabá (MT), passava pelo Congresso, invadia ministérios em Brasília e terminava em contas bancárias recheadas de dinheiro público desviado. Numa cadeia combinada, emendas orçamentárias eram aprovadas no Congresso, funcionários do Ministério da Saúde liberavam a verba e a empresa mato-grossense Planam vendia as ambulâncias às prefeituras de todo o País por meio de licitações dirigidas, que causaram um prejuízo de R$ 110 milhões desde 2001.
A polícia e o MP já sabem que o caso não se restringe à compra de ambulâncias. Trata-se de uma senha para desvendar o funcionamento da nova Máfia do Orçamento, que segue no Congresso 13 anos depois do escândalo dos anões. O esquema na Comissão de Orçamento não acabou. Apenas se sofisticou. Naquela época, ficava restrito ao Congresso. Agora, tem representantes em cada etapa do processo de liberação de recursos. Escutas telefônicas autorizadas levaram à família de Darci José Vedoim, dono da Planam. Ele contactava as prefeituras e facilitava a liberação de verbas, desde que os prefeitos comprassem as ambulâncias, pelo dobro do preço, através de sua empresa. Para operar o esquema, havia uma equipe bem paga. No Congresso, parlamentares e assessores preparavam emendas e as aprovavam. E no Ministério da Saúde havia gente para liberar a verba. Maria da Penha autorizava os pagamentos. Ela atuava com outros dois servidores, baseados no Rio: Cassilene Ferreira e Jairo Langoni. Foram presos ainda assessores do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) e dos deputados Pedro Ribeiro (PMDB-CE), Vieira Reis (PRB-RJ), Nilton Capixaba (PTB-RO), Maurício Rabelo (PL-TO), Elaine Costa (PTB-RJ), Edna Macedo (PTB-SP), Laura Carneiro (PFL-RJ) e João Mendes de Jesus (PSB-RJ). A investigação prossegue. Pelo menos 50 deputados e um senador estão na mira. Boa parte foi pilhada na escuta da polícia.
Certificado Lei geral de proteção de dados
sábado, maio 06, 2006
Vereadora petista afastada por Corrupção.
Por: Fabio Prado
A vereadora petista Claudete Alves foi afastada de seu cargo por uma liminar da 2a Vara da Fazenda Pública acusada de se apropriar de parte dos salários de seus próprios funcionários na Câmara.
Vereadora afastada
A vereadora petista Claudete Alves foi afastada de seu cargo por uma liminar da 2a Vara da Fazenda Pública acusada de se apropriar de parte dos salários de seus próprios funcionários na Câmara. Trata-se de uma "vereadora" autora dos "brilhantes" Projetos de Lei de declaração de cidades irmãs entre São Paulo e algumas cidades africanas, criação de cotas na composição do secretariado municipal, entre outras cretinices. A justiça ainda decretou o bloqueio de seus bens e quebra de sigilo bancário e fiscal. A decisão, afeta também seu ex-marido, Jorge Inácio de Souza, e o filho do casal, Jeferson Luiz Souza. Claudete é investigada desde setembro do ano passado, devido a enriquecimento ilícito, uma vez que a mesma possui padrão de vida e consumo incompatíveis com sua renda, além de movimentação de bens não declarados. Realmente, seria muito difícil a declaração de rendimentos alheios... Abaixo alguns trechos de destaque da decisão: "Que a vereadora somente ficou com o cartão de João Carlos Moreno, funcionário fantasma, que nunca trabalhou no local; Que a movimentação da conta de João Carlos Moreno era efetuada pela vereadora ou pelo seu filho Jéferson, que é assessor do Deputado Estadual Marcelo Cândido" "Outra funcionária que sempre foi fantasma é Brenda Maira Tiago Candido; Que Brenda nunca trabalhou no local, mas pelo que a declarante percebeu tratava-se de uma troca de favores, isto é, Brenda, esposa do Deputado Estadual Marcelo Candido, também do PT (Partido dos Trabalhadores), estava lotada como funcionária da vereadora Claudete, ao passo que o filho da última constava como assessor do deputado." "Que a vereadora sempre deixou bem claro que os salários de João Carlos Moreno e de Jorge Antonio Sales eram para a sua pessoa; Que Jorge somente recebia R$ 800,00 (oitocentos reais), pois era obrigado a devolver o saldo para a declarante, que o repassava para a vereadora;... Que todos os pagamentos eram efetuados à vereadora entre os dias 25 e no mais tardar no dia 30,... Caso algum assessor se recusasse a repassar o dinheiro, seria exonerado" " O declarante ganhava mensalmente da Câmara Municipal de São Paulo a quantia de R$ 4.930,00, mas era obrigado a devolver cerca de R$ 4.130,00 todo o dia 25 do mês (ficava com apenas R$ 800,00)." "Havia dois funcionários ?fantasmas? no gabinete, que praticamente apareciam apenas para receber os vencimentos e devolver uma parte ao gabinete.... Quem coordenava o recebimento do dinheiro eram a vereadora CLAUDETE ALVES" "Dos dezoito assessores, pelo menos 12 devolviam parte de seus vencimentos à vereadora CLAUDETE ALVES... Portanto, a vereadora recebia, para si, de dinheiro desviado dos assessores, cerca de R$ 16.500,00 por mês, em média"
URL:: http://vereadoresdesp.blogspot.com
A vereadora petista Claudete Alves foi afastada de seu cargo por uma liminar da 2a Vara da Fazenda Pública acusada de se apropriar de parte dos salários de seus próprios funcionários na Câmara.
Vereadora afastada
A vereadora petista Claudete Alves foi afastada de seu cargo por uma liminar da 2a Vara da Fazenda Pública acusada de se apropriar de parte dos salários de seus próprios funcionários na Câmara. Trata-se de uma "vereadora" autora dos "brilhantes" Projetos de Lei de declaração de cidades irmãs entre São Paulo e algumas cidades africanas, criação de cotas na composição do secretariado municipal, entre outras cretinices. A justiça ainda decretou o bloqueio de seus bens e quebra de sigilo bancário e fiscal. A decisão, afeta também seu ex-marido, Jorge Inácio de Souza, e o filho do casal, Jeferson Luiz Souza. Claudete é investigada desde setembro do ano passado, devido a enriquecimento ilícito, uma vez que a mesma possui padrão de vida e consumo incompatíveis com sua renda, além de movimentação de bens não declarados. Realmente, seria muito difícil a declaração de rendimentos alheios... Abaixo alguns trechos de destaque da decisão: "Que a vereadora somente ficou com o cartão de João Carlos Moreno, funcionário fantasma, que nunca trabalhou no local; Que a movimentação da conta de João Carlos Moreno era efetuada pela vereadora ou pelo seu filho Jéferson, que é assessor do Deputado Estadual Marcelo Cândido" "Outra funcionária que sempre foi fantasma é Brenda Maira Tiago Candido; Que Brenda nunca trabalhou no local, mas pelo que a declarante percebeu tratava-se de uma troca de favores, isto é, Brenda, esposa do Deputado Estadual Marcelo Candido, também do PT (Partido dos Trabalhadores), estava lotada como funcionária da vereadora Claudete, ao passo que o filho da última constava como assessor do deputado." "Que a vereadora sempre deixou bem claro que os salários de João Carlos Moreno e de Jorge Antonio Sales eram para a sua pessoa; Que Jorge somente recebia R$ 800,00 (oitocentos reais), pois era obrigado a devolver o saldo para a declarante, que o repassava para a vereadora;... Que todos os pagamentos eram efetuados à vereadora entre os dias 25 e no mais tardar no dia 30,... Caso algum assessor se recusasse a repassar o dinheiro, seria exonerado" " O declarante ganhava mensalmente da Câmara Municipal de São Paulo a quantia de R$ 4.930,00, mas era obrigado a devolver cerca de R$ 4.130,00 todo o dia 25 do mês (ficava com apenas R$ 800,00)." "Havia dois funcionários ?fantasmas? no gabinete, que praticamente apareciam apenas para receber os vencimentos e devolver uma parte ao gabinete.... Quem coordenava o recebimento do dinheiro eram a vereadora CLAUDETE ALVES" "Dos dezoito assessores, pelo menos 12 devolviam parte de seus vencimentos à vereadora CLAUDETE ALVES... Portanto, a vereadora recebia, para si, de dinheiro desviado dos assessores, cerca de R$ 16.500,00 por mês, em média"
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Votar nesta eleição só com ajuda dos céus.
Por: Ataíde Lemos
Que triste realidade estamos vivendo nestes últimos anos e porque não dizer nestes últimos meses e dias em nosso país. São tantas manchetes que nem dá para acompanhá-las. Fraudes e mais fraudes, denuncias e mais denuncias vazia ou não. Depois de uma calmaria nos primeiros anos de mandato de Lula, vivemos uma devassa de denúncia, corrupção em todas as esferas e se não bastasse problemas internacionais que rodeiam nosso país, inclusive, afetando diretamente o Brasil. Muitas das crises os quais estamos vivenciando está relacionado ao ano eleitoral. Certamente, este pleito ficará registrado como um dos mais conturbados da historia do país. Tivemos a corrupção dos parlamentares no esquema do mensalão, onde o executivo de maneira sórdida comprou muitos partidos, deputados para aprovar mudanças constitucionais substanciais e fazer um esquema de Poder; CPIs conturbadas pelo pela intervenção direta e indireta dos poderes tanto Executivo quanto Judiciário. Muitas quedas de ministros de pastas importantes e amigos pessoais do presidente Lula. Uma crise violenta no partido de PT que acabou derrubando grande parte de seus lideres históricos. Esta crise do mensalão que terminou numa grande pizza deixando a sociedade atônita e anestesiada. Estamos sendo envolvidos numa crise internacional com a eleição do presidente da Bolívia Evo Moralles. Crise que está no início e não se sabe o seu fim, penas sabemos que a sociedade brasileira será a prejudicada. Estamos também vivendo uma triste realidade que é a greve de fome do pré-candidato do PMDB a presidente da republica Garotinho, que por mais que seja um ato extremo, tem alguns fundos de verdade quanto seus questionamentos. Sem duvida a candidatura de Garotinho tiraria a reeleição de Lula. E por fim, como não se bastasse inicia uma nova onda de denuncia a parlamentares que estão roubando o cofre publico através de licitações fraudulentas de ambulâncias. Denuncia de grande relevância, porem certamente, terminará como terminou as investigações e o desenrolar do mensalão, isto é, uma enorme pizza com direito a dança de deputados e tudo mais. A imprensa está rindo atoa, muitas manchetes para veicularem sem necessidade de brigarem pelos leitores, ouvintes ou tele espectadores. Têm manchetes para todos os gostos, idades e ideologia política. Pobre é do eleitor que este ano terá uma tarefa difícil, a mudança deste triste cenário político que o Brasil está atravessando. Certamente, são tantas realidades à serem mudadas que numa única eleição será impossível resolver os problemas que se fazem necessário. O difícil é imaginar que ainda faltam cinco meses para o pleito eleitoral, pois, sabemos lá quantas manchetes ainda a mídia disputará? Como nós cidadãos estaremos emocionalmente para exercer a cidadania? Termos que, a partir de agora iniciarmos um processo profundo de oração para que realmente na hora de votarmos o façamos estritamente numa dimensão espiritual, pois, decerto, com tudo o que estamos presenciando é impossível dizer que votaremos corretamente dependendo exclusivamente de nós sem ajuda dos céus.
