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segunda-feira, janeiro 16, 2023

Polícia Federal usa DNA para coletar provas contra vândalos em Brasília




Amostras serão comparadas com aquelas encontradas pelos peritos nas sedes dos Três Poderes

Por Levy Guimarães

A Polícia Federal irá utilizar amostras de DNA em paredes, objetos e solo para investigar e identificar os invasores que provocaram a quebradeira nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

As pessoas que foram presas logo após o episódio tiveram seu DNA coletado no Instituto Médico Legal (IML), antes de irem para o Complexo da Papuda, no início da última semana. Assim, as amostras serão comparadas com aquelas encontradas pelos peritos nas sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.

Esta é apenas uma das frentes de investigação que os agentes estão adotando para apurar os responsáveis pelos atos na capital. A PF também está fazendo perícia nos mais de mil telefones celulares apreendidos. Serão consideradas, por exemplo, trocas de mensagens.

Dessa forma, a Polícia Federal busca chegar não só aos responsáveis por vandalizar os prédios públicos, mas principalmente por financiar e organizar as caravanas que levaram os bolsonaristas a Brasília.

As investigações já apreenderam ônibus que transportaram os invasores e localizaram uma das pousadas onde eles estavam no último fim de semana. Além disso, foi pedido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a relação de todos os ônibus que embarcaram para Brasília nos dias anteriores ao atentado.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, já anunciou que os acusados serão classificados em quatro categorias: executores, que realizaram a invasão e vandalizaram o patrimônio público, mandantes, incentivadores e financiadores.

Um dos instrumentos mais eficazes na investigação, até aqui, têm sido os vídeos publicados nas redes sociais. Os canais de denúncia do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério Público Federal, criados especificamente para os atos de 8 de janeiro, já receberam centenas de materiais que buscam identificar e culpabilizar os extremistas.

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