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quarta-feira, setembro 29, 2021

Hang nega financiar fake news, tumultua a CPI ao exibir cartaz e seu advogado é expulso

Publicado em 29 de setembro de 2021 por Tribuna da Internet

Hang usa CPI para exibir de graça comercial da Havan em TVsMarcela Mattos e Filipe Matoso
G1 — Brasília

O empresário Luciano Hang irritou a CPI da Covid ao levar placas com dizeres como: “Não me deixam falar”. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), pediu para que as placas fossem retiradas e suspendeu a sessão. Omar também pediu que um advogado de Hang, que se envolveu em discussão com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), deixasse a sessão.

No início de sua fala, o empresário disse que a morte de sua mãe foi usada politicamente e foi rebatido por Aziz. O nome de Regina Hang fora citado no caso Prevent Senior, porque a operadora teria ocultado a causa da morte dela

MORTE DA MÃE – Pouco antes da confusão causada pelas placas, Aziz criticou a postura de Hang e citou o caso da mãe do empresário: “Eu se tivesse a sua condição, levava a minha mãe na Lua, não na Prevent Senior. […] Esse é o patriota que tem a Estátua da Liberdade na frente de sua loja. E os palhaços vieram aqui hoje”.

Empresário bolsonarista é suspeito de ter financiado a divulgação de conteúdo falso, em especial sobre tratamentos ineficazes contra a Covid-19.

“Quero afirmar aqui nesta Casa, com a consciência tranquila e com a serenidade de quem tem a verdade a seu lado, que não conheço, não faço e nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo. Nunca financiei nenhum esquema de fake news e não sou negacionista”, declarou Hang no início do depoimento.

CONTAS NO EXTERIOR – No depoimento, Hang também disse que tem contas no exterior, declaradas à Receita; a morte da mãe dele foi usada politicamente; continuará postando opiniões nas redes sociais; e fake news atribuem a rede Havan a filhos de Lula e Dilma.

Em maio deste ano, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Luciano Hang. A operação mirou o suposto envolvimento de políticos, empresários e blogueiros na disseminação de conteúdo falso na internet.

Aos senadores nesta quarta, o empresário disse que não é e “nunca” foi contra vacinas. “Tanto que disponibilizei todos os nossos estacionamentos como pontos de vacinação. Além disso, juntamente com outros empresários, fizemos campanha para que a inciativa privada pudesse comprar e doar para acelerar o processo de imunização”, declarou.

LIBERDADE DE EXPRESSÃO – Segundo Hang, as opiniões deles são publicadas em redes sociais. “

Como qualquer brasileiro, resguardado pela nossa Constituição e pela democracia, não abro mão da minha liberdade de expressão”, afirmou.

“O senhor tem conta no exterior?”, indagou novamente Renan Calheiros.  “Temos”, respondeu o empresário.

REDE HAVAN – Ainda no depoimento, Luciano Hang disse que a rede Havan é conhecida, mas o dono, “desconhecido”. Segundo ele, há uma fake news segundo a qual a rede pertence aos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à filha da ex-presidente Dilma Roussef.

“Quem falava isso?”, indagou Omar Aziz. “O povo”, respondeu Hang.

“O povo não vai inventar uma história dessas”, respondeu Aziz. O senador Humberto Costa (PT-PE), então, disse que quem fez a afirmação foi a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP).

“É isso, Humberto, até a deputada caiu na fake news”, disse Luciano Hang. “Ela não caiu, ela criou. É diferente”, respondeu Humberto Costa.

FINANCIAMENTO DE BLOGUEIRO – Documentos obtidos pela CPI e revelados pela TV Globo apontam que Hang teria financiado o blogueiro Allan do Santos, também bolsonarista e investigado pela disseminação de fake news.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, teria intermediado o contato entre o empresário e o blogueiro.

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