Email:: ataide.lemos@gmail.com URL:: http://www.ataide.recantodasletras.com.br
Que triste realidade estamos vivendo nestes últimos anos e porque não dizer nestes últimos meses e dias em nosso país. São tantas manchetes que nem dá para acompanhá-las. Fraudes e mais fraudes, denuncias e mais denuncias vazia ou não. Depois de uma calmaria nos primeiros anos de mandato de Lula, vivemos uma devassa de denúncia, corrupção em todas as esferas e se não bastasse problemas internacionais que rodeiam nosso país, inclusive, afetando diretamente o Brasil. Muitas das crises os quais estamos vivenciando está relacionado ao ano eleitoral. Certamente, este pleito ficará registrado como um dos mais conturbados da historia do país. Tivemos a corrupção dos parlamentares no esquema do mensalão, onde o executivo de maneira sórdida comprou muitos partidos, deputados para aprovar mudanças constitucionais substanciais e fazer um esquema de Poder; CPIs conturbadas pelo pela intervenção direta e indireta dos poderes tanto Executivo quanto Judiciário. Muitas quedas de ministros de pastas importantes e amigos pessoais do presidente Lula. Uma crise violenta no partido de PT que acabou derrubando grande parte de seus lideres históricos. Esta crise do mensalão que terminou numa grande pizza deixando a sociedade atônita e anestesiada. Estamos sendo envolvidos numa crise internacional com a eleição do presidente da Bolívia Evo Moralles. Crise que está no início e não se sabe o seu fim, penas sabemos que a sociedade brasileira será a prejudicada. Estamos também vivendo uma triste realidade que é a greve de fome do pré-candidato do PMDB a presidente da republica Garotinho, que por mais que seja um ato extremo, tem alguns fundos de verdade quanto seus questionamentos. Sem duvida a candidatura de Garotinho tiraria a reeleição de Lula. E por fim, como não se bastasse inicia uma nova onda de denuncia a parlamentares que estão roubando o cofre publico através de licitações fraudulentas de ambulâncias. Denuncia de grande relevância, porem certamente, terminará como terminou as investigações e o desenrolar do mensalão, isto é, uma enorme pizza com direito a dança de deputados e tudo mais. A imprensa está rindo atoa, muitas manchetes para veicularem sem necessidade de brigarem pelos leitores, ouvintes ou tele espectadores. Têm manchetes para todos os gostos, idades e ideologia política. Pobre é do eleitor que este ano terá uma tarefa difícil, a mudança deste triste cenário político que o Brasil está atravessando. Certamente, são tantas realidades à serem mudadas que numa única eleição será impossível resolver os problemas que se fazem necessário. O difícil é imaginar que ainda faltam cinco meses para o pleito eleitoral, pois, sabemos lá quantas manchetes ainda a mídia disputará? Como nós cidadãos estaremos emocionalmente para exercer a cidadania? Termos que, a partir de agora iniciarmos um processo profundo de oração para que realmente na hora de votarmos o façamos estritamente numa dimensão espiritual, pois, decerto, com tudo o que estamos presenciando é impossível dizer que votaremos corretamente dependendo exclusivamente de nós sem ajuda dos céus.
Email:: ataide.lemos@gmail.com URL:: http://www.ataide.recantodasletras.com.br
Ex-dirigente do PT afirma que Marcos Valério queria arrecadar R$ 1 bi
myPor: Folha Online
O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o pivô do escândalo do "mensalão", e o PT planejavam arrecadar R$ 1 bilhão por meio de esquemas ilegais com empresários que tinham negócios com o governo. O ex-dirigente petista fez a revelação em entrevista ao jornal "O Globo", que adiantou hoje trechos do depoimento em seu site."O PT virou refém do Marcos Valério, não tinha mais jeito. O Marcos Valério estabeleceu canais próprios com petistas e com não-petistas. Tem muita gente, muitos partidos (estão envolvidos). Só que tudo caiu na nossa conta", diz ele.Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia da atuação de Marcos Valério mas que muitos dirigentes do partido sabiam da atuação do empresário. "Mas não há santo nessa história toda, em nenhum partido, nem na direção do PT, que pagou o pato todo", afirma.Silvio Pereira afirma que o plano inicial era arrecadar recursos para saldar dívidas de campanhas antigas. A direção do PT, no entanto, mudou de idéia e o empresário passou a arrecadar recursos também para as campanhas municipais de 2004, financiar planos de ampliação do partido além de ajudar políticos do PTB."O que aconteceu é que o Delúbio perdeu o controle. Ele só sabia de três ou quatro deputados do PT. O resto, que recebeu no Banco Rural, não era esquema do Delúbio", afirma.Land RoverNo início da crise política de 2005, Silvio Pereira foi apontado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como gerente de um esquema de corrupção nas estatais para abastecer a base aliada por meio de caixa dois.Mais tarde, ganhou notoriedade com o episódio da Land Rover. Ele admitiu ter recebido um jipe de presente de um executivo da empresa GDK, que tem contrato com a Petrobras, e pediu sua desfiliação do PT.Homem de confiança do ex-deputado José Dirceu (PT-SP), Pereira integrou a coordenação das últimas campanhas presidenciais do partido e participou da elaboração do estatuto do PT.
O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o pivô do escândalo do "mensalão", e o PT planejavam arrecadar R$ 1 bilhão por meio de esquemas ilegais com empresários que tinham negócios com o governo. O ex-dirigente petista fez a revelação em entrevista ao jornal "O Globo", que adiantou hoje trechos do depoimento em seu site."O PT virou refém do Marcos Valério, não tinha mais jeito. O Marcos Valério estabeleceu canais próprios com petistas e com não-petistas. Tem muita gente, muitos partidos (estão envolvidos). Só que tudo caiu na nossa conta", diz ele.Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia da atuação de Marcos Valério mas que muitos dirigentes do partido sabiam da atuação do empresário. "Mas não há santo nessa história toda, em nenhum partido, nem na direção do PT, que pagou o pato todo", afirma.Silvio Pereira afirma que o plano inicial era arrecadar recursos para saldar dívidas de campanhas antigas. A direção do PT, no entanto, mudou de idéia e o empresário passou a arrecadar recursos também para as campanhas municipais de 2004, financiar planos de ampliação do partido além de ajudar políticos do PTB."O que aconteceu é que o Delúbio perdeu o controle. Ele só sabia de três ou quatro deputados do PT. O resto, que recebeu no Banco Rural, não era esquema do Delúbio", afirma.Land RoverNo início da crise política de 2005, Silvio Pereira foi apontado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como gerente de um esquema de corrupção nas estatais para abastecer a base aliada por meio de caixa dois.Mais tarde, ganhou notoriedade com o episódio da Land Rover. Ele admitiu ter recebido um jipe de presente de um executivo da empresa GDK, que tem contrato com a Petrobras, e pediu sua desfiliação do PT.Homem de confiança do ex-deputado José Dirceu (PT-SP), Pereira integrou a coordenação das últimas campanhas presidenciais do partido e participou da elaboração do estatuto do PT.
quinta-feira, maio 04, 2006
do discurso do presidente Lula na cerimônia de assinatura da Declaração de Chapultepec
Por: Primeira Leitura
Palácio do Planalto, 3 de maio de 2006
Meu caro ministro Hélio Costa, ministro das Comunicações,Meu caro ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República,Meu caro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos,Meu caro André Singer, secretário de Imprensa,Meu caro Nelson Sirotsky, presidente da Associação Nacional de Jornais,Senhora Diana Daniels, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa,
Senadora Ideli,Deputados federais,Empresários da imprensa brasileira,Jornalistas,Meus amigos e minhas amigas,
Assinar uma Carta que consagra a liberdade de imprensa é apenas mais um gesto de constatação de que a liberdade faz parte da nossa vida e sem a liberdade nós não seríamos o que somos e, possivelmente, não poderíamos almejar algo melhor do que temos.
Eu nasci para o mundo político graças à liberdade de imprensa. Num momento em que o movimento sindical era pouco difundido na imprensa brasileira, no ano de 75, eu fiz parte de um conjunto de dirigentes sindicais que chamou a atenção de uma parte da imprensa brasileira, e nós conseguimos, em pouco menos de cinco anos, sem que mudássemos uma única vírgula na legislação que rege a estrutura sindical brasileira, nós mudamos um pouco a história do movimento sindical brasileiro. E isso não seria possível se não fosse a liberdade de imprensa.
Depois criamos um partido político onde era pouco previsível, àqueles que montaram a engenharia da reestruturação político-partidária do Brasil, que nós fôssemos surgir no cenário político. A verdade é que a reforma política não estava prevista para que nós criássemos um partido com as características com que nós criamos o PT.
E, outra vez, eu devo à liberdade de imprensa do meu país o fato de termos conseguido, em 20 anos, chegar à Presidência da República do Brasil. Perdi três eleições. Eu duvido que tenha um empresário de imprensa que, em algum momento, tenha me visto fazer uma reclamação ou culpando alguém porque eu perdi as eleições. Uma das razões pelas quais eu perdi as eleições, eu descobri logo: é que uma parcela da sociedade não tinha votado em mim, tinha votado no outro. Ao invés de reclamar, nós resolvemos detectar onde tínhamos errado e tentar consertar.
Ou seja, o fato concreto é que com erros e acertos, com a imprensa falando o que eu gostaria que ela falasse ou não, eu cheguei à Presidência da República. E estou aqui, fui alertado agora que não são mais 39 meses, já são 40 meses, e, outra vez, é com muito orgulho que, na frente de jornalistas e de empresários da imprensa, eu posso dizer: nunca peguei um telefone, enquanto Presidente da República, para ligar para qualquer empresário ou jornalista reclamando de alguma coisa, porque na hora em que um dirigente político quiser levantar todos os dias e só ver notícias boas sobre ele, a democracia estará correndo um sério risco e nós poderemos estar entrando numa maré de autoritarismo. E não são poucos os políticos que reclamam com vocês, não são poucos. Eu fico imaginando o quanto de telefonemas vocês recebem todos os dias: “não, porque tal coisa é verdade, tal coisa mentira, tal coisa saiu”.
