Vicente Limongi Netto
Leio, pesaroso, textos de figuras obscuras, mas também de personagens famosos, o que é mais triste e patético, contra a Constituição. Repletos de ódios e ressentimentos. O pior, apoiados com argumentos alheios. Como se essas figuras tivessem medo de se expor. Vergonhosa atitude. A Constituição pode não ser perfeita. Mas é boa. Protege o cidadão. Garante seus direitos sociais. Precisa ser defendida e preservada.
As ferozes críticas e rancores partem geralmente de pessoas que nunca fizeram absolutamente nada de útil, de concreto, de produtivo, na elaboração da Carta Magna. São figuras medonhas que circulavam nos corredores da Constituinte, como almas penadas.
DONOS DA VERDADE – Eram meras mariposas dos holofotes. Hoje têm pose infernal de sabidões Continuam botando banca. Fantasiados de donos da verdade e pseudos benfeitores da Constituinte. Coitados.
Reitero sempre e com prazer: os maiores méritos na elaboração da Constituição, devem ser creditados ao relator-geral, então deputado Bernardo Cabral e seus relatores adjuntos, José Fogaça, Antônio Carlos Konder Reis e Adolfo de Oliveira. Foram incansáveis.
Escondidos num escritório na Gráfica do Senado, trabalharam feito mouros na elaboração da Carta. Não estavam ansiosos com fotografias. Mas focados no bem estar da Pátria e dos brasileiros.
RECADO AO RELATOR – Senador Renan Calheiros, não perca seu tempo nem gaste suas energias, com negacionistas membros da CPI da Pandemia. A arma deles é a provocação. Não passe recibo. Concentre-se na sua patriótica missão. Procure manter a serenidade.
No fundo da alma, encontre nervos de aço e paciência para suportar leviandades de histéricos serviçais palacianos. São figuras obscuras, forjadas na torpeza, na maledicência de boteco. São como a água suja da chuva. O destino dela são os bueiros. Como não têm argumentos para retrucar, com educação e fatos as acusações tenebrosas contra o governo federal, apelam para baixarias. Fantoches de Bolsonaro, eles insultam, tentando em vão retrucar fatos e acusações comprovadas na compra de vacinas. Montou-se uma quadrilha em torno delas. O cerco está se fechando contra personagens graúdos da administração federal e de empresas privadas comprometidas até o pescoço com irregularidades.
Concluindo, senador Calheiros, mantenha a isenção, serenidade e firmeza, no relatório final que apresentará ao Brasil, desmascarando os larápios. A opinião pública espera ansiosa por ele
TEXTOS OTIMISTAS – Correio Braziliense de domingo (26/09) homenageia os leitores com textos marcantes e otimistas. Enfatizando a reinvenção e a estimulante ânsia de viver. Estamos fartos da delinquência dos governantes. Da pobreza de espírito de demagogos engravatados.
A edição mostra que nem tudo é dedão obsceno de ministro capacho. Que nem tudo é engodo. Que o cidadão é brioso, sofre, mas resiste. Que capachos são figuras desprezíveis. Que o bom senso vencerá o mal, que se vislumbra, por exemplo, na mesquinha e torpe reforma administrativa.
Nesse sentido, é mais saudável para a alma, para os ouvidos e para o estômago, o leitor deliciar-se com a coluna da Ana Dubeux, confiante porque “hoje para mim, ainda vivendo em um mundo pandêmico, qualquer coisa que floresça é uma lembrança do privilégio que é estar vivo”.
LEMBRANDO GIGANTES – Igualmente repleto de fé o texto de Paulo Pestana, recordando Gonzaguinha, Pelé, John Lennon e Louis Armstrong, para mostrar que o ser humano não fracassou por completo e que “ainda é tempo de sonhar”.
Continuar sonhando e vivendo, com direito a tudo de bom, quem seguramente merece é Catarina Gurgel, jovem de 15 anos, vitimada com infecção generalizada que lhe causou a amputação da perna direita e do braço esquerdo. Catarina quer viver. Não perderá o entusiasmo nem o frescor dos seus 15 anos. A força da jovem é cativante. “Quero continuar realizando meus sonhos e celebrando a vida, uma dádiva de Deus”.
Vamos ajudar Catarina, colaborando com a vaquinha online dela, publicada no jornal, para que possa comprar duas próteses. Maria passa na frente. Sempre.