Deu na Folha
A PM do Distrito Federal e a Polícia do Exército conduziram na manhã desta segunda-feira (9) o esvaziamento da área do quartel-general do Exército em Brasília, cumprindo a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de retirada de todos os golpistas acampados no local.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ocorreram ao todo 1.509 prisões desde ontem – 1.300 entre os acampados no QG do Exército, e outros 209 na Praça dos Três Poderes.
FIM DO ACAMPAMENTO – Mais cedo, os policiais haviam dado cerca de uma hora para que os manifestantes radicais recolhessem seus pertences e deixassem o acampamento. Eles também informaram aos presentes que aqueles quem seguissem no local seriam detidos.
De acordo com militares que participam da operação, os bolsonaristas conduzidos nos ônibus serão identificados, mas eles não souberam dizer se continuarão presos.
Em relatos nas redes sociais, bolsonaristas disseram que foram informados pelos policiais que passariam por uma triagem, com conferência de documentação e revista, após deixarem o acampamento e seriam liberados. No entanto, a expectativa dos manifestantes radicais é que sejam “fichados como terroristas”.
VENDO DE PERTO – Os ministros José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, designado interventor federal, assistiram a uma parte da desocupação do acampamento golpista no DF.
Uma barreira de agentes de segurança acompanhava a movimentação, enquanto o Exército fazia uma inspeção nas barracas que ficaram no local depois da saída da maioria dos golpistas.
A ideia da cúpula militar era pressionar bolsonaristas a se retirar do local de maneira pacífica, evitando confronto. Alguns golpistas, contudo, mostraram resistência. Um manifestante que xingava as forças de segurança foi detido.
TIPO CAPITÓLIO – Na noite de domingo, 209 pessoas já haviam sido presas pelos ataques contra a democracia. O caso foi comparado à invasão do Capitólio, nos EUA, em 6 janeiro de 2021. Naquela ocasião, segundo o jornal USA Today, 14 foram presos na data. Nos dias seguintes, o número chegou a 90 e cresceu para quase mil após as investigações, passados dois anos do episódio.
No começo da manhã desta segunda, os policiais começaram a entrar no acampamento, que já durava mais de 70 dias. Outras tentativas pacíficas fracassaram.
Mas na noite de domingo (8), o Exército impediu a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal na área em que bolsonaristas extremistas estão acampados em Brasília, em frente ao quartel-general da Força.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O ministro da Justiça, Flávio Dino, é exagerado em tudo. Fornecem informações malucas aos jornalistas, que as repetem como se fossem papagaios. Não é verdade que tenham sido presos outros 1.300 manifestantes, além dos 209 anunciados antes. Essa informação é uma boçalidade. Não existem acomodações para prender 1.200 pessoas. A imensa maioria dos ativistas foram apenas identificados e imediatamente soltos, até porque no Brasil não existe prisão sem flagrante delito. Aliás, nem todos os que estavam na Praça dos Três Poderes participaram do quebra-quebra. A maioria apenas assistiu e aplaudiu, mas isso não é crime, nem mesmo na interpretação do inovador ministro Alexandre de Moraes, digamos assim. Aliás, só ele tem força para mandar prender sem flagrante delito, como a AGU (Advocacia-Geral da União) pretende em relação ao ex-ministro Anderson Torres, atual secretário de Segurança do Distrito Federal, que nem está no Brasil, pois acompanha Bolsonaro em sua dolce vita felliniana na matriz U.S.A. (C.N.)
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