Eu penso que nós temos que contar com uma coisa fundamental, que muitas vezes nós colocamos num segundo plano, que é a sabedoria daqueles que vêem televisão, daqueles que lêem jornais e daqueles que ouvem rádio. Nós temos que acreditar que esse povo por si só consegue fazer uma diferenciação daquilo que é correto, daquilo que não é correto, daquilo que ele acha que é verdade e daquilo que ele acha que é exagero. Engana-se aquele político que acha que faz as coisas e pensa que o eleitor não faz o julgamento correto.
E se engana, também, aquele que escreve alguma coisa sem imaginar ou sem acreditar que o povo tem capacidade de discernimento para saber o que é exagero, o que é verdade, o que é mentira. É essa a sabedoria da sociedade, Nelson, que me dá tranqüilidade de assinar uma Carta como esta, dizendo que a liberdade é a razão da minha entrada na política. A liberdade de imprensa é a razão pela qual eu cheguei à Presidência da República; a liberdade de imprensa é a razão pela qual as instituições brasileiras dão demonstrações mais sólidas de crescimento e sustentabilidade democrática.
E hoje o Brasil é um país que caminha a passos largos para não permitir que nenhuma intempérie menor coloque em risco a democracia. Hoje todos nós estamos convencidos, sejam políticos ou jornalistas, artistas, governadores ou prefeitos, empresários da imprensa, todos nós, hoje, estamos convencidos: o Brasil é um país de instituições sólidas. Poderemos aperfeiçoá-las? Poderemos aperfeiçoá-las. Elas podem ser aprimoradas? Podem ser aprimoradas. E isso é o que garante a existência da democracia no nosso país, é o que garante a existência da liberdade de imprensa no Brasil.
E eu iniciava a minha vida sindical quando se iniciava também um período muito duro de censura à imprensa brasileira. E no que resultou a censura à imprensa brasileira? Resultou em um grau de amadurecimento político ainda mais forte da sociedade brasileira. Eis que, de repente, em 1974, um partido de oposição que, em 1970, tinha pensado em fechar as portas porque não tinha eleito ninguém, em 1974 ressurge com uma força enorme, elegendo a maioria dos senadores em 1974. Eis que, de repente, quando pouca gente acreditava, o povo vai para a rua reivindicando as eleições diretas. E mesmo aqueles que não acreditaram, no primeiro momento, foram obrigados a seguir os passos que a sociedade brasileira estava dando, de forma muito forte e muito viva.
Houve momentos em que pessoas entendiam que no Brasil, quando a imprensa começou a divulgar os escândalos no governo Collor, na classe política, por exemplo, tinha gente que tinha medo do impeachment porque não acreditava, não sabia o que ia acontecer depois do impeachment. Teve o impeachment e o que aconteceu? Nada, o Brasil seguiu a sua trajetória sem nenhuma preocupação.
Portanto, assinar esta Carta para mim, no dia de hoje, é apenas dizer aos senhores políticos, aos empresários da imprensa, aos jornalistas que, no Brasil, não há mais espaço para a censura; no Brasil, não há mais espaço para condenar a liberdade de imprensa; no Brasil não há mais espaço para que a gente não compreenda, de uma vez por todas, que quanto mais poder nós temos, mais responsabilidade nós temos que ter. Isso vale para um presidente da República, para um prefeito, para um governador, para um jornal, para um grande jornalista. O que vai nos depurando e nos aprimorando é o grau de responsabilidade que a gente tem e o grau de seriedade com que nós tratamos os problemas que se apresentam à nossa frente.
Toda vez que me levanto e penso em reclamar da imprensa, fico imaginando que o Nixon renunciou por causa de uma mentira. Eu fico imaginando pelo que passou o Bill Clinton, com os problemas da Casa Branca, e foram meses e meses. Eu fico imaginando, em todas as reuniões de presidentes, Sirotsky, a grande reclamação é do tratamento da imprensa, e eu fico sempre pensando: houve algum momento, na história do Brasil ou na história de algum país do mundo, em que a imprensa, quando as coisas não estão boas, deixasse de ser a vilã? Não houve. Eu penso que todos nós temos a simplicidade de tentar encontrar o culpado por uma coisa que aconteceu, que nós não queríamos que acontecesse, e eu digo sempre o seguinte: ao invés de a gente ficar procurando um culpado fora do nosso meio, quem sabe é melhor a gente olhar se ele não está dentro de nós mesmos.
Por isso eu quero que vocês tenham a certeza de que, enquanto eu for Presidente da República deste país, vocês serão cada vez mais livres, cada vez poderão dizer o que quiserem, porque não haverá, da parte do governo, nenhuma censura. Estaremos subordinados à compreensão daqueles que lêem, daqueles que assistem e daqueles que ouvem, e os governantes estarão à mercê do julgamento daqueles que votam no país. Se compreendermos esse jogo, nós iremos construir a mais sólida democracia e a mais sólida liberdade de imprensa deste mundo.
Muito obrigado e boa sorte a vocês.
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Palácio do Planalto, 3 de maio de 2006
Meu caro ministro Hélio Costa, ministro das Comunicações,Meu caro ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República,Meu caro Paulo de Tarso Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos,Meu caro André Singer, secretário de Imprensa,Meu caro Nelson Sirotsky, presidente da Associação Nacional de Jornais,Senhora Diana Daniels, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa,
Senadora Ideli,Deputados federais,Empresários da imprensa brasileira,Jornalistas,Meus amigos e minhas amigas,
Assinar uma Carta que consagra a liberdade de imprensa é apenas mais um gesto de constatação de que a liberdade faz parte da nossa vida e sem a liberdade nós não seríamos o que somos e, possivelmente, não poderíamos almejar algo melhor do que temos.
Eu nasci para o mundo político graças à liberdade de imprensa. Num momento em que o movimento sindical era pouco difundido na imprensa brasileira, no ano de 75, eu fiz parte de um conjunto de dirigentes sindicais que chamou a atenção de uma parte da imprensa brasileira, e nós conseguimos, em pouco menos de cinco anos, sem que mudássemos uma única vírgula na legislação que rege a estrutura sindical brasileira, nós mudamos um pouco a história do movimento sindical brasileiro. E isso não seria possível se não fosse a liberdade de imprensa.
Depois criamos um partido político onde era pouco previsível, àqueles que montaram a engenharia da reestruturação político-partidária do Brasil, que nós fôssemos surgir no cenário político. A verdade é que a reforma política não estava prevista para que nós criássemos um partido com as características com que nós criamos o PT.
E, outra vez, eu devo à liberdade de imprensa do meu país o fato de termos conseguido, em 20 anos, chegar à Presidência da República do Brasil. Perdi três eleições. Eu duvido que tenha um empresário de imprensa que, em algum momento, tenha me visto fazer uma reclamação ou culpando alguém porque eu perdi as eleições. Uma das razões pelas quais eu perdi as eleições, eu descobri logo: é que uma parcela da sociedade não tinha votado em mim, tinha votado no outro. Ao invés de reclamar, nós resolvemos detectar onde tínhamos errado e tentar consertar.
Ou seja, o fato concreto é que com erros e acertos, com a imprensa falando o que eu gostaria que ela falasse ou não, eu cheguei à Presidência da República. E estou aqui, fui alertado agora que não são mais 39 meses, já são 40 meses, e, outra vez, é com muito orgulho que, na frente de jornalistas e de empresários da imprensa, eu posso dizer: nunca peguei um telefone, enquanto Presidente da República, para ligar para qualquer empresário ou jornalista reclamando de alguma coisa, porque na hora em que um dirigente político quiser levantar todos os dias e só ver notícias boas sobre ele, a democracia estará correndo um sério risco e nós poderemos estar entrando numa maré de autoritarismo. E não são poucos os políticos que reclamam com vocês, não são poucos. Eu fico imaginando o quanto de telefonemas vocês recebem todos os dias: “não, porque tal coisa é verdade, tal coisa mentira, tal coisa saiu”.
Eu penso que nós temos que contar com uma coisa fundamental, que muitas vezes nós colocamos num segundo plano, que é a sabedoria daqueles que vêem televisão, daqueles que lêem jornais e daqueles que ouvem rádio. Nós temos que acreditar que esse povo por si só consegue fazer uma diferenciação daquilo que é correto, daquilo que não é correto, daquilo que ele acha que é verdade e daquilo que ele acha que é exagero. Engana-se aquele político que acha que faz as coisas e pensa que o eleitor não faz o julgamento correto.
E se engana, também, aquele que escreve alguma coisa sem imaginar ou sem acreditar que o povo tem capacidade de discernimento para saber o que é exagero, o que é verdade, o que é mentira. É essa a sabedoria da sociedade, Nelson, que me dá tranqüilidade de assinar uma Carta como esta, dizendo que a liberdade é a razão da minha entrada na política. A liberdade de imprensa é a razão pela qual eu cheguei à Presidência da República; a liberdade de imprensa é a razão pela qual as instituições brasileiras dão demonstrações mais sólidas de crescimento e sustentabilidade democrática.
E hoje o Brasil é um país que caminha a passos largos para não permitir que nenhuma intempérie menor coloque em risco a democracia. Hoje todos nós estamos convencidos, sejam políticos ou jornalistas, artistas, governadores ou prefeitos, empresários da imprensa, todos nós, hoje, estamos convencidos: o Brasil é um país de instituições sólidas. Poderemos aperfeiçoá-las? Poderemos aperfeiçoá-las. Elas podem ser aprimoradas? Podem ser aprimoradas. E isso é o que garante a existência da democracia no nosso país, é o que garante a existência da liberdade de imprensa no Brasil.
E eu iniciava a minha vida sindical quando se iniciava também um período muito duro de censura à imprensa brasileira. E no que resultou a censura à imprensa brasileira? Resultou em um grau de amadurecimento político ainda mais forte da sociedade brasileira. Eis que, de repente, em 1974, um partido de oposição que, em 1970, tinha pensado em fechar as portas porque não tinha eleito ninguém, em 1974 ressurge com uma força enorme, elegendo a maioria dos senadores em 1974. Eis que, de repente, quando pouca gente acreditava, o povo vai para a rua reivindicando as eleições diretas. E mesmo aqueles que não acreditaram, no primeiro momento, foram obrigados a seguir os passos que a sociedade brasileira estava dando, de forma muito forte e muito viva.
