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quarta-feira, setembro 29, 2021

Que alguém cite um motivo republicano para vender estatais que dão lucro

Publicado em 29 de setembro de 2021 por Tribuna da Internet

Privatização da Petrobras

Charge do Duke (O Tempo)

Roberto Nascimento

As estatais foram criadas, porque a iniciativa privada nacional e estrangeira não queria investir na infraestrutura da Eletricidade, do Petróleo e da Metalurgia/Aço etc. Esse processo teve início no primeiro e no segundo governos de Getúlio Vargas, com apoio de intelectuais e militares nacionalistas.

Como a quase totalidade do consumo industrial brasileiro era sustentado por importações dos EUA e da Europa, evidente que essa política desenvolvimentista desagradou o sistema internacional. Vargas foi atacado de todas as formas infames, o que levou o chefe da nação ao trágico gesto de dar fim a sua vida.

JK DEU SEGUIMENTO – Mas o grande passo havia sido dado e Juscelino Kubitschek deu seguimento ao processo de industrialização, com ênfase também na geração de energia e abertura de estradas.

No regime militar-civil de 1964 a política industrial também foi prioridade e grandes obras foram erguidas, cito o exemplo das usinas hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí. E até o choque do petróleo nos anos 70, o Brasil era o país que mais crescia no mundo, superando Japão e Alemanha, recordar é viver.

Nos governos a partir de Itamar Franco, todos eles se destinaram a vender/privatizar as estatais, não importando se lucrativas ou não. A Vale do Rio Doce, privatizada no governo FHC, vendida por R$ 3,3 bilhões, valia RR$ 1 trilhão, miseravelmente. Uma doação para bancos nacionais, fundos de pensão e investidores internacionais. E ainda uma parte foi financiada pelo BNDES.

CONSTRUIR E DESTRUIR – Agora, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes estão fatiando, a preço de banana, a Petrobras, em processo iniciado pelo vendilhão tucano Pedro Parente no governo Michel Temer. Além disso, preparam-se para vender Correios e Eletrobras, ainda sem coragem de entregar a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.

Bolsonaro e Guedes não moveram uma palha para construir e querem destruir. Quando pretendem vender, vão sucateando aos poucos, impedem que as estatais consigam empréstimos para investimento e não fazem concursos para substituir os empregados que se aposentam.

Depois pagam caro as propagandas no horário nobre, para desacreditar as estatais. Não constroem, mas quando estão prontas, não importam se são lucrativas, vendem para amigos nacionais e picaretas internacionais.

SAUDADE DA INFRAERO – Vejam o caso de privatização de aeroportos, iniciada no governo Dilma Rousseff, passando pela gestão de Michel Temer e finalizando agora com Bolsonaro.

Privatizados, os aeroportos de Viracopos/SP e São Gonçalo do Amarante/RN se tornaram verdadeiros fracassos. Prejuízos e calotes em fornecedores e no valor de outorga.

A iniciativa privada devolveu ao Estado as massas falidas, que estão sendo saneadas para nova licitação. Viracopos, quando administrado pela estatal Infraero, dava lucros anuais de mais de 600 milhões. principalmente pelo modal de Carga Aérea.

GRANDE MICO – São Gonçalo do Amarante nunca deu lucro desde que foi inaugurado. Construíram um aeroporto moderno, distante 40 km da capital, Natal, em um Estado voltado para o turismo sazonal, com número reduzido de passageiros mensais e sem Carga Aérea para sustentar os custos. Resultado: um grande mico.

Por fim, o Aeroporto do Galeão, privatizado após pressão do governador Sérgio Cabral, em consórcio da Odebrecht com uma empresa chinesa, hoje está respirando por aparelhos. A Odebrechet já pulou fora.

E ainda vejo defensores ferrenhos das privatizações, como sendo a oitava maravilha do mundo, a solução para todos os males da Economia. Só falta dizerem que acreditam em lobisomen, cabra cega e mula sem cabeça.

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