Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sábado, agosto 06, 2022

Em nome de todos os combatentes da liberdade




A luta pela liberdade continua sem espaço para descontos. A NATO representa o Ocidente, a liberdade. Em breve chegará o momento em que a Aliança terá de tomar decisões difíceis em relação à Turquia. 

Por Nicolau Hidiroglou (foto)

Novas chantagens? Novos problemas? Até quando vamos tolerar os métodos turcos na Europa? Ninguém parece disposto a entrar numa discussão substantiva sobre o futuro da NATO.

Não há muito tempo, nem mesmo os alemães queriam discutir com seus parceiros europeus o relacionamento com Moscovo. Mas agora a dura realidade força a discussão, uma vez que a indústria alemã pode ficar sem energia e entrar em colapso. O que nos recusamos a enfrentar, encontramos mais tarde à nossa frente.

No caso da Turquia, temos muitos exemplos do passado. O que é importante sobre a NATO? Continuar a contar com o apoio da opinião pública dos estados que a compõem. Já se passaram 48 anos desde que a Turquia invadiu Chipre usando armamento da NATO. Desde então, a parte ocupada foi continuamente colonizada, enquanto seu património cultural foi destruído. A reação de Atenas em 1974 foi a retirada do braço militar da Aliança. Era algo que o povo grego, indignado, queria na época. A Grécia voltou a participar militarmente na Nato em 1980. Mas foi difícil, principalmente no início, restaurar a imagem da Aliança aos olhos dos Gregos. “CEE e NATO a mesma união”, foi o slogan antiocidental dos socialistas do PASOK nas eleições gregas de 1981. Os comunistas (KKE) na Grécia ainda falam assim.

A Aliança está a observar com profunda consternação a “barganha oriental” da Turquia pela adesão da Suécia e da Finlândia. E agora, há uma questão de valores. A Turquia é um país que ilegalmente e após uma invasão militar ocupa grande parte da República de Chipre (cerca de 36%), um país membro da União Europeia.

Os turcos continuam a ameaçar a Grécia no mar Egeu e a estabilidade no sudeste da Europa. É um país que invade o Iraque e a Síria de quando em vez e tem más relações com todos os vizinhos. É um país que constantemente finge ser neutro, especialmente quando as apostas são altas. E neste país, cujo governo viola brutalmente os direitos humanos, a NATO dá direito à chantagem para a entrada de novos membros! As implicações morais e políticas para a coesão da Aliança a médio prazo serão grandes.

As incompatibilidades da Turquia com os outros países da NATO são óbvias. Hoje, Ancara está pedindo à Suécia e à Finlândia que entreguem fugitivos. Nos países europeus existem procedimentos institucionais para a extradição de pessoas. Os direitos humanos nos nossos estados são protegidos. O governo turco sabe disso, mas alguns deram-lhe o direito de impor sua vontade. E é justamente aí que está o problema.

Mas isso não é tudo. Alguns países da UE vendem sistemas de armas à Turquia que podem ser usados ​​contra os Gregos a qualquer momento. A única coisa que parece interessar a alguns é o lucro. É hora de nos perguntarmos como os valores da NATO serão protegidos.

Ninguém deve ser autorizado a corroê-los. Na Grécia nunca esqueceram António Figueira de Almeida, que lutou contra os Otomanos pela sua independência. Ele foi um grande Português, herói da Revolução Grega.

A luta pela liberdade continua e não há espaço para fazer descontos. A humanidade está assistindo. A NATO representa o Ocidente, representa a liberdade. Em breve chegará o momento em que a Aliança terá de tomar decisões difíceis em relação à Turquia.

Observador (PT)

Em destaque

Triunfo eleitoral rendeu a Tarcísio a crise de ciúmes do clã Bolsonaro

Publicado em 11 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Tarcísio fatura com alta de Nunes nas últimas pes...

Mais visitadas