Houve momentos em que pessoas entendiam que no Brasil, quando a imprensa começou a divulgar os escândalos no governo Collor, na classe política, por exemplo, tinha gente que tinha medo do impeachment porque não acreditava, não sabia o que ia acontecer depois do impeachment. Teve o impeachment e o que aconteceu? Nada, o Brasil seguiu a sua trajetória sem nenhuma preocupação.
Portanto, assinar esta Carta para mim, no dia de hoje, é apenas dizer aos senhores políticos, aos empresários da imprensa, aos jornalistas que, no Brasil, não há mais espaço para a censura; no Brasil, não há mais espaço para condenar a liberdade de imprensa; no Brasil não há mais espaço para que a gente não compreenda, de uma vez por todas, que quanto mais poder nós temos, mais responsabilidade nós temos que ter. Isso vale para um presidente da República, para um prefeito, para um governador, para um jornal, para um grande jornalista. O que vai nos depurando e nos aprimorando é o grau de responsabilidade que a gente tem e o grau de seriedade com que nós tratamos os problemas que se apresentam à nossa frente.
Toda vez que me levanto e penso em reclamar da imprensa, fico imaginando que o Nixon renunciou por causa de uma mentira. Eu fico imaginando pelo que passou o Bill Clinton, com os problemas da Casa Branca, e foram meses e meses. Eu fico imaginando, em todas as reuniões de presidentes, Sirotsky, a grande reclamação é do tratamento da imprensa, e eu fico sempre pensando: houve algum momento, na história do Brasil ou na história de algum país do mundo, em que a imprensa, quando as coisas não estão boas, deixasse de ser a vilã? Não houve. Eu penso que todos nós temos a simplicidade de tentar encontrar o culpado por uma coisa que aconteceu, que nós não queríamos que acontecesse, e eu digo sempre o seguinte: ao invés de a gente ficar procurando um culpado fora do nosso meio, quem sabe é melhor a gente olhar se ele não está dentro de nós mesmos.
Por isso eu quero que vocês tenham a certeza de que, enquanto eu for Presidente da República deste país, vocês serão cada vez mais livres, cada vez poderão dizer o que quiserem, porque não haverá, da parte do governo, nenhuma censura. Estaremos subordinados à compreensão daqueles que lêem, daqueles que assistem e daqueles que ouvem, e os governantes estarão à mercê do julgamento daqueles que votam no país. Se compreendermos esse jogo, nós iremos construir a mais sólida democracia e a mais sólida liberdade de imprensa deste mundo.
Muito obrigado e boa sorte a vocês.
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Lula 7: presidente assina carta pela liberdade de imprensa
Por: Primeira Leitura
Apesar das investidas de seu governo contra a liberdade de imprensa no país — a ameaça de expulsar o jornalista Larry Rother do país, o projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo e a criação da agência nacional do audivisual —, o presidente Lula assinou nesta quarta-feira a Declaração de Chapultepec, espécie de tratado internacional em defesa da liberdade dos meios de comunicação. No pronunciamento na solenidade, ele atribuiu sua ascensão política ao respeito que impera no Brasil a esse princípio. “Eu nasci para o mundo político graças à liberdade de imprensa”, disse. “E, outra vez, eu devo à liberdade de imprensa do meu país o fato de termos conseguido, em 20 anos, chegar à Presidência da República do Brasil”, acrescentou. O mesmo Lula que não queria que Rother permanecesse no Brasil depois de afirmar que o presidente era alcoólatra, definiu seu gesto de assinar a carta como uma forma de “dizer aos senhores políticos, aos empresários da imprensa, aos jornalistas que, no Brasil, não há mais espaço para a censura”, insistindo que esse princípio “vale para um presidente da República, para um prefeito, para um governador, para um jornal, para um grande jornalista”. O presidente também aproveitou para mostrar a diferença de sua conduta com a do pré-candidato do PMDB à Presidência Anthony Garotinho, que decidiu fazer uma greve de fome contra o que chama de “perseguição” da mídia à sua candidatura. “Eu duvido que tenha um empresário de imprensa que, em algum momento, tenha me visto fazer uma reclamação ou culpando alguém porque eu perdi as eleições”, discursou.
Apesar das investidas de seu governo contra a liberdade de imprensa no país — a ameaça de expulsar o jornalista Larry Rother do país, o projeto de criação do Conselho Federal de Jornalismo e a criação da agência nacional do audivisual —, o presidente Lula assinou nesta quarta-feira a Declaração de Chapultepec, espécie de tratado internacional em defesa da liberdade dos meios de comunicação. No pronunciamento na solenidade, ele atribuiu sua ascensão política ao respeito que impera no Brasil a esse princípio. “Eu nasci para o mundo político graças à liberdade de imprensa”, disse. “E, outra vez, eu devo à liberdade de imprensa do meu país o fato de termos conseguido, em 20 anos, chegar à Presidência da República do Brasil”, acrescentou. O mesmo Lula que não queria que Rother permanecesse no Brasil depois de afirmar que o presidente era alcoólatra, definiu seu gesto de assinar a carta como uma forma de “dizer aos senhores políticos, aos empresários da imprensa, aos jornalistas que, no Brasil, não há mais espaço para a censura”, insistindo que esse princípio “vale para um presidente da República, para um prefeito, para um governador, para um jornal, para um grande jornalista”. O presidente também aproveitou para mostrar a diferença de sua conduta com a do pré-candidato do PMDB à Presidência Anthony Garotinho, que decidiu fazer uma greve de fome contra o que chama de “perseguição” da mídia à sua candidatura. “Eu duvido que tenha um empresário de imprensa que, em algum momento, tenha me visto fazer uma reclamação ou culpando alguém porque eu perdi as eleições”, discursou.
Polícia Federal prende Ronivon Santiago e mais 19 por formação de quadrilha
Por: FELIPE RECONDOda Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal prendeu hoje um total de 20 pessoas dentro da Operação Sanguessuga, entre elas, o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Outros três empresários e assessores parlamentares também foram presos. O número, no entanto, pode aumentar no decorrer do dia.
07.fev.2006/Folha Imagem
O ex-deputado Ronivon Santiago, cassado em 2005Trata-se de um esquema montado para aquisição fraudulenta de ambulâncias em Mato Grosso, a partir da apresentação de emendas parlamentares no Congresso, de acordo com informações preliminares da PF. Os suspeitos foram acusados de crimes de formação de quadrilha, fraude em licitações, corrupção passiva e ativa.Ronivon, cassado no final do ano passado pela Justiça por compra de votos, esteve no centro do escândalo da compra de votos para a reeleição, há 9 anos.
A Polícia Federal prendeu hoje um total de 20 pessoas dentro da Operação Sanguessuga, entre elas, o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Outros três empresários e assessores parlamentares também foram presos. O número, no entanto, pode aumentar no decorrer do dia.
07.fev.2006/Folha Imagem
O ex-deputado Ronivon Santiago, cassado em 2005Trata-se de um esquema montado para aquisição fraudulenta de ambulâncias em Mato Grosso, a partir da apresentação de emendas parlamentares no Congresso, de acordo com informações preliminares da PF. Os suspeitos foram acusados de crimes de formação de quadrilha, fraude em licitações, corrupção passiva e ativa.Ronivon, cassado no final do ano passado pela Justiça por compra de votos, esteve no centro do escândalo da compra de votos para a reeleição, há 9 anos.
Evo Morales diz que Petrobras "chantageia" Bolívia
Por: Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou hoje que a Petrobras faz "chantagem" ao afirmar que não fará novos investimentos no país vizinho devido ao decreto que nacionalizou as reservas de petróleo e gás."Podem chantagear, mas não é possível que com nossos recursos tenham uma grande empresa e deixem a economia de nosso país mal", afirmou ele em comunicado divulgado pela Agência Boliviana de Informação.Ontem a Petrobras informou que suspendeu novos investimentos na Bolívia, mesmo aqueles que já haviam sido divulgados como a ampliação do gasoduto que trás o combustível ao Brasil.Além disso, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, também disse que não aceita a cobrança de preços diferentes dos estabelecidos em contrato e que está disposto a acionar o tribunal internacional de arbitragem em Nova York para tentar impedir reajustes.Morales negou que na reunião de hoje com os presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) vá pressionar por um aumento dos preços do gás, mas defendeu a elevação."Brasil e Argentina têm que aumentar o preço do gás que estão comprando porque, segundo o acordo, em 2004 os preços já deveriam ter sido revistos, e, portanto, lamento que os governos não tenham feito isso", disse Morales ontem à noite após reunir-se em La Paz com Chávez.Segundo Morales, hoje os presidentes vão discutir a construção do gasoduto sul-americano, que está em estudo pelo Brasil, Argentina e Venezuela. Ele afirmou que o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos não será negociado."A nacionalização é uma decisão soberana e não negociaremos nada sobre esse tema", afirmou o presidente boliviano.Com agências internacionais
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou hoje que a Petrobras faz "chantagem" ao afirmar que não fará novos investimentos no país vizinho devido ao decreto que nacionalizou as reservas de petróleo e gás."Podem chantagear, mas não é possível que com nossos recursos tenham uma grande empresa e deixem a economia de nosso país mal", afirmou ele em comunicado divulgado pela Agência Boliviana de Informação.Ontem a Petrobras informou que suspendeu novos investimentos na Bolívia, mesmo aqueles que já haviam sido divulgados como a ampliação do gasoduto que trás o combustível ao Brasil.Além disso, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, também disse que não aceita a cobrança de preços diferentes dos estabelecidos em contrato e que está disposto a acionar o tribunal internacional de arbitragem em Nova York para tentar impedir reajustes.Morales negou que na reunião de hoje com os presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner (Argentina) e Hugo Chávez (Venezuela) vá pressionar por um aumento dos preços do gás, mas defendeu a elevação."Brasil e Argentina têm que aumentar o preço do gás que estão comprando porque, segundo o acordo, em 2004 os preços já deveriam ter sido revistos, e, portanto, lamento que os governos não tenham feito isso", disse Morales ontem à noite após reunir-se em La Paz com Chávez.Segundo Morales, hoje os presidentes vão discutir a construção do gasoduto sul-americano, que está em estudo pelo Brasil, Argentina e Venezuela. Ele afirmou que o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos não será negociado."A nacionalização é uma decisão soberana e não negociaremos nada sobre esse tema", afirmou o presidente boliviano.Com agências internacionais
Manifesto de solidariedade dos prefeitos do Rio.
Por:Assessoria de imprensa
Ao decidir pela greve de fome, Garotinho se sacrifica em nome da moralidade pública, do respeito à honra e a ética, pouco lembradas hoje neste país dominado por um sistema financeiro perverso que tanto prejudica o povo brasileiro.
Manifesto de solidariedade dos prefeitos do Rio.
Neste momento de muita angústia e sofrimento, nós prefeitos do estado do Rio de Janeiro queremos manifestar nossa integral solidariedade ao pré-candidato à presidência da República, Anthony Garotinho. Ao decidir pela greve de fome, Garotinho se sacrifica em nome da moralidade pública, do respeito à honra e a ética, pouco lembradas hoje neste país dominado por um sistema financeiro perverso que tanto prejudica o povo brasileiro.
Ao denunciar a concentração cada vez maior da riqueza nacional nas mãos de agentes financeiros, Garotinho desperta a ira dos que se julgam poderosos. Em troca, passa a ser perseguido dia e noite pelas Organizações Globo com o aval, é claro, do governo Lula. São páginas e mais páginas de ataques sórdidos nos jornais da família Marinho, e minutos e mais minutos de denúncias infundadas nos telejornais da TV Globo. Espaço para a defesa? Um canto de página e alguns segundos na televisão. É o que oferecem ao pré-candidato.
Ao crescer nas pesquisas eleitorais, graças as suas propostas nacionalistas, Garotinho se tornou uma ameaça real aos que estão acostumados a fazer o que bem entendem e enriquecem às custas da Nação brasileira. Nosso objetivo não é fazer juízo e valores quanto à decisão extrema tomada pelo ex-governador, mas, sim, reconhecer este ato de grandeza do ilustre político. Estamos ao lado de Garotinho nesta luta desigual, e solidários com seus familiares. Acreditamos na Justiça e na sensibilidade das pessoas de bem desse país.
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Ao decidir pela greve de fome, Garotinho se sacrifica em nome da moralidade pública, do respeito à honra e a ética, pouco lembradas hoje neste país dominado por um sistema financeiro perverso que tanto prejudica o povo brasileiro.
Manifesto de solidariedade dos prefeitos do Rio.
Neste momento de muita angústia e sofrimento, nós prefeitos do estado do Rio de Janeiro queremos manifestar nossa integral solidariedade ao pré-candidato à presidência da República, Anthony Garotinho. Ao decidir pela greve de fome, Garotinho se sacrifica em nome da moralidade pública, do respeito à honra e a ética, pouco lembradas hoje neste país dominado por um sistema financeiro perverso que tanto prejudica o povo brasileiro.
Ao denunciar a concentração cada vez maior da riqueza nacional nas mãos de agentes financeiros, Garotinho desperta a ira dos que se julgam poderosos. Em troca, passa a ser perseguido dia e noite pelas Organizações Globo com o aval, é claro, do governo Lula. São páginas e mais páginas de ataques sórdidos nos jornais da família Marinho, e minutos e mais minutos de denúncias infundadas nos telejornais da TV Globo. Espaço para a defesa? Um canto de página e alguns segundos na televisão. É o que oferecem ao pré-candidato.
Ao crescer nas pesquisas eleitorais, graças as suas propostas nacionalistas, Garotinho se tornou uma ameaça real aos que estão acostumados a fazer o que bem entendem e enriquecem às custas da Nação brasileira. Nosso objetivo não é fazer juízo e valores quanto à decisão extrema tomada pelo ex-governador, mas, sim, reconhecer este ato de grandeza do ilustre político. Estamos ao lado de Garotinho nesta luta desigual, e solidários com seus familiares. Acreditamos na Justiça e na sensibilidade das pessoas de bem desse país.
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
Petrobras não porá mais um tostão na Bolívia
Por: Tribuna da Imprensa
Dois dias depois de ter suas reservas de gás natural na Bolívia confiscadas pelo governo local, a Petrobras endureceu o discurso e anunciou ontem a suspensão de qualquer novo investimento naquele país. Mais: afirmou que não vai aceitar aumento dos preços do gás.
A empresa desistiu até da ampliação do Gasoduto Brasil-Bolívia, que elevaria em pelo menos 50% a capacidade atual transporte, de 30 milhões de metros cúbicos por dia. No caso dos preços, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou que a empresa não foi informada sobre essa possibilidade e prometeu que, "se isso acontecer (reajuste), vamos recorrer à arbitragem internacional".
Segundo o executivo, depois de a YPFB (estatal perolífera boliviana) notificar a Petrobras seu interesse em elevar os preços, "abre-se um processo negocial que tem prazo de 45 dias para se encerrar. Se não houver consenso, recorreremos a arbitragem internacional, como está previsto no contrato", afirmou.
Gabrielli descartou a possibilidade de apagão ou racionamento de gás. "O abastecimento de todas as distribuidoras e indústrias que têm contratos de fornecimento está absolutamente garantido. Qualquer questionamento desta hipótese é um oportunismo político", disse.
Para ele, "a Bolívia quer e precisa manter o fornecimento de gás para o Brasil". O principal motivo é que, explicou, o gás produzido lá é associado ao óleo condensado, usado na fabricação de derivados consumidos no mercado interno boliviano, como gasolina e diesel. "Se parar de enviar gás para o Brasil, a Bolívia suspende também o atendimento ao mercado interno, porque não tem para onde escoar este gás".
Gabrielli disse ainda que existem dois tipos de contrato da Petrobras com a Bolívia. O de fornecimento de gás até 2019, a Petrobras quer manter "sob qualquer circunstância". Um segundo, que se refere à produção da estatal naquele País, é que foi profundamente alterado pelo decreto de Evo Morales.
Pelo decreto, a Petrobras passa a ter como remuneração pela atividade de exploração das reservas bolivianas apenas 18% do valor do combustível negociado. "Isso, certamente, vai apertar nossa margem (de lucro) e pode inviabilizar as operações", admitiu o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa. Por ora, entretanto, a Petrobras descartou a possibilidade de sair da Bolívia.
Déficit
Com a decisão de suspender os futuros investimentos que faria na Bolívia, a Petrobras deverá correr contra o tempo para substituir 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia que atenderiam a demanda interna com o aumento da capacidade do Gasbol. Entre as alternativas possíveis, a principal é a instalação de fábricas de regaseificação, que seriam responsáveis por processar Gás Natural Liquefeito (GNL) importado. As fábricas poderiam ser viabilizadas em cerca de dois anos, disse o diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer.
Segundo ele, este combustível teria um preço mais elevado do que o atual, mas as fábricas atuariam apenas emergencialmente para atender usinas termelétricas. "É melhor termos uma planta deste tipo, ativada a um custo elevado momentaneamente, do que manter um custo fixo mais baixo para atender térmicas que dificilmente são acionadas", disse Sauer.
Dois dias depois de ter suas reservas de gás natural na Bolívia confiscadas pelo governo local, a Petrobras endureceu o discurso e anunciou ontem a suspensão de qualquer novo investimento naquele país. Mais: afirmou que não vai aceitar aumento dos preços do gás.
A empresa desistiu até da ampliação do Gasoduto Brasil-Bolívia, que elevaria em pelo menos 50% a capacidade atual transporte, de 30 milhões de metros cúbicos por dia. No caso dos preços, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou que a empresa não foi informada sobre essa possibilidade e prometeu que, "se isso acontecer (reajuste), vamos recorrer à arbitragem internacional".
Segundo o executivo, depois de a YPFB (estatal perolífera boliviana) notificar a Petrobras seu interesse em elevar os preços, "abre-se um processo negocial que tem prazo de 45 dias para se encerrar. Se não houver consenso, recorreremos a arbitragem internacional, como está previsto no contrato", afirmou.
Gabrielli descartou a possibilidade de apagão ou racionamento de gás. "O abastecimento de todas as distribuidoras e indústrias que têm contratos de fornecimento está absolutamente garantido. Qualquer questionamento desta hipótese é um oportunismo político", disse.
Para ele, "a Bolívia quer e precisa manter o fornecimento de gás para o Brasil". O principal motivo é que, explicou, o gás produzido lá é associado ao óleo condensado, usado na fabricação de derivados consumidos no mercado interno boliviano, como gasolina e diesel. "Se parar de enviar gás para o Brasil, a Bolívia suspende também o atendimento ao mercado interno, porque não tem para onde escoar este gás".
Gabrielli disse ainda que existem dois tipos de contrato da Petrobras com a Bolívia. O de fornecimento de gás até 2019, a Petrobras quer manter "sob qualquer circunstância". Um segundo, que se refere à produção da estatal naquele País, é que foi profundamente alterado pelo decreto de Evo Morales.
Pelo decreto, a Petrobras passa a ter como remuneração pela atividade de exploração das reservas bolivianas apenas 18% do valor do combustível negociado. "Isso, certamente, vai apertar nossa margem (de lucro) e pode inviabilizar as operações", admitiu o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa. Por ora, entretanto, a Petrobras descartou a possibilidade de sair da Bolívia.
Déficit
Com a decisão de suspender os futuros investimentos que faria na Bolívia, a Petrobras deverá correr contra o tempo para substituir 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia que atenderiam a demanda interna com o aumento da capacidade do Gasbol. Entre as alternativas possíveis, a principal é a instalação de fábricas de regaseificação, que seriam responsáveis por processar Gás Natural Liquefeito (GNL) importado. As fábricas poderiam ser viabilizadas em cerca de dois anos, disse o diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer.
Segundo ele, este combustível teria um preço mais elevado do que o atual, mas as fábricas atuariam apenas emergencialmente para atender usinas termelétricas. "É melhor termos uma planta deste tipo, ativada a um custo elevado momentaneamente, do que manter um custo fixo mais baixo para atender térmicas que dificilmente são acionadas", disse Sauer.
Tribunal investiga elo Rosinha-evangélicos
Por: SERGIO TORRES (Folha de São Paulo)
Um negócio que envolve R$ 10,54 milhões e 17 milhões de fraldas geriátricas, o programa Farmácia Popular (produtos a R$ 1) e uma entidade de pastores evangélicos ligada ao pré-candidato à Presidência Anthony Garotinho (PMDB) está sob investigação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro.
A fim de abastecer as farmácias populares, o governo Rosinha Matheus (mulher de Garotinho) comprou as fraldas produzidas pela Aloés Industria e Comércio, cujo diretor-presidente é o pastor Altomir Régis Cunha, vice-presidente da Adhonep (Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno). O contrato foi fechado em 30 de janeiro deste ano.
Régis Cunha é um dos homens de confiança de Garotinho no mundo evangélico. Católico, Garotinho se converteu ao protestantismo depois de um acidente de carro sofrido na rodovia Dutra (Rio-São Paulo) durante a campanha eleitoral de 1994. Ele chegou a escrever o livro "Virou o Carro, Virou Minha Vida", sucesso de vendas entre evangélicos.
Na campanha presidencial de 2002, Garotinho disse que parte de suas viagens pelo país foram custeadas pela Adhonep. Na atual pré-campanha, ele não vinculou os pagamentos à entidade.
Auxiliar de Garotinho e ex-coordenador do programa do governo estadual Cheque-Cidadão (distribuição de cheques de R$ 100), o pastor Everaldo Dias Pereira disse que alguns deslocamentos foram pagos por pastores ligados à Adhonep. Essas viagens teriam objetivos religiosos. Convidado por líderes evangélicos locais, o pré-candidato teria participado de cultos e palestras.
O processo aberto no TCE (número 103055-1/06) apura se há irregularidades no contrato para o fornecimento das fraldas, firmado com o Instituto Vital Brazil -órgão vinculado ao governo do Estado, com sede em Niterói.
Os documentos encaminhados pelo Vital Brazil ao TCE indicam que a Aloés foi contratada pelo modelo de concorrência "licitação em pregão", prevista pela legislação federal. Esse tipo de licitação acontece quando as propostas são apresentadas em reunião da qual participam representantes das empresas interessadas em oferecer serviços.
O preço apresentado pela Aloés teria sido menor do que as dos concorrentes, as empresas Barrier e Santos Land Comércio. Os valores não foram revelados nem pelo TCE nem pelo governo Rosinha.
Governadora visita
Com sede na rodovia Amaral Peixoto (ligação entre Niterói e o norte fluminense), na altura do município de São Gonçalo (região metropolitana), a Aloés Indústria e Comércio é a terceira no país na produção de fraldas infantis e geriátricas e de absorventes íntimos.
Há dois anos a empresa abriu uma fábrica no município de Piraí (a 80 quilômetros do Rio). A governadora Rosinha Matheus compareceu à inauguração, acompanhada do então prefeito Luiz Fernando Pezão.
Pezão é uma liderança peemedebista no interior do Estado do Rio. Hoje, é secretário estadual de Governo. Assumiu a secretaria quando o titular Anthony Garotinho se desincompatibilizou para disputar pela segunda vez a eleição para presidente da República.
Visita retribuída
A Folha tentou ouvir o pastor Régis Cunha. Na Aloés e na Adhonep, assessores informavam que ele participava de reuniões externas. Até a conclusão desta edição, ele não havia respondido aos recados deixados pela Folha.
Em setembro do ano passado, na companhia de Anthony Garotinho e de Rosinha, o pastor participou no Rio de Janeiro de uma recepção oferecida pela ADVB (Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing) ao deputado federal Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB.
Um negócio que envolve R$ 10,54 milhões e 17 milhões de fraldas geriátricas, o programa Farmácia Popular (produtos a R$ 1) e uma entidade de pastores evangélicos ligada ao pré-candidato à Presidência Anthony Garotinho (PMDB) está sob investigação do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio de Janeiro.
A fim de abastecer as farmácias populares, o governo Rosinha Matheus (mulher de Garotinho) comprou as fraldas produzidas pela Aloés Industria e Comércio, cujo diretor-presidente é o pastor Altomir Régis Cunha, vice-presidente da Adhonep (Associação dos Homens de Negócio do Evangelho Pleno). O contrato foi fechado em 30 de janeiro deste ano.
Régis Cunha é um dos homens de confiança de Garotinho no mundo evangélico. Católico, Garotinho se converteu ao protestantismo depois de um acidente de carro sofrido na rodovia Dutra (Rio-São Paulo) durante a campanha eleitoral de 1994. Ele chegou a escrever o livro "Virou o Carro, Virou Minha Vida", sucesso de vendas entre evangélicos.
Na campanha presidencial de 2002, Garotinho disse que parte de suas viagens pelo país foram custeadas pela Adhonep. Na atual pré-campanha, ele não vinculou os pagamentos à entidade.
Auxiliar de Garotinho e ex-coordenador do programa do governo estadual Cheque-Cidadão (distribuição de cheques de R$ 100), o pastor Everaldo Dias Pereira disse que alguns deslocamentos foram pagos por pastores ligados à Adhonep. Essas viagens teriam objetivos religiosos. Convidado por líderes evangélicos locais, o pré-candidato teria participado de cultos e palestras.
O processo aberto no TCE (número 103055-1/06) apura se há irregularidades no contrato para o fornecimento das fraldas, firmado com o Instituto Vital Brazil -órgão vinculado ao governo do Estado, com sede em Niterói.
Os documentos encaminhados pelo Vital Brazil ao TCE indicam que a Aloés foi contratada pelo modelo de concorrência "licitação em pregão", prevista pela legislação federal. Esse tipo de licitação acontece quando as propostas são apresentadas em reunião da qual participam representantes das empresas interessadas em oferecer serviços.
O preço apresentado pela Aloés teria sido menor do que as dos concorrentes, as empresas Barrier e Santos Land Comércio. Os valores não foram revelados nem pelo TCE nem pelo governo Rosinha.
Governadora visita
Com sede na rodovia Amaral Peixoto (ligação entre Niterói e o norte fluminense), na altura do município de São Gonçalo (região metropolitana), a Aloés Indústria e Comércio é a terceira no país na produção de fraldas infantis e geriátricas e de absorventes íntimos.
Há dois anos a empresa abriu uma fábrica no município de Piraí (a 80 quilômetros do Rio). A governadora Rosinha Matheus compareceu à inauguração, acompanhada do então prefeito Luiz Fernando Pezão.
Pezão é uma liderança peemedebista no interior do Estado do Rio. Hoje, é secretário estadual de Governo. Assumiu a secretaria quando o titular Anthony Garotinho se desincompatibilizou para disputar pela segunda vez a eleição para presidente da República.
Visita retribuída
A Folha tentou ouvir o pastor Régis Cunha. Na Aloés e na Adhonep, assessores informavam que ele participava de reuniões externas. Até a conclusão desta edição, ele não havia respondido aos recados deixados pela Folha.
Em setembro do ano passado, na companhia de Anthony Garotinho e de Rosinha, o pastor participou no Rio de Janeiro de uma recepção oferecida pela ADVB (Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing) ao deputado federal Michel Temer (SP), presidente nacional do PMDB.
Perdoai-nos, já que o outro também faz
Por: José Nêumanne
em a Velhinha de Taubaté, a personagem crédula de Luis Fernando Verissimo, se ressuscitasse e lesse o noticiário do fim de semana, poderia esperar resultado diferente do 13º Encontro Nacional do PT em relação aos "mensaleiros" do partido. O perdão aos companheiros que "se equivocaram", coerente com a lógica auto-indulgente dos petistas, neste instante também se tornou essencial para lhes garantir mais quatro anos de "boquinhas" à custa das burras federais.
A auto-indulgência petista é conseqüência natural de seu senso de missão. Como se sabe, o grande inspirador do ainda hoje líder inconteste do partido, o comissário José Dirceu, o tirano georgiano Josef Stalin, celebrizou a radicalização completa do maquiavelismo de esquerda com a fórmula cínica segundo a qual "os fins justificam os meios". Alguns ingênuos imaginam que os tais fins seriam o comunismo, objetivo final da igualdade plena e solidária dos seres humanos, passando antes pelos meios da implacável ditadura do proletariado. A verdade é que essa fórmula já foi abandonada há muito tempo e hoje o sonho socialista não é mais a extinção da propriedade privada dos meios de produção, mas a apropriação, seja por quais meios for, até mesmo usando as debilidades da democracia dita "burguesa", do aparelho do Estado, através do qual é possível chegar à fortuna fácil e ao poder absoluto.
No primeiro governo Lula, a aplicação no âmbito federal de uma técnica de desvio das verbas públicas para os cofres do PT e as contas de seus dirigentes, testada nas prefeituras sob seu controle, só não foi plenamente bem-sucedida por um passo em falso dado pelo grande coordenador do esquema (segundo o procurador-geral da República). O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu menosprezou o impacto da vingança ameaçada pelo ex-amigo Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional afastado do PTB, e foi destruído pela bomba-relógio que o inesperado camicase fez explodir na própria boca. O terrorista suicida e seu principal alvo tiveram os próprios mandatos extintos pelo atentado, mas isso não gerou muitos estragos, nem para um nem para o outro. Não consta que a qualidade de vida de Jefferson tenha sido profundamente abalada por sua ousadia. E a desenvolta e impune mobilidade do comissário em jatinhos particulares cumprindo tarefas do chefe supremo indica que ele está longe de ter perdido o poder e as mordomias dos velhos tempos.
Os outros personagens do esquema, apelidado de "mensalão" por seu delator, gozam da ampla, geral e irrestrita impunidade com a qual a elite dirigente se protege. O estado de espírito desses beneficiários do "valerioduto" pode ser aferido no pagode da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) no plenário da Câmara ou, agora, no desabafo feliz de seu companheiro Professor Luizinho (PT-SP), após o encontro do fim de semana em São Paulo: "Nunca tive tanta solidariedade concentrada." Essa solidariedade se deve à certeza de que, como sói ocorrer em nosso quartel de Abrantes, onde tudo sempre continua como dantes, ninguém vai ser punido pelos delitos que eventualmente tiver cometido, pois, como na velha República do estado de sítio de Bernardes, só existe pena para adversário, sendo o perdão exclusivo atributo próprio e para amigos e apaniguados.
O enterro da investigação dos "mensaleiros" do PT na reunião à qual compareceram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu articulador José Dirceu (que, aliás, não perdeu os direitos políticos com a cassação?) reafirma a fé que os petistas têm, com fundadas razões, ao que tudo indica, na falta de autoridade moral de seus adversários na cobrança da justa punição à "companheirada" infratora. E também consagra sua convicção de que as bases eleitorais comungam os ideais deles, segundo os quais corrupção condenável mesmo só a dos outros, nunca a própria ou de amigos e aliados.
A busca do poder de reduzir adversários a pó, mesmo que isso implique o esmagamento das instituições republicanas, teve de ser adiada para o segundo round possível da luta, por conta da reação das vítimas e do que resta de vitalidade nas instituições que as protegem. Nada impedirá, contudo, o presidente, se reeleito, de tentar, e desta vez com sucesso, calar os promotores e funcionários em geral com a lei da mordaça, a imprensa com o Conselho Federal de Jornalismo e o rádio e a televisão com a Ancinav. Quem tiver um pouco de juízo na cachola conta com isso.
Os ingênuos que acreditam que o Mal é de direita e a esquerda ainda é a casa do Bem têm agora uma oportunidade de perceber o óbvio, ao dar o devido valor à declaração do secretário de Relações Internacionais do PT, após o 13º Encontro Nacional. "Nossa prioridade neste ano é reeleger o companheiro Lula", disse Valter Pomar. Isso significa: obter o perdão do povo pelo aparelhamento passado e garantir as "boquinhas" do futuro. Não é uma missão impossível. Nem sequer está parecendo assim tão difícil.
Para ganhar a eleição de outubro o PT não aposta na inocência dos seus delinqüentes, mas no reconhecimento da culpa pelos adversários. A calhorda participação das bancadas oposicionistas no perdão generalizado aos "mensaleiros" da Câmara avaliza e dá fé a esse truísmo. E permite ainda aos petistas a necessária caradura para se solidarizar com os próprios infratores. Enquanto a campanha da reeleição de Lula navega em mar de almirante, seu principal adversário, Geraldo Alckmin, do PSDB, não conseguiu ainda montar uma equipe de assessoria, rascunhar um programa de governo nem encontrar um discurso capaz de persuadir o eleitor a mudar de gestor. Mais que a impressão de que não é alternativa viável a Lula, o PSDB faz o eleitor desconfiar de que nem sequer dispõe de um candidato apto a enfrentar o presidente na disputa eleitoral.
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde
em a Velhinha de Taubaté, a personagem crédula de Luis Fernando Verissimo, se ressuscitasse e lesse o noticiário do fim de semana, poderia esperar resultado diferente do 13º Encontro Nacional do PT em relação aos "mensaleiros" do partido. O perdão aos companheiros que "se equivocaram", coerente com a lógica auto-indulgente dos petistas, neste instante também se tornou essencial para lhes garantir mais quatro anos de "boquinhas" à custa das burras federais.
A auto-indulgência petista é conseqüência natural de seu senso de missão. Como se sabe, o grande inspirador do ainda hoje líder inconteste do partido, o comissário José Dirceu, o tirano georgiano Josef Stalin, celebrizou a radicalização completa do maquiavelismo de esquerda com a fórmula cínica segundo a qual "os fins justificam os meios". Alguns ingênuos imaginam que os tais fins seriam o comunismo, objetivo final da igualdade plena e solidária dos seres humanos, passando antes pelos meios da implacável ditadura do proletariado. A verdade é que essa fórmula já foi abandonada há muito tempo e hoje o sonho socialista não é mais a extinção da propriedade privada dos meios de produção, mas a apropriação, seja por quais meios for, até mesmo usando as debilidades da democracia dita "burguesa", do aparelho do Estado, através do qual é possível chegar à fortuna fácil e ao poder absoluto.
No primeiro governo Lula, a aplicação no âmbito federal de uma técnica de desvio das verbas públicas para os cofres do PT e as contas de seus dirigentes, testada nas prefeituras sob seu controle, só não foi plenamente bem-sucedida por um passo em falso dado pelo grande coordenador do esquema (segundo o procurador-geral da República). O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu menosprezou o impacto da vingança ameaçada pelo ex-amigo Roberto Jefferson (RJ), presidente nacional afastado do PTB, e foi destruído pela bomba-relógio que o inesperado camicase fez explodir na própria boca. O terrorista suicida e seu principal alvo tiveram os próprios mandatos extintos pelo atentado, mas isso não gerou muitos estragos, nem para um nem para o outro. Não consta que a qualidade de vida de Jefferson tenha sido profundamente abalada por sua ousadia. E a desenvolta e impune mobilidade do comissário em jatinhos particulares cumprindo tarefas do chefe supremo indica que ele está longe de ter perdido o poder e as mordomias dos velhos tempos.
Os outros personagens do esquema, apelidado de "mensalão" por seu delator, gozam da ampla, geral e irrestrita impunidade com a qual a elite dirigente se protege. O estado de espírito desses beneficiários do "valerioduto" pode ser aferido no pagode da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) no plenário da Câmara ou, agora, no desabafo feliz de seu companheiro Professor Luizinho (PT-SP), após o encontro do fim de semana em São Paulo: "Nunca tive tanta solidariedade concentrada." Essa solidariedade se deve à certeza de que, como sói ocorrer em nosso quartel de Abrantes, onde tudo sempre continua como dantes, ninguém vai ser punido pelos delitos que eventualmente tiver cometido, pois, como na velha República do estado de sítio de Bernardes, só existe pena para adversário, sendo o perdão exclusivo atributo próprio e para amigos e apaniguados.
O enterro da investigação dos "mensaleiros" do PT na reunião à qual compareceram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu articulador José Dirceu (que, aliás, não perdeu os direitos políticos com a cassação?) reafirma a fé que os petistas têm, com fundadas razões, ao que tudo indica, na falta de autoridade moral de seus adversários na cobrança da justa punição à "companheirada" infratora. E também consagra sua convicção de que as bases eleitorais comungam os ideais deles, segundo os quais corrupção condenável mesmo só a dos outros, nunca a própria ou de amigos e aliados.
A busca do poder de reduzir adversários a pó, mesmo que isso implique o esmagamento das instituições republicanas, teve de ser adiada para o segundo round possível da luta, por conta da reação das vítimas e do que resta de vitalidade nas instituições que as protegem. Nada impedirá, contudo, o presidente, se reeleito, de tentar, e desta vez com sucesso, calar os promotores e funcionários em geral com a lei da mordaça, a imprensa com o Conselho Federal de Jornalismo e o rádio e a televisão com a Ancinav. Quem tiver um pouco de juízo na cachola conta com isso.
Os ingênuos que acreditam que o Mal é de direita e a esquerda ainda é a casa do Bem têm agora uma oportunidade de perceber o óbvio, ao dar o devido valor à declaração do secretário de Relações Internacionais do PT, após o 13º Encontro Nacional. "Nossa prioridade neste ano é reeleger o companheiro Lula", disse Valter Pomar. Isso significa: obter o perdão do povo pelo aparelhamento passado e garantir as "boquinhas" do futuro. Não é uma missão impossível. Nem sequer está parecendo assim tão difícil.
Para ganhar a eleição de outubro o PT não aposta na inocência dos seus delinqüentes, mas no reconhecimento da culpa pelos adversários. A calhorda participação das bancadas oposicionistas no perdão generalizado aos "mensaleiros" da Câmara avaliza e dá fé a esse truísmo. E permite ainda aos petistas a necessária caradura para se solidarizar com os próprios infratores. Enquanto a campanha da reeleição de Lula navega em mar de almirante, seu principal adversário, Geraldo Alckmin, do PSDB, não conseguiu ainda montar uma equipe de assessoria, rascunhar um programa de governo nem encontrar um discurso capaz de persuadir o eleitor a mudar de gestor. Mais que a impressão de que não é alternativa viável a Lula, o PSDB faz o eleitor desconfiar de que nem sequer dispõe de um candidato apto a enfrentar o presidente na disputa eleitoral.
José Nêumanne, jornalista e escritor, é editorialista do Jornal da Tarde
Pernambuco pede impedimento
Por: Tribuna da Imprensa
RECIFE - O PMDB de Pernambuco oficializou ontem o pedido de impedimento do ex-governador Anthony Garotinho de representar o partido numa eventual disputa à Presidência da República. Em carta dirigida ao presidente nacional do partido, Michel Temer, o presidente da legenda estadual, Dorany Sampaio, justificou que em vez de defender-se das pesadas denúncias "que lhe foram assacadas", Garotinho optou por "uma estratégia patética, que o cobre de ridículo, com o risco de envolver nas suas atitudes imaturas o próprio nome do partido".
"Ao escolher tal caminho, despe-se o ex-governador fluminense de credenciais éticas para apresentar-se como candidato peemedebista a cargos públicos, e em especial, à Presidência da República", afirma a carta assinada por Sampaio, que também destaca que Garotinho "ficou devendo explicações satisfatórias e convincentes ao PMDB e à opinião nacional desmentindo cabalmente as irregularidades denunciadas".
Segundo Dorany Sampaio, a deliberação do PMDB-PE de propor o impedimento da pré-candidatura de Garotinho foi resultado de uma provocação do ex-governador e candidato do partido ao Senado, Jarbas Vasconcelos, que já havia condenado anteriormente a prática de Garotinho.
Jarbas apoiou Germano Rigotto na disputa interna pela pré-candidatura e defende que o PMDB não se alie a nenhum partido na eleição presidencial, para que possa ter liberdade de compor as alianças mais adequadas nos estados e municípios. Ele apóia a reeleição do seu ex-vice e atual governador do Estado, Mendonça Filho (PFL).
RECIFE - O PMDB de Pernambuco oficializou ontem o pedido de impedimento do ex-governador Anthony Garotinho de representar o partido numa eventual disputa à Presidência da República. Em carta dirigida ao presidente nacional do partido, Michel Temer, o presidente da legenda estadual, Dorany Sampaio, justificou que em vez de defender-se das pesadas denúncias "que lhe foram assacadas", Garotinho optou por "uma estratégia patética, que o cobre de ridículo, com o risco de envolver nas suas atitudes imaturas o próprio nome do partido".
"Ao escolher tal caminho, despe-se o ex-governador fluminense de credenciais éticas para apresentar-se como candidato peemedebista a cargos públicos, e em especial, à Presidência da República", afirma a carta assinada por Sampaio, que também destaca que Garotinho "ficou devendo explicações satisfatórias e convincentes ao PMDB e à opinião nacional desmentindo cabalmente as irregularidades denunciadas".
Segundo Dorany Sampaio, a deliberação do PMDB-PE de propor o impedimento da pré-candidatura de Garotinho foi resultado de uma provocação do ex-governador e candidato do partido ao Senado, Jarbas Vasconcelos, que já havia condenado anteriormente a prática de Garotinho.
Jarbas apoiou Germano Rigotto na disputa interna pela pré-candidatura e defende que o PMDB não se alie a nenhum partido na eleição presidencial, para que possa ter liberdade de compor as alianças mais adequadas nos estados e municípios. Ele apóia a reeleição do seu ex-vice e atual governador do Estado, Mendonça Filho (PFL).
ANJ: Judiciário é a maior fonte de censura à imprensa
Por: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Nelson Sirotsky, afirmou ontem, na Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa no Brasil, na Câmara dos Deputados, que a principal fonte de censura à imprensa no País hoje é o Poder Judiciário. "Nossa preocupação hoje recai nas formas mais sutis, sofisticadas e, portanto, mais insidiosas", afirmou.
Sirotsky disse que não há mais censura nos seus moldes tradicionais, a censura truculenta, que empastelava jornais, própria das ditaduras declaradas. "Essa censura, essa interferência nos conteúdos da imprensa, tem acontecido de forma geral por ação do Poder Judiciário", afirmou. Para ele, são freqüentes as decisões judiciais que impedem a veiculação de informações, opiniões e conteúdos de interesse público. Ele lembrou que as decisões são tomadas pelas primeiras instâncias do Judiciário, quase sempre reformadas por recursos, exatamente por ferir a Constituição, que proíbe a censura.
O presidente da ANJ afirmou que os meios de comunicação e seus profissionais têm de estar sujeitos aos rigores da lei quando cometerem excessos. "Não defendemos a irresponsabilidade ou a imunidade. Mas é inadmissível a indústria do dano moral. Trata-se de prática disseminada para impor condenações absurdas a empresas de comunicação e a jornalistas em processos relacionados com matérias que o Poder Judiciário considera causadoras de dano moral", argumentou. Isso, na opinião de Sirotsky, inibe a imprensa livre, dissemina a autocensura e verga economicamente os veículos mais frágeis.
O jornalista lembrou que já tramita na Câmara projeto de lei que fixa critérios e limites para as indenizações nos casos da divulgação de informações consideradas causadoras de dano moral. "A ANJ defende esta como a solução mais equilibrada para a questão. Ela possibilita a punição, mas não estimula a danosa indústria do dano moral que hoje vigora no País", disse.
O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), presente ao seminário, disse que repudia a censura feita pelo Judiciário aos jornais. Seu companheiro Ney Lopes (PFL-RN) defendeu a retratação como atenuante da indenização.
Cuba
Sirotsky disse ainda que a ANJ preocupa-se com a falta de liberdade vivida há décadas por Cuba, assim como as várias iniciativas ameaçadoras à liberdade de imprensa que estão ocorrendo na Venezuela. Ele elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por assinar a Declaração de Chapultepec, que defende a liberdade de imprensa. Disse que torce para que o presidente da Bolívia, Evo Morales, também faça o mesmo.
A presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Diana Daniels, disse que os esforços pela liberdade de imprensa estão provocando resultados no continente americano. Mas lembrou que, somente no Brasil, de 1987 até agora, 28 jornalistas foram assassinados ou desapareceram. A maior parte dos crimes não foi resolvida.
Para ela, desenvolver e manter uma imprensa responsável e de alta qualidade é uma luta longa, que não pode ser vencida de uma hora para outra. Ela citou Katharine Graham, ex-dirigente do The Washington Post Company: "No começo, a imprensa nos Estados Unidos operava mais na sarjeta do que no campanário", afirmou.
Diana disse que a campanha pela liberdade de imprensa está longe de acabar. "A ameaça mais séria à liberdade de imprensa não vem de nenhum fator externo. Na análise final, a autocensura representa o maior perigo no Brasil e em qualquer lugar", afirmou.
No encerramento do seminário, o vice-presidente do Comitê Executivo da Declaração de Chapultepec da SIP, Bartolomé Mitre, defendeu a aprovação do projeto de lei que garante o acesso do cidadão às informações públicas. Ele criticou o fato de o projeto estar há dois anos em tramitação na Câmara sem que tenha sido votado.
BRASÍLIA - O presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Nelson Sirotsky, afirmou ontem, na Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa no Brasil, na Câmara dos Deputados, que a principal fonte de censura à imprensa no País hoje é o Poder Judiciário. "Nossa preocupação hoje recai nas formas mais sutis, sofisticadas e, portanto, mais insidiosas", afirmou.
Sirotsky disse que não há mais censura nos seus moldes tradicionais, a censura truculenta, que empastelava jornais, própria das ditaduras declaradas. "Essa censura, essa interferência nos conteúdos da imprensa, tem acontecido de forma geral por ação do Poder Judiciário", afirmou. Para ele, são freqüentes as decisões judiciais que impedem a veiculação de informações, opiniões e conteúdos de interesse público. Ele lembrou que as decisões são tomadas pelas primeiras instâncias do Judiciário, quase sempre reformadas por recursos, exatamente por ferir a Constituição, que proíbe a censura.
O presidente da ANJ afirmou que os meios de comunicação e seus profissionais têm de estar sujeitos aos rigores da lei quando cometerem excessos. "Não defendemos a irresponsabilidade ou a imunidade. Mas é inadmissível a indústria do dano moral. Trata-se de prática disseminada para impor condenações absurdas a empresas de comunicação e a jornalistas em processos relacionados com matérias que o Poder Judiciário considera causadoras de dano moral", argumentou. Isso, na opinião de Sirotsky, inibe a imprensa livre, dissemina a autocensura e verga economicamente os veículos mais frágeis.
O jornalista lembrou que já tramita na Câmara projeto de lei que fixa critérios e limites para as indenizações nos casos da divulgação de informações consideradas causadoras de dano moral. "A ANJ defende esta como a solução mais equilibrada para a questão. Ela possibilita a punição, mas não estimula a danosa indústria do dano moral que hoje vigora no País", disse.
O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), presente ao seminário, disse que repudia a censura feita pelo Judiciário aos jornais. Seu companheiro Ney Lopes (PFL-RN) defendeu a retratação como atenuante da indenização.
Cuba
Sirotsky disse ainda que a ANJ preocupa-se com a falta de liberdade vivida há décadas por Cuba, assim como as várias iniciativas ameaçadoras à liberdade de imprensa que estão ocorrendo na Venezuela. Ele elogiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por assinar a Declaração de Chapultepec, que defende a liberdade de imprensa. Disse que torce para que o presidente da Bolívia, Evo Morales, também faça o mesmo.
A presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Diana Daniels, disse que os esforços pela liberdade de imprensa estão provocando resultados no continente americano. Mas lembrou que, somente no Brasil, de 1987 até agora, 28 jornalistas foram assassinados ou desapareceram. A maior parte dos crimes não foi resolvida.
Para ela, desenvolver e manter uma imprensa responsável e de alta qualidade é uma luta longa, que não pode ser vencida de uma hora para outra. Ela citou Katharine Graham, ex-dirigente do The Washington Post Company: "No começo, a imprensa nos Estados Unidos operava mais na sarjeta do que no campanário", afirmou.
Diana disse que a campanha pela liberdade de imprensa está longe de acabar. "A ameaça mais séria à liberdade de imprensa não vem de nenhum fator externo. Na análise final, a autocensura representa o maior perigo no Brasil e em qualquer lugar", afirmou.
No encerramento do seminário, o vice-presidente do Comitê Executivo da Declaração de Chapultepec da SIP, Bartolomé Mitre, defendeu a aprovação do projeto de lei que garante o acesso do cidadão às informações públicas. Ele criticou o fato de o projeto estar há dois anos em tramitação na Câmara sem que tenha sido votado.
Para eleitor, corrupção é o maior problema do governo
Por: Tribuna da Imprensa
SÃO PAULO - A corrupção foi apontada por 56% dos entrevistados do Ibope no Estado de São Paulo como o principal problema que o governo federal enfrenta no momento. Na pesquisa, encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) e pela Federação das Empresas de Transportes do Estado de São Paulo (Fetcesp), foram citados também os seguintes problemas que preocupam a população: violência nas grandes cidades (33%), geração de empregos (32%), combate à fome e à miséria (28%), serviços de saúde (28%), valor do salário mínimo (20%), valor dos impostos (16%) e situação das estradas (12%), entre outros.
A amostra, realizada entre os dias 28 e 30 de abril com 1.204 eleitores em 63 municípios paulistas, avaliou também a preocupação com relação aos principais problemas no Estado. Saúde e desemprego lideraram com 62%, seguidos por segurança pública (37%), educação (35%), corrupção (20%), moradia (19%), transporte público (9%) e estradas (7%), entre outros.
O Ibope apurou também a ligação que o eleitor faz entre os pré-candidatos que disputam o governo do Estado com os vários setores administrativos. Segundo a amostra, o pré-candidato do PSDB, José Serra, aparece mais preocupado com a área da saúde para 56% do entrevistados. A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy aparece mais identificada com a área da educação para 23% do eleitores.
Na área de transporte público, o tucano registra 23% e a petista, 21%, ou seja, aparecem empatados tecnicamente, já que a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) registrou baixos índices em todas as áreas. Os maiores percentuais do senador estão na faixa dos 3%, como nas áreas da educação e criação de empregos.
Já o ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf, do PP, destaca-se na área de segurança pública, onde é percebido como mais preocupado por 14% dos entrevistados. Apesar disso, neste quesito, Serra ficou na frente, com 23%. Marta registrou 8% e Mercadante, 2%.
SÃO PAULO - A corrupção foi apontada por 56% dos entrevistados do Ibope no Estado de São Paulo como o principal problema que o governo federal enfrenta no momento. Na pesquisa, encomendada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp) e pela Federação das Empresas de Transportes do Estado de São Paulo (Fetcesp), foram citados também os seguintes problemas que preocupam a população: violência nas grandes cidades (33%), geração de empregos (32%), combate à fome e à miséria (28%), serviços de saúde (28%), valor do salário mínimo (20%), valor dos impostos (16%) e situação das estradas (12%), entre outros.
A amostra, realizada entre os dias 28 e 30 de abril com 1.204 eleitores em 63 municípios paulistas, avaliou também a preocupação com relação aos principais problemas no Estado. Saúde e desemprego lideraram com 62%, seguidos por segurança pública (37%), educação (35%), corrupção (20%), moradia (19%), transporte público (9%) e estradas (7%), entre outros.
O Ibope apurou também a ligação que o eleitor faz entre os pré-candidatos que disputam o governo do Estado com os vários setores administrativos. Segundo a amostra, o pré-candidato do PSDB, José Serra, aparece mais preocupado com a área da saúde para 56% do entrevistados. A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy aparece mais identificada com a área da educação para 23% do eleitores.
Na área de transporte público, o tucano registra 23% e a petista, 21%, ou seja, aparecem empatados tecnicamente, já que a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) registrou baixos índices em todas as áreas. Os maiores percentuais do senador estão na faixa dos 3%, como nas áreas da educação e criação de empregos.
Já o ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf, do PP, destaca-se na área de segurança pública, onde é percebido como mais preocupado por 14% dos entrevistados. Apesar disso, neste quesito, Serra ficou na frente, com 23%. Marta registrou 8% e Mercadante, 2%